What's Your Number? escrita por LadySarfagron


Capítulo 2
What's Your Number? - PARTE 2


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um capítulo pra vocês! Um beijo especial pras gurias que leram e comentaram, espero que continuem comigo até o fim dessa viagem. Esse cap é dedicado à vocês! Desculpem os erros desde já. Eu revisei tudo, mas sempre passa alguma coisinha... Boa leitura!



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II

A morena pagou a corrida ao taxista antes de se virar para encarar a mansão dos Berry. Inalou a maior quantidade de ar possível e se preparou para entrar na casa onde viveu a maior parte de sua vida, mas antes que pudesse chegar até metade do corredor ouviu seu nome sendo chamado.

Rachel Barbra Berry Lopez. — Ela virou em direção à voz grossa e exigente que lhe chamava dando de cara com seu pai, Leroy.

Pai. —Um gemido de dor escapou de seus lábios quando o homem chegou perto o suficiente para lhe apertar em seus braços. Em um de seus famosos abraços de urso, ele levantou seu corpo do chão com a mesma facilidade com que fazia quando ela ainda era criança. — Eu não consigo respirar.

Oh querida, eu senti tanto sua falta. Você anda trabalhando demais, precisa arrumar um tempo para o seu velho, estrelinha. — Rachel riu quando o homem teatralmente limpou lágrimas inexistentes.

Eu também senti sua falta, mas nós nos vimos na semana passada, papai. — Rachel revirou os olhos para o olhar dramático que Leroy exibia. — Onde está Santana?

Lá em cima no quarto e ela está uma pilha de nervos hoje. — O homem deslizou os dedos entre os fios grisalhos como se estivesse tentando se lembrar de alguma coisa. — E onde está a famosa Katherine? Achei que fosse finalmente conhecê-la. — Ele pareceu desapontado.

E quando é que Santana Marie Berry Lopez não está uma pilha de nervos? — Rachel rebateu de forma conspiratória sorrindo, se esquivando da pergunta do pai ao subir a escada correndo até o quarto da irmã.

Ainda bem que você chegou Rae, papai está me dando nos nervos. Será que você pode fechar esse maldito zíper pra mim? — A baixinha se aproximou da morena mais velha para fechar o vestido vermelho tomara-que-caia que ela usava.

E quando é que Shelby chega? — Rachel perguntou ao sentar na cadeira em frente à janela e servir um pouco de champagne em uma das taças disponíveis.

Ela não vem.

Como assim “ela não vem”?

Ela me ligou ontem à noite dizendo que se Hiram estivesse presente, ela não compareceria. Então eu disse que ela poderia desmarcar o vôo e pegar o maldito dinheiro dela de voltar porque nem pelo inferno eu excluiria nosso segundo pai de um dos dias mais importantes da minha vida.

Mas S...

Não Rae, por mais que me doa não ter ela aqui, o que ela exigiu não tem cabimento. Shelby fez uma escolha quando largou tudo aqui e foi embora pra New York sem sequer se preocupar em nos deixar e fez outra escolha quando decidiu não vir ao meu casamento por um capricho bobo. Foi uma escolha dela e não minha.

Eu não acredito nisso, vou ligar pra ela agora.

Não, apenas esqueça. — Rachel até tentou protestar, mas foi cortada pela irmã. — Apenas esqueça! Vamos sair mais tarde, combinei com as meninas de ir ao Coyote Ugly para minha despedida. Brittany vai estar com os amigos dela em alguma boate do centro. — Cantarolou a latina sorrindo maliciosa.

Coyote Ugly, hum? O lugar com as bargirls mais gostosas de LA dançando sensualmente em cima do balcão enquanto servem tequila? Parece música para os meus ouvidos. — As duas bateram um high-five sob risadas.

Como eu estou? — Santana perguntou após terminar de passar o batom vermelho sangue nos lábios e virar para encarar sua irmã casula com as mãos na cintura.

Quente como sempre. — Respondeu simplesmente com um sorriso sacana. — Ei Marie, como é mesmo o nome daquela garota com mechas vermelhas com quem eu dormi depois da sua formatura?

— Não me faça te bater logo cedo me chamando de Marie. — Rachel revirou os olhos com um sorrisinho de lado enquanto Santana bufava irritada, ela odiava seu segundo nome. — E você está falando de Ruby Luccas? — A latina parecia confusa.

