'Eu Te Amo' Não É Dito Apenas Com Palavras escrita por black rose


Capítulo 1
Um jeito único de dizer 'eu te amo'


Notas iniciais do capítulo

Finalmente é 14 de fevereiro!!!!! o/!!!! E como prometido, ta aí o especial de valentyne's day com gostinho de chocolate pra vocês! >.o Pode conter um pouco de ooc, ok?! Divirtam-se!!!



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- Feechaa! Fecha logo, merda! Droga... droga de armário! – bateu com tudo a porta do armário, finalmente fechando-a, só para então no minuto seguinte se dar conta de que só havia pegado o livro de Física, o de Biologia ainda continuava lá dentro. – Droga! Droga! Droga! – xingou irritado enquanto socava o armário – O que foi?! Perderam alguma coisa aqui? – rosnou para os demais estudantes que transitavam pelo corredor e o encaravam entre surpresos e assustados perante o seu acesso de raiva com o pobre armário. Não precisou falar duas vezes, em menos de um minuto o corredor já se encontrava vazio, exceto por ele. Em qualquer outro dia teria achado aquilo interessantíssimo, mas naquele dia em particular estava com os nervos à flor da pele, irritado demais pra se divertir observando as reações de seus amados humanos.

Voltou a xingar e a socar o armário enquanto recuperava seu livro de Biologia. Estava no intervalo da segunda para a terceira aula, mal havia começado o dia e ele já sentia ganas de matar alguém, principalmente se esse alguém fosse alto, loiro e cretinamente bonito. Aquele maldito desgraçado! Pegou os livros que havia deixado no chão para poder socar a vontade o armário e fez o caminho de volta para a sala de aula a passos duros. Sua expressão não era das melhores, não era à toa que os desavisados que cruzavam com ele se afastavam automaticamente quando olhavam em seu rosto. Desviou do próprio caminho ao virar um corredor à esquerda ao invés de ir para a direita onde ficava sua classe; iria dar uma passada no bebedouro, talvez um pouco de água conseguisse acalmá-lo um pouco. Contudo, ir até lá só fez com que sua raiva triplicasse.

Shizuo estava ali. Por si só isso já seria o bastante para irritá-lo profundamente naquele dia, mas o fator adicional, o que multiplicou sua raiva, foi a presença de uma outra pessoa. Vorona. Ah, como odiava aquela garota... A loira não perdia uma chance sequer de se jogar pra cima de Shizuo, e agora não estava sendo diferente, era óbvio que ela não perderia a oportunidade de presenteá-lo com chocolates no dia dos namorados.

Lhe causou repulsa ver a garota sorrir e estender um embrulho vermelho com corações prateados estampados para Shizuo e este aceitá-lo sorrindo. Sorrindo! As palavras “homicídio duplo” nunca lhe pareceram tão tentadoras. Não pensou muito antes de levar a mão direita ao bolso da calça e sacar seu canivete, não o habitual, um menor, porém, tão perigoso quanto; abriu-o e o lançou com força na direção dos outros dois, fincando-o na parede perigosamente perto da cabeça de Vorona.

- Ops! Escorregou da minha mão. – rosnou entre dentes de forma irritada e ameaçadora, tendo o prazer de ver a garota encará-lo com evidente medo nos olhos. Sequer olhou para Shizuo antes de virar-se e seguir pelo mesmo caminho de antes, mas ao invés de entrar na sala seguiu direto pelo corredor, indo em direção às escadas que davam acesso ao terraço.

Os livros foram deixados de qualquer jeito no chão, praticamente jogados. Estava com raiva. Muita, muita raiva. Com raiva daquele maldito dia dos namorados, com raiva daquelas malditas garotas que presentearam Shizuo com chocolates – sete, somente naquele início de manhã. Com raiva do professor de Biologia, por ter cismado em dar a porra de um teste surpresa, que inclusive iria perder por estar ali naquele momento. Com raiva da droga do armário que havia emperrado; com raiva do maldito bebedouro que nem chegara a usar; com raiva daquela vadia insossa – também conhecida como Vorona – que estava sempre se jogando pra cima de Shizuo com aquele papinho furado de “amigos”. Com muita, muita raiva de Shizuo, aquele cretino filho da puta, seu namorado inclusive, que estava sendo gentil demais, educado demais, simpático demais para o seu gosto com todas as garotas que o haviam presenteado com chocolates. E com muita, muita raiva mesmo de si próprio, por ter sido incapaz de mascarar as próprias emoções como sempre fazia, havia se descontrolado vergonhosamente por conta de ciúmes. Ciúmes! Soava ridículo até em pensamento.

