Graad Gakkou - INTERATIVA escrita por Casty Maat


Capítulo 25
Capítulo 24 – Kakumei


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, mas não queria terminar 2019 sem capitulo novo.
Aproveitem o/



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24 – Kakumei

Saga e Shion estavam em reunião no laboratório do clube que o geminiano participava. Haveria um tempinho antes dos alunos chegarem e poderiam conversar em paz. Apenas os clubes estavam ativos nas férias de verão.

—Eu não deixo de me preocupar com o que me contou, Saga. Apesar da rudeza, seu irmão está certo sobre existir algo errado com a jovem Fukuyama.

—Acredito que a pessoa por trás daquilo seja um dos que participaram da diáspora do meu... governo. – respondeu Saga com a voz engasgada. –O pai da garota que Shura está próximo é um.

—Atena criou essa escola para que cavaleiros e humanos comuns tivesse boa educação e lembrar os jovens guerreiros sobre sua própria humanidade. Mas indiretamente, atrai tudo relacionado ao Santuário, ainda que indiretamente. Ou o sobrenatural. Talvez jamais possamos ter a vida comum que ela deseja para nós. – o bicentenário olhou para a janela, vendo Tsuki conversando com o capitão do clube de arco.

Saga notou discretamente o olhar do antigo líder dos cavaleiros. Sentiu que Shion sofria de dúvidas, mas preferiu se calar.

—O que faremos, Grande Mestre?

—Observar. E de preferência discretamente.

—Certo. É bom avisarmos Marin.

Tsuki conversava com o capitão sem saber que era observada, mas ainda tinha parte dos pensamentos voltados para seu observador secreto. Achava-o curioso, pois ao vê-lo ao longe ou ouvindo de seu colega, Aiolos, Shion soava tão maduro e imponente, mas sempre que seus olhares se cruzavam ele parecia um carneirinho inocente e tímido.

Ela então foi ao vestiário vestir-se para treinar e logo que foi ao centro de treino encontrou o grego com o arco em riste, mas pelas flechas no alvo e o olhar disperso, ela logo identificou que Aiolos estava sem foco algum.

—Está sem foco algum, kouhai. – disse Tsuki sonora, trazendo Aiolos de volta a realidade, que largou o arco e a flecha. – Sente-se, beba uma água e tente tirar essa neblina em sua mente ou só irá errar o alvo.

—Me desculpe. – recolheu a arma e resolveu acatar a sugestão da morena, sentando-se no canto e vendo o quanto havia errado.

Tsuki foi até o alvo usado pelo loiro e retirou as setas, arrumando tudo para uma nova leva. Ela se aproximou dele e o ouviu perguntar, quase como que um pensamento alto demais.

—Smith-san não está indo aos ensaios...

O tom magoado, seguido de um suspiro, tocou o coração da japonesa. Aos olhos dela sempre lhe fora óbvio que o loiro tinha uma paixonite pela colega de escola.

—Por que não a visita?

—Hã...? – notando que havia pensado alto, corando-se por inteiro.

—Sabe... – ela se sentou ao modo japonês, de frente ao loiro. – Se você não disser que gosta dela, sem lutar por esse sentimento, poderá perder ela. Smith-san é uma garota bonita, um tanto misteriosa, confesso. Deve ter outros de olho no coração dela...

—Mas e se ela...

—Deve se arriscar ou jamais saberá se dentro do coração dela existe um sim ou não. Sinceramente, desde que entrou neste clube eu vejo como a olha e a admira, já é meio ano deste então e nada fez ainda. Sei que há valentia dentro de você, reconheço pela forma que atira, sempre olhos honestos.

—Tsukuyomi-san...

—Volte para sua casa e pense no que eu disse. – ela deu um sorriso gentil raro. – Agora você não acerta um alvo nem se estiver colado a seta da flecha.

Aiolos a princípio ficou surpreso com a chamada, mas logo riu.

—É, tem razão. Estou sem cabeça alguma para isso. Obrigado por suas palavras. – o rapaz se curvou a moda oriental, mas foi detido pela colega.

—São palavras minhas como amiga, e não sua senpai. Não precisa de formalidades.

Ela deu um sorriso agradecido e disse.

—Ele tem razão em olhar para você com carinho.

Tsuki ficou sem entender, vendo o loiro se levantar e ir ao vestiário masculino. Quem era o “ele”? Por algum motivo sua mente foi preenchida pela imagem de Shion, corando suavemente.

