Como já disse antes umas mil vezes, eu já estava vacinada com tantas coisas que vi e nada mais me surpreendia.

Quando o Cebolinha falou deste acordo doido e todos debateram apenas fiquei na minha e concordei que seria uma das que iria. Imaginei que isso poderia ser algum tipo de ferias para a minha mente já tão cansada.
Já não agüentava mais tanto horror.

A verdade é que não tinha muito o que eu arrumar na mala então apenas segui a todos ate o que antes era o campinho... Ver tanto lixo jogado ali e entre ele algo que eu nem queria pensar e analisar só me fazia pensar que a nossa luta era em vão e todo aquele lugar já era. Era calsa perdida.
Nosso querido bairro tinha se tornado um antro da perdição humana.

Mas logo um cara louro apareceu e abriu uma porta em meio ao ar como magica e fiquei um pouco encatada, tentando me lembrar de onde havia o visto. E demorei para recordar da narrativa daqueles que tinham o visto, ele era o lider que dominada a area dos hospitais e tambem o sanatorio onde encontramos a Aninha em farrapos...
Quem era esse homem? Ele era de confiança?

Mas de todo geito foi uma coisa rapda e logo atravessei com minha pouca bagagem e me deparei em um belo cenario que ate me aliviou todo este mal estar que sentia a tanto tempo que já quase fazia parte de mim.
Então atravessamos e...

Ela usava um lindo vestido e estava toda ajeitadinha e eu me senti um completo bagaço.

Ate combinavam as roupas dela.

Que saudades de fazer isso, ou de pelo menos pentear o cabelo e dormir uma noite toda.

Todos pareciam se entender muito bem e facil, ja que todos ali ja se conheciam e queriam muito conversar e sanar suas curiosidades; e isso levou quase um dia. Dentre trivialidades e contestos serios chegamos a varias conclusoes e outros questionamentos; ate que um maior chamao a nossa atençao e ate eu tenteni intervir mas minha amiga teimosa nao ouvia ninguem.

Ela pediu para que a pior pessoa que ja conheci fosse trazida ate nos e mesmo eu sabendo que era uma verçao dele tremi de ate o fundo da alma a o ver entrar por aquela porta junto do Dc.

Antes disso vi que os dois Negis conversavam sobre planos e me pus a ficar olhando ja que nao conseguia acompanhar o nivel de raciocinio de dois genios de planejamento trabalhando juntos. Senti que perdi ate 5 pontos de QI... deu uma depre...

Entao parei no extremo oposto e me deliciei com a conversa alegre e expontanea dos dois Xavecos. Tao bobos e sem metade do orgulho inflado dos troca letras, conversavam sobre suas vidas e Xaveco era um pouco mais detalhista sobre o que era capaz de fazer e pelo que passou. Os olhos do outro ate brilhavam de emoçao quando o meu Xaveco contava suas haventuras. Ele nao precisava almentar as coisas para se achar muito menos se gabar; era uma pessoa muito boa de se ter por perto e eu me alegrava de o ver tao sorridente assim; nao o via assim desde a morte de Jeremias... parecia que a morte do amigo tinha tomado seus espirito. Mas acho que as palavras de esperança do que mudamos no passado fez ele recuperar o que era. E isso me alegrava muito!

Apesar de aquele ser um tempo que tinhamos de perder ali eu nao conseguia me acalmar. Estava inquieta. Ate me faltava o ar.
Entao tentei...

Nem sei o que eu tentei, mas sei que nao consegui.
E por algum motivo que eu não entendia uma garota de cabelos cacheados claramente clareados artificialmente, não parava de me encarar feio; parecia que a garota me odiava profundamente. Mas eu não fazia a mínima idéia de quem ela era.

Tentei ignorar o fato que me incomodava muito mesmo, e logo o Cássio me apontou para ela com um gesto do rosto. ---- O que essa garota tem com tigo? ---- parecia que não era coisa da minha cabeça; a pessoa estava mesmo me encarando.

—--- Eu nem sei quem é ela. ---- respondi seria percebendo que apos alguns relatos a outra eu resolveu ir ate essa moça e sair junto do Cassio dela e os três saem andando para fora do lugar; assim que o Dc voltou com o demonio louro e a Monica saiu para e conversar com o tal Nico Demo.

Minha vontade era a agarrar pelo braço e enfira a força um juiso na cabeça dela, mas ela era a pessoa mais forte que eu conhecia.