Izaya permaneceu ali por bastante tempo, o suficiente para que chegasse o intervalo para o almoço. Havia se acalmado um pouco, bem pouco, mas ainda não estava a fim de ver ou falar com ninguém, menos ainda com o loiro que acabara de cruzar a porta e adentrava o terraço naquele instante. Cruzou os braços e fechou a cara, logo virando o rosto para o outro lado, numa atitude bastante infantil ele sabia, mas no momento não se importava, queria deixar bem claro o quão irritado estava.

- Eu estava te procurando. – o loiro disse quando chegou perto o suficiente, sendo completamente ignorado pelo moreno. Suspirou. – O que deu em você hoje? Precisava mesmo ter jogado aquele canivete? A Vorona ficou bastante assustada com aquilo, sabia?

A simples menção daquele nome fez Izaya apertar os punhos e rilhar os dentes antes de voltar-se para o loiro com os olhos perigosamente estreitos.

- Ah, então foi pra isso que você veio? Pra tirar satisfação comigo por eu ter assustado a... Vorona? – praticamente cuspiu a palavra – Se está assim tão preocupado devia ir ver como ela está. Vai lá, vai procurar a sua namoradinha.

O loiro sorriu de canto, um sorrisinho bem malicioso por sinal antes de responder:

- Mas é exatamente isso o que eu estou fazendo. Vim ver como está a minha namoradinha. – dito isto teve que se abaixar para não ser atingido bem no meio da cara pelo grosso livro de Biologia que o moreno jogou.

- Quem você disse que é a sua namoradinha? – perguntou num tom falsamente calmo enquanto segurava ameaçadoramente o livro de Física, tão grosso e pesado quanto o de Biologia.

Shizuo sorriu de canto em resposta e teve que usar de seus ótimos reflexos novamente para não ser atingido pelo livro. Adorava ver Izaya todo irritadinho por conta de ciúmes, por isso às vezes era simpático até demais com algumas garotas, incluindo Vorona, sempre soube que o moreno não gostava dela por achar que ela não queria ser apenas sua amiga, e ele estava certo, desde o início percebeu que a garota tinha outros interesses além de amizade, e tratou logo de deixar bem claro que não aconteceria nada entre eles, afinal de contas, não era nenhum cafajeste para ficar iludindo a garota. Ela entendeu, inclusive aceitou a amizade oferecida pelo loiro, mas ainda assim deixou claro também que não desistiria de conquistá-lo. Pelo menos não até se ver na mira do canivete de Izaya.

- Você só veio aqui pra me irritar, não é? – o moreno cruzou os braços, extremamente irritado.

- Vim ver como você estava, já disse. – respondeu simplesmente.

- Estou ótimo, não está vendo? – rosnou sarcástico – Se era só isso, já pode voltar para as suas fãs. – seus olhos foram atraídos para a grande sacola que o loiro carregava, tornando-se ainda mais estreitos – Que pelo visto, são muitas. – continuou – Oh, olha só! Algumas até vieram te buscar, Shizu-chan! – gesticulou brevemente em direção à porta, onde algumas garotas se amontoavam ali para observá-los.

Shizuo olhou na direção indicada e reconheceu-as, eram as garotas que o haviam abordado mais cedo. Sorriu de canto ao voltar-se para Izaya, se aproximando mais um pouco de seu emburrado namorado.

- Elas não são exatamente minhas fãs.

- Não, é claro que não. São minhas. – rebateu com sarcasmo.

- Na verdade, de certa forma elas são mesmo suas fãs.

Os olhos de Izaya brilharam de forma perigosa enquanto ele os estreitava. Shizuo estava mesmo querendo morrer se pretendia fazê-lo de idiota.

- Claro. Minhas fãs... E exatamente por serem minhas fãs é que elas presentearam você com chocolates ao invés de dá-los a mim. Realmente faz todo sentido, Shizu-chan, obrigado por me esclarecer isso.

O tom de voz forçadamente suave somado à expressão claramente homicida no rosto do moreno alertou Shizuo de que ele estava prestes a ser estrangulado até a morte ou então esquartejado pelo canivete que sabia estar no bolso esquerdo da calça de Izaya. E pelo bem de sua própria vida decidiu esclarecer logo aquela história, já havia se divertido o suficiente com os ciúmes do namorado.

- Já deu uma olhada no espelho? Sua expressão não é a das mais simpáticas, sabia? – sim, Izaya sabia, e exatamente por isso não interrompeu o loiro, aguardando não tão pacientemente a formidável explicação – Elas pretendiam ir falar com você primeiro. – continuou – Mas você estava tão assustador que elas ficaram com medo e acharam que seria mais seguro falarem comigo. – disse em tom levemente risonho como se achasse graça nas palavras que havia acabado de pronunciar. – Esses chocolates aqui. – indicou a sacola que segurava – São nossos. Não meus ou seus, nossos.

- Ok... E pode me explicar por que motivo elas dariam chocolates a nós dois? - Izaya estava entendendo cada vez menos daquela história sem sentido e em sua opinião, Shizuo não falava coisa com coisa.

- Elas sabem sobre nós. – falou Shizuo. O moreno arqueou uma sobrancelha.

- Sabem o quê sobre nós? – perguntou, vendo o loiro revirar os olhos antes de responder:

- Que nós namoramos. O que mais seria?

Izaya ficou um pouco surpreso – bem pouco – não que o fato de eles namorarem fosse um segredo – embora eles não saíssem por aí espalhando – mas já haviam se agarrado em mais cantos daquele colégio do que podiam se lembrar, e isso geralmente depois de suas habituais lutas. Ninguém os seguia ou os procurava depois pra saber onde estavam ou o que estavam fazendo; e eles definitivamente não eram do tipo romântico, não ficavam se abraçando ou beijando carinhosamente por aí. Até mesmo Shinra e Kadota, os amigos mais próximos, só souberam por que os próprios contaram.

- Como?

- Aquela ali, a de óculos – Shizuo apontou para uma das garotas, uma baixinha de cabelos negros e lisos usando óculos simples de lentes retangulares – Oigawa... Okinawa, eu acho...

- É Hanekawa! – a tal garota corrigiu, mostrando que podiam ouvir muitíssimo bem a conversa deles de onde estavam.

- Bem, ela viu a gente saindo daquela sala vazia no terceiro andar. – continuou o loiro – Achou aquilo estranho, por estarmos inteiros e juntos, então passou a nos observar, e... bom, viu você me puxando pra dentro do vestiário, viu a gente se agarrando atrás do ginásio, e também já nos viu aos beijos aqui mesmo no terraço. – deu de ombros.

- Ok... E onde exatamente entra a parte das fãs?

- Ela e as amigas são fãs de mangá BL. – explicou, sorrindo de leve quando o moreno disse um baixo “Oh”, compreendendo perfeitamente o porquê de eles terem fãs.

- Então quer dizer que agora temos um fã-clube, é? – comentou divertido.

- Sim. – o loiro respondeu fazendo uma pequena careta – “Fã-clube Shizaya”.

Izaya riu, verdadeiramente divertido com aquela idéia de fã-clube, e isso fez o loiro sorrir, aparentemente o mau-humor e irritação do moreno haviam acabado completamente... Ou talvez não.

- Isso explica a parte das garotas, mas ainda não explica aquela adorável cena perto do bebedouro. – os olhos castanho-avermelhados voltaram a brilhar de forma um tanto perigosa – Tenho certeza de que a Vorona não faz parte do nosso fã-clube.

Shizuo suspirou, havia comemorado cedo demais em pensamentos, o assunto Vorona era sempre complicado de se tratar com o moreno. Vasculhou por alguns instantes a grande sacola que trazia consigo até retirar de lá o mesmo embrulho vermelho de corações prateados que a loira havia lhe entregado. Se olhar matasse, Shizuo sabia que teria sido fulminado naquele exato momento, juntamente com o embrulho.

- Isso é pra você. – disse ao estender o embrulho para o moreno.

- Oh, é claro! Ela realmente me daria chocolates! – respondeu com raiva – Com certeza estão envenenados.

- Não é um presente dela, é meu.

- Então quer dizer que está querendo me presentear com os chocolates que ela te deu? – as palavras do moreno saíam quase como um rosnado – Acredite, Shizu-chan, chocolates envenenados era uma melhor opção.

Qualquer outra pessoa ali que não fosse Shizuo – ou as malucas integrantes do fã-clube, que não arredariam o pé dali até terem um bom fã-service – já teria corrido de medo de Izaya, o moreno parecia realmente querer matar alguém.

- Eu falei pra ela sobre nós. – disse Shizuo. O moreno, porém, nada respondeu – Nos encontramos no caminho quando estava vindo pro colégio e, ela acabou se confessando pra mim. – de novo, completou em pensamento, mas Izaya não precisava saber disso. – Você estava certo sobre o interesse dela por mim, eu sei! – se adiantou ao moreno, sabendo que ele diria algo e então continuou – Eu disse que seria impossível retribuir os sentimentos dela por que já era apaixonado por outra pessoa. Por você.

Izaya jamais admitiria aquilo para o loiro, mas ouvi-lo dizer que era apaixonado por ele e que deu um fora na loira aguada melhorou consideravelmente seu humor, mas ele conseguiu disfarçar bem isso.

- Se é um presente pra mim, por que estava com ela? – arqueou uma sobrancelha, ainda com os braços cruzados.

- Você sabe que eu não sou a pessoa mais delicada do mundo. – fez uma careta novamente – De alguma forma acabei danificando um pouco o embrulho que a moça da loja fez, a Vorona só me ajudou a fazer outro. – Izaya o encarou de forma desconfiada – É sério. Ela entendeu que não vai rolar nada entre a gente. E mesmo que não tivesse entendido, aquele canivete deixou bem claro, não acha? – disse por fim, conseguindo arrancar um sorrisinho de canto do moreno, sabendo assim que já era seguro se aproximar um pouco mais do namorado, lhe estendendo o presente – Feliz dia dos namorados, Izaya.

O moreno ignorou o fato de suas bochechas estarem um pouco coradas quando aceitou o presente e abriu-o sem qualquer cerimônia. Nenhum dos dois era dado a romantismos, era algo um tanto desnecessário naquele relacionamento, porém, apesar de tudo, como todo casal eles tinham seus momentos e, ironicamente, o mais aberto a demonstrar o que sentia, tanto com palavras quanto por gestos, era Shizuo. Era realmente irônico alguém que declarava abertamente seu amor pela humanidade em geral, ser incapaz de fazer o mesmo com o único indivíduo a quem ele verdadeiramente amava.

Eram opostos, e ao mesmo tempo, iguais; se completavam perfeitamente na verdade. O loiro, embora de personalidade mais quieta e reservada, sempre fora direto e honesto a respeito do que sentia, fosse raiva, desejo, diversão ou amor; não era alguém de meias palavras e definitivamente não sabia o significado da palavra sutileza. Por outro lado, Izaya, sempre tão falante, escandaloso, cínico e provocador, era tão bom em dissimular as próprias emoções que simplesmente não sabia ao certo como agir quando se tratava de seus verdadeiros sentimentos.

Shizuo não se importava com isso na verdade, ele entendia Izaya, sabia perfeitamente como ele se sentia, por que ao contrário do que o moreno achava, ele conseguia sim demonstrar os sentimentos, enfaticamente até, só que de uma maneira um pouco diferente do convencional. Izaya demonstrava seu amor através de seu ciúme exagerado, mostrando que gostava dele o suficiente para ter medo de perdê-lo para outra pessoa; ou então com sua possessividade, deixando bem claro que Shizuo era dele, somente dele e de mais ninguém; com suas provocações, que não passavam de um meio de reivindicar a atenção do loiro, e até mesmo suas ofensas e comentários maldosos, que muitas vezes não passavam de elogios ou agradecimentos distorcidos.

Izaya era complicado. Distorcido e complexo demais, inclusive até para si mesmo, mas Shizuo, simples e transparente como era, era capaz de compreendê-lo perfeitamente. E analisando dessa forma, era simplesmente natural que eles tivessem se apaixonado um pelo outro. Eram opostos perfeitos que se completavam inteiramente.

- Hn. Até que não estão ruins esses chocolates vagabundos que você comprou em alguma lojinha de quinta. – disse o moreno após comer o terceiro bombom.

Qualquer um veria aquilo como um comentário maldoso e muito mal-agradecido da parte dele, e não estariam errados por isso, mas aquele comentário não significava exatamente o que aquelas palavras sugeriam. “Os chocolates são deliciosos. Obrigado”, era o que Izaya realmente queria dizer. Um típico agradecimento distorcido que fez o loiro sorrir e lhe roubar um beijo com gosto de chocolate, fazendo o moreno corar um pouco ante o repentino e carinhoso gesto e vários gritinhos histéricos soarem alto às suas costas. Por um momento ambos haviam se esquecido das fãs ali presentes.

- Nós somos pessoas horríveis, Shizu-chan. Como pudemos nos esquecer de nossas fãs? – o moreno moveu brevemente a cabeça de um lado a outro, num gesto repreensivo. Shizuo arqueou uma sobrancelha, não entendendo o que ele pretendia fazer – Acho que é nossa obrigação compensá-las por isso. Certo?

Shizuo sequer teve tempo de pensar em uma resposta para aquela pergunta retórica, antes mesmo que piscasse Izaya já o havia empurrado contra a grade de proteção, ficando com as costas apoiadas ali. Viu um sorriso de canto, extremamente malicioso, surgir nos lábios do moreno, enquanto os olhos avermelhados brilhavam em divertimento. Só precisou de mais dois segundos para perceber o que Izaya faria em seguida.

- Apreciem o show, meninas! – disse o moreno ao voltar-se para as garotas, em seguida sorrindo e piscando para elas antes de virar-se novamente para o namorado e beijá-lo com verdadeiro entusiasmo.

Os gritos histéricos que se seguiram ao beijo foram quase ensurdecedores, certamente seria uma questão de tempo até que alguém aparecesse ali achando que as garotas estavam sendo violentadas por algum maníaco. Shizuo antes de fechar os olhos e aproveitar o beijo viu duas das garotas desfalecerem ali no chão, uma terceira pressionando fortemente o nariz com ambas as mãos, uma quarta com uma quantidade preocupante de sangue escorrendo pelo nariz e ainda assim não desviando os olhos um milímetro sequer do beijo, enquanto as demais garotas apertavam freneticamente uma determinada tecla nos celulares apontados diretamente para ele e Izaya. Fujoshis são definitivamente estranhas. Estranhas e assustadoras! – foi o que pensou o loiro antes de fechar os olhos e se concentrar no que realmente importava: o beijo.

O ósculo que havia se iniciado intenso e extremamente lascivo, aos poucos foi se tornando mais lento, mais calmo. Havia gentileza naquele beijo, além de carinho, afeto... Era um gesto caloroso, capaz de aquecê-los por dentro, inebriando-os com aquele sentimento morno que acelerava consideravelmente as batidas de ambos os corações. Não era sempre que Izaya se permitia beijá-lo daquela forma, aquele beijo era especial, uma declaração, a maneira mais clara e significativa que o moreno havia encontrado para demonstrar o que sentia pelo loiro. Aquele beijo, Shizuo sabia, era o jeito único de Izaya para dizer “Eu te amo”.

Fim.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram?? *3* Comentem, ok! >.o! Bjs, até meu próximo surto!!! o/!!

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