Through the pages escrita por mlna


Capítulo 3
Capítulo 3 - Through glass


Notas iniciais do capítulo

Olá, morecos! Continuo cada vez mais feliz com os comentários e feedbacks positivos. Continuem espalhando a fanfic pelas redes sociais, please! Olha a novidade aí: A FIC TEM UMA CAPA! AÊEE kkkkk recuperei meu notebook e estou me sentindo a pessoa mais feliz do mundo, obrigada.
A música desse capítulo é Through the glass - Stone Sour. Um pedacinho da letra aparece no meio do capítulo em itálico só pra ilustrar os pensamentos da Emma hehehe
Aproveitem :]



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Aquela dor que consumia Regina a cada tique do relógio parecia ser eterna, e toda aquela raiva e repulsa voltaram à tona quando as palavras de Emma atingiram seus ouvidos em cheio. Vai se foder. Vai se foder. Vai se foder. As mesmas palavras que a mulher encolhida na cabine de um banheiro proferira a seu chefe minutos antes se voltaram contra ela. Ninguém nunca havia ousado falar com Regina Mills daquele jeito. É óbvio que, mentalmente, era tudo o que seus colegas de trabalho diziam em resposta às ofensas que ela dirigia a qualquer um, por motivo nenhum.

“Emma, espere...” Um longo instante se instaurou no ar mas, quando Regina não ouviu o barulho da porta batendo como aconteceu diversas vezes só naquela manhã, ela se sentiu distantemente aliviada. “Por favor...” Seus olhos estavam fortemente cerrados e sua cabeça estava abaixada, como se esperasse uma bomba atômica explodir bem na sua frente.

Enquanto isso, do outro lado da porta, estava Emma, com um pé depois do outro, paralisada. Sua mão estava prestes a alcançar a maçaneta quando seu nome soou como um cântico gospel em sua cabeça. Regina nunca havia pronunciado seu nome com tanta sinceridade, com tanto carinho. “Estou aqui, Regina. Estou aqui.” A loira abriu a porta novamente, cuidadosamente, também como se esperasse uma bomba atômica explodir.

Regina levantou a cabeça e seus olhares se encontraram. Pela primeira vez desde que começaram, meses atrás, a se encontrar após o trabalho para fazerem deus-sabe-o-que, seus olhares se sustentaram por mais de um ou dois segundos. E assim ficaram por muitos segundos, se olhando, procurando algo naqueles olhares que nenhuma das duas tinha a menor pista do que era.

“D-des...desculpa.” Regina falou enquanto soltava uma respiração cansada e encolhia os ombros. Ela se envolveu nos próprios braços, abraçando-se, protegendo-se. Ela queria se proteger do contato. De ter outra pessoa presente ao seu lado, tão próxima a ela. “Não queria dizer aquilo, bem, na verdade, eu queria, mas não daquele jeito e-“

“Tá tudo bem.” O menor dos sorrisos se formou nos lábios de Emma, que, novamente, estava de joelhos na frente de Regina, uma mão repousando sobre a coxa dela. “Nossa, Regina, você está frágil, e eu, eu mandei você ir se foder, céus, me desculpe.” A cabeça de Regina murchou novamente ao ouvir aquelas palavras e agora ela encarava o chão.

Após um minuto de pleno silêncio no banheiro, Emma tentou quebrá-lo.

“Se você quis-“

“Me foda.”

“Oi?”

“Me fode, Emma. Hoje eu mandei nosso amado chefe ir se foder. Minutos depois, você me mandou ir também. Entretanto, como você pôde muito bem notar, eu não estou em condições emocionais de realizar seu desejo. Portanto, eu estou te pedindo: me foda.”

A voz da mulher mais velha soava tão naturalmente, como se nada tivesse acontecido. Como se ontem mesmo as duas não tivessem brigado pela primeira vez com relação ao que tinham uma com a outra. Como se Emma não estivesse tendo um dia péssimo. Como se Regina não tivesse enxotado a adorável Mary Margaret de sua sala. Como se a mesma mulher não tivesse sido abusada por seu chefe e, em seguida, tê-lo xingado. Como se ela e Emma, pela primeira vez desde sempre, não tivessem tido um momento brevemente afetivo. Regina só queria sexo.

Aquelas palavras e os pensamentos embolados fizeram o queixo de Emma cair imediatamente. “Mas...”

“Sem ‘mas’, Ms. Swan. Você quer me ver melhor ou não?” Seu rosto ainda estava molhado e seus olhos, vermelhos, porém a morena estava de volta a seu famoso posto de rainha má.

“Reg-“ Antes que a boca rosada pudesse terminar, Regina levantou subitamente e arrancou o vestido grafite, manchado de café, deixando-a apenas com sua lingerie preta combinando. Os olhos de Emma percorreram toda a extensão do corpo da morena seminua na sua frente e, por mais que ela não quisesse, por mais que ela achasse que o jeito correto e maduro de resolver as coisas não era aquele, ela foi tomada por seus instintos selvagens, e enterrou a boca no pescoço da outra mulher.

Emma sugava, lambia e beijava com desespero e raiva, como se fosse uma mãe querendo ensinar uma lição ao filho. Os movimentos cada vez mais brutos de Emma fizeram Regina gritar de dor – ou prazer? – e a morena mordia os lábios, implorando por mais. A loira, então, abriu rapidamente o sutiã de Regina e não perdeu tempo em começar a mordiscar os mamilos enrijecidos da morena. A visão que Emma tinha dos peitos de Regina nunca foi a pior do mundo, mas, também, deixou de ser algo extraordinário a partir do momento em o sexo entre elas passou a ser apenas um protocolo a se cumprir – desde sempre.

Quanto mais Regina gemia e socava a parede, mais rápido e forte Emma exercia seus movimentos. Emma desceu a calcinha da mulher mais velha até as canelas, sem a menor cautela, deixando seu sexo exposto e já faminto. É claro que a loira rapidamente se agachou e enfiou brutamente dois dedos na jornalista, que se sentiu fraca na hora e quase desabou no chão. Estabilizando-se novamente, Emma continuou seu trabalho e estocava os dedos cada vez mais fundo, arrancando gemidos e respirações ofegantes da mulher acima dela. Os dedos de Regina estavam entrelaçados nos cabelos de Emma, e eles empurravam a cabeça dela para frente. Apenas aquilo não era suficiente para Regina. Nunca foi, nem nunca será. E então Emma atendeu a seu pedido silencioso, retirou os dedos e pressionou seus lábios contra o clitóris latejante de Regina. Sua língua fazia movimentos repetidos para frente, para trás e em círculos, estimulando o sexo da morena a fazendo transcender de prazer.

Emma já estava cansada. Cansada de tudo. Dos movimentos repetidos, das cenas repetidas, dos xingamentos repetidos, do contrato não assinado repetido. Queria que tudo acabasse logo. Não fazia questão que evoluísse, não. Só queria que acabasse. Por mais que fosse, de fato, divertido brincar com Regina daquele jeito, Emma estava enjoada. Exausta.

Por isso, para acabar logo com aquilo, a jornalista mais nova adicionou os dois dedos de volta, coordenando os movimentos da mão e da língua. Não foi necessário repetir o movimento três vezes para que Regina soltasse o mais alto dos gemidos e desabasse contra o corpo de Emma, envolvendo-a num meio abraço. Na verdade, estava mais para um apoio de uma pessoa recém-baleada.

“Regina, está tudo bem?” Emma a abraçou pela cintura, evitando uma queda.

“Hmmhm... uhum...” Regina murmurou, ainda ofegante e com os olhos fechados.

“Ótimo. Eu já vou indo. Se precisar de mim, sabe onde me encontrar.” Emma foi incisiva e direta, dando as costas para a mulher somente de roupas íntimas.

________________________

Dias frios, vazios e silenciosos haviam se passado e Emma e Regina não se dirigiam a palavra mais do que o necessário. Apenas se cumprimentavam por formalidade antes de alguma reunião e os encontros casuais haviam sido naturalmente suspensos. Obviamente, os dias não podiam ter sido mais conturbados e barulhentos naquela redação, mas, dentro de Emma, não havia nada. Faltava algo para que ela pudesse voltar a escutar e enxergar. Algo que a pudesse preencher por completo, sem deixar espaços em branco e perguntas mal ou não respondidas. Emma precisava de companhia. De carinho. Afeto.

