Zé Alfredo estava cara a cara com a Ísis, ele buscava em sua mente pensar no melhor jeito para terminar tudo, mas o Comendador não conseguia pensar em nada. Depois de um tempinho o silencio foi interrompido pela ninfeta:

— Zé estava morrendo de saudades - Ísis se aproximou de Zé Alfredo e foi lhe dar um beijo, quando ele se afastou um pouco rejeitando totalmente o beijo da garota.

— Ísis eu não vim aqui para isso. Será que a gente pode conversar?

— Você vai terminar comigo é isso? - A garota parecia um pouco irritada

— Calma...

— Calma é o cacete. Você é um tremendo canalha! - Ísis estava nervosa, não conseguia conter sua raiva e algumas lagrimas escorriam por seu rosto.

— É eu sou mesmo um canalha. Desconfiei de minha mulher, humilhei ela várias vezes, arrumei uma amante só para esfregar na cara de Marta. Eu lhe peço desculpa Ísis, mas eu não quero mais nada com você. Só depois que eu vi que Marta poderia morrer que me caiu a ficha que sem ela eu não conseguiria viver, sem ela meu mundo não seria mais o mesmo. Foi depois que ela levou aquele tiro que eu percebi que ainda a amo muito e quero ficar o resto de minha vida com ela...

— Chega! Eu não quero ouvir mais nada! Você vai se arrepender de ter me deixado - Ísis bate a porta na cara de Zé, que fica muito surpreso com a reação da ninfeta. O Comendador imaginava que ela iria encher a represa de tanto chorar, mas jamais imaginaria que a garotinha qual ele já namorou algum dia, tinha um lado negro que não mostrava a ninguém. Ela falou com tanta força a sua ultima frase, que aos ouvidos de quem ouviu parecia que ela estaria armando uma vingança. Deixe isso para lá Zé Alfredo, uma garotinha jamais conseguirá armar uma vingança contra você! – Pensou o Imperador

Depois de uma longa e cansativa "conversa", já era bem tarde. Ele então pegou seu carro e voltou para casa, porém o trânsito impediu que ele chegasse assim tão cedo. Depois de algumas horinhas de estresse, finalmente o Comendador consegue voltar ao seu castelo. Assim que abre a porta vê Marta sentada no sofá lendo um livro. Ao ouvir o barulho da porta, ela retira seus óculos e encara Zé Alfredo:

— Chegou tarde, pelo jeito estava no apartamento da Ísis, se espojando com ela - Afirma ela com os olhos cheios de lagrimas

— Estava mesmo, porém não me espojando com ela.

— Então foi fazer o que lá? Brincar de casinha?- Disse Marta irônica

— Fui terminar tudo com ela - Nesse momento a Imperatriz soltou um grande sorriso, mas depois pensou que isso poderia ser apenas mais uma mentira de seu marido.

— E porque eu devo acreditar no que você está falando?

— Porquê... - Zé se aproximou de Marta e falou em seus ouvidos - Eu te amo, mulher!

Marta poderia muito bem achar que aquilo era uma mentira, mas ela sabia que no fundo, no fundo ele estava falando a verdade. Por mais que tentasse esconder, seus olhos brilhavam de felicidade por ouvir aquilo, vindo da boca de Zé Alfredo. Quando ela volta em si, vê apenas os olhos castanhos de seu amado a encarando. Ela não conseguia lidar com aquilo, tentava resistir, mas a boca de seu marido era bem convidativa. Fechou os olhos e mais uma vez deixou a emoção a levar, sentia a boca de Zé colada com a sua. Aquele beijo era um dos melhores que eles já tiveram!

Era impossível não rolar mais nada entre eles, o beijo esquentava a ponto de parecer pegar fogo, o desejo era cada vez mais incontrolável. Zé com carinho tirou o vestido que sua mulher vestia, já Marta arrancou sua camisa preta que ele costumava usar. Os beijos do Comendador foram descendo até o pescoço de sua mulher e Marta sentia seu corpo estremecer. Como ela estava feliz em estar novamente nos braços de Zé, nem se lembrava do fato de estarem no sofá da sala. Pouco importava se alguém visse eles, o que mais importava era aproveitar aquilo como se fosse a ultima noite da vida deles!

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Maurílio se encontrava em seu apartamento, planejando algum plano diabólico para destruir o Comendador. Danielle e ele tinham rompido, depois de Bruna sumir pela terceira vez a mulher se deu conta que se envolver com o Maurílio era uma tremenda furada e acabou indo para outra cidade com sua filha, que de vez em quando vem visitar seu padrasto José Pedro.

— Vamos, pensar! Se eu fosse o Comendador o que seria a pior coisa que poderia acontecer em minha vida? - Maurílio estava imaginando em sua mente quem seria sua próxima vítima, quando ouviu a campainha tocar. Então levantou-se do sofá e foi atender a porta - Quem é?

— Sou eu a Ísis - E não é que garotinha rejeitada se mudou para o meu lado e bem rápido até – Pensou Maurílio, que logo após abriu a porta.