Namoro falso? Será? escrita por Maah Santos


Capítulo 20
Shopping e uau! To famosa!


Notas iniciais do capítulo

Oii gente
Desculpa a ausência por esses noves dias, mas eu não estava tendo muito tempo pra escrever, por isso a demora.
Mas ai vai mais um, espero que gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/593978/chapter/20

Quando o li, confesso que fiquei com medo. Isso não foi um roubo comum. Foi uma afronta pessoal a minha família.

Não contei a ninguém do bilhete. Não me senti seguro contar isso lá em casa, pois parecia que eu estava sendo observado. Tive essa sensação de insegurança e achei melhor não contar a ninguém.

Passo horas tentando dormir, e após do que deve ter sido uma eternidade, consigo dormir.

Acordo com um som de algo irritante tocando e vejo que era o despertador da Kat, que ela acabou de desligar.

– Bom dia – falo sorrindo

– Bom dia – ela responde retribuindo o sorriso

– Acho melhor a gente ir se arrumar pra ir pra escola – falo

– É mesmo. Vou tomar meu banho e depois você vai – ela fala e eu concordo

Então ela pega uma toalha, roupa e vai tomar banho.

Fico pensando se devo contar a ela sobre o bilhete. Não queria envolvê-la nisso, mas de qualquer forma, ela frequenta minha casa e os bandidos sabem disso, já que estão nos observando.

Decido que vou contar a ela do bilhete. Decido também que vou tentar achar quem é que está por trás disso.

POV´S KATNISS

Tomo meu banho, me troco e fico pronta pra ir á escola. Vou até meu quarto e chamo Peeta, que parecia pensativo.

– Peeta, você já pode ir tomar banho – falo

– Ah... já to indo – ele responde, pega sua roupa e toalha e vai tomar banho

Eu desço pra tentar fazer o café, mas dai eu lembro que minhas tias e minha vó com certeza vão fazer, ou já fizeram.

Chego na cozinha e vejo que estava certa, elas já tinham feito o café e estavam arrumando a mesa. Prim estava lá, inclusive.

– Bom dia – cumprimento

– Bom dia – elas respondem

– Cadê o seu namorado? – pergunta Clemilda

– Tá no banho – respondo

– Katniss, por que você falou que ele podia ficar aqui? – pergunta minha vó. Sabia que essa conversa ia chegar.

– Porque ele já ficou aqui antes e não vi problemas dele ficar aqui de novo e a Prim não tinha se incomodado. Não sabia que vocês se incomodariam, desculpa. – falo mesmo sabendo que a ultima parte era mentira. Eu sabia que elas se incomodariam.

– Bom, de qualquer forma, nós vamos embora hoje a noite – a vó fala encerrando o assunto – Vamos tomar café

– Eu vou esperar o Peeta descer – falo

Alguns minutos depois ele desce e eu o chamo pra tomar café.

– Bom dia – ele cumprimenta minhas tias, minha vó e Prim

– Bom dia – elas respondem

– Prim, o Dylan disse ontem que não te ligou por causa do jantar – eu falo pra ela lembrando do recado

– Ah ta – ela fala olhando pra comida, mas vejo que um pequeno sorriso escapou do rosto dela

Terminamos de tomar o café, pegamos nossas mochilas, nos despedimos das minhas tias e minha vó e fomos pra escola no carro de Peeta. Prim foi pro prédio dela enquanto Peeta e eu andávamos com ele com o braço em volta da minha cintura pra dentro da escola.

– Oi, Petniss – encontramos Jo no corredor

– Oi, Jo – cumprimentamos ela

– Oi, povo! – Gale que acabara de chegar nos cumprimenta

– Eae, Gale – fala Jo dando um toque com ele

– Oi, Gale – eu e Peeta falamos

– Oi, Petniss. Como foi o jantar? – ele pergunta

– Foi... digamos engraçado – eu falo e Peeta e eu começamos a rir só de lembrar do que aconteceu

– Compartilhem a história – fala Jo

Quando eu ia começar a falar, o sinal toca

– Depois eu te conto – falo e vamos pra sala

Hoje o dia estava tão bom que começou com aula de matemática. Dobradinha de matemática. Após matemática veio física. To vendo que a sorte estava a meu favor hoje (ironia modo on).

