Limoeiro escrita por Dyryet


Capítulo 65
Vigília.


Notas iniciais do capítulo

Estou comendo mais bola que boleiro vesgo... V_V
ok... ja pus o que ouve com o Antonio e outros que estava esquecendo de mostrar o que estavam fazendo assim como a escola e os pais... tem mais alguma gafe? Tipo eu sigo com a linha reta e os detalhes ficam soltos quero prender todos direitinho.
Desculpe por tanta gafe vou arrumar tudo.



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Do Contra puxou a Magali de canto.

Outra vez.

Não eu não estava com ciúmes, mas o Cascão sim e isso começava a ficar estranho. Tudo bem que tinha cara de ser algo serio, mas por que ela não conversava comigo e sim com ele? Tudo bem ele sempre parecia ter mais respostas de TUDO, mas mesmo assim eu era a melhor amiga dela.  ...talvez eu estivesse com um pouco de ciúme sim.                                                 Mas dela.

Usar as roupas ao avesso era estranho e um pouco desconfortável, mas nada comparado aos gritos que preenchiam o lugar.

Olhei pela janela confirmando a chuva pesada que caia assim como da ultima vez que estivemos ali; não dava para ver nada, nem mesmo o portão.

Olhando aquela chuva toda me perdi em pensamentos.

Estávamos tão ocupados que nem a escola estávamos indo, Chico tinha ido pesquisar e ver coisas para nós fora da cidade e vivia em contato com o Franjinha que estava tão ocupado com suas invenções e ideias que nem falava comigo direito.

Denise era quem coordenava tudo e conseguia as informações que tanto nos ajudava a sobreviver, ate mesmo neste desafio era ela quem estava lincando nossas comunicações assim como podia invadir a dos nossos inimigos.

Me senti inútil presa ali em uma situação que eu nunca poderia dar o meu melhor (não vou matar ninguém).

—--- Sabe por que eles pediram 15 de cada time? ---- posso ouvir os homens do time dele conversarem. ---- Pra poder dar um bom show de chacina ao CF.

—--- Nem todos do grupo vieram. ---- eles pareciam calmos, mesmo com os gritos e tiros. Olhavam para o seu líder que tranquilamente conversava com Magali. ---- O que vai rolar com quem ficou na base se só um time vai vingar?

—--- Acho que vão obrigar todos a se unirem a equipe vencedora. ---- eles confiavam plenamente em Dc, não tinham o menor medo de estarem ali em meio a aquela guerra. Ou já estavam acostumados. ---- Ai ficaria com o numero de agentes de uma das fodonas.

—--- Faz sentido.

—--- Vamos nos dividir em três grupos de cinco? ---- um dos caras questiona e o Dc apenas acena que sim com a cabeça voltando junto de Magali.

—--- Pode deixar que eu fico com as duas. ---- ele confirma trazendo alivio aos caras. Não vou negar que fiquei bastante ofendida com isso, mas entendi o medo deles; nós não iriamos matar ninguém... Na concepção deles seriamos peso morto. ---- Noel, Dori. Você veem conosco.

—--- Sim chef. ---- o cara grandão que vivia aparecendo se pronuncia, Noel... não entendia os apelidos de cada um; e ele vinha junto de uma garota que nunca tinha visto, mas não consigo lhe contar como era ela pois esta usava uma roupa toda fechada ate a cabeça a onde só os cabelos castanhos claros ficavam de fora; marcava bem toda a silhueta dela e achei uma vestimenta digna de algum quadrinho. Claro que tudo do avesso.

Com isso os dois times seguiram pelos dois corredores laterais e nