Passara-se um ano de treinamento para Lucy e Flare, as duas estavam nitidamente mais fortes e poderosas, mas ainda sim tinham muito que aprender.

Pode se dizer que estavam no mesmo nível de Natsu ou Gray de oito anos atrás. Não era pouco certamente, mas ainda não era o suficiente para as duas. Claro, não seriam doidas de enfrentá-los, mas ainda sim queriam poder caminhar lado a lado deles, sem precisar serem protegidas ou subestimadas.

Como mulheres, era normal serem deixadas na reta-guarda a não ser que você se mostrasse de grande poder, em relação a força ou magia ou então provasse que conseguiam sim se protegerem e para isso precisavam estar ao menos na mesma linha dos outros. Mesmo que estiver com um nível perto, perdendo mesmo que com grande poder iria ser deixada na reta-guarda ou protegida.

Essa era a dura realidade. Por isso, se esforçavam para mostrar que eram sim capazes de lutar lado a lado. Mesmo assim, claramente era duro para elas, talvez Flare conseguisse se dar melhor pelo fato de ter crescido nesse universo e fosse bem resistente.

Só que para Lucy não era bem assim, era fraca não tinha tanta resistência como sua amiga. Por nunca ter sido posta para lutar corpo a corpo antes não conseguia se dar tão bem quando a Chrome pedir para lutar contra qualquer outro gigante seria morte certa. Não era ágil ou rápida o que atrapalhava na hora de desviar de ataques diretos. Realmente estava na pior nesses pontos.

Em compensação tinha magia ao seu lado. Tento mais facilidade para utilizá-las e aprimora-las do que a Flare ou qualquer outro gigante.

Mesmo assim, estaria perdida caso pudessem anular sua magia de alguma forma. Simplesmente não conseguiria fazer nada.

E por isso, todo dia treinava de madrugada, acordava as três da manhã, ia para ao redor da floresta que cercava a campina onde os gigantes vivam e dava de duas a três voltas nela. A área era grande e as voltas cansativas, o sol nascente fazia que a sombra das inúmeras e imensas arvores a protegesse do calor. Quando terminava a corrida já era cinco horas, faltando apenas uma hora para voltar para o acampamento sempre fazia uma seção de treino corpo a corpo com as armadilhas antigas espalhadas pela floresta dos gigantes e armadilhas que ela mesma fizera como também ataques corpo a corpo.

Era o que conseguia fazer sozinha, testava seu limite, mas sem o incentivo de ninguém se cansava fácil e não sabia se o que fazia era a maneira correta ou não. Mesmo assim, tentava.

– Huhuhu... Tentando ser um pouco mais forte princesinha? - A voz conhecida lhe assustara fazendo-a parar com o treino e olhar em volta, nem seus chicotes nem suas chaves estavam pressentes por sempre deixá-las em casa juntamente a Flare. Mesmo assim estava em guarda, pronta para fazer qualquer magia caso necessário.

– Are, are, não adianta se colocar em guarda - A mulher morena de cabelos alaranjados saíra da sombra se colocando em vista da loira.

– Somos mais rápidos do que você - Em um piscar de olhos a mesma mulher de cabelos roxos que roubara suas chaves a um ano atrás estava atrás de si prendendo seus pés e mão.

– Somos mais poderosos - O homem de cabelos loiros e olhos verdes aterrorizantes apareceu também lançou uma magia de tortura em direção a maga celestial que gritou e contorceu de dor.

– Somos mais fortes - A líder a ergueu pela camisa se aproximando do rosto com uma careta de desgosto.

– E você vai fazer o que eu mando - Fala a largando novamente, Lucy cansada só não caí de cara no chão por ainda estar sendo presa pelos pés e mãos pela roxada.

– A não ser claro, que queira que algo aconteça com a sua amiguinha – Afirma mostrando uma lácrima onde a Flare estava dormindo e o garoto de cabelo bicolor sorria maldosamente com uma magia prestes a acertá-la.

– Dê um jeito dela não te seguir e me encontre aqui. Têm duas horas! - Assim, desapareceu novamente nas sombras e ela um tempo depois sentiu os seus braços e pernas sendo soltos.

Desesperada, derramou inúmeras lágrimas. Será que nunca conseguiria ter uma vida feliz?

Será que estava destinada a ter todos retirado de si pouco a pouco?

Será que deveria ficar para sempre sozinha?

Será que todos a quem ama são destinados a sofrer por sua causa?

Onde quer eu eu vá eu firo alguém, o que fazer o que dizer, não sei também