CAPÍTULO X

POV Caroline

Eu estava muito triste, sem rumo, não sabia o que seria de mim a partir de agora. Como iria suportar a perda de minha mãe. Eu sei que na vida de um vampiro ele irá ver muitas pessoas morrerem, mas eu não estava preparada para a morte de minha mãe, talvez um pouco mais de tempo, só um dia a mais, um momento ao lado dela. Mas não aconteceu, ela se fora, sem explicações, sem despedidas diretas e eu sou culpada por não estar ao lado dela.

Estava no velório quando Stefan chega. – Oi, daqui a pouco eles chegarão e eu não sei como recebê-los. – Falei com uma voz calma, singela e melancólica.

– Não se preocupe Care, eu e Elena iremos lhe ajudar. – Ele se aproximou mais de mim e disse com uma voz confusa. – Sobre ontem, eu queria conversar com você.

– Eu também preciso conversar Stefan.

– Mas não agora Caroline, quando tudo isso passar, então nós conversaremos. Certo? – Fiz um gesto de confirmação. Pude perceber que ele ficara com uma expressão de confuso. Nessa hora eu lembrei-me do Klaus. Eram 19h10min quando mandei uma mensagem para ele dizendo “Sinto sua falta”. E eu sentia mesmo, não seria Stefan que iria amenizar toda essa minha dor, eu sabia, pois ele não sentira o mesmo por mim. Já Niklaus, ah Klaus, ele me fazia sentir seu sentimento a quilômetros, eu vejo o quanto se importa comigo, eu precisava dele imediatamente, também precisava contá-lo da... Nesse momento, quando eu pensei em contar da morte da minha mãe, eu percebera o que aconteceu realmente, o que eu iria enfrentar.

O relógio marcava 19h30min, as pessoas estavam chegando e oferecendo suas condolências, como se fosse mudar algo, mas eu a agradecias, muitos estavam sofrendo, mas não como eu. Preparei um velório de verdade para minha mãe, como ela merecera com toda a solenidade.

Tudo ocorreu como deveria com muita emoção. Damon fez um discurso adorável, eu cantei para ela e os policiais fizeram suas homenagens. Ao final, fui para casa, eu estava pensando em ligar para Niklaus. Disse para Elena que já estava indo, pois estava muito cansa, ela perguntou se queria que fosse junto, mas eu disse que não precisava, então a abracei e sai.

Dei uma olhada na casa inteira, mil lembranças tinham ali. Subi as escadas, entrei no meu quarto e peguei meu celular para olhar a hora, marcava 21h15min. Então liguei para Klaus.

– Caroline? – Ele fala surpreso, animado e um pouco tenso.

– Oi, eu só queria saber se viu minha mensagem?

– Sim, vi. Eu ia ti ligar. Desculpe pela demora.

– Tudo bem, você deve estar ocupado, mas eu precisava ti ligar Klaus. – Eu falei quase chorando, com a voz tremula.

– O que aconteceu amor?

– Minha mãe Niklaus. Klaus? – Ouvi uma voz de fundo no telefone, pelo o que escutei era feminina. Klaus demorou a responder, então estranhei, logo reconheci, era Camille.

– Desculpe-me Carol. O que aconteceu com sua mãe.

– Ela... – Suspirei, caiu uma gota de lágrima, depois não consegui segurar. – Ela morreu. Você está com Camille não é?

– Sim, ela queria conversar comigo. Como você estar? Pergunta idiota essa minha.

– Niklaus, você está ocupado, era só isso mesmo, tchau! – Desliguei com um tom de raiva e arrependimento. Não esperei nem ele protestar.

Caroline como pôde ser tão idiota. Falei em voz alta, com uma raiva e tristeza, estas me consumiam de forma incontrolável. Estava pensando inúmeras formas de escapar de tudo aquilo, do luto, da raiva, da angústia, da tristeza, da insegurança. Lembrei que existia um modo simples e rápido. Aquele que me colocaria em perigo, poderia acabar com muitas vidas sem mesmo sentir remoço, mas eu sabia me controlar. Afastar-me de todos seria o melhor, mas para isso eu precisava me desligar de todos os sentimentos pelas pessoas que amo, inclusive... É eu precisava desligar as emoções. Estando certa de que isso seria o melhor, tratei de fazer rápido, mas não consegui, porém eu iria fazer, naquela noite mesmo, só precisava se despedir de todas as lembranças, para que eu pudesse amanhecer sem lembrar-me do que sinto por cada uma. Então deitei na minha cama e esperei.