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Dohko estava esperando Kelly na frente da casa da mesma, segurando a caixinha de transporte do gatinho de ambos para uma consulta no veterinário. Os dois foram ficando bastante próximos, já passando a usar os nomes ao invés dos sobrenomes para se tratarem. Encontraram um pensativo Shion no caminho, algo que o Mestre Ancião registrou bem na mente para depois ir ter com o amigo.

—Não vai viajar nessas férias, Dohko?

—Não, não tenho interesse em ir para outro lugar, foram que esse pequeno necessita de atenção dos dois “pais”.

O comentário ainda que em forma divertida, fez a mocinha corar. Ela já estava começando a nutrir sentimentos pelo chinês, mas não sentia coragem de se declarar.

A consulta foi tranquila, e a saúde do bichano em mais perfeita normalidade. Retornaram para a casa dela, pois o gatinho ficaria agora alguns dias na mansão. Enquanto deixava a garota entregue em segurança, Dohko viu os pais da garota chegando do mercado e sentiu um arrepio.

“Sinto presença de gotas de sangue divino... Um cosmo bem sutil...” – ele disfarçou as sensações de desconfiança ao se despedir de Kelly.

—Amanhã eu irei a mansão, tudo bem?

—Claro, claro. Fique a vontade.

—Então até amanhã!

Dohko viu a família entrar na casa, dando um aceno gentil em despedida, seguindo a passos apressados para sua residência.

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Morgana estava quieta em seu quarto, fazendo a lição de verão quando ouviu seus pais no telefone com a meia irmã. Parou tudo para prestar atenção.

Falavam sobre Afrodite não ter “conseguido nenhuma informação real” e que era para ela “parar de dizer que estava tudo ok por que não estava” e coisas derivadas. Desde o acidente no ginásio, esse tipo de assunto desgastante tinha virado rotina.

Porém um ultimato dito por seu pai lhe atingiu como um raio:

—Ela vai para o colégio militar da RETMAS depois das férias! Não confio naquela escola!

Morgana sentiu uma sensação horrível. Ela ficaria longe das amigas que com tanto custo tinha conseguido, ficaria longe de Milo, a quem sentia-se próxima como um irmão. Ficaria longe dele, de Aiolos. Seu coração se apertou profundamente, ela não poderia ficar longe sem ao menos se despedir e sabia que se pedisse diretamente seus pais não permitiriam.

Esperou o clima amainar e escapou da casa. Ela sabia que sua malandragem não duraria muito tempo, então tinha que ser rápida e lisa. Correu para a mansão e não entrou de modo normal, pois levaria tempo. Sabia que o quarto de Milo ficava ao térreo, então não seria difícil de ver seu melhor amigo.

Milo ouviu um bater de toques na janela, a abriu e ficou surpreso em ver Morgana ali.

—Usamomo...?!

—Vim me despedir de você, Milo...

O escorpiniano arregalou os olhos, surpreso.

—Do que está falando?

Os olhos verdes da garota se encheram de lágrimas, a voz embargou.

—Meus pais vão me tirar do colégio... Nunca mais vou te ver.

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Saori olhava o céu noturno em sua mansão. Ao seu lado, Seiya havia recém chegado.

—Preocupada?

Ela assentiu. Ele deixou a dolorosa expressão surgir no rosto.

—Ainda não disse nada a eles?

—Eu não direi até chegar o momento certo. – ela suspirou. – Algo vai acontecer de agitado e acrescentar essa notícia não vai ajuda-los.

—Algo?

—Afrodite Kroveland, filha do senhor Stanley Smith e meia-irmã da jovem por que Aiolos se apaixonou, já sabe de tudo. É questão de tempo até tudo chegar a ele e a esposa.

—Você disse que havia algo na senhora Takagi. – ele desviou o olhar do céu. – Ela é...?

—Oh, sim, eu já soube do passado dela e sim, ela sabe do cosmo e de outras forças. Creio que no momento crítico ela nos apoiará.

Seiya franziu o cenho.

—Saori...

—A estrela da vitória... uma estrela estranha está piscando perto. Acredito que antes de tudo acontecer eu terei mais uma batalha a frente. – ela encarou o antigo Pégaso, séria. – Nêmesis.


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Notas finais do capítulo

edit 2020: fiz um pequeno retcon o/



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