“Ora, ora... o que uma mulher como você faz num bar como o meu e, ainda por cima, a essa hora?” O homem robusto de olhos azuis penetrantes perguntou à Emma, o cotovelo apoiado no balcão. “Killian. Killian Jones. À sua disposição.” Ele estendeu a mão na direção de Emma, encerrando o movimento a centímetros do peito da moça. Ambos olharam para o braço esticado por alguns instantes que, na cabeça de Emma, durou anos.

Ela já havia lidado com todo tipo de gente em sua vida. Todo tipo de homem. Muitos já a estenderam a mão pedindo um aperto e acabaram a puxando violentamente para uma vida fora da lei, adúltera e mundana. Há dez anos, um mesmo braço estendido a guiou para o xadrez, de onde a loira, então com dezoito anos, viu o sol nascer quadrado por um bom tempo. Aquele gesto tão corriqueiro de apertar as mãos significava muito para Emma. Mais do que isso, aquele gesto era parte de sua história.

“O prazer é todo seu.” Emma dispensou o cumprimento, revirando levemente os olhos. “Escuta, ahn, Killian, né? Bem, eu preciso de uma boa dose do que você tiver de mais forte no seu estoque. O mais rápido possível.” Ela não aguentaria passar mais um dia torturante sem pelo menos estar um pouquinho tonta. Após um olhar surpreso, o dono do bar resolveu não a contrariar. “É pra já, amor.”

“Oi, Emma! Uau, nunca imaginei te ver por aqui...” A voz brotou ao seu lado e Emma só notou a presença de Mary Margaret alguns segundos após sair de seu transe e sua divagação sobre o passado. “Ahn, Mary, oi, ahn... como vai?” Emma virou a cabeça e deu sorriso torto para sua colega de trabalho.

“Ah, tudo na mesma, recebendo ordens, tirando fotos dos famosos e fofocando sobre suas vidas, levando fora da nossa querida Rainha Má... tudo legal. E com você? Assumo que as coisas não vão muito bem para você, considerando o lugar onde você está e essas olheiras no seu rosto.” Mary soltou uma risada espontânea mas logo tampou a boca, arrependida, ao perceber o olhar questionador que a amiga lhe lançou. “Oh, Emma, me perdoe. Não quis dizer isso, eu só-“

“Está tudo bem, Mary. De verdade. Você está até certa, eu acho. Minha vida só está meio...de cabeça para baixo.” Emma ofereceu um sorriso sincero para a moça como um sinal de que ela estava perdoada pelo comentário anterior. “Tem certeza de que está tudo bem? Quero dizer, considerando o lugar onde você está...” A loira repetiu a piada e as duas riram enquanto Killian voltava ao balcão com a bebida e interrompia a conversa.

“Amor, tenho que confessar que essa foi difícil. Aqui no meu bar, normalmente, é a bebida quem escolhe o consumidor. Mas, no seu caso, eu tive que interferir. Muita coisa acontecendo na sua vida. Então, depois de pensar bastante, consegui achar a bebida que se encaixa perfeitamente a você. Rufem os tambores...” Mary bateu as mãos no balcão, imitando um tambor e dando trela para a conversa fiada do bonitão. “Rum!” Ele exibiu a garrafa como um leiloeiro exibe uma joia rara.

“É sério?” Emma revirou os olhos e encolheu os ombros, pegando o copo e o enchendo do líquido.

“Sabe, Emma, temos muito em comum. Eu também tomo muito rum. Na verdade, é tudo o que eu tomo. Eu também estou passando por um momento dif-“

“Espera, pera, pera. Como. Você. Sabe. O meu. Nome?” Seus olhos estavam arregalados, espantados com esse bruxo ou sei lá o que ele era.

“A Branca de Neve aí do seu lado acabou de dizer, amor. Não sou surdo, não pude deixar de ouvir.” Ele respondeu calmamente, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. Emma conseguiu ouvir uma risada baixa de Mary Margaret em resposta à reação dele.