Finalmente o sinal pro intervalo toca e vamos pro refeitório. Compro meu lanche junto com o Peeta e nos dirigimos a mesa onde Gale e Jo estavam.

– Kat, agora conte do jantar – fala Jo e eu começo a contar. Quando conto tudo, ela só faltava fazer xixi nas calças de tanto rir. Gale não estava tão longe e agora quase o refeitório inteiro olhava pra nossa mesa.

– Oi, Peeta. Andou malhando? – Cashdela veio dar em cima do Peeta e essa atrevida ainda coloca a mão no braço do Peeta, que ele tira imediatamente.

– Oi, Cashmere – Peeta cumprimenta por educação

– Soube do roubo á sua casa. Espero que esteja tudo bem – ela fala falsamente

– Está – Peeta fala

– Ainda bem. Fiquei preocupada – ela fala. Ok, ela é mais falsa do que nota de três

– Sua vadia, o que ainda está fazendo aqui? – essa tinha de ser a Johanna

– Do que me chamou?! – Cashdela fala irritada

– Va-di-a. Está surda agora é? – Jo zomba e ela e Enobaria, que estava junto, saem.

– Que menina atrevida! – falo quando ela sai

– Ficou com ciúme quando ela pegou no braço do Mellark? – pergunta Jo com um sorrisinho malicioso

– Cala a boca, Johanna! – falo pra ela enquanto ela e Gale riem

– Só estou falando a verdade, oras – Jo fala num risinho malicioso

– Fica quieta que é melhor – falo

O intervalo se passa cheio de brincadeiras por conta da Jo e Gale me fazendo ficar irritada e constrangida.

Depois que o intervalo acaba, nós vamos pra sala e continuamos com tédio. Por sorte a aula de física finalmente acabou e veio história. Podem me criticar, mas história é uma das minhas matérias favoritas e o professor é bem legal.

Quando bateu o sinal de ir embora, Peeta praticamente me puxou da sala e disse que queria conversar comigo urgente. Saímos do meu prédio, pegamos a Prim no dela e vamos pra minha casa.

Assim que chegamos em casa, Peeta me arrasta pro quarto. Eu também já estava ficando curiosa com isso.

– Vai me contar agora? – pergunto

– Você precisa me prometer que não contará isso à ninguém – ele fala

– Prometo

– Ontem, quando eu estava arrumando minhas coisas, eu achei um bilhete – ele fala um pouco baixo, como se temesse que alguém poderia estar ouvindo – E nele estava escrito: isso é só o começo.

– Nossa. Isso é uma ameaça – falo – Temos que levar isso à policia

– Não! Se me ameaçaram, uma certeza é que esse não foi um crime comum. Foi pessoal. E se foi pessoal, eles teriam que saber muitas coisas sobre mim, então provavelmente eles sabem de tudo. Sabem onde eu estudo, com quem eu me relaciono. Acho que contar pra policia não seria muito bom.

– É, faz sentido – falo – Então, o que vai fazer?

– Eu vou descobrir. Vou descobrir quem é que está por trás disso

– Isso pode ser perigoso. Se esse primeiro crime foi praticamente um aviso, significa que terão outros ataques – observo

– Mas eu não vou desistir

– Você contou pra mais alguém? Do bilhete?

– Não. Só pra você.

– Ainda bem. Não podemos confiar em ninguém

– Como assim “podemos”?

– Eu vou te ajudar

– Não, Kat. Como você mesma disse, isso pode ser perigoso e não quero você envolvida em nenhum perigo – ele fala, preocupado

– Peeta, se você vai se envolver nisso, e como você mesmo disse, eles já sabem que sou sua “namorada” então já estou envolvida de qualquer forma – revido

– Katniss! Peeta! Venham comer! - ouço um grito de alguém nos chamando pro almoço

– Vamos – falo pro Peeta e descemos pra cozinha

Minha vó tinha feito um tipo de peixe cozido pro almoço que estava muito bom, mas não me concentrei muito na comida e fiquei pensando no bilhete. Realmente tinha perturbado Peeta e agora estava me perturbando também.

