A Quarta Maldição Imperdoável escrita por Thiago Deveener


Capítulo 1
Petrificus Totalus!




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Caminhava pelos corredores sem pressa. Sentia a brisa gelada em seu rosto quase que como tapas. Sua pele arrepiou. Os corredores que agora estavam vazios, lhe traziam lembranças vagas. Quatro anos haviam se passado desde entrara na porta principal de Hogwarts pela primeira vez. A ilusão de viver só a metade do que seu pai vivera dentro e fora daquelas paredes, muros e arredores. Riu sozinho ao lembrar de quanto realmente acreditava que a cada sentimento de Hogwarts havia uma grande aventura esperando por ele. Mas o sorriso desapareceu conforme pode ouvir os passos da professora, Minerva, que provavelmente já havia pensado no castigo perfeito. A porta estava fechada, antes de abrir, suplicou por mais alguns segundos onde apenas ele pudesse torturar a si mesmo encostando a mão e a cabeça na grande porta da sala de Minerva.
– Malfoy.
Seus olhos reviraram dentro suas órbitas para um "comprimento de deboche" antes que tivesse que permanecer sem expressões naquela sala. Abriu a porta e foi direto a pratilheira de livros de Minerva, que já estava sentada em sua cadeira de frente para a mesa.
– Sente-se, Malfoy.
– Por que apenas não diz logo o que devo fazer pra "redimir meus pecados"? Já passamos por isso tantas vezes. Professora Minerva.
Seu olhar era de desinteresse, a professora sabia disso, mesmo que ele não olhasse pra ela.
– Scorpius Malfoy, você quer permanecer em Hogwarts?
– Não.
Aquela pergunta o fez estremecer da cabeça aos pés, a resposta foi instantânea, o que o fez pensar. Ir para Hogwarts era seu sonho de criança, fugir de uma casa de tantas regras e manias idiotas, ir para o lugar incrível que seu pai tanto falava.
– Não só seu pai, mas sua família ficariam envergonhados em ouvir isso Malfoy.
– Ninguém dá a minima pro que eu sinto vergonha. Ter um pai ex comensal da morte, ser da casa do bruxo mais terrível que já existiu. Mas eu sou motivo de vergonha por não ter mais saco pra isso tudo...
– E é exatamente por isso que seu castigo será ficar em Hogwarts. - Minerva se levantara e pegara alguns livros em sua mesa- Se suas notas forem abaixo de oito, ficara em Hogwarts nas férias de verão.
– O QUE? - Seus olhos estavam tão arregalados que pareciam querer saltar das órbitas. - Me expulse, você deveria...
– Deveria dar a você o que você quer? Acho que não. Pode ir pro seu dormitório, suas malas já estão postas em sua sala comunal.
Sua boca estava seca, ele contara com qualquer coisa, menos com aquilo. Não respondera, apenas sairia o mais apressado da sala.
– E ah, Malfoy! - Scorpius se virara para a professora arqueando a sobrancelha.- Vai ter suas refeições junto aos alunos da grifinória. Devido aos acontecimentos, acredito que seja preciso.
Seus nervos estavam a flor da pele, embora fizesse frio, a temperatura de seu corpo deviam estar á 28 graus.
– Em vez de queimar a arquibancada, eu queimarei a mesa da grifinória, professora Minerva. - Falou sem esperar resposta, virando bruscamente.
– Caso isso aconteça..
Ele já havia estava longe para ouvir o final da frase, embora já soubesse o que ela iria dizer.
– Se colocássemos fogo na sala dela, já seria um bom começo. Devia deixar eu ter as ideias.
Uma voz masculina o surpreendeu, estava sozinho pelos corredores. Mas riu, conhecia muito bem a voz, se inclinou na janela do corredor. Alvo, voando em cima de uma vassoura, seu melhor amigo.
– Se te verem ai, vão te obrigar que comer com a lufa-lufa.
– Ei, torturas sobre os alunos foram proibidas desde que a Umbridge saiu de Hogwarts, meu pai disse.
– Mande ele dizer isso a Minerva então.
Continuou a andar acompanhando os sons sutis que a vassoura de Alvo Severo vazia se inclinando de um lado para outro. Até que ele entrasse no corredor pela janela.
– E ai?
– E ai o que? Estava só brincando, meu plano é só de dormir.
– Aula do professor Neville amanhã cedo, vou guardar meu sono pra ela.