“Escuta, amor. Eu estou com problemas na minha vida até a cabeça. Não me interessa se você está passando por um momento difícil também. Eu realmente não quero saber. Eu sei bem como são caras como você. Sempre chegam de mancinho, pedindo um aperto de mão, oferecendo a bebida favorita, compartilhando aspectos da vida pessoal para que eu fique comovida e você consiga me levar pra cama. Não, Killian, não vai acontecer. Não vai porque eu já sei como essa história vai acabar, como já acabou antes e não vai acontecer porque a única pessoa com quem eu quero ir pra cama é uma idiota, prepotente, que me usa quando quer e depois joga fora, MALDITA REGINA!” Ops. Tarde demais. Emma havia soltado tudo aquilo de uma vez na frente de um desconhecido. E pior, na frente de Mary Margaret, a funcionária mais próxima de Regina. A jornalista buscou o ar, que não havia sido retomado nenhuma vez enquanto fazia aquela revelação. Seus olhos olhavam para todos os cantos, perdidos, e sua mente ainda tentava digerir tudo o que acabara de falar. Seu coração sairia pela boca a qualquer momento, quando a fotógrafa quebrou o silêncio constrangedor.

“Então...Emma...” Mary tentou, em vão, oferecer à amiga um sorriso.

“Não. Mary, só...não.” Emma parou a amiga com uma das mãos, enquanto a outra pegava seu grosso casaco de inverno e saiu batida do bar, deixando Mary e Killian sem reação para trás.

___________________________

“Oi, você sabe onde eu posso encontrar a senhora Regina Mills?” Emma pôde ouvir uma voz tímida e infantil no meio daquele falatório exaustivo de colunistas conversando entre si, sobre qualquer coisa que não fosse a bolsa de valores ou comportamento social, mas a ignorou, dado o monte de matérias que teria que revisar sobre estupros nos becos de Nova York e tentativas de assalto a bancos. A voz se repetiu algumas vezes e foi se aproximando, até que ela sentiu uma força puxando a parte de seu cachecol que estava para trás. O movimento a fez virar e procurar rapidamente em volta, na altura de seus olhos. Vendo que não havia ninguém, seu campo de visão detectou uma presença um pouco abaixo. “Olá, moça. A senhorita sabe onde posso encontrar a senhora Regina Mills?”

Emma ofereceu um sorriso a ele e se abaixou para chegar a sua altura. “Oi, garoto. Ouvi você fazendo a mesma pergunta à outras pessoas, nenhuma delas pôde te responder?”

“Não...” Ele abaixou um pouco a cabeça, decepcionado.

“Ela deve estar na sala dela, ó.” Ela apontou para onde a sala de Regina era. “É logo a-“

“Mamãããããe!!!!” E o menino parou de dar atenção a ela e começou a correr pelo andar, com os braços abertos. Emma o acompanhou com o olhar e viu para quem ele estava correndo.

“Henry? Henry! O que é que – meu deus, como você chegou aqui? Está tudo bem?” Regina abriu os braços do outro lado do corredor, sua testa franzida de preocupação. Suas feições se suavizaram assim que seus braços bronzeados envolveram o menino de, no máximo, dez anos.

I’m looking at you through the glass

De jeito nenhum. Não. Não pode ser. Era uma miragem. Um sonho. Uma ilusão. Caralho. Regina. Mills. Era. Mãe. A. Rainha. Má. Tinha. Um. Filho. As palavras eram degustadas lentamente na cabeça de Emma, que observava a cena calada, perplexa, encantada.

Don’t know how much time has passed,

Emma trabalhava ao lado de Regina desde que podia se lembrar. As duas estiveram juntas em viagens, conferências, jantares, reuniões, eventos diversos. Faziam isso há anos. E a infeliz nunca havia mencionado um pequeno detalhe, um mísero detalhe em sua vida: Ela era mãe. Além de trabalharem debaixo do mesmo teto há anos, Emma e Regina compartilharam seus corpos por incontáveis vezes. Elas se expuseram, se exploraram, se usaram. E nunca nenhuma outra vida na vida dela fora mencionada, sequer uma vez. Isso mudava tudo.

