A mesma dor sempre era a mesma...nunca poderia ser feliz pelo o menos por um periodo duradouro. Era este o pensamento de Regina Milles ao ver sua alma gêmea passar a barreira de Storybrooke.

Pensava que depois da morte de Daniel nunca mais se permitiria sentir a dor novamente, a dor de perda, a dor de que ela era uma vilã, e vilões não têm finais felizes.

Mas porque teria de ser assim, não entendia, ela já tivera sua cota de boas acções ajudara a salvar Storybrooke muitas vezes desde que Emma havia levantado a maldição, ela voltara a sentir amor, compreensão, companheirismo e felicidade em família, por mais que isso lhe custasse admitir, o casal de Encantados, literalmente encantados enjoavam-lhe com as melosidade do amor deles, mas eles a tratavam agora como família como não esperaria pelo o menos deles.

Mas aquele vazio e aquela dor voltavam sempre, por muito bem que ela desejasse fazer, fechara os olhos de leve, pegando a folha do Livro que tinha um final que poderia ter sido feito para si. Em que ela beijava o homem da tatuagem de Leão no braço, o Robin.

Podia ter sido tudo tão diferente, mas não era e ele havia ido para não mais voltar...para sempre. Com esse pensamento, rasgara em pedaços a folha que era simbolo do que perdera, contivera as lágrimas que teimavam em querer sair. Era um simbolo que representava, a eterna dor e perda que queria calar dentro de seu peito, mas não sumira, a dor continuava lá. Voltara costas á linha que separava Storybrooke do resto do Mundo, não se atrevera a olhar o bando do Robin ao lado , como se sentia eles podiam facilmente voar para bem longe de sua vista ou como tentativa de livrar-se daquela dor e daqueles olhares incomodos de piedade. Não suportava a piedade, era algo doloroso.

Fugindo daquele local decidira ir ao local onde se afogavam as magóas e os desgostos. Ao café da Granny. Pegara em shots e bebera um atrás do outro, até que um toque no ombro despertara a sua atenção, voltara o olhar para a quem importunava, decidida a mandar voar dali para fora, não estava de humor e ao olhar, suspirara fortemente, Emma, a que mesmo indiretamente era a culpada da sua infelicidade. Contivera os negros pensamentos, olhando-a meio interrogativa.

_Não estou com humor...para discurso motivacionais...Emma.

_ Me confundiu com minha mãe . Aliás não precisa de discurso, e sim de uma amiga para beber. Shots?

_Claro, porque não..

_Duas ...- Pedira ela ao garçon, isso surpreendera-a, ela notara. _Você fez a coisa certa hoje...

Fechara os olhos, suspirara sem vontade de ouvi-la.

_Ai está o discurso motivacional..Pensei que iriamos beber.

_Não é um discurso, é um elogio.

_Não preciso de sua aprovação.Eu sei que fiz a coisa certa.Eu sei porque estou infeliz... de novo.- Admitir em voz alta, era ainda mais cruel para o coração enegrecido que detinha.

_ Se te faz sentir melhor, o Gold também.

_E faz.- Nisso fizeram o toque de copos, a cada bebida tomada a vontade de enfiar-se na dor era adormecida, era a vantagem do alcool, mas não demorara muito tempo.uma voz despertara a sua atenção.

Era Henry, aquele de cujo o amor ela ainda detinha e não sumiria, seu filho, o bebé que cuidara com muito amor e carinho. Seu olhar mesmo que parcamente despertara um brilho.

_Mãe, Mãe! Encontrei algo grande.Vocês irão querer ver isso.- Henry estava muito entusiasmado, o que arrancara um olhar curioso de Regina, seria que ele havia conseguido?

_Depois que vocês sairam, fiquei para vasculhar e encontrei algo..- Sorrira de leve,Henry referia-se a casa vazia, ela e Emma sairam do café da Granny em direcção a enorme casa vazia.

_Uma biblioteca.

_Não é só uma biblioteca,olha.

_Parece com o seu livro..- Dizera Emma, meia sem entender porque ali estavam, mas Regina detinha um estranho pressentimento sobre o que seria.

_Só que este está em branco, todos estão.E se está cheio de potenciais livros de histórias.- Henry olhava Regina , o que a fizera sentir o seu coração bater com ansiedade, seria?

_ Talvez esta seja a casa do Autor.Henry, você conseguiu._Sorrira de leve, com um pontinha de esperança e amor,ele não desistira de tentar achar uma pista sobre o autor do Livro. Um pigarreio retirara-a novamente aos devaneios. Emma.

_O quê? O que está acontecendo?

_ Bem, nós temos procurado pelo Autor.Esperava que ele pudesse me escrever uma ..história feliz.

_Chamamos de Operação Mangusto...- Completara Henry, Regina tinha no seu âmago uma certa apreensão, Emma iria por contratempos?O semblante de Emma era surpreendido, já estava pensando que ela iria colocar entraves mas Regina surpreendera-se, ela despertara um sorriso.

_ Gostei, tem estilo.Estou dentro...

Agora sim, ela estava surpreendida, Emma iria ajudá-la?

_Está?

_Fiz uma promessa a você. E pretendo cumprir.Todos merecem um final feliz.

Regina dera um largo sorriso.Um sorriso de esperança ...de que iria encontrar seu final feliz.

Nisso sairam da casa, Henry abraçara-a e disse que iria jogar videogame agora, Emma teria um encontro com o seu Hook, nisso Regina fora para casa, deparando-se com o enorme vazio mas não se assustara dessa vez, fechando os olhos concentrou no que desejava fazer, ao abrir os olhos, vira um brilho algo branco em suas mãos e o recorte do Livro em que aparecia ela e Robin reconstruido.

_Nos voltaremos a ver, Robin...

E longe de Storybrooke, dentro de um ônibus, vendo seu filho pequeno dormir no colo da mãe , estava Robin detendo o mesmo pensamento.

_Nos voltaremos a ver, Regina...

E o futuro, estava bem próximo, em meio á escuridão sob um livro acastanhado em branco, uma mão era o único que se via , deixava cair da pena que detinha na mesma,um pingo preto ...que caia sobre a alva folha branca. Qual será ...o destino?O final não feliz?