Atração Perigosa! escrita por KAT


Capítulo 28
Isso tudo vai passar, meu amor!


Notas iniciais do capítulo

Hey :3
Boa leitura! ♥



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Paulina olhou seu filho dormir por alguns segundos, enquanto pensava em tudo que tinha acontecido esse dia. Sua cabeça latejava de dor, mas, isso não chegava nem perto do caos que estava seu coração. Andou até a janela, pensando:
"Apesar de tudo eu não queria que o Carlos Daniel tivesse sido preso, apesar dele ter brincado comigo e não ter dado valor aos meus sentimentos... Apesar disso tudo, eu o amo, não posso negar que o amo com todas as forças do meu coração, e a ideia que ele pode ficar preso por algo que nem sequer fez e ainda por cima, por minha culpa, me atormenta. Deus, eu te peço, não permita que ele fique preso injustamente, ele não merece, muito menos o Daniel... Não sei se devo ir até lá, não sei como poderei encará-lo sem jogar em sua cara todo ódio que estou sentindo por ele ter mentido pra mim, me dado falsas esperanças de um amor que nunca existiu e ainda por cima, ter me traído com aquela mulherzinha... Por um lado eu já devia ter imaginado que ele nunca iria me perdoar depois de eu ter o deixado por tantos anos... Eu me iludi, criei a ilusão que poderíamos passar uma borracha em todo o passado e simplesmente... ser felizes... Mas era tudo um equivoco, tudo era uma mentira, sempre foi apenas isso."
Após um tempo, Paulina saiu dali, indo em direção a sala da mansão. Não queria pensar em mais nada, pois esses pensamentos e questionamentos que ela tanto se fazia  estavam acabando com o resto da sanidade que ela ainda pensava ter.
—Não pensa em ir na delegacia? -Perguntou vovó Piedade, aproximando-se de Paulina.
—Não... Eu não sei, estou magoada demais com Carlos Daniel. -Respondeu confusa.
— Eu te entendo, o Carlos Daniel brincou com você e te enganou com aquela mulher de forma imperdoável. Mas, eu acho que você deveria ir até lá pelo filho de vocês, precisamos de informações sobre o que está acontecendo com meu neto, o garoto vai querer saber o que houve com o pai - Disse VP.
—É... Você tem razão, mas, eu não sei o que dizer para ele... -Disse com a voz embargada - Estou com tanto medo vovó, medo de perdê-lo para sempre, eu ainda o amo tanto... Também tenho medo que ele nunca mais saia da cadeia, eu sinto como se alguém estivesse esmagando meu coração constantemente, estou com ódio e nem sequer posso gritar tudo que estou sentindo na cara dele, devido á essa situação. Prender esses sentimentos, esconde-los, vai acabar comigo... E para piorar tudo tem o Daniel, eu não posso simplesmente dizer para ele que o pai foi preso por tentativa de roubo e ao mesmo tempo não quero mentir, ele já passou por tantas coisas, sendo apenas uma criança e agora tem... isso... - Foi tudo que conseguiu dizer, antes de disparar a chorar, vovó Piedade não perdeu tempo, puxou Paulina para si, abraçando-a, aquilo não estava sendo nada fácil para ninguém mas, inclusive para Paulina.
—Acalme-se, você tem que ser forte. Eu vou orar para Deus, ele não vai permitir que Carlos Daniel fique na cadeia, e em relação ao Daniel, eu vou explicar a situação para uma mãe de um amigo dele, e pedir para que ele fique lá por um tempo, assim ele  não será exposto a toda essa confusão.
—É... Você tem razão, pelo menos até isso se resolver é melhor ele ficar longe daqui. Muito obrigada vovó, sem você eu não sei o que iria fazer... -Falou Paulina, acariciando os cabelos de VP.
—Isso tudo vai passar filha, temos que ter fé... Também nem consigo acreditar em tudo que Carlos Daniel fez... E ao mesmo tempo, é ruim vê-lo preso, eu o acompanhei crescer, queria que ele se desse bem na vida e fosse alguém do bem... Queria que todos fossem felizes... -Foi tudo que disse antes de cair desmaida no chão, no mesmo momento Paulina desesperou-se, agachando-se ao lado de vovó Piedade.
—Vovó... Vovó! Por favor, acorde, você tem que ficar bem, você é forte, você consegue... -Paulina segurou a mão de Piedade, tremendo muito, lágrimas quentes e rápidas escorriam por seus olhos, respirou fundo, tentando manter a calma e em seguida gritou Lalinha, que rapidamente aproximou-se.