Rose abriu seus olhos e viu que o céu ainda estava escuro, mais uma noite mal dormida. Virou-se uma centenas de vezes de um lado para o outro na cama, que parecia estar em cima de uma família de fadas, finalmente aceitou a derrota. Não conseguiria voltar a dormir. Decidiu sair da cama e perambular pelo castelo, não precisaria se preocupar com qualquer monitor ou professor que encontrasse em seu caminho, Rose era de longe uma aluna modelo e eles certamente não iriam achar que estava fora da cama tramando alguma coisa. Só precisava ficar de olho em Pirraça, se aquele potergeaist cruzasse seu caminho ou ela o dele, os dois iriam entrar em uma grande encrenca. Depois de quase vinte minutos de caminhada pelos corredores, Rose chegara no terceiro andar, procurou pela Sala Precisa, melhor jeito de passar o tempo seria treinar um pouco alguns feitiços de azaramento. Ela passara três vezes pelo corredor sussurrando baixinho " uma sala para treinamento de duelos" após isso ela para, esperou pela porta simplesmente surgindo dentre as paredes, mas nada acontecera. Repetiu mais algumas vezes o mesmo ritual, mas foi inútil.
– Porque não consigo entrar? Sera que não tô me concentrando direito? - Rose sussurrou consigo mesma. "São quatro horas da manhã, quem em sã consciência estaria acordado?" Pensou. Mas um barulho repentino atrapalhou seus pensamentos, um garoto alto e loiro sairá da Sala Precisa, e para seu desagrado ela pode reparar no brasão da Sonserina em seu uniforme. Mais que depressa se escondeu e correu em direção ao corredor, mas ele a viu antes que ela pudesse desaparecer dentre a escuridão.

– É a primeira vez que vejo uma grifinoriana quebrando as regras dessa escola. Pelo o que eu sei não se pode andar de madrugada pela escola. Caiu da cama? - Seu tom era tão irônico e sarcástico quanto o sorriso que colocara no rosto.

– Ora que engraçado, pode ser a primeira vez que você viu uma grifimoriana quebrando as regras, já sua casa, não tem dedos da mão e do pé que conte quantas vezes já quebraram as regras. E outra coisa mas não menos importante, não é sua conta eu estar fora da cama essa hora Malfoy, diferente de você no estou tramando nada seu saco de merda de hipogrifos! -Seu rosto ficara levemente avermelhado pela raiva.

Scospius engoliu a seco uma risada.

– Estes cabelos ruivos e roupas velhas não poderiam esconder quem você realmente é, só pode ser uma Weasley! Por isso essa escola não vai pra frente, fedelhas como você deveriam receber a maldição da morte como presente assim que nascessem, sinto pena da comunidade bruxa por sua família ser tao produtiva!
– COMO SE ATREVE?! Posso ser uma Weasley, mas pelo menos na minha família não há comensais da morte!
– Ficou zangada foi Weasley?! Pelo menos a minha não ha sangue ruins! - Sua expressão agora se tornara fria, ele nunca suportara a forma como as pessoas falavam de seu pai. “O ex Comensal da Morte”.
– Não sou sangue...
–Ah não?! - Ele a cortou sem que ela pudesse terminar a frase. - Sua mãe era descendente de bruxos? Pelo o que meu pai falou os pais da sua mãe eram trouxas. - Sua expressão permanecia fria e o tom da sua voz baixo.
–ESTUPEFAÇA!
Scorpius voa de encontro a parede, caindo em seguida. Rose se aproximava ainda apontando a varinha.
– É melhor não me subestimar Malfoy, sei as coisas que faz! É melhor não me dirigir a palavra de novo, ou faço a professora Minerva te deixar ate o final do ano letivo em companhia da Grifinória.
Rose se levantou e se virou pra ir embora, Scorpius pegou a varinha e se levantou rapidamente, mas antes de enfeitiçar Rose, a mesma se vira.
– Petrificus Totalus. Tenha uma boa noite e boa sorte pra quem quer que te encontre amanhã.


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Notas finais do capítulo

Por favor comentem, o que acharam, o que acham que poderia acontecer e etc.



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