Hats Up escrita por Mabée


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Das tempestades



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O céu se compunha em ventos descoordenados e raios que clareavam os olhos dos tripulantes. As ondas violentas se quebravam no casco de carvalho escuro fazendo barulhos fortes e quebradiços, que assustavam a todos, exceto pelo capitão. As gotículas salgadas caiam sobre sua face misturando-se ao suor. O homem permanecia parado, observando cada espaço que se estendia em sua frente, deixando suas vestes finas molharem. Possuía ouro o suficiente para comprar o que quisesse, sempre mais do que o necessário, mas seu rosto era conhecido em todo o país, e se fosse exagerar, em todo o continente. Não podia descer em qualquer porto e comprar uma simples garrafa de rum. Todos piratas deviam possuir uma segunda identidade e deviam ser temidos. Não existia pirata bom. Mas de toda a maldade, a tripulação de Blackcleaver era a que mais dominava neste quesito. O Capitão Gael não era um homem de muitas palavras, pois nunca teve a chance de conversar com alguém sem antes ferir a pessoa. Seus companheiros não eram importantes para o homem, mas ele os mantinha para comandar o imenso navio com as grandes marcas de guerra.

Colocou dois dedos na testa, descendo para o olho, sentindo a cicatriz que havia recebido doze anos antes. Ainda conseguia sorrir ao lembrar-se do motivo do ferimento. Passou as mãos para o casaco escuro e abotoou o primeiro botão dourado, deslizando aos detalhes. O chapéu estava em suas mãos, para que ele pudesse sentir o vento forte em sua cabeça. Posicionou o chapéu em seu devido lugar e sentiu o toque gélido. O acessório era composto de detalhes feitos do material mais caro da época, o próprio ouro. Possuía a estampa do crânio de uma ave sombria, apodrecida. Gael havia colocado algumas penas de pássaros raros que encontrara na jornada de sua vida. Mas o que mais tornava seu chapéu algo de grande valor, era a faixa que o contornava. Toda vez que tocava o tecido, lembrava-se da dor, da discórdia e de todo o sofrimento alheio, o que lhe fazia sentir uma onda de felicidade por todo seu corpo.

Gael caminhou até o centro da embarcação, onde parou para sentir o vento bater em seu pescoço nu. O velho Blackcleaver havia sido herança de seu avô. Gerações que haviam gerado o caos. Lembrou-se de quando começou a praticar o mal, o que, ironicamente, lhe fazia bem. Sendo um dos mais novos piratas a comandar uma tripulação tão temida, Gael sabia exatamente como conseguir o que quisesse. Piratas não contavam pela idade, mas sim, pela experiência. O nome de ataque, Delfiore, fora dado pelo pai. Trazido dos gregos com um significado que identificava Gael.

Seguiu até a sala de comando, passando a mão pelo buraco de bala na porta. Às vezes ele pegava alguns tripulantes o espionando através do pequeno furo. Sentou-se na cadeira acolchoada e pegou sua pena, mergulhando a ponta no nanquim. Começou a rascunhar desenhos do que havia observado na tempestade. As nuvens, o navio, o mar agitado. Deslizava a pena pelo papel, mordendo o lábio, concentrado.

Olhou de relance para a parede, onde se fixavam desenhos de todas as suas conquistas, e a melhor se localizava no centro. Abriu um pequeno sorriso e finalizou sua arte. Pegou um percevejo acima da escrivaninha e o pregou sobre o desenho, no canto da parede, acima das "vitórias".

Tocou seu queixo nu ao ver uma das imagens. Os traços fortes retratando a guerra e o sangue escorrendo. Analisou cada detalhe, como fazia todo dia. Lembrou-se dos dedos molhados no líquido vermelho, deslizados pelo papel. Sentou-se na poltrona das almofadas macias e passou sua mão pelo apoio, sentindo a madeira raspar-lhe os dedos. Logo, batidas soaram no carvalho velho da porta de sua cabine.