Isso! Isso mesmo. A inesquecível e incansável Loba. — Repetiu Rachel enquanto anotava o que parecia ser o último nome da lista.

O que é isso? — Quis saber Santana curiosa tentando bisbilhotar o conteúdo da agenda.

Nada demais, apenas algumas falas para o meu brinde. Vamos descer? — Mudou de assunto.

Pois muito bem, vamos chutar alguns traseiros no melhor estilo Lima Heights Adjacent.

Vou fingir que esse comentário não veio com uma pontadinha de medo. — Brincou a baixinha. — Vai descendo na frente, já estou indo.

Não demore muito, anã de jardim. — Gritou Santana antes de descer as escadas e ir encontrar sua noiva.

Rachel encarou os dezenove nomes escritos na folha de papel e pensou “Puta que pariu, mais que merda!”. Ela sabia que para conseguir digerir aquilo seria preciso beber direto da garrafa o resto da champagne e foi exatamente isso o que ela fez.

[...]

Rachel desceu a escada já meio cambaleante, mais da metade da garrafa havia descido goela abaixo. Passou por alguns familiares que lhe cumprimentaram, mas preferiu ignorar a maioria. Quando finalmente chegou a sala, pôde ouvir seu pai discursando para as noivas.

“Estamos aqui para comemorar a união dessas duas mulheres incríveis que tive o prazer de ver crescer. Saibam que nada me faz mais feliz do que ver que minha filha escolheu uma garota tão maravilhosa quanto Brittany para dividir a vida. Mas como tenho certeza de que elas ficariam envergonhadas caso eu começasse a chorar agora, quero chamar minha filha mais nova para terminar isso por mim. Rachel, querida.”

Rachel, que havia acabado de se jogar no sofá, levantou meio a contra gosto ainda com a garrafa de champagne nas mãos e sorrindo caminhou até o centro da sala.

Por onde eu posso começar? Bem, todos sabem que S, B e eu crescemos juntas e desde que eu me entendo por gente nunca vi amor mais sincero e companheiro do que o dessas duas. Olhando para elas aprendi que o amor verdadeiro existe e que ele é bondoso e paciente, não é nada egoísta e pode surgir dos lugares aonde menos esperamos. Me parte um pouco o coração, pois é como se minhas duas irmãs estivessem se casando e isso soa muito mais estranho pra mim do que pra vocês, eu garanto. — Rachel tomou fôlego para continuar enquanto todos os convidados riam do seu aparente estado de embriaguez. —Mas ao mesmo tempo, fico imensamente feliz por Santana finalmente ter criado coragem de colocar um anel no seu dedo Britt. Eu, mais do que ninguém, sei como essa latina estava se cagando de medo de você dizer não. — A loira compartilhou um sorriso divertido com a cunhada enquanto a latina revirava os olhos. — Então é isso. Um brinde às minhas duas irmãs, que estranhamente vão se casar. — A morena gritou levantando sua garrafa antes de batê-la na taça do estranho ao seu lado, fazendo a peça de vidro se estraçalhar na mão dele e todos os presentes gargalharem.

[...]

Um brinde à minha querida irmãzinha, que a partir do próximo mês entrará para o time das encoleiradas. — As cinco mulheres ergueram os copos de tequila batendo uns nos outros antes de virarem a dose de uma vez só. — Então ta, vamos fazer um joguinho para animar as coisas. Que tal se cada uma de nós escrevermos o número de pessoas com quem já dormimos no papel e as outras precisam adivinhar de quem é a cota?

Todas as quatro acenaram em concordância. — Ótimo. — Rachel gritou animada. — Só precisamos de papel, caneta e mais algumas doses. Eu já volto.

A baixinha esperava a bargirl servir as novas doses de tequila quando viu sua ex-chefe se aproximar.

Rachel, que surpresa te encontrar por aqui.

Despedida de solteira da minha irmã. — Rachel deu de ombros. — Mas a surpresa é toda minha chefinha, eu não sabia que você freqüentava lugares como esse. Eu sequer imaginei que você tivesse uma vida social fora do trabalho. — Comentou afiada sem parar para filtrar o que dizia, afinal, não devia mais nada à mulher mesmo.

