O desespero começou, e tão rápido quando surgiu se espalhou assim como esperado pelo grupo, vários servos e escravos que tinham algum poder começaram a causar caos introduzindo aos outros fazerem o mesmo e os poucos guardas ali já não aquentavam mais segurá-los, temeram o resultado que aquela rebelião poderia causar.

Assim, aos poucos, foram deixando o espaço de fuga livre.

– Okay espertalhão, pode ir me dizendo o plano - Murmura o amigo de Thairo, Jahuar fingindo igualmente como ele ajudar os outros guardas, quando em verdade não o fazia.

– Do que você está falando? - Indagou o loiro fingindo não entender o que o outro queria dizer.

– Não se faça de idiota. De conheço o suficiente para saber que nem uma rebelião te faria sair daquele covil que você chama de quarto. E outra, eu ouço tudo - Fala com um sorriso malicioso surgindo em seus lábios finos.

Okay, Thairo realmente tinha esquecido dos poderes de Jahuar.

– Tsk, se ouve tudo então já sabe - Responde por fim Thairo deixando um pequeno sorriso brincalhão surgir.

– Eh... Você continua esperto. Mas saiba, não dá para ficar confiando em todos que diz ajudar - Assim, antes que o loiro perguntasse algo, gritou por ajuda.

–------

No outro lado, Enma finalmente se encontrara ao seu avô que caminhava pelo corredor do quarto andar em direção as escadas.

– Jiji! O plano está sendo um sucesso. Agora tudo que temos é... - Foi interrompida.

– Voltar para os nossos dormitórios e esperar a poeira abaixar - Concluiu o senhor com feição séria.

– Jiji... Do que você está falando nós temos que... - Outra interrupção, estava realmente ficando irritada com isso.

– Acho melhor você ouvir o seu velho mocinha, caso não quiser morrer que nem seus amiguinhos - Pronuncia calmamente Magnumque com uma expressão psicopática em seu rosto.

– ...O quê...? - Suas sobrancelhas curvaram em tristeza no mesmo momento em que os olhos se arregalaram e os ombros se tornaram tensos.

– Jiji... O que está acontecendo...? - Os olhos banharam em lágrimas e um sorriso fraco surgiu ao rosto - Por que ele está aqui..? Você não fez nada... Vez? - Pergunta com a voz começando a falhar em desespero.

– Eu contei ao Magnumque-sama querida... Era o melhor a se fazer - Explica calmamente.

– Você contou...? Jiji... Por favor diz que é mentira... E-eu... - O sorriso tristonho começou a oscilar enquanto tentava negar inutilmente o que estava acontecendo.

– Isso mesmo pirralha! O seu velho aqui contou tudo! O plano idiota de vocês de soltar o dragão, a rebelião para poder fugir... Eu já sei de tudo!! - Exclama vitorioso o mestre chutando em seguida a barriga da menor.

– Enma! Você disse que iria nos fazer magos daqui se contasse!! - Afirma o velho indo socorrer a neta.

– Errado, eu disse que iria tornar você um mago. Sabe, como uma guilda não aceitamos pessoas que não tem nenhum requisito de poder mágico! E a sua neta não tem magia alguma!! - Gargalha maldosamente a emburrando para fora do corretor, a fazendo começar a cair em direção ao chão.

– Morra!! - Magnumque lançou se transformou em raio pronto para atravesá-la com sua magia.

– SE SEGURA! - Outra voz gritou surgindo juntamente com o sol de raio cortante.

E, ao contrário de cair no chão ou ser atravessado pelo raio de Magnumque foi salva por Sucker que também se mostrava em forma de raio.

– Então finalmente resolveu aparecer hein? - Magumque pronuncia não parecendo nem um pouco surpreso ao ver o filho usar sua técnica.

Em realidade estava confiante, e com sentido, Magnumque já tinha anos e anos de treinamento e prática do uso de sua magia e Sucker tinha acabado de conseguir tal poder, não conseguiria ter o seu total controle, tirando o fato que o menor nunca tinha lutado.

Bem, em parte estava certo.

O seu maior erro foi achar que Sucker não tinha nenhuma noção de luta.

– Parece que você tem escondido bastante coisa não? - Pergunta sacarstico o mais novo deixando Enma no chão numa velocidade que por pouco não o deixou tonto.

– Nunca vi sentido em contar. Na verdade, você foi o meu maior erro - Disse sem muita importância avançando ainda mais rápido do que o outro na direção de seu filho acertando o seu estomago.

Tal ataque vez que o corpo do outro se curvasse cuspindo sangue para em seguida ser atirado ao outro lado da guilda, parando somente ao bater com força numa das paredes do segundo andar a quebrando tanto assim a visão de um quarto qualquer.

Sucker levantou com dificuldades, o seu corpo oscilava em sua figura física com uma em raios e a testa do garoto sangrava violentamente o cegando de um olho por causa do sangue que insistia em cair sobre tal.

Meia visão, sem controle nenhum de seus poderes.

Era ridículo pensar em lutar com o seu pai daquela forma, mas precisava ao menos conseguir tempo. Mesmo que segundos.

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Finalmente, estava quase terminando de decodificar as runas do dragão, não demoraria muito mais para que conseguisse o libertar, só esperava que ele ao menos os ajudasse. Sabia que era um risco uma vez que este podia muito bem fugir e deixá-los a mercê de Magnumque. Mas não tinha sido assim com todos os outros? Teria que dar o seu voto de confiança, no final, sabia que precisava de uma força de poder maior para que conseguissem fugir dali em segurança.