– Katniss, como foi o jantar? – pergunta tia Clemilda

– Foi bom... – tento falar o mínimo o possível

– Bom?! Você aparece na revista como a mais bonita da festa e não fala nada?! – fala Clarisse e eu levo um susto. Então me lembro de que a imprensa estaria cobrindo o evento.

– Você está com a revista? – pergunto e ela afirma com a cabeça

– Mas eu ainda nem li. Só comprei porque a sua foto está estampada na capa – Clarisse fala

– Me dá a revista agora! – falo a assustando e ela sai da cozinha e depois volta com uma revista e me entrega

Na capa, minha foto acompanhada com o Peeta é o destaque. Abro a revista e vou direto na página onde está a matéria.

Noticias do evento mais badalado da cidade:

Em mais um de seus jantares, o Central Capitol arrasou tanto na decoração quanto na estética, dessa vez num jantar dado pela Mellark´s Alimentos.

Dessa vez, varias pessoas, incluindo a socialite Bárbara Dias e Fabianne Donato, fizeram fila para cumprimentar o filho do meio, Peeta Mellark e sua namorada Katniss Everdeen, que segundo os comentaristas, foi eleita a mais bonita da festa. Peeta Mellark, é melhor ficar de olho ein!

Teria sido mais um evento comum se alguns jovens não tivessem invadido o palco e feito uma apresentação surpresa. O que surpreendeu a todos foi que esses jovens foram Clove Fuhrman, Cato Ludwing, Madge Undersee, Annie Cresta e Marvel Quaid, filhos dos irmãos e parentes do Sr. Mellark. Eles tocaram um rock de alguma banda em que os repórteres não conseguiram identificar e todos ficaram agitados.

Após a apresentação surpresa, o salão Central Capital como um devido pedido de desculpas, serviu seu famoso drink.

Mas o que ninguém contava era que alguns drinks estavam batizados com laxante, o que levou vários empresários e socialites a passarem, digamos... um aperto. O pior foi que os banheiros, de alguma forma estavam trancados e então, todos passaram GRANDES apertos e não aguentaram. A diretoria do Central Capital disse que não havia nada a declarar e que iria investigar sobre os problemas do laxante e dos banheiros.

Leio isso e começo a rir lembrando da cena cômica. Pena que não houveram mais detalhes. Embaixo avia as fotos. Tinha uma minha com o Peeta, mas as outras eram do povo passando, digamos... aperto.

– Deixa eu ver – fala Peeta e ele se debruça sobre a revista para ver também e começa a rir junto comigo – Pena que não entraram em detalhes... mas tinha uma empresa de teve marcando o evento e aposto que com todo esse escândalo, todo mundo já deve estar falando na TV

– É mesmo! Vamos la ver! – eu falo

– Calma ai, mocinha. Termine de comer primeiro – orienta tia Clemilda

Peeta e eu terminamos de comer e vamos pra sala. Ligo a tv e fico procurando algum canal que estivesse passando a noticia do evento.

Não sou decepcionada e logo acho o canal que fez a cobertura completa. Estávamos assistindo e dessa vez com detalhes até que a repórter fala algo que chama minha atenção:

– Pois é, Peeta Mellark, acho melhor você ficar esperto. Já teve muita gente ligando aqui e pedindo o telefone da sua namorada. Você não é fraca não ein, Katniss. Abre o olho, garoto – a repórter fala, bem humorada, num tom divertido

– Já estou com os dois bem abertos – fala Peeta como se a repórter fosse ouvir e eu rio.

– Caramba! Katniss, você arrasou! – Prim exclama. Nem sabia que ela estava do meu lado no sofá

– Valeu, Prim – falo

– Peeta, pelo jeito você terá problemas – Prim fala rindo

– Vou começar a tomar cuidado – Peeta fala e me puxa pra ele, o que nos faz rir ainda mais

– Temos que ir comprar meu baixo! – lembro repentinamente. No ensaio de quarta não tocamos, na verdade. Ficamos decidindo onde seria o ensaio, já que o Josh tinha levado a maioria dos instrumentos, onde e quando iriamos comprar os equipamentos etc.

