New Feelings escrita por Vtmars


Capítulo 30
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Antes de qualquer coisa, gostaria de agradecer a todos que comentaram e favoritaram a fanfic, incentivando-me a continuar. Obrigada por todo o apoio, obrigada por entenderem quando parei a fic, e obrigada por serem meus leitores. Foi uma honra e um prazer ter vocês aqui comigo.

Enfim, chegamos ao epílogo, e eu estou quase chorando aqui...
O epílogo foi particularmente difícil de escrever, eu apostei mais no sentimentalismo e comédia. Em minha opinião, ficou parecendo um daqueles programas familiares livres para todos os públicos... Espero que gostem, vemo-nos nas Notas Finais.



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Três meses após o término da guerra, estávamos finalmente em paz. E enfim havia motivos para a nossa felicidade, e não tristeza. Parecia que tudo estava dando certo: Anna e eu passamos muito tempo juntas, e fortalecemos nosso relacionamento fraternal, Arendelle estava importando mercadorias como nunca, não havia um problema diplomático sequer... E claro, não poderia deixar de falar sobre o dia em que me tornei mãe, pela primeira vez... Em dezenove de julho.

Não seria nem possível descrever com exatidão, é o tipo de coisa que você só entende depois de vivenciar, mas posso dizer que foi uma experiência extraordinária e nova, completamente nova. É importante ressaltar que foi doloroso, também. E angustiante. Passei praticamente o dia inteiro agonizando em cima da cama, a dor era tanta física como psicológica. Estava um pouco assustada, é verdade. Não conseguia deixar de imaginar caso acontecesse algo comigo ou com o bebê.

Mesmo assim, eu não sei dizer quem estava mais nervoso: Anna, Hans, Kristoff, Gerda ou eu. Todos corriam para lá e para cá, levavam as mãos à cabeça e imploravam para que as criadas cuidassem de tudo e não deixassem nada dar errado.

Quando chegou a hora do parto, uma dúzia de criadas entrou no quarto, algumas buscavam lençóis e toalhas, outras traziam bacias e água, e as restantes ocupavam-se em me incentivar a fazer força e dar “apoio moral”.

Apesar do nervosismo, a tensão, e claro, a dor, tudo valeu à pena quando Gerda pegou um pequenino recém-nascido nos braços e exclamou:

– É uma menina, Majestade!

Um sorriso de satisfação e felicidade brotou instantaneamente no meu rosto. Ela deu um banho rápido na garotinha, envolveu-a numa toalha e entregou-a a mim, em seguida perguntando qual seria o nome. Enquanto isso, Anna e Hans adentraram o quarto.

– Louise – respondi, mirando Hans.

– Louise Westerguard Arendelle – completou ele, com um sorriso carinhoso.

– Oh, mas é a sua cara, Elsa! – disse Anna, maravilhada. – Exceto pelos cabelinhos ruivos – riu.

– Algo me diz que vai ser muito mimada – intrometeu-se Kristoff, juntando-se a nós.

– Isso... Isso é mesmo real? Ou é um sonho? – indagou Hans, incrédulo.

– Se for um sonho, eu não quero acordar nunca – declarei, ainda encantada com minha filha.

– Não é um sonho... É bem real, Elsa. Por incrível que pareça! – brincou Anna. De repente, seu semblante tornou-se sério e ela perguntou, com ar desconfiado – Kristoff, onde está o Syver? Você não estava com ele?

– Ah, sim, querida. Estava, deixei-o no quarto – respondeu normalmente.

– Sozinho?! Ou... – ela observou bem o marido. – Kristoff, não me diga que você deixou Sven “cuidando” do nosso filho!

– Hã, bem...

– Kristoff! Quantas vezes eu vou ter que dizer: “Renas não são babás”?! Não acredito que você os deixou sozinhos!

– Eu não os deixei sozinhos. Olaf está cuidando de Sven...

– Kristoff! – o rosto de Anna enrubesceu e ela saiu do quarto imediatamente, arrastando o marido e esbravejando com ele.

– Nossa... Lembre-me de nunca deixar nossa filha com ele – riu Hans.

– Ele é um bom pai, apenas é meio... Avoado. Bem, muito avoado – sorrimos.

– Seus olhos brilham – disse.

– Eu estou muito feliz, muito feliz mesmo... - Hans passou uma mão em meus cabelos e suspirou.

– Como está se sentindo?

– Cansada, mas realizada. Estou melhor agora.

– Por que não dorme um pouco? Tenho certeza de que vai precisar de muita energia.

– Eu não quero deixá-la – dei um sorriso pequeno, olhando para Louise novamente.

– Não se preocupe, temos todo o tempo do mundo para ficar com ela. E eu garanto que não vou deixá-la com Sven ou Olaf – brincou, sorridente.

– Tem razão. Ponha ela no berço, então – Hans aproximou-se com cuidado, e pegou-a nos braços com mais cuidado ainda.