Estava muito inquieta mesmo e queria fazer alguma coisa, qualquer coisa. Me sentia inutil parada ali sem fazer nada entao logo acabei me pegando parada em frente a fabrica; por algum motivo eu tinha saido do lugar que estava e sai caminhando a esmo e parei em frnete a este temido lugar.

Entao me puz a caminhar.

Caminhei quase por toda a cidade, ate meus pes doerem e alem. Vi o cemiterio que passei o primeiro inferno ali, e sobrevivi ao teste da morte junto de meus amigos; onde descobri que eu tinha mais habilidades que eu sabia ter.

Vi a prefeitura tao linda e resplandecente, praças verdes e um outro mundo tao maravilhoso que nao consegui evitar sentar em um banco e chorar ate secar cada liquido do meu corpo.

Como aquele mundo podia ser tao maravilhoso?

Tao lindo e perfeito...                      E por que eu tinha que viver em um inferno de imundice e podridao?

Chorei e chorei e sentia que meu pranto era eterno por que nada o fazia parar. Ali em meio aquele paraiso eu me sentia uma intrusa vinda do caos. Eu era um mosntro horendo disfarcado em meio a anjos e poderia os ferir a qualquer momento.

No meu mundo ao menos eu era apenas mais um ser despresivel e repugnante que nao merecia mais que os restos de uma terra fetida. Ja aqui...

Achei que vindo ate aqui iria encontrar a paz de espirito, mas apenas descobri que toda aquela podridao do meu mundo ja havia me contaminado de um nivel que nao tinha mais volta e eu apenas iria sujar esse lugar.          E era por isso que eu nao conseguia me acalmar.
Provavelmente o Cassio percebei isso assim que chegou, deve ser por isso que preferiu ficar longe de todos...

oOoOoOoOoOoOo         Separaçao de Ficks             oOoOoOoOoOoOo
 

Eu estava mesmo confiante com isso.

Parecia que diferente dos meus amigos eu não sentia o menor medo de os conhecer.
Ao contrario.                                     Eu queria muito mesmo!

Pus um lindo vestido amarelo que o Dc tinha me dado no meu aniversario e por algum motivo não tinha o usado ate então. Ornei com uma linda sandália de fivelas com uma flor, pus uma correntinha simples e brincos pequenos e sai de casa escondido.

A conversa toda estava maravilhosa.

Cheguei bem cedo e já fui puxando papo com todos que já estavam lá e os que iam chegando e quando finalmente a porta apareceu do nada acho que fui a primeira a perceber ela.

Começou como uma luz fraca que achei que fosse qualquer outra coisa ate prestar mais atenção e perceber que parecia aquela brincadeira de riscar na parede uma porta com um giz, mas como magica a porta realmente se abriu e todos saíram de lá. E logico que eu parei meus olhos sobre mim mesma.

Ela parecia nervosa em nos ver principalmente a mim e acenou toda tímida.

Entendi por que me achavam fofa e sorri de volta. Mas como não era bom ficarmos ali parados eu dei a ideia para sairmos logo para o laboratório do Frankilim, e lá ficamos ate o sol nascer e sentirmos fome o suficiente para parar de conversar e pedir algo.

                                Juro que ate eu me distrai e deixei passar do meio dia.

Mas não tinha como!

Primeiro eles começaram a nos contar que lá eles não puderam viver juntos como nos, porque a maldita fabrica que não parava de ser citada tinha explodido e mudado drasticamente suas vidas; fazendo com que a maioria tivesse de se mudar no mesmo dia, e correr de lá as pressas. Contaram que isso acarretou em uma coisa para cada um, e os que quiseram foram contando.

Xaveco foi o primeiro e revelou sem vergonha alguma os maus tratos que sofreu como cobaia de laboratório apos ser contagiado pelo Dc sem querer e como o Frankilin havia o salvo; depois foi a vez de Monica que apenas falou que viveu um tempo na fazenda de seu tio ficando muito amiga de seu primo Antônio, já eu contei que nos mudamos para um apartamento com as economias dos meus pais e que vivi uma vida tranquila se não contar os poderes que a davam uma fome descontrolada quando suas emoções ficavam abaladas e o medo que ela tinha de se tornar um monstro (como nos filmes e livros) e matar alguém por conta disso.

O Cassio não quis falar por nada. E ele era tão grosseiro e assustador que ate os colegas dele o deixavam quieto e nos aconselhavam a fazer o mesmo.