— Entre. — ordenou o homem.

À porta estava um de seus marujos. Sua bandana estava rasgada, suas vestes, ensopadas. Pelo canto, Gael pode observar a tempestade que se passava do lado de fora. O céu estava pintado em colorações escuras e as ondas batiam com tanta força no casco que formavam barulhos chamativos. O homem passou os dedos pela barba que estava para crescer.

— Parece que os espíritos de tempestade estão irritados hoje, não? — sorriu Gael. — O que quer?

— Capitão, recebemos uma mensagem — o homem olhou fixamente para o chão.

O homem inclinou-se com os cotovelos sobre os joelhos, encarou o tripulante por alguns segundos, sem ser correspondido. As mensagens enviadas aos piratas só chegavam de duas maneiras: através de corvos treinados ou magicamente, pelos fenômenos nem-tanto-naturais. Gael suspeitou da tempestade, então. Mas quem lhe enviaria uma mensagem, e por quê?

— Lalma. Ela que invocou a tempestade.

Gael então sorriu novamente. Não acreditava que aquela louca estava atrás dele. Fora uma apaixonada que ainda não superara, eis a única possibilidade. Se os piratas já eram cruéis em geral no amor, Gael era pior. O caso que tivera com a feiticeira fora algo de curto-prazo, apenas para conseguir mais poder. E conseguiu. Algumas maldições lhe foram lançadas, mas, como um bom homem esperto, já esperava que ocorresse e roubou um dos livros de magia defensiva da mulher. Infelizmente, o perdeu em meio a um combate com a frota sulista.

— E o que ela quer?

— Que você a visite. Disse que tem uma proposta que iluminará seu olhar — o tripulante removeu a bandana dos fios sujos de seu cabelo.

— Avise aos outros piratas que estamos mudando nossa rota ao Leste — disse logo após segundos pensando sobre o risco que correria.

[...]

Com as mãos sobre o timão, o Delfiore sentia o vento gélido bater contra sua face. Avisou o pântano bem perto do navio e olhou de relance para trás. Viu os tripulantes fazendo seus devidos trabalhos. Por mais que fosse uma tripulação maligna, era bem organizada. Quando tirou as mãos do ferro, um de seus marujos gritou para baixarem a âncora. Conseguia ouvir os gritos de almas que assombravam as árvores de sombras negras. Estreitou os olhos e viu vultos rápidos que vagavam o local.

Gael percebeu que estava se arriscando demais quando sentiu o cheiro de fogo negro e viu as águas escurecendo à medida em que se aproximavam. Ele sabia que a cabana de Lalma se localizava no meio do pântano, então tinham de lutar contra alguns Guardiões de Lama. Tirou as mãos do timão e posicionou a direita na bainha, tocando o cabo frio de aço. Retirou a faca e pegou sua arma. Virou-se para trás e avistou toda a tropa com suas armas em mãos. Sorriu de modo gélido.

— Os botes — mandou.

Dois homens começaram a soltar os barcos nas águas escuras. Gael foi o primeiro a se direcionar à parte debaixo. Abriu as portas e desceu para o bote. Logo, os tripulantes começaram a preencher os botes e seguiram remando. O Capitão posicionou a arma perto de sua face para mirar melhor, e assim, seu bote começou a navegar.

O silêncio lhe era um transtorno. Sua calma estava nos barulhos. Apenas podia-se ouvir o som dos remos indo e voltando na água. Gael se posicionou em um joelho ao notar algo se mover na superfície. Aproximou seu rosto e quase teve sua face deformada por uma piranha gigante. Com um tiro, viu o sangue esverdeado subir e pôs-se de pé novamente. Tocou a testa e pôde ver que sangrava pelo ferimento que a criatura lhe causou.

— Está infestado de piranhas saltadoras, e podemos ser surpreendidos com os Guardiões — avisou. — Armas em posição. O máximo de silêncio possível.

