Na cozinha da residência dos Mills-Hood, Natalie prepara um sanduíche, enquanto espera junto com Ronald e Capitão a chegada de Robin e Regina junto da pequenina Willow.

–Onde será que eles estão, Capitão? – pergunta Natalie ao cão, sem é claro, esperar respostas – Já eram para estarem aqui à mais de meia hora! – de repente, Natalie se encolhe todo de uma forte dor... embaixo do peito. Ela vem sentido essas dores desde manhã cedo, mas resolveu não falar com Ronald. Capitão chega perto dela, à cheirando – Está tudo bem, Capitão. Está tudo bem.

Capitão imediatamente fica alerta, levantando as orelhas e correndo direto para a porta. A porta se abre, e dela, entram finalmente Robin e Regina, segurando uma cadeirinha de bebê que protegem dos alegres e eufóricos pulos de Capitão. Natalie se aproxima lentamente deles, mas não muito, tentando demonstrar o mínimo de dor possível, pela qual já está passando aos poucos. Ronald também vem chegando da sala, se aproximando para dar um abraço apertado nos pais e espiando de leve a adormecida e pequena irmãzinha.

–Está vendo, Willow? – diz Robin, pegando a pequena bebê no colo com todo o cuidado do mundo para não acorda-la – Ele é seu irmão; aquele quem o papai te disse que vai por medo em seus namorados. – Ronald se aproxima da irmã e pega na sua minúscula mãozinha.

–Natalie. – chama Regina – Venha ver sua irmãzinha!

–M-minha irmãzinha? – ela fala se aproximando aos poucos.

–Mas é claro. – diz Robin, embalando o bebê – Você e Capitão fazem parte da família agora!

–Então... se ela é minha irmã e Ronald meu irmão, então vocês seriam meus pais?

–Bem, se quiser nos chamar assim... – diz Regina.

–Não! Não! Tudo bem. Regina e Robin já está ótimo para mim.

Ronald a abraça pelo ombro e sorri, bagunçando de leve seus cabelos. Então, todos se dirigem para a sala, incluindo Capitão. Ronald e Natalie perguntam o motivo da demora de Regina e Robin, que disseram que fora porque a pequena Willow havia vomitado o banco de trás inteiro, incluindo as roupas de Regina, então tiveram que parar o carro e pelo menos limpar um pouco as coisas.

A tarde chega. Regina e Robin colocam a pequena Willow no berço, que atualmente se localiza no quarto deles, e resolvem ir descansar um pouco de todo o cansaço que tiveram nos últimos dias, além de terem de ir mais tarde em uma festinha de comemoração no Granny’s pelo nascimento da pequena. Enquanto isso, Ronald e Natalie ficam na sala, jogando videogame juntos, com Capitão deitado aos pés de Natalie, como um quentinho cobertor.

De repente, a campainha toca. Ronald, preguiçoso como um típico adolescente, implora para que Natalie abra a porta. Sorte a dele que ela já estava indo na cozinha para beber alguma coisa. Natalie anda até a porta e a abre, revelando uma espantosa figura de um ofegante e desesperado Killian.

–Sr. Killian? – fala Natalie espantada e até um pouco assustada – O que o traz aqui? Está tudo bem com o senhor?

–Natalie... – ele fala muito ofegante – precisamos conversar! Urgentemente!

–O seria tão urgente?

–É... muito importante, mas precisa ser em outro lugar!

–Por que não pode ser aqui?

–Confie em mim, aqui e agora não são os lugares certos para essa conversa!

–Espere um pouco que eu tenho que falar com o Robin e a Regina.

–Não! Você não pode falar com eles! Eles nunca irão concordar!

–Sr. Killian... – ela fala fechando devagar a porta – o senhor está me assustando...

–Por favor, Natalie! Confie em mim!

Antes que Natalie possa falar qualquer coisa, ela se agacha novamente daquela mesma dor, mas desta vez é mais forte do que nunca e ela acaba caindo no chão. Killian rapidamente a socorre, pegando-a no colo.

–Natalie? – ele chama por ela – Natalie?! – Killian se desespera e tenta acorda-la, mas não adianta.

Da porta, acaba surgindo Ronald junto de Capitão, que logo vai até Natalie e começa a lamber sua testa.

–Sr. Jones... o-o que houve com Natalie? – pergunta Ronald assustado – E o que faz aqui?

–Não dá tempo de explicar, garoto o que você tem que saber nesse momento é: eu toquei na campainha de vocês, Natalie atendeu, acabou desmaiando com uma dor terrível que eu acho que ela estava sentindo e agora precisamos leva-la ao hospital!

–Tá, tudo bem, vou avisar meus pais!

–Onde eles estão?

–Dormindo, aproveitando que a bebê está dormindo.

–Não vai dar tempo! – sem mais nem menos, Killian ajeita melhor Natalie em seu colo e sai correndo com Capitão logo atrás dele.

–Sr. Jones, aonde vai?

–Levar Natalie ao hospital! Avise seus pais!

Ronald pensou em o contrariar, mas logo desistiu e foi fazer o que Killian mandou.

–Não se preocupe, minha garotinha! – diz Killian, enquanto corre como um cavalo de corrida pelas ruas de Storybrooke – Papai disse que sempre irá te proteger, e uma coisa que os piratas fazem bem, é guardar as suas palavras! – e ele a beija na testa, muito apavorado de que algo terrível tenha acontecido com sua garotinha.