—Mas eu não quero ir!—Exclamei mais uma vez para minha mãe e para meu pai.

—Alicin, faz tanto tempo que não vemos sua tia, não reclame! Ela é muito legal!—Falou meu pai.

Hoje estávamos na França, numa cidade chamada Loving City. Hoje era para ser o melhor dia do ano, 21 de janeiro, meu aniversário de 10 anos! Todo ano nessa data viajamos para algum lugar legal! Mas esse ano... meus pais resolveram que viríamos pra cá... Eu sempre achei esse lugar muito chato... Nesse momento caminhávamos por becos muito assustadores, estava de noite e esse era o único caminho para chegar até a casa da tia Mary.

—Não é, não! Ela sempre fica me fazendo comer aqueles biscoitos horríveis e...

Antes que eu pudesse terminar nós trombamos com 3 caras muito estranhos vindos de um outro beco sem saída, todos usavam roupas escuras e o que eu conseguia ver em seus rostos era assustador, tinham uma tatuagem que parecia um raio meio deformado, além de muitas cicatrizes e usavam toucas pretas.

—Com licença, queremos passar.—Falou meu pai de forma firme e séria.

—Eu acho que não...—Disse um dos homens.

Então numa questão de segundos minha mãe me jogou para traz e eu caí de costas no chão úmido, minha vista ficou meio embaçada mas eu consegui ver todos eles, até meus pais, eles lutavam como ninjas! Eu nunca imaginei que meus pais poderiam fazer aquilo! Meu pai Frank era um corretor de imóveis e minhas mãe Lucy gerente de uma loja de eletrodomésticos!

—Alicin, corra!—Berrou minha mãe.

No instante em que me levantei mais homens como aqueles outros apareceram por traz de mim e um deles envolveu seu braço em meu pescoço me deixando presa contra seu corpo.

—Eu acho que ela não vai muito longe...—Disse ele e mesmo sem poder vê-lo sabia que estava sorrindo.

—NÃO!—Gritou minha mãe.

Mas quando ela fez isso um dos caras que lutavam contra meus pais lhe passou uma rasteira e num piscar de olhos estavam todos imobilizados. Eu olhava apavorada para meus pais, mas eles não tiveram tempo de me dizer nada, os dois homens que os tinham imobilizado pegaram uma faca e cortaram suas gargantas.

Eles caíram aos meus pés enquanto o sangue jorrava e eles se debatiam até a luz sumir de seus olhos. Eu não podia acreditar nisso, não era possível...

Lágrimas e mais lágrimas saíam de meus olhos enquanto eu me debatia e gritava, então o homem que me segurava pegou minha cabeça e bateu contra uma parede, então tudo escureceu...