Todos os homens retiraram suas armas das bainhas e ficaram em posição de ataque. A calma predominava e não podiam fazer nenhum movimento brusco. Por azar, um de seus tripulantes deixou cair a faca da bainha, o que causou um barulho na madeira. Foi o primeiro atacado. Das águas negras, uma forma humana repleta de barro surgiu, puxando o pobre pirata pelas costas, o afundando pela mesma substância por onde submergiu.

Infelizmente, aquele não fora o último.

Logo, uma tropa dos Guardiões de Lama surgiu e começaram a tentar afundar os botes. Gael sabia que, se caíssem no pântano, virariam comida de piranhas. Começou a disparar nos homens de lama, derrubando um por um, com, no mínimo, três tiros cada. Os Guardiões eram difíceis de derrubar, mas o Capitão já havia lidado com eles antes, e não era agora que cederia a luta. Sentiu um sorriso formar-se no rosto e atirou a faca contra o Guardião que tentara matar um de seus tripulantes. Logo, o pântano havia se tornado uma guerra.

Os Guardiões de Lama eram almas raivosas que haviam morrido no pântano, assim, adquirindo suas roupas de barro. As almas mais calmas vagavam pelo mesmo local, mas sem atormentar ninguém. Os Guardiões eram famosos por afundarem vários botes que tentavam chegar à cabana de Lalma. Não eram difíceis de derrotar, mas sempre renasciam no prazo de duas horas.

Com dois tiros, derrubou o último Guardião que apareceu em seu campo de visão. E fora o último da batalha. Suspirou profundamente e limpou o suor que escorria da testa. Ajeitou o chapéu e a faixa que o contornava caiu sobre seu olho esquerdo. Colocou-a para trás e sorriu mais uma vez, lembrando-se de como a conseguira.

— Bem, acho que agora podemos... — sua frase fora interrompida com um de seus tripulantes tendo o pescoço quebrado por duas mãos de lama.

Sentiu seu sangue ferver em raiva. Odiava perder qualquer pessoa de sua tripulação por algo tão desprezível. Nem era uma luta de verdade para morrer com honras. O bote estava parado, e sua faca estava acima de uma piranha morta que boiava na água. Não tinha muitas chances de pegá-la e sair sem qualquer machucado. Agachou-se rapidamente e pegou a faca sem pensar duas vezes. Uma piranha saltou em direção ao seu braço, e o homem disparou um tiro certeiro na boca da criatura.

Estava perdendo cada vez mais tripulantes. Dos 35 que foram com ele, agora só restavam 24. Delfiore sentiu-se mais irritado do que nunca. Disparava nos Guardiões com toda sua fúria, perdendo cada vez mais de sua tropa. Logo, seria apenas ele e sua arma. Seu disparo atingiu a cabeça de um homem de lama e o derrubou, torceu para que fosse o último, até mais deles surgirem através das árvores e da água negra. Viu mais um homem ser engolido pelas piranhas e tentava disparar sem muito sucesso. Quando foi arremessar sua faca, deixou-a cair no bote por um baque ensurdecedor. Tapou seus ouvidos e manteve seus olhos abertos para ver o que havia ocorrido.

O pântano estava todo iluminado, uma luz tão forte que quase o deixara cego. Gael viu a luminosidade começando a se dissipar e foi abrindo seus olhos lentamente. Seus tripulantes estavam abaixados nos outros botes, com ouvidos tapados. O Capitão viu todos os Guardiões derretendo em luz negra e sabia que apenas magia era capaz daquilo. Levantando-se de modo lento, pôde ver a longa trança composta por flores negras.

Lá estava Lalma, com os braços estendidos e o peito subindo e descendo rapidamente, como se tivesse feito uma magia muito forte. Usava vestes negras, como de costume, que se destacavam em sua cor parda. Não tinha mais o corte no lábio, talvez tivesse o reparado com algum feitiço. Suas expressões continuavam as mesmas: faces de poder e mistério. Pés descalços e as grandes pulseiras e faixas que prendiam em seus pulsos. A mulher encarava diretamente o Capitão com um sorriso de saudação.

