– Olá estrangeiro... – Diz a mulher com um sorriso no rosto.

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– Quem é você? E como sabe que eu sou estrangeiro? É da aqui da cidade? - Pergunta Shiro com desconfiança.

– Quem sou eu? Uma mera viajante que está aqui por um mês. Posso não ser daqui mas consigo perceber de longe quem é estrangeiro e quem não é... Mas enfim todo estrangeiro ou viajante que vem aqui procura saber algo. Passei aqui um mês como já havia dito e posso saber algo que você queira saber... - Sugere a estranha.

– Primeiramente gostaria de saber o seu nome. - Diz o moreno num tom calmo.

A estrangeira solta uma leve risada.

– Pelo visto você é um homem rápido em... Mas porque não me diz o seu primeiro?

– Shiro... Shiro Lowell. Acho que agora já pode me dizer o seu.

– Serah... Apenas Serah.

– Prazer Serah... Então você me diz que pode me dar informações sobre o que eu quiser saber né? - Shiro se ajeita na cadeira - Mas antes me diga se eu tenho que pagar um preço pra isso?

– Já que perguntou... Existe uma pousada aqui que serve como um mini restaurante, me leve para sair hoje a noite que eu te conto o que você quiser - No meio da fala ela solta um sorriso leve.

Shiro retribui o sorriso...

– Fechado, porém, o que me garante que você estará lá? E que será um jantar mesmo? Que não estará me levando para uma emboscada? - Shiro faz uma cara meio sedutora enquanto perguntou.

– Você é bem cauteloso mesmo em, não tenho como provar isso, você terá que acreditar em mim.

– Tudo bem então, que horas?

– Oito horas da noite.

– Ótimo - Shiro se levanta da cadeira do bar - Então estou indo embora, até a noite Serah - Shiro acena de leve.

– Até Shiro - Serah da um sorrisinho.

. . .

– Informações, Informações - Essas palavras ecoavam na cabeça de Kuran. - Preciso procurar algum lugar para ter informações, preciso ser cauteloso e não chamar muita atenção - Enquanto Kuran pensava distraído ele começou a escutar uma gritaria...

– Seus desgraçados! Devolvam meu pai! DEVOLVAM! - Uma menina de mais ou menos 8 anos gritava chorando para os dois homens de capas pretas.

– Cala a boca pirralha, dá um fora daqui antes que nós mesmos damos um jeito de calar ela. - Resmunga um dos homens.

– Vocês tiraram meu pai de mim! Por quê? POR QUÊ? - Insistia a menina chorando.

– Cansei! Vou ser obrigado a fazer isso, mas a culpa é sua - Um dos homens já ia levantando seu punho, pouco antes dele acertar ele ouviu alguém gritando "PARA" e assim ele parou o punho dele e olhou da direção do grito... Era Kuran.

– Por Favor, não machuquem a minha irmã! Desculpem pelo incomodo que ela está causando! É que nosso pai sumiu a algum tempo e ela está desesperada - Disfarçou Kuran pegando a menina no colo e tampando a boca dela.

– Fica quietinha se quiser viver - Sussurra o roxo no ouvido da menina.

– Perdoe a gente, já estamos indo embora tudo bem? - Pergunta com meio receio Kuran.

– Tá tá tudo bem vai embora, só não faça essa garota ficar perturbando mais a gente se não na próxima vez... Na verdade não terá próxima vez.

– Obrigado! Obrigado! - Kuran vira as costas e vai embora com a garotinha no colo.

– Ei, você já viu ele? - Pergunta uns dos homens.

– Não nunca vi... E tenho certeza que aquela garota não tinha irmão. - Responde o outro.

– Deve ser só um cara tentando bancar o herói. Deixa isso quieto - E assim seguem seu caminho.

– Acho que eles já foram... Ela continua chorando. - Pensa o roxo - Ei, para de chorar... Diga-me onde é a sua casa... Lá se quiser você me conta o que houve. Só por favor, se acalma garotinha. - Fala Kuran com um tom meio meigo.

– Eu... Não... Tenho... Casa - Diz a menina com dificuldade por causa do choro.

– Não tem? Tudo bem eu vou te levar pra nossa pousada. Vamos.

. . . Chegando na pousada

– Kuran! Quem é essa criança? - Pergunta Akame preocupada.

– Shiiii. Ela está dormindo... Ela é uma garotinha que eu encontrei na rua. Ela deve estar passando por algo muito difícil então deixe ela dormir pelo menos - Enquanto dizia isso Kuran botava a garota na cama.

– Acha que ela pode ter alguma informação Kuran? - Questiona Shiro.

– Acho que sim... Mas deixa-a dormir por enquanto... Podemos ir lá para o corredor ou para a área de comida pelo menos?

– Vamos então - Shiro, Kuran e Akame se dirigem para uma área de alimentação que tinha na pousada.

. . .

Eles pediram umas bebidas e uns petiscos, quando Kuran começou.

– Tudo bem Shiro, Akame me disse que você foi a um bar... Pelo visto não arranjou confusão o que já é algo surpreendente agora me diz, conseguiu algo?

– Bem se eu consegui algo ou não eu não sei... Porém uma mulher apareceu lá, ela se chama Serah pelo o que ela me disse. Consegui informações em troca de jantar com ela hoje a noite.

Quando o Shiro disse as palavras “Jantar com ela hoje a noite” automaticamente Akame cuspiu o que estava bebendo.

–Co-Como é Shiro? Sair com ela? – Questiona Akame assustada.

– Parabéns meu garoto conquistando corações. Mal chegou ao vilarejo e já fez uma se apaixonar por você, que orgulho do meu Shiro cara. – Brinca o roxo.

– Quero apenas informações Kuran para de graça.

– Ela é bonita pelo menos? – Provoca Kuran.

– É, mas isso não vem ao caso Kuran – Fala o moreno rindo.

– Mas Shiro, isso não é perigoso? Acho que você não deve ir. Ou pelo menos levar alguém com você. – Retruca Akame

– Sim Akame, eu pensei nisso, mas justamente se for alguma armadilha eu não posso levar ninguém. É como o Kuran disse ontem não podemos envolver todos por hora em um negocio só, se isso for armadilha eu dou meu jeito de escapar. Não se preocupe em relação a isso.

– Estou com um mau pressentimento a isso. – Fala em tom baixo a morena.

– Fique tranquila Akame, eu ficarei bem... Prometo.

. . .

E a noite chegou, Shiro estava arrumado esperando a Serah na porta da pousada.

– Vejo que você veio mesmo Shiro...