Negi falou bem por cima sobre ter sofrido bulling por causa da dislalia e nada mais além disso, e que nem mesmo seus poderes foram problema; mas eu senti que ele escondia algo que não queria que o outro ele, o do meu mundo soubesse.

Denise já foi muito inteligente, falou muito e conversou bastante e não revelou nadica sobre si mesma. E ninguém notou isso, a não ser eu e o Dc, que observava a tudo calado.

                                                                    Mas tinha outra coisa me incomodando ali...

Eu ainda não tinha conseguido superar o ocorrido com o Cassio e isso estava deixando tudo difícil de mais. Ate por que a Gabriela estava ali e não parava de olhar feio para mim, e seu ódio era tanto que tinha sobrado ate pra outra eu que nem estava sabendo de nada.

Eu tentava me distrair com tudo o que ocorria a minha volta, e realmente conseguia, mas toda hora que olhava para ela, ou ate mesmo para ele do outro mundo eu travava.

—--- Esta tudo bem Magali? ---- o Negi o único dos quatro que não estava sabendo do ocorrido e do que eu fiz veio ate mim todo solidário ao perceber minhas nuances de humor. E eu não sabia como o responder.

—--- É só muita informação. Ainda não sei como vamos ajudar eles ou descobrir no nosso mundo como nos salvar. ---- desconversei mais também fui honesta com o meu amigo. ---- Você estava conversando muito com o outro você. Já tem alguma ideia do que devemos fazer?

—--- Na veldade sim. E não sei como todos não pensalam nisso antes. Temos de velifical essa tal fablica famosa de cima a baixo como faxineilos que não deixam uma poeila. ---- ele fala firme e convicto, tanto que me enche de esperança e alegria. Pelo menos já tínhamos um caminho a seguir.

Comecei a imaginar que seria algo tranquilo e passei a me unir as conversas alheatórias que surgiram por todos os lados. Todos os cinco pareciam cercados de pessoas que trocavam entre si como um revezamento para poder falar com cada um, menos o mal encarado Cassio que ficava em um canto olhando todos como uma predador que iria nos atacar a qualquer momento.

—--- O que ele tem? ---- resolvi perguntar a mim mesma. Estava evitando falar comigo mesma por que era estranho de mais, mas sabia que ela não me negaria essa resposta já que estava preocupada com um amigo.

Mas ela me responde em um tom sereno e olhos pesarosos. ---- Você não vai querer saber. ---- ela olha para ele isolado de canto e volta a me dar atenção. ---- Cassio foi um dos que mais sofreu. Ele não gosta nada de suas habilidades e assim como eu vê isso como uma terrível maldição que parece nos transformar em vilões não em heróis. Além de que a vida dele não foi nada fácil. Tirando o Dc ele teve o pior...

—--- Mas e o Xaveco? ---- comento espantada e ela me sorri me deixando confusa.

—--- O Xaveco... Ele era uma criança e foi tomado dos pais e fizeram, sim, experiências com ele, mas foram apenas exames de sangue e por pouco tempo. Tipo uns dois ou três anos. Mas depois ele ficou livre, domina perfeitamente um dos poderes mais fortes e uteis que já vi, além de ver a família sempre que quer. ---- ela me explica voltando a sorrir e isso me tranquiliza muito mesmo. ---- Eu não to desmerecendo o que ele passou. Não mesmo. Só que... Digamos que brinco de fazer um hanking de piores destinos e o Dc ta em primeiro e o Cassio em segundo.

—--- Entendo. ---- comento sem saber o que dizer já que o assunto tinha terminado e fiquei olhando pra cara dela feito trocha. Foi meio... estranho. Tipo ficar olhando pra mim mesma, e acho que ela sentiu o mesmo, por que deu um clima bizarro pra caramba!

Mas logo ela se virou puxando o rumo da conversa para as Denises que conversavam entre si, tranquilas sem estranhar nem um pouco olhar e falar com sigo mesma.

As garotas falavam de tudo: moda, cuidados com o cabelo ou pele e claro fofocavam baixo sobre a vida que tiveram. Mas a eu do outro mundo se aproxima assim que o assunto vira o Jeremias e sua reação exagerada.

—--- Tipo... isso me magoou muito mesmo. Poxa, assim ate parece que eu... ---- a outra ela fala sincera como sempre, sem ter como argumentar seus sentimentos.