— Você se atrasou — respondeu a mulher com sua voz suave.

— Fomos atrasados — corrigiu Gael.

Lalma sorriu mais uma vez e fez um sinal para que eles o acompanhassem. Girou o dedo indicador, que fez surgir uma ponte de cipós dos botes até a parte das árvores. Delfiore foi o primeiro a atravessar e seguir a feiticeira. Sabia que a mulher não era vingativa, pois se fosse, Gael estaria morto há tempos. Ela não lhe faria mal pela paixão que mantinha ainda.

— Delfiore, o terror dos mares — Lalma virou-se para o homem e sorriu, tentando seduzi-lo. — Deve estar cheio de dúvidas, não?

— Não, exatamente — o homem guardou a arma na bainha.

— Sabe por que lhe chamei?

— Não fui eu que recebi a mensagem. Só me fora avisado que tinha de te visitar — respondeu com autoridade.

— Bem — a mulher passou a mão por uma das flores mortas na trança e a tornou viva novamente. —, o que levaria uma poderosa feiticeira que se tornou miserável por tempos sem seu amor e seu livro de magia defensiva favorito, a convidar o causador disso em sua humilde cabana?

Gael a encarou com seu sorriso estampado.

— Não pense que eu tenho afinidade por você, Delfiore — a mulher fechou o sorriso e seguiu a caminhada. — Mas também não te mataria pelo que fez. Todo seu mal voltará contra si próprio.

Chegaram à cabana e Gael olhou para trás, para ver se seus tripulantes ainda o seguiam. Eles estavam quase chegando, e o Capitão lhes ordenou para que ficassem do lado de fora. Lalma abriu a porta de bambu e deu passagem ao homem.

— Sente-se, por favor. A conversa será longa — a feiticeira sorriu em falso. — Chá?

Delfiore caminhou até uma das cadeiras e sentou-se, colocando os braços nos apoios e encarando a mulher que lhe trazia uma xícara. Recusou, não dava para saber que tipo de magia negra se estabelecia naquele chá.

A cabana da mulher não possuía cômodos. Uma rede de balançar no canto, onde Gael já esteve antes; um caldeirão sobre uma fogueira apagada, a mesa de trabalho, os grandes armários de poções e a estante para seus livros de magia, fechada por um cadeado negro, o que o Capitão sabia que era por sua culpa. O teto era de plantas, ou seja, as flores que cresciam entre as eras estavam mortas. Eram as mesmas que se prendiam na longa trança da mulher.

— Quantos feiticeiros você conhece? — Perguntou a mulher, tirando a atenção de Gael das plantas.

— Conheço apenas você, e conheço bem — sorriu com malícia, o que provocou a feiticeira, fazendo-a bufar. — Mas sei que existem outros três.

— Sim. Um para cada região e tipo de clima — a mulher colocou sua xícara sobre uma mesa de centro e sentou-se em uma cadeira de almofadas. — Espere um minuto.

Estendeu sua mão e fez um mapa surgir na mesa, com marcações e imagens de monstros oceânicos e barcos piratas dos quais Gael conhecia poucos.

—Eu sou a feiticeira de tempestades, a que se localiza ao Leste, onde estamos agora. E aqui — apontou para um círculo negro ao Norte. —, temos Derrick, o feiticeiro de trevas. Eu adoraria dizer que sou a mais poderosa, porém, não seria verdade. Derrick vem em minha frente. Sempre foi o feiticeiro que mais estudou a magia, o mais temido, o qual apenas os verdadeiros necessitados pedem ajuda. Mas ele é traiçoeiro e controlador, pode conseguir o que quiser à qualquer custo.

— Onde que isso me interessa? — Gael posicionou os cotovelos sobre os joelhos.