– Ah é! – Peeta parece se lembrar – Vamos?

– Vamos – respondo

– Vó! Vou sair! – grito pra avisa-la e saímos de casa de novo

– Em que loja vamos? – pergunto – No shopping?

– Sim, vamos no shopping que já achamos tudo – ele responde sorrindo. Amo quando ele sorri. É diferente de todos os outros sorrisos que já vi.

– Ok, vamos – falo retribuindo o sorriso e vamos pro shopping

Ao chegarmos, vamos direto pra uma loja de música, onde acharíamos os equipamentos pra banda.

– Esse aqui, ó amor – Peeta mostra um baixo todo preto.

– Parece com o da Wendy, da fireflight – observo – A única diferença é que o dela foi projetado especialmente pra ela.

– Realmente – ele fala

– Vocês precisam de ajuda? – pergunta um vendedor

– Ah, sim. Queremos... – Peeta fala dos equipamentos e instrumentos que temos que comprar, como é feita a entrega, essas coisas.

Depois de tudo acertado, compramos o meu baixo preto e a guitarra branca do Peeta, os equipamentos etc.

– Vamos tomar sorvete? – pergunta Peeta

– Vamos – respondo e procuramos um quiosque e pedimos os sorvetes

Sentamos numa mesa da praça de alimentação.

– Peet – falo chamando a atenção dele – Você vai mesmo tentar pegar os caras?

– Eu vou – ele fala

– E por onde começamos? – pergunto

– Pois é. Não tinha pensado nisso – ele fala e eu começo a rir dele

– Eu tenho uma ideia! – falo quando uma ideia vem na minha mente

– Qual? - pergunta

– Vai ser difícil... mas se ele disse que terá ataques, vamos virar a mesa em algum deles. A gente só tem que ir mais rápido – eu falo

– Boa. Então esperamos o próximo ataque pra descobrir alguma coisa e tentamos bolar um plano para pegá-los – ele fala

Conversamos mais um pouco até que decidimos ir pra casa novamente. Hoje a noite teria o ensaio da banda.

Estávamos caminhando, de boa, quando vejo uma revista com a minha foto estampada e várias pessoas em volta da banca pra comprar. Umas pra saber as fofocas, outras pra ver como as pessoas estavam no jantar.

– É ela! Katniss Everdeen! – alguém grita o meu nome quando me vê e de repente me vejo cercada por um monte de gente pedindo pra tirar foto comigo e autógrafos. Outros também queriam tirar foto com o Peeta. Pra falar a verdade, as MENINAS queriam tirar foto com ele e vários garotos comigo. Teve uns que tentaram passar a mão em mim, mas o Peeta percebeu e me puxou pra ele, num gesto possessivo.

Tiramos tantas fotos que minha boca já deve estar paralisada de tanto sorrir.

Por fim conseguimos sair do shopping, eu já tava com medo pensando que era um ataque de todo aquele povo.

– Ufa! Eu to cansada – falo quando conseguimos chegar no carro

– Também. Nunca pensei que iria ser atacado por fãs loucos – fala Peeta que teve sua camiseta rasgada e sua roupa amassada.

– Vamos logo pra casa antes que alguém nos veja – falo quando vejo o povo saindo do shopping nos procurando. Peeta não hesita em acelerar bastante e saímos do estacionamento do shopping.

Vamos pra casa e Peeta me conta que pediu pra entregarem tudo na casa de Gale, já que o mesmo tinha uma bateria.

Ao entrarmos em casa, vemos minha vó e minhas tias quase saindo.

– Onde vão? – pergunto

– Vamos visitar pela ultima vez, a sua mãe – fala tia Clemilda

– Nós vamos com vocês – falo por mim e Peeta. Ela deve estar melhor, pois os remédios já devem estar sendo aplicados.

Vamos novamente pro carro de Peeta enquanto elas e a Prim vão pro carro das minhas tias.

Chegamos no hospital e já vamos direto pro quarto da minha mãe.