—--- Ai eu entendo completamente. Tipo. O que foi isso? ---- a do meu mundo comenta revoltada, já que a reação para a outra era em cima do que ele pensava dela. ---- O que esse pamonha acha de mim? Que eu vou ficar xeretando na vida dos outros atoa? Fala serio; eu tenho minha própria vida pra cuidar!

—--- Acho que... Seria legal ligar para ele e ver se ele esta bem. ---- a eu fala meio meiga e logo a outra Denise parece se acalmar e pegar um tom triste. ---- Sabe. No nosso mundo... Jeremias morreu de uma forma horrível e... Mesmo que ele tenhas sido mega grosseiro e feito este estardalhaço por nada eu fico feliz que ele esteja bem. ---- ela fala isso e tenta dar um sorriso no fim para amenizar e logo percebo que eu tinha mesmo essa mania.

—--- Poxa... Como ele morreu? ---- a minha Denise não espera meio segundo para perguntar o que eu queria muito saber. ---- Mais alguém morreu? Conta por favor.

—--- O Luca... ---- a outra Denise toma a palavra e logo o lugar todo se silencia para a ouvir. E por algum motivo ela olha para o Negi e o Xaveco e engole seco antes de voltar a falar. ---- É justo vocês saberem o que vão ter de enfrentar nesse acordo. ---- mais uma vez ela engole seco antes de continuar a falar. ---- Com a explosão uma área foi soterrada e junto dela pessoas ficaram presas junto do contagio. Junto deste grupo estava um garoto loiro... Ele ficou preso lá por anos e... Além de ter de se alimentar das outras pessoas viu seu irmão gêmeo morrer entre os destroços em busca de socorro. Achamos que ele fosse uma vitima e o soltamos, mas o maníaco era algum tipo de lunático insano e começou a causar a destruição. Foi ele que causou a morte do Luca e do Jeremias. ---- ela explica tudo isso de cabeça baixa e da uma longa pausa.

E logo a outra eu toma o discurso para si. ---- De alguma forma ele controla as probabilidades, e pode fazer algo quase impossível acontecer a sua vontade. Ele parece um mago e é ate o momento invencível. ---- ela pontua também olhando para o Xaveco e o Negi, e eu fico confusa com esse ato. ---- Jeremias foi partido ao meio por um dos portais do Xaveco por que esse demônio de cabelo luro fez ele desacordar bem quando o nosso amigo estava passando, controlando a probabilidade para que isso ocorresse. Já Luca foi pior... Alguns garotos foram atrás do demônio e esse fez com que o exo esqueleto que ele usava para se locomover, se contorcesse com ele dentro e quebrasse todo o seu corpo vagarosamente ate que ele morresse. Como era algo horrível e doloroso e não estávamos conseguindo tirar aquilo dele... Bem... Negi teve de tirar a vida do nosso amigo para poupá-lo da dor já que não poderíamos salva-lo.

Assim que ela para de falar todos ficam brancos olhando para o chão, eu ate tremia só de imaginar tal horror. Mas logo é a vez da Monica falar, essa respira fundo e aponta para Aninha. ---- Você. Eu e ninguém mais... Entende ou sabe o que ouve com você. Mas há anos você foi sequestrada e quando finalmente o Titi conseguiu te encontrar estava louca em um sanatório. Só sabia gritar e chorar. ---- ela fala seria e logo sorri. ---- Mas nos voltamos no tempo e te salvamos. Agora você nunca foi sequestrada e vive feliz longe de lá. Mudamos muita coisa no nosso passado e acho que foi isso que causou essa desgraça toda para vocês. Mas... Foi para salvar os nossos amigos. Ainda não tive tempo de ver o que ocorreu com tudo e se tudo mudou mas... Eu espero que sim. Já que a Aninha mudou.

Não soube muito bem como me sentir.

Ao mesmo tempo que estava morrendo de medo de ter de ir para lá e lidar com tudo o que tinha naquele universo eu queria muito, mas muito mesmo ajudar e fazer com que lá ficasse tão bom quanto aqui.

Nessa hora e ouvindo a aqueles relatos foi como se esses meus problemas ficassem tão pequenos que eu podia esmagar facilmente com uma única mão.

                                                                                       E foi exatamente o que eu fiz.

—--- Cascão? Podemos conversar. ---- falei ao parar a seu lado e ele me olhou de cima a baixo como se tentasse reconhecer qual das duas eu era. ---- Gabriela. Venha junto, por favor. ---- falei ao olhar para a garota que me fuzilava com os olhos; com toda razão.