Olha, eu realmente me senti muito mal por ter te demitido. Mas acho que lhe fiz um favor porque era visível que você não gostava daquele trabalho.

É, mas pelo menos ele pagava minhas contas. — A morena encarou a loira, que parecia realmente atraente no vestido azul-marinho colado que usava.

Me deixa pelo menos pagar sua bebida?

É claro, eu não tenho dinheiro mesmo. Estou desempregada, esqueceu? — Rachel sorriu abertamente antes de pegar a bandeja com os copos já cheios e voltar para a mesa rebolando provocativamente.

Vamos lá San, você começa. — A baixinha ordenou enquanto virava mais um copo.

A latina revirou os papeizinhos dentro de um recipiente que sua irmã havia pegado emprestado para a brincadeira e pescou um. — Quatro. Essa é fácil. Tina.

Certo. — Resmungou a asiática dando de ombros.

Oh meu Deus, sério? Eu realmente achei que você só tivesse transado com o Mike. — Mercedes exclamou surpresa encarando a amiga.

Cedes, por favor, todo mundo sabe que ela também deu para o Blaine, o Rory e o Artie.

Ei, todo mundo uma vírgula. Não é como se eu espalhasse minha vida sexual dessa forma Santana. Apesar de tudo, nada muda o fato do Mike ter sido o meu primeiro e mais importante, ok?

Ok, Tina. É a sua vez.

Oito. Hm... Santana?

O que eu posso dizer? Sou o dobro da mulher que você é. — A latina sorriu convencida batendo um high-five com Sugar.

Ok. Mercedes pode tirar.

Wow! Treze. Sug?

— Culpada!

Sua ninfomaníacazinha vadia. — Santana comentou maliciosa.

Eu apenas não luto contra a minha natureza. — Ela deu de ombros e todas riram menos Rachel, que se sentiu envergonhada por saber que seu número era o maior de todos ali.

Dezenove? — Sugar gritou assim que abriu seu papelzinho, todas encararam a morena baixinha que se encolheu no lugar. — Rachel Berry, eu sou sua fã! — Declarou a mulher de cabelos castanhos estendendo o pedaço papel para rodar de mão em mão.

Eu não me orgulho disso, ok? — A judia só queria um buraco para enfiar a cabeça. — É quase o dobro da média nacional e eu me sinto péssima. Tem um artigo inteiro falando sobre isso e eu achei que esse jogo faria com que eu me sentisse melhor a respeito, mas não me sinto melhor agora. — Rachel soltou um muxoxo, pondo um bico contrariado no rosto antes de ser amparada pelo meio abraço de sua irmã.

Mas isso não quer dizer nada, certo?

Eu li sobre essa matéria. — Comentou Tina. — Foi feita depois de uma pesquisa minuciosa com alguns especialistas de Harvard.

Oh merda! — Grunhiu a baixinha desolada.

Surpreendentemente, você não está ajudando aqui Tina Cohen-Chang. — A latina rebateu fazendo a asiática se retrair no lugar, mas não a impedindo de continuar.

De acordo com a pesquisa, noventa e seis por cento das mulheres que mantiveram relações sexuais com vinte ou mais parceiros não se casaram.

Tem certeza de que são vinte? Oh meu Deus! Eu não posso mais transar. É isso que você está me dizendo? Que eu precisarei fazer celibato até ter certeza de que achei a pessoa certa? — Tina tentou se pronunciar, mas Rachel não permitiu. — Muito bem, eu ainda tenho uma chance e por isso estou fazendo uma promessa aqui e agora. O meu cantinho da felicidade estará fechado até que eu encontre a mulher perfeita para me casar, a número vinte precisa ser a garota ideal e ponto final. Vamos brindar a isso, ok? Eu não serei uma quarentona criadora de gatos e isso está decidido. Então, um brinde ao controle do próprio destino. — Gritou a morena fazendo com que todos os presentes levantassem seus copos, mesmo que eles soubessem à quê exatamente estavam brindando.


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Notas finais do capítulo

Então, vamos estipular uma média de 10 comentários pra liberação do próximo capítulo ou então, um cap por semana, certo?! Eu não sou má, mas sou como a Tinker Bell e preciso de aplausos, no caso reviews, pra viver, ok? Ok. Enfim, isso é tudo, até o próximo, beijinhos de luz!

OBS: Comentem!!!11!11!!1!!!!