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“Talvez isto seja apenas um sinal de que nós não nos odiamos assim tanto.” O Harry sugere

Talvez.

Mas talvez não

Eu gosto da segunda opção.

“Sim, Harry, como queiras.” Resmungo

“Beija-me.” Ele pede e eu rapidamente me viro para ele.

“O quê? Não.” Apresso-me a responder.

“Vá. É óbvio que nos beijámos ontem.” A pessoa que eu mais odeio no mundo argumenta e eu resmungo.

“Sim, mas ontem estávamos podres de bêbados. Alias, já notamos efeitos disso.” Digo-lhe e finalmente me apercebo que a dor de cabeça já não é tão má como antes.

“Mas as pessoas casadas beijam-se.” Ele resmunga e eu bufo.

“Está bem, Harry. Anda cá.” Cedo, apenas para ele se calar, e vejo-o sentar-se à minha beira n o sofá.

Ele aproxima o seu rosto do meu e eu não consigo evitar em afastar-me.

“Vá Violet, é só um beijo.” O humano com cara de caramelo à minha frente insiste e eu acabo por me aproximar dele.

“Porque queres que te beije afinal? Quer dizer, nós casamos sem querer.” Resmungo.

“Não sei, apenas beija-me.”

Os seus olhos fecham-se, mas eu não tenho coragem de fechar os meus. Ele aproxima-se mais um pouco de mim e eu consigo senti-lo respirar contra os meus lábios. O seu hálito ainda cheira a álcool e aposto que o meu também. Finalmente fecho os meus olhos também e sinto algo macio chocar contra os meus lábios.

Afasto-me rapidamente e, quando abro os olhos, vejo que o Harry fez o mesmo.

“Ew.” Ambos dissemos, com cara de nojo.

Levanto-me do sofá e caminho até à sua cozinha calmamente.

“Onde vais?” ele pergunta da sala.

“Lavar a boca.”