– Elsa, ela é tão pequena... E tão linda.

– É claro que é... É nossa filha – rimos.

Hans colocou-a no berço ao lado da cama, observou-a um tempo, e depois disse, em voz baixa:

– Podem descansar agora, não vou perturbá-las – ele saiu do quarto e fechou a porta devagar.

______________

Aquele foi um dia perfeito. No reino inteiro, só houve festa. A semana inteira foi apenas de comemorações. Alguns dias depois, recebemos várias cartas de reinos vizinhos, em que nos felicitavam pela mais nova integrante da família e sucessora do trono de Arendelle. Recebemos, inclusive, uma carta das Ilhas do Sul, escrita por Yran. Na carta, ele dizia que estavam todos muito felizes com a notícia, e mandava seus cumprimentos em nome dos irmãos, cunhadas e esposa. Dizia também que em breve faria uma visita à Arendelle, para ver pessoalmente a nova sobrinha.

Acho que nunca vi Hans ficar tão feliz com uma simples correspondência. Ele parecia realmente empolgado com a carta do irmão, afinal, agora eles eram amigos novamente. Mas é claro que nada o empolgava mais do que a paternidade recente. Hans simplesmente não queria largar Louise um segundo que fosse. Apesar de ser ainda tão pequena e inocente, ela já era muito amada.

Ah, não posso esquecer-me de falar algo importante: Louise não tinha poderes. Para o nosso alívio, já que sabíamos que os poderes poderiam representar perigo não só para nós, como para ela. O médico e os trolls foram muito claros em relação a isso. Felizmente, Louise não nos deu problema algum, ela era um bebê muito saudável, chorava pouco, apenas ria. Outro motivo para todos se encantarem com ela. Mesmo não tendo poderes, era curioso como ela parecia adorar a magia. Ela sempre se acalmava e ria quando eu usava a magia perto dela, seu berço decorado de flocos de neve deve ter contribuído para isso.

– Que interessante... – discorreu Hans, assistindo Louise rir olhando para o móbile de flocos de neve.

– O que foi? – indaguei.

– Ela não tem poderes, mas adora a magia. Irônico, aposto que se tivesse odiaria...

– Sim, é bonito aos olhos, mas só que tem sabe o que é...

– Se você pudesse, tiraria seus poderes?

– Hoje, não. Eu aprendi a viver com eles. Mas há alguns anos, com certeza eu escolheria livrar-me deles.

– E se tivermos outro filho, e ele possuir os poderes?

– Não teremos outra escolha senão ajudá-lo a lidar com eles, ensiná-lo a controlar, a aceitar. Por que pergunta?

– Eu admito que tenho medo, Elsa. Medo que aconteça algum desastre... A magia é bela, mas é traiçoeira – disse, com os olhos fixos no chão.

– Não se preocupe com isso. Ele poderia contar conosco, com os trolls... Eu não contava com ninguém, nem comigo mesma.

– Acho que você tem razão...

Ficamos em silêncio por alguns minutos, apenas observando Louise, até que ela começou a chorar. Olhei para Hans, e ele disse com um sorriso desanimado:

– Tudo bem, eu troco as fraldas desta vez...

Fim


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Notas finais do capítulo

"Clichê, clichê, meloso, meloso. Mas foi um final feliz." Entendedores entenderão... Bem, pelo tempo que eu trabalhei neste capítulo, esperava que tivesse ficado melhor, mas foram essas as ideias que saíram de minha mente estranha :/!
Vamos para as Curiosidades?

— Nos planejamentos iniciais da fanfic, havia planos para que Hans traísse Elsa, Gardar fosse do bem, a Rainha, Magnor e o Duque fossem vilões e o último tivesse uma "backstory" assustadora... Ainda bem que eu parei a fanfic e mudei minhas ideias, não? '-'
— Louise significa: "combatente gloriosa", "guerreira famosa" ou ainda "famosa na guerra".
— Quando o último capítulo estava em desenvolvimento, a ideia era que a Rainha sobrevivesse e ficasse com o Duque, que declararia seu amor platônico.
— A fanfic teve dois "hiatus" de um mês, um entre Dezembro e Janeiro e outro entre Maio e Junho. Se não fosse por isso, a fic provavelmente teria terminado há dois meses, em Maio.
— Dagny e Thrud deveriam ter sido mais importantes para a trama, mas com o tempo, elas foram substituídas pelo Almirante Silver.
— Aliás, já pensei em fazer do Almirante e o Duque irmãos.
— Meus capítulos favoritos são o 18 e o 28.
— Magnor é o personagem criado que mais gosto, e Lydia é o que mais detesto (mulherzinha insuportável ¬_¬).
— Detesto despedidas...

Fim... Vemo-nos na 3ª temporada, a parte final da história... Se quiserem podem me "adicionar aos autores favoritos", assim saberão quando eu postar a continuação. Obrigada por ler, se gostou não esqueça de favoritar e comentar! Bjs, e até breve :)!