— Deixe-me continuar, meu querido — sorriu maliciosamente. — Talvez você não saiba, mas nós, feiticeiros, vivemos sempre em competência. Sempre querendo mais poder. Como Derrick é o mais poderoso, vivemos tentando derrubá-lo. Mas é quase impossível, ele sempre soube revidar. E, bem, eu lhe joguei uma maldição. Ele precisa encontrar algo que lhe pertence, algo que eu escondi, para reverter esse feitiço. E não pode conseguir isso, Delfiore.

— E por que não?

— Derrick está usando uma tripulação para chegar aonde quer. Ele sabe onde escondi seu tesouro, e se as mãos desta tropa tocar qualquer mísera moeda, a maldição passará para eles, e eu perderei todo meu esforço.

— Você quer que eu os impeça de chegar lá. Mas onde, exatamente?

— Abaixo da ilha de Clevincche, onde o antigo rei guardava seus tesouros de combate — concluiu a mulher.

— Ao Norte — Gael olhou nos olhos da feiticeira.

— Ao Norte. Não tem muito tempo, Delfiore. Preciso que faça isso o mais rápido possível.

— E por que deveria lhe ajudar? Não te devo nada, Lalma — riu Gael.

— Ah, deve. Não lhe lancei maldições antes, pois imaginei que precisaria de você uma hora. E chegou essa hora. Se não me ajudar, destruirei sua vida, seu barco, sua tripulação e...

— E...? — nada disso amedrontava o Capitão.

— E trarei seu passado de volta à tona, da pior maneira que imaginar — o olhar da mulher fora mais maléfico do que nunca.

Gael passou alguns segundos em transe, relembrando de certas coisas e tentando lutar com a mente, para esquecer tudo novamente. Olhou mais uma vez para a feiticeira que bebia lentamente, gole por gole, seu chá. Sim, ele teria de ajuda-la. Não podia passar por tudo novamente, por mais que fosse mental. O olhar de Lalma o perfurava aos poucos.

— Eu lhe ajudarei. Mas quero algo em troca — o Capitão analisou toda a cabana.

— Acha que merece algo de minhas mãos, meu caro?

— Com toda certeza, não. Mas eu quero, e qualquer maldição sua não me afetaria. Só a ajudarei por recompensa.

— E o que quer em troca? — Sorriu a feiticeira.

— A alma de meu pai.

— E como espera que eu consiga isso para você?

— Não espero nada de sua pessoa. Mas é isso que eu quero em troca. Sem acordo, nada feito.

Lalma passou alguns segundos com a expressão séria e pôs-se a sorrir de modo falso novamente, colocando a xícara no pires sobre a mesa. Girou a mão e surgiu um papel e uma pena com nanquim do lado do chá. Direcionou o papel flutuando para Gael, que retirou a pena do líquido e assinou seu nome. Em seguida, a mulher fez o mesmo e o duplicou.

— Agora cada um de nós tem o contrato. É um prazer trabalhar com você, Capitão.

— Do prazer você já provou — provocou Gael. — Bem, preciso ir agora. Senhorita.

A mulher esboçou um sorriso e levantou-se da cadeira, juntamente do homem. Aproximou-se da porta, destrancando-a para que Gael pudesse sair.

— Desta vez, não vai sair sem se despedir e levar algo meu — riu Lalma ao se aproximar do homem.

Segurou seu rosto delicadamente e selou seus lábios aos dele, ficando nesta sintonia por alguns segundos, até colocar os braços em torno de seu pescoço para formar um abraço. Gael podia sentir o cheiro de flores exóticas no cabelo da feiticeira.

— Não adianta mentir para mim, Delfiore. Eu sei que tem uma maldição minha que o afetaria — sussurrou em seu ouvido e se afastou.

— Está muito enganada. — o homem então lançou um sorriso falho e saiu da cabana.


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Notas finais do capítulo

Às trevas



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