– Ainda bem que chegaram! – exclama o médico da minha mãe assim que entramos no quarto – Senhor Mellark, os remédios já chegaram e houve uma melhora. Se tudo der certo, ela sai do coma semana que vem!

Ao ouvir essa noticia, todos nós comemoramos e eu por impulso, abraço o Peeta, que não se afasta do contato.

– Ah, aqui está o cheque – fala Peeta tirando um cheque do bolso e entregando pro doutor, que até esfrega as mãos para pegá-lo.

– Obrigada, senhor Mellark – o médico fala e trata de guardar o cheque – Bem, acho melhor eu me retirar. Qualquer coisa é só irem na minha sala

Então ele sai da sala. Minha vó e as tias ficaram felizes com o efeito do remédio e agora conversavam animadamente em volta da cama. Pelo menos tiveram uma noticia feliz antes de viajarem.

– Gente, infelizmente temos que ir agora – fala minha tia Clemilda após termos ficado uma hora no quarto.

– Vocês vão em casa pra pegar as coisas? – perguntei

– Não, já colocamos tudo no carro. Você só tem que levar a Prim – fala tia Clarisse

– Ok, então – eu concordo e saímos do quarto. Descemos e vamos para o carro delas, para a despedida.

– Tchal tia... – começo a me despedir juntamente com Peeta e Prim

– Vocês vão ficar bem mesmo? – pergunta tia Clarisse preocupada

– Vamos sim, tia. Afinal, já fiquei com a Prim antes – falo

– Vocês dois, juízo. Não quero ter bisnetos agora e tenho certeza que a Clara também não quer netinhos – fala minha vó pra mim e Peeta e ficamos constrangidos e corados. Prim começa a rir.

– Claro, vó – falo de cabeça baixa ainda corada. De repente o meu tênis ficou tão interessante...

– É bom mesmo. Ainda estou de olho em você, Peeta Mellark – minha vó fala com uma voz ameaçadora e o Peeta se encolhe todo, com medo. Começo a rir da cara dele.

Rio tanto que minhas tias, avó, Prim e até mesmo o povo que passava na rua olhava. O Peeta fez uma cara MUITO engraçada.

– Kat... na boa, não precisa exagerar – fala Prim com vergonha do povo que tava olhando. Eu nem sou escandalosa, magina (ironia modo on)

– Bem, então tchal Prim, tchal Katniss e Peeta – elas terminam de se despedir de nós, entram no carro e vão embora.

– Vou sentir falta delas – comento quando entramos no carro de Peeta

– Eu não – fala Prim e eu olho pra ela assustada – Fala sério, Kat, elas ficaram me enchendo o saco a semana toda. Enquanto você e o boy magia passeavam e ficavam se agarrando elas me obrigaram a limpar o meu quarto inteirinho, centímetro por centímetro, me obrigaram a arrumar e limpar a casa todinha TODOS OS DIAS. Elas até me viram com o Dylan e perguntaram se eu não era lésbica. Me fez passar a maior vergonha.

– Te viram com o Dylan é? – pergunto num tom malicioso

– Cala a boca, Katniss – ela exclama irritada enquanto Peeta e eu rimos – Ele é só meu amigo

É, ela ainda não sabe que eu sei que ela tava beijando o Dylan naquele dia.

– Tudo bem, Prim, tudo bem – falo em tom de rendição – Mas hoje tem o ensaio da banda, você quer ir?

– Quero! – ela diz entusiasmada – Finalmente alguma coisa legal!

Chegamos em casa e já eram três da tarde. Prim sobe pro quarto dela enquanto Peeta e eu vamos pro meu quarto.

Estávamos de bobeira conversando até que pergunto:

– Peet... sobre o assalto, devemos contar a Jo e o Gale sobre o que pretendemos fazer?

– Não sei... não quero envolver mais ninguém nisso. Eu nem queria que você se envolvesse

– Posso saber o por que disso? – pergunto irritada

– Porque eu nunca vou me perdoar se acontecer alguma coisa com você – ele fala bem próximo de mim. MUITO próximo.

