New Feelings escrita por Vtmars
Notas iniciais do capítulo
O último capítulo feliz... Aproveitem bem, porque no próximo, os problemas começam a aparecer, e olha que comparado aos que ainda vão vir, são mínimos.
Meu sobrinho nasceu dia 17 de dezembro. Foi uma semana inteira de festa para comemorar o nascimento do primogênito do casal Kristoff e Anna, estávamos todos mais felizes do que nunca, incluindo Hans, ele chegou pela manhã do dia seguinte, e lamentou-se por não ter estado conosco na hora.
– Eu sabia que não deveria ter ido!
– Não se culpe, está tudo bem! Era importante que você fosse ao casamento de Magnor – falei, tentando acalmá-lo.
– Sinceramente, Hans, você não perdeu nada - disse Kristoff.
– Eu deveria ter estado aqui com vocês naquele momento importante!
– Ei, você não “deveria” nada. Agora, por que não se acalma e pega um pouco o seu sobrinho?
– Um dos meus sobrinhos, você quer dizer. Agora já são... - ele pensou - Catorze. E na verdade, ele não é meu sobrinho, é sobrinho da Elsa.
– Não seja tão chato! É seu sobrinho sim! - ele respondeu.
– E afilhado também! - acrescentou Anna, que estava repousando na cama.
Um pouco hesitante, Hans pegou o pequeno Syver nos braços, no início estranhou, mas logo se derreteu por ele.
– Até que é engraçadinho - ele disse com um sorriso.
– Vamos, admita que é a coisa mais fofa que você já viu! – insisti.
– Talvez... – divagou, já devolvendo o recém-nascido para os pais.
– Agora, conte tudo sobre o casamento, estou curiosa!
Nós três nos sentamos e Hans começou a narrar:
– Foi uma cerimônia simples, bem ao estilo de Magnor, não devia ter mais que cem pessoas. Ele estava muito diferente, trajava a farda do exército e os cabelos estavam mais curtos e domados.
– Fale da noiva! – pedi.
Hans respirou fundo e continuou:
– O vestido era branco, simples e até antiquado. Não vi nada demais. Mas até que ela era uma morena boni... Bondosa – corrigiu. - Depois da cerimônia, houve uma recepção no salão de festas. Todos dançaram, comeram e se embriagaram.
– Inclusive você – provocou Kristoff.
– Dancei com minha mãe. Não riam! Foi constrangedor. Ela ficou dizendo o tempo todo: “Não vá pisar nos meus pés! Está indo muito rápido! Não beba demais! Por que está sendo tão mal-educado comigo?” Mas, pelo menos, acho que conseguimos nos entender um pouco.
– E os seus irmãos?
– Agiram como de costume. Exceto Wilheim, ele se embebedou e foi levado de arrasto para fora da festa pela esposa. Ah! Tem algo em especial que quero contar-lhes – eu fiz sinal para que continuasse. – Eu dei as boas novas a eles e... Digamos que foram todos bem amigáveis.
– Está se referindo a...? – ele assentiu antes que eu terminasse a frase.
– Sim, até minha mãe e Yran desejaram-nos felicidades. Patrick fez uma de suas brincadeiras, como sempre: “O primeiro da mais nova linhagem de bruxos-reis!”
Fiquei vermelha, não sei se foi de vergonha, de raiva ou dos dois.
– Levou um tapa de Kelsig, pra variar. “Seu estúpido, atormentando uma criança que nem pode estar aqui para se defender!” – disse, imitando a voz de brutamontes do irmão.
Demos risada, mas por dentro, estava temerosa, queria tocar num assunto que sabia que não era agradável a Hans, mas eu precisava.
– Hans... Você não tentou fazer as pazes com Yran? – seu semblante tornou-se sério.
– Não se preocupe com isso, eu já não me importo mais. Fiz tudo o que podia para que ele me desculpasse – ficamos em silêncio.
– Me fale de Dagny e Thrud. Com elas estão? – perguntei, tentando dissipar o clima tenso.
– Muito bem, pelo visto. Não paravam de perguntar sobre você e mandar felicidades. Como falam! – achei graça.
– E Magnor e sua esposa?
– Felizes. Contaram tudo sobre a tal viagem à Islândia, o próximo destino deles é a América do Sul, mas não lembro onde precisamente.
– Que loucura! E ninguém disse nada? – perguntei assustada.
– Pensa que não? Patrick fez piadinhas sobre como ele seria devorado por animais selvagens, Forseti sugeriu que o trancássemos no quarto e Gardar disse: “Não diga a ninguém que faz parte desta família, seu nome associado às Ilhas do Sul pode nos trazer problemas.”
– Nossa, que falta de caso! Se fosse a Anna, eu ficaria com o coração na mão!
– Me surpreendo que eles tenham se importado.
– Algo me diz que os seus irmãos não são muito fraternos – disse Kristoff.
– O que eles não tem em fraternidade, compensam em falsidade.
–Também não é pra tanto. Eu não os conheço muito bem, mas sei que nem todos são más pessoas – afirmei.
– Me diga cinco que não são – solicitou Hans, convicto de que os irmãos não prestavam.
– Seria mais fácil citar os que são. Eu só não confio em Vegard, Kelsig, Royd e Styr, mas não os conheço bem.
– Elsa, você ainda tem tanto para aprender sobre a minha família...
– Posso dizer o que eu acho? – perguntou Anna, ansiosa para falar – Eu não confiaria em ninguém se fosse você! Confiei no Hans que parecia ser todo bonzinho e me dei muito mal.
Enquanto pensávamos no que Anna dissera, Syver começou a chorar.
– Acho que essa é a dica para dar o fora. Boa sorte trocando as fraldas – Hans levantou-se e saiu.
– Você vai ajudar, Elsa? – questionou Kristoff, mesmo sabendo que a resposta era óbvia.
– Hum, sabe o que é... Eu tenho muito trabalho para fazer, é melhor eu ir.
Saí do quarto e fui até a minha sala, trabalhar. Hans acompanhou-me, eu queria mesmo conversar com ele.
– Senti sua falta – ele começou.
– Eu também, queria que você ficasse, mas por um lado foi bom ter ido ao casamento, não foi?
– Pode ser. Mas ainda não sei o que você tem em mente me fazendo aproximar-me dos meus irmãos, se é que eu posso chamá-los assim...
– Pode não, deve. Vamos lá, dê uma chance a eles! Você não disse que eles foram amigáveis?
– Na verdade, eu não sei. É quase impossível saber diferenciar quando eles estão sendo verdadeiros e quando estão sendo falsos. Além do mais, alguns estavam sob efeito do álcool. Mas agora chega de falar sobre o que eu fiz enquanto estive fora, quero saber de você.
– Ah, eu e Anna passamos um tempo juntas, conversamos, nos divertimos, comemos... Aliás, ela me contou que você disse uma vez que seu melhor amigo se chamava John, você nunca me disse isso!
– Longa história – ele revirou os olhos, com um sorriso brincalhão.
– Vou ficar feliz em ouvir.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Deixa eu ver, o que eu tenho de comunicar-vos? Ah...! Com o próximo capítulo (que pulará alguns meses), a fic receberá uma nova sinopse, depois dele também vou pular mais alguns meses, então com o capítulo 18 começará o que eu chamo de 2ª parte da fic, onde o verdadeiro conflito começa. Vocês não acharam que a felicidade deles iria durar para sempre, né? Não, não... Bem, bjs, comentem e até o próximo capítulo!