Só queria que aquilo não drenasse tanto sua magia, estava ficando fraca rapidamente, e o selo que também exigia uma boa parte de sua força não ajudava nem um pouco. Era um esforço imenso continuar acordada e decodificando as runas, mas não podia ser um farto para sempre. Por isso, dava tudo de si ali.

Assim como deu tudo de si nos jogos mágicos e Tartarus, e não se daria por vencido até que não pudesse mais se mover. Já sacrificou os olhos e estava determinada a sacrificar vida ou a sua magia caso necessário.

Não poderia perder ali, ainda mais quando não estava nem lutando de verdade. Estava determinada. O seu tempo ali a vez ter um sonho, uma razão. Sabia que nem sempre iria ser um mar de rosas, que era um esforço mínimo, mas estava determinada a dedicar-se ao total para salvar e ajudar as pessoas mais fracas de qualquer tipo de ameaça que poderiam estar sofrendo. Seria a defensora dos mais fracos, uma esperança aos oprimidos, uma maga na qual a população poderia contar, uma maga para os gigantes.

E por isso não poderia perder ali.

– ...Arf… Arf… Consegui! - Diz fracamente, ofegante ao esforço.

Logo as palavras terem sido pronunciadas, o dragão agarra com a sua cauda a humana a jogando apresadamente sobre as costas.

Se pôs quase num salto de pé e rugiu para baixo, não ouve um requisito de magia uma vez que esta não se fazia presente, mas o rugido potente tinha causado várias ondas que destruiu o chão abaixo de si e seguiu rapidamente ao final sem nada para impedir, o ataque imprevisto acabou por causar inúmeras perdas, tanto para os magos da dark guilda quando para os servos e escravos rebeldes.

– O-O O DRAGÃO!!! - Alguns dos magos, de classe C para cima, exclamaram surpresos.

– Ataquem idiotas! - Grita Magnumque de volta sendo prontamente atendido com louvor a medita em que inúmeros ataques começaram a ir em direção ao dragão.

– Hey loirinha, não irei aquentar muito tempo assim! Demos que ir, agora - Avisa o dragão se protegendo dos ataques com o auxilio de suas assas, essas tais formadas por um metal tão resistente ou mais que a lacrima. Mas… Veja bem, até lacrimas poderiam se partir perante tanta pressão.

– Eles vão conseguir nos perseguir se sairmos assim, precisamos dar um tempo de deixá-los com muita baixa - Pronuncia Lucy enquando segurava-se firme nas costas do outro com a voz ainda um pouco fraca.

– Então não temos escolha - Curvou a sua cauda para o alto fazendo a ponta tocar no exato ponto em que o selo da garota se encontrava o fazendo iluminar seguindo por um grito sôfrego.

Era torturoso, mas a única escolha, já tinha presenciado dos ataques da loira antes para saber que a oscilação mágica que ela provocava conseguiria fazer que grande parte dos mais fracos dali desmaiassem, o resto poderia derrotar sem maiores problemas.

– Epa, epa, nem pense nisso - Num único movimento com a mão, Magnumque impediu do ataque se prolongar tirando em conjunto toda a força de Lucy a desacordando de vez.

– Não seria idiota em cavar minha própria cova por algo tão besta assim, animal bastardo - Acusa o mestre gargalhando maldosamente quando protegia de outro ataque de seu filho sem olhar realmente para ele.

– Sabe… Estou me cansando de seus ataques fracos! - Olhou-o raivoso e lançou um potente ataque em sua direção o fazendo dar um grito doloroso antes de passar a cair ao chão igualmente desacordado.

– FRACOTES! VOCÊS SÃO TODOS UM BANDO DE FRACOTES!! NUNCA CONSEGUIRAM SAIR DAQUI - Gargalha maldosamente.

Era uma situação desesperadora, que podiam lutar só tinham o dragão, Thairo e Juhar, apesar desse ultimo ser uma incógnita ainda, bem, de fato ambos eram magos classe C e o dragão era poderoso o bastante para diminuir drasticamente o número de inimigos. Juntos, poderiam derrotar um terço mais ou menos, mas aí sobraria os mais fortes e eles já estariam exaustos demais para conseguir qualquer dano maior. Na verdade, teriam sorte se depois de derrotar essa parte conseguirem fugir.

Claro, tudo isso seria muito mais rápido caso o dragão tivesse em sua melhor forma, o que estava longe de ser o caso. Estava fraco e cansado pelo longo tempo aprisionado e ainda tinha que tomar cuidado para não acertar os “aliados”. E convenhamos, é difícil controlar os seus ataques quando se é um animal de quase quatro metros que pesa mais de cinco toneladas e tem que tomar cuidado para não acertar seres que poderiam ser considerados ter tamanhos de insetos para si. Só andar era complicado, ainda mais atacar uma parte deles.

Ah… Como estava louco para por aquele lugar para baixo e voar para longe. Essa ideia estava parecendo muito mais viável a cada segundo que passava na realidade.

Mas, não o fazia.

Por mais irritante que aquilo estava sendo, insetos tinham que se resolver por si só.

Mas que aquelas picadas já estavam incomodando bastante isso é.

Espera… Tinha mais alguém vindo para ali… E era um grupo grande.

Reforços certamente. Mas, de qual lado?

– LUCY VIEMOS TE SALVAR!!!