Oh God, it feels like forever

Talvez, a mulher com quem Emma dividiu muito mais do que uma posição respeitada dentro de um jornal importante, talvez ela não tivesse um coração de vidro empoeirado. Poderia ainda ser de vidro mas, com esse fato de dez anos em pé a poucos metros da loira, conversando com sua mãe, tratava-se de um vidro cristalino, translúcido. Emma já conseguia ver os primeiros contornos de uma Regina Mills mais humana através desse vidro.

“Henry, querido, como você me achou aqui? Você só tem dez anos, alguém te trouxe aqui?” Regina questionou o garoto, ainda surpresa com a avidez e esperteza de seu próprio filho, mas deixando claro que ele estava encrencado.

“Foi aquela moça que me disse, mãe.” Henry respondeu animadamente, apontando para Emma e arrastando sua mãe na direção da loira.

“Olá, Ms. Swan.” O tom de Regina era educado e direto. Emma podia jurar que até viu um sorriso se curvando nos lábios da morena.

“E aí?” Emma respondeu, também sorrindo. “Nossa, eu não – eu não sabia que você tinha um...presente desses. Um filho!” Emma gesticulou os braços para Henry como se ele fosse um fenômeno extraterrestre.

“Loucura, não é? Henry é meu tesouro.” Regina agora estampava um sorriso orgulhoso e envolvia seu filho por trás.

Havia muito, muito o que perguntar para Regina. Por que ela escondeu esse filho por todos esses anos? Por que ele tem dez anos? Ela era ou foi casada? Por que ele apareceu ali do nada? Mas, é claro, Emma não faria todas essas perguntas na frente do garoto, pois ele não era réu num tribunal ou coisa parecida. Então, Emma foi breve. Queria fugir dali o mais ráoido possível e digerir tudo o que havia acontecido numa fração tão curta de tempo. Desde o que deixou escapar no bar até o súbito filho de Regina. “Ele é adorável. Muito educado.” A jornalista sorriu para o menino, que sorriu de volta em agradecimento.

“Ela é sua parceira, mamãe?” O menino perguntou inocentemente.

“Como?”

“O quê?” Ambas perguntaram ao mesmo tempo, o que fez com que seus olhares se cruzassem rapidamente.

“De trabalho, mãe. É dessa Swan que você sempre fala?”

As bochechas de Regina coraram e logo estavam vermelhas, se fossem líquidas já estariam borbulhando. “É sim, querido. É ela.” A mãe olhou para Emma, que devolveu o olhar com um surpreso e confuso.

“Ela é mesmo muito bonita. Mais do que você me falou.” Ele deu uma gargalhada quando percebeu a possível gravidade do que acabara de dizer. “Ela vem para nossa festa, não é?”

A essa altura, Regina não sabia mais onde enfiar a cabeça. Controlar a boca de seu filho sempre foi um problema quando ele estava na frente de pessoas novas. A fim de impressioná-las ou tentar conhecê-las melhor, Henry sempre acabava falando demais.

“Festa? Uau. É claro que eu vou.” Emma brincou e cutucou Regina com seu cotovelo. A morena lançou-lhe um olhar que expressava tanta coisa ao mesmo tempo que tornou-se um olhar vazio.

“Eba! Mamãe vai dar uma festa domingo para comemorar seu aniversário. Ela me disse que convidaria todos os seus amigos do trabalho hoje.” Henry justificou.

Contudo, ambas sabiam a verdade. Regina não convidaria ninguém dali. Não o faria pelo simples motivo de ninguém ali ser seu amigo. Ninguém queria ser. Ninguém ousava ser. Mas é claro que, para Henry, Regina contaria outra versão, como fez no aniversário passado. Eles tiveram um contratempo, querido. Não poderão vir. Pelo menos ainda tenho você, não é mesmo?

Após esse pensamento passar pela sua cabeça, Emma suavizou sua voz e deu a Henry um olhar compassivo. “Eu estarei lá, garoto.” Agora seus olhos estavam em Regina. “Eu prometo.”


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Notas finais do capítulo

Aguardando ansiosamente essa festa de aniversário. Muahahaha! Hook deu as caras por aqui, já chegou causando. Ele ainda vai encher um pouco nosso saco, mas prometo que vai ser breve.



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