– Mas por que? – pergunto sem recuar

– Você não sabe mesmo o quanto eu me preocupo com você – ele fala e vai se aproximando. Quando ele me beija, não me preocupo com mais nada. Tudo some pra mim. Só há Peeta e eu. É uma sensação maravilhosa.

Ficaríamos assim se não fosse por minha querida irmãzinha que faz o favor de nos interromper. Que droga.

– Gente, antes eu ficava com vergonha, mas agora quem deveria ficar são vocês! Pelo amor de Deus, Kat. Dá pra vocês pararem pelo menos um mísero minuto? – fala Prim – Vocês tem tanto mel que daqui a pouco vou ficar diabética!

– Calma ai, Prim – falo irritada – O que você quer?

– Vim perguntar que hora é o ensaio – ela fala

– Seis da tarde - falo

– Ah ta. Valeu – ela fala e sai

– Bem... é... vamos... fazer alguma coisa? – pergunto constrangida

– Vamos... mas o que? – ele pergunta

– Já sei! Vamos planejar sobre o que fazemos no próximo ataque – lembro do que estávamos, praticamente, conversando antes... do beijo

– Poderíamos... – ele começa a falar um plano. É bom, mas tem muitas falhas. Se algo der errado, tudo está comprometido. Mas se der certo, ganhamos e colocamos os bandidos na cadeia

– É bom, Peet. Mas se algo der errado, nos ferramos completamente –observo

– Realmente – ele próprio concorda – Queria que a Fox e a Clove estivessem aqui...

– Também... Elas são ótimas com planos – concordo e tentamos fazer mais um plano, mas não dá certo... de novo. E não é por nada não, mas estou me sentindo a detetive. Tipo Sherlock Holmes.

– Acho que temos que encarar logo a verdade – falo

– Qual? – ele pergunta confuso

– Precisamos da ajuda deles – falo

– “Deles”? – pergunta Peeta

– Sim. Jo, Gale, Clo, Fox, Cato, Marvel, Annie, Finn, Mad – falo

– Mas eu não quero envolver mais ninguém!

– De qualquer forma, eles já estão envolvidos. Se os caras querem pegar a gente, eles sabem com quem andamos. Nós que estamos no escuro, não eles. Nós estamos nos arriscando. Eles sabe até o que comemos no café da manhã!

– É, mas se eles sabem de tudo, eles devem saber que estamos fazendo um plano – ele tenta argumentar

– E é por isso que não podemos estar sozinhos - falo

– Kat! Já to pronta! Podemos ir agora? – Prim fala invadindo o quarto

– Mas que horas são? – pergunto atordoada

– Cinco e meia da tarde – ela fala

– Já? – pergunta Peeta espantado assim como eu

– Já – ela confirma

– Então vamos – fala Peeta

– É, vamos logo antes que a Jo nos mate – falo e vamos pro carro

Peeta começa a dirigir pra casa do Gale e quando olho na janela tenho a impressão de ter visto uma sombra atrás de uma árvore que fica em frente a minha casa. Deve ser só impressão. Estou ficando paranoica.

Vamos pra casa do Gale e tocamos a campainha. Quem atende é um garoto que deve ter a idade da Prim. Esse deve ser Rory, o irmão mais novo de Gale.

– Oi. Vocês devem ser da banda do Gale. Né? – pergunta

– Sim – respondo – Eu sou Katniss e esses são Peeta e minha irmã, Prim

– Rory – ele fala – Entrem ai

– O Gale esta lá na garagem – ele continua – Pediu que vocês fossem pra lá

– Obrigada – agradeço e ele indica onde fica a garagem

Vamos pra garagem do Gale e ele e Jo já estão lá. Jo com sua guitarra preta já conectada ao único amplificador do Gale.

– Eae petniss – Jo fala – Quem é essa?

– Oi Jo – Peeta e eu falamos – Essa é minha irmã, Prim

– Oi gente – cumprimenta Gale se levantando. Ele tava ajustando alguma coisa na bateria.