—O que houve senhorita Paulina? -Perguntou aproximando-se de Vovó Piedade.
—Chame uma ambulância, Lalinha! Rápido! -Mandou.
—Er...ok, eu vou voando! -Disse e saiu correndo dali.
Se passaram menos de meia hora e logo a ambulância chegou, os enfermeiros aproximaram-se sem hesitar, colocando Piedade dentro do automóvel.
—Eu vou com eles e não espere por mim essa noite, vou dormir no hospital mesmo!  -Avisou Paulina.
—Ok... Mas o que eu devo dizer para o Daniel quando ele acordar? -Perguntou Lalinha.
—Diga que eu e a vovó Piedade saímos para comprar algumas coisas e... e que voltamos logo... -Pediu com os olhos marejados - Inclusive, ligue para a casa daquele amigo dele que veio aqui esta semana, e peça a mãe do garoto para o Daniel ir para lá por alguns dias, ok? -Mandou Paulina.
—Certo. Se ela deixar, eu peço o Pedro para leva-lo amanhã cedo? - Indagou Lalinha.
—Sim, o quanto antes melhor, essa casa não está trazendo sorte para ninguém! -Falou, saindo em seguida.
Dia seguinte...
—Como ela está, doutor? -Perguntou Paulina, encarando o médico.
—Por ora está melhor, entretanto, terá que ficar um tempo internada sob observação e alheia a fortes emoções, isso pode a afetar muito. -Avisou o médico.
—Ok, não a deixe piorar por favor, faça de tudo. -Suplicou, Paulina estava muito preocupada.
—A senhora já está com bastante idade, isso pode significar o fim, mesmo que ela melhore agora. Tudo tem uma hora de partir... A senhorita tem que se acostumar com isso, parece abatida demais, isso pode te fazer muito mal -O médico alertou.
—Não repita isso, essa mulher que você está tratando não é qualquer uma, ela é a idosa mais guerreira que você já viu na vida, ela é forte! Vai ficar bem... -Avisou Paulina.
—Fico feliz com seu otimismo! -Disse sorrindo - Por que você não descansa um pouco? Você ficou a noite inteira sem comer nada, andando aflita pelos corredores desse hospital, vá para sua casa um pouco, coma algo e durma um pouco,  depois você volta -Sugeriu, encarando Paulina.
—É, você tem razão... Qualquer mudança que ela tenha me informe imediatamente, por favor -Paulina pediu e o médico balançou a cabeça em concordância.
Após sair do hospital, Paulina até pensou em ir direto para a casa, mas, mudou de ideia em questão de segundos, precisava ver Carlos Daniel antes de voltar para casa.
(...)
—Oi -Foi tudo que disse quando os guardas trouxeram Carlos Daniel.
—Oi... -Respondeu cabisbaixo - Er... Como a vovó Piedade está? -Perguntou.
—Como você sabe? -Paulina arqueou a sobrancelha.
—Me ligaram para dizer, ela está melhor? -Disse, preocupado.
—Está, na medida do possível -Avisou, sendo sincera.
—Ela precisa melhorar -Disse, enfiando a mão nos cabelos.
—Se Deus quiser -Falou, sentando-se em seguida.
—Nós precisamos conversar, Paulina... Não é nada que você está pensando -Disse sentando-se também.
—Não temos nada que falar, eu já entendi tudo -Deu de ombros - Nada mais importa.
—Me deixe explicar, não podemos ficar assim!  Aquela mulher... -Começou a dizer mas, Paulina o interrompeu.
—Poupe-me Carlos Daniel, não quero ouvi-lo! Eu não vim aqui por isso, está bem? Sabe quanto tempo vai ficar aqui? Pode sair sob fiança? -Disse Paulina.
—Não, eles não pretendem me soltar tão cedo... Realmente acham que eu tentei roubar o Edmundo... -Disse, respirando fundo.
—Não pode ser... -Murmurou, preocupada - O que vamos fazer?
—Esperar marcarem o julgamento. -Avisou.
—Você não pode ficar preso, você não fez nada...
—Calma, isso tudo vai passar, meu amor. -Disse segurando as mãos de Paulina que logo se afastou.
—É, pena que não é essa explicação que terei que dar para o meu filho e na verdade, só isso importa. -Disse e saiu em seguida, ela ainda estava muito magoada e ver Carlos Daniel agindo como se nada tivesse acontecido apenas a deixava com mais raiva. Paulina não entendia por que ele ainda estava "fingindo" se importar com ela.

 


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Notas finais do capítulo

Se estiverem gostando, comentem para eu saber que querem que eu continue. Se acham que eu devo melhorar algo na minha escrita, por favor, comentem e me avisem. Adoro criticas construtivas isso faz um escritor crescer, beijos!



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