Meu dia era normal como todo dia qualquer, ir pra escola e logo após ir para o meu trabalho, eu trabalhava como garçonete na esquina bem perto da minha casa, não ganhava muito mais dava pra sustentar um pouco meu vício de compras. O trabalho era fácil, pois não tinha muito movimento na lanchonete.Uma das coisas chatas do meu trabalho é usar o uniforme, odiava isso, mas fazer o que, eu tinha que ganhar um dinheiro.

            O movimento na lanchonete estava meio lento como sempre. Então eu e mais algumas meninas que trabalhavam comigo estávamos conversando sobre coisas por ai. Até que aos poucos começou a entrar clientes até que sobrasse só eu parada lá. Meus olhos percorreram por todo o estabelecimento até eles pararem diante de um par de olhos negros, na hora meu coração começou a bater mais forte, se aqueles olhos faziam aquilo imagina o resto pensei comigo mesma. Minha hipnose acabou quando minha colega de trabalho voltou e me deu um cutucão.

            -Vai lá! Temos clientes esperando – Disse ela apontando para o dono daqueles olhos tão atraentes.

            -Ah Sim! – Andei num passos meio nervosos até a mesa do cliente. Parei na sua mesa e vi-o mexendo num celular bem moderno, eu estava mais nervosa do que o meu primeiro dia de trabalho, minhas mãos estavam tremendo muito e tentei dizer algo mais minha voz não saia da minha garganta. Respirei fundo – Posso ajudá-lo? – Falei

            - Ah, desculpe, bom eu quero pedir... Um café expresso com pouco leite – Aqueles olhos novamente estavam a minha vista, mas agora o que estava chamando a minha atenção era também o rosto lindamente esculpido do rapaz.

            Eu estava ali parada diante dele sem fazer nada, até que ele olhou para mim e levantando as sobrancelhas.

            - Ah desculpe senhor... – Me recompus o mais rápido possível.

            -Pode me chamar de Sasuke – Disse ele com um sorriso torto para mim, me fazendo delirar novamente – Estou trabalhando aqui perto e eu acho que vou vir todo dia aqui... Ah o que eu estou falando isso não interessa pra vocês.

            - Não, é bom saber disso... Ah quero dizer não por eu estou afim de você, mas... Quero dizer não que... ah...

            - Já entendi – Sorriu novamente.

            Eu parecia uma pata na frente dele, eu não estava falando nado com nada, minha palavra saiam sozinhas e mal dava tempo de pensar.

            - Me desculpe, mas qual era o seu pedido?

            -Eu quero um café expresso com um pouco de leite

            -Está anotado!

            Eu sai mais rápido possível de perto do tal do Sasuke que deixava eu com cara de idiota, fui para trás do balcão até a máquina de café, lá eu respirei fundo e pensava como ele fazia isso comigo, todos os dias aparecia um cara bonitinho como ele, mas ele é diferente desperta algo dentro de mim. Decidi dar ma espiada para ver ele e percebi que ele estava me olhando com um sorriso torto magnífico, minhas bochechas ficaram super ultra mega power vermelhas, meu rosto estava pelando.

            Peguei o café e levei para ele, cheguei na mesa e desajeitada como sou derramei um pouco na mesa.

            -Me desculpe

            -Não se preocupe – Colocou sua mão por cima da minha, sua pele quente e suave e que me deixava cada vez pior. – Parece que você está meio desajeitada hoje, senhorita?

            -Sa-Sakura! – Comecei a corar

            Logo após ele olhou para o relógio engoliu rapidamente seu café quente e ia saindo.

            - Ah!... Hoje eu também estou desajeitado – Deu uma nota para mim – Fica com o troco – Disse e saiu rapidamente do local.

            Fiquei olhando ele sair até que eu olhei pra nota que ele tinha me dado, era muito mais do que ele tinha que pagar, olhei novamente para a porta que ele tinha passado com uma cara de espanto. Voltei para minhas amigas que já tinham servido os seus clientes.

            - E ai Sakura quem é aquele gatinho? – Disse uma delas

            - Ah... Sasuke

            - Sasuke?! Sasuke não é o nome daquele novo empresário que abriu sua empresa aqui perto?

            -Não sei, mas que chic a Sakura já atendeu o novo empresário da cidade

            -Mais ele é tão novo para ser empresário. – Falei

            - Ninguém sabe né! Vamos para o trabalho ainda tem um dia inteiro pra isso.

            Pensei que meu dia ia ser melhor depois de ter passado aquele nervosismo, mas eu me enganei, eu me sentia meio vazio e toda fez que aparecia alguém na porta meu coração disparava pensando que veria aquele par de olhos novamente.

            O tempo parecia que parava cada minuto parecia horas. Até que no final do dia, nós já estávamos arrumando para fechar, a tardizinha esta chuvosa e muita gente parava na lanchonete para fugir da chuva e comer algo para passar o tempo. Eu já estava agoniada, não sabia o por que daquela esperança de encontra-lo novamente. Quando fechei os olhos, ouvi um barulho na porta e um cheiro delicioso rondando o local, automaticamente meus olhos abriram na direção do cheiro e lá estava ele, com sua roupa ensopada da água da chuva, mas ele estava ainda mais perfeito.

            Ele sentou na cadeira mais próxima, pegou seu celular para verificá-lo, pela careta que ele fez parecia que seu celular tinha quebrado, ele colocou o celular em cima da mesa, passou suas mão no rosto e olhou para mim. Imediatamente meu rosto ficou vermelho e desviei rapidamente para ele não ver que eu estava observando ele. Olhei para os lados mais todas as minhas amigas estavam ocupadas, parecia que ele era um imã, porque toda vez que ele aparece um monte de gente vem, para só eu atende-lo.

            Agora eu estava mais tranqüila do que antes, cheguei perto dele tentando não olhar diretamente aqueles olhos que me encantavam.

            -Posso ajudá-lo? – Tentei ser o mais natural que pode

            - Você de novo – Disse ele entre seu sorriso

            - Se quiser posso chamar outra pessoa... - Retruquei

            -Não, não, me sinto melhor com você já que eu te conheço

            O que será que ele estava falando com isso? A gente só se viu uma vez. Tive que disfarçar e dei um sorriso.

            - Bom – Começou ele – Dessa vez vou querer um suco de laranja.

            -OK, daqui a pouco seu pedido está chegando.

            Dessa vez eu consegui segurar o máximo que podia dos ataques de encanto que ele soltava naturalmente, eu sabia que não devia viver parecendo uma idiota diante dele toda vez que ele parecia.

            Fui até ele novamente entregando o pedido dele.

            - Obrigado!

            O tempo passava quando ele estava ali, minha alegria fluía, sua presença parecia que era o remédio para todos os meus ferimentos. Mas quando ele saiu dali eu percebi que ele era mais para ums droga, meu corpo estava totalmente viciado por ele. Quando ele saia, eu não fazia idéia do que eu ia fazer, meus pensamentos não paravam de imaginar a imagem magnífica que ele era. Mas eu era tola de pensar que ele estivesse com os mesmos sentimentos que eu.