– Oi – nós três cumprimentamos

– Prim, você é muito bonitinha. Tem certeza que é irmã desse encosto? – fala Jo

– Ainda tenho minhas duvidas – ela fala e as duas começam a rir

– Ei! – falo e dou um tapa no braço do Peeta. Ele nem me pergunta mais o por que deu ter batido nele

– Essa é das minhas – Jo fala e faz um toque com a Prim

– Vamos começar? – pergunta Gale

– Vamos – Peeta concorda e pega sua guitarra provisória, conectando-a no pequeno amplificador de Gale. O Rory emprestou a guitarra dele pro Peeta até que ele não comprasse a nova. Como ele não tem um baixo, eu to sem tocar nada. O microfone também é ligado no mesmo amplificador, o que faz o som ficar uma confusão total e não tem os mesmos equipamentos que tínhamos na casa do Peeta. Por isso precisávamos de equipamentos novos.

Começamos o ensaio normalmente, com Prim sentada num sofá que tem lá e logo depois Rory também sentou-se lá e ficou assistindo o ensaio e conversando com ela.

– Gente! Para ai, meu celular ta tocando! – grita Peeta e nós paramos

– Quem é? – pergunto. Nada curiosa né?

– Dylan – ele fala e logo em seguida atende.

Ele fala e quando termina está com um semblante preocupado.

– O que aconteceu? – pergunto

– O Dylan. Ele está numa festa – fala Peeta

– E dai? – pergunta Jo

– Dylan parecia estar bêbado, deve ter me ligado por engano – Peeta fala – Ele falou coisas sem sentido... to preocupado.

– Calma – falo – Ele deu alguma indicação de onde estava?

– Não... só falou alguma coisa sobre kiss and love – Peeta fala

– Kiss and love? É uma das baladas mais legais da cidade! – Jo exclama

– Como você já foi lá? – pergunta Gale

– Eles permitem a entrada de todo mundo, inclusive menores de idade – Jo fala – Só tem um problema: lá as vezes parece um bordel

– E meu irmão tá la! – fala Peeta nervoso

– Ah, relaxa. No máximo ele deve estar pegando uma menina ou bêbado – fala Jo como se nã fosse nada de mais

– O DYLAN TA FAZENDO O QUE? – ouço Prim gritar

– Quem é Dylan? – ouço Rory perguntar pra ela

– Mas quantos anos ele tem? – pergunta Gale perplexo

– Quatorze! – Peeta exclama

– Nossa! Então é melhor você ir atrás dele – Jo fala – Pensei que ele fosse mais velho. Lá tem bastante bandido e sempre tem confusão, mas a balada é legal

– Eu vou lá – Peeta fala

– Eu vou com você – falo

– Não vai não. O Gale vai comigo. Se lá tem muito bandido, é perigoso... – Peeta fala

– Ah, vou sim. Não vou te deixar ir sozinho com o Gale num lugar onde tem um monte de prostitutas - falo

– Ok, então vamos. As crianças ficam – Peeta fala

– Que crianças?! – Prim e Rory exclamam bravos por serem chamados assim

– E vamos deixar eles sozinhos? – Gale pergunta – Minha mãe ainda tá trabalhando

– Eu fico com eles – Jo fala – Se eu for, vou querer ficar por lá

– Você?! – perguntamos surpresos

– Sim. Aproveito pra ensiná-los sobre a vida – Jo fala dramaticamente

– Não! Você não vai ficar ensinando coisas pervertidas pra minha irmã! – falo – É melhor eles ficarem sozinhos mesmo

– Ei! – Jo fala e dá um tapa no braço do Gale

– Gente, vamos logo – Peeta intervém – Jo, você fica com eles.

– É, passa o endereço – Gale pede e Jo fala o endereço

– Vamos logo – Peeta nos apressa, preocupado

Saímos da casa de Gale e vamos pro carro do Peeta. Ele põe o endereço no GPS e começamos o trajeto.

Estava até tudo bem quando entramos numa avenida e nos ferramos. Tá o maior trânsito. Vamos ficar presos aqui no mínimo duas horas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então???
Comentem por favor, principalmente agora que a fic está tomando um rumo diferente e eu quero muito a opinião de vocês.
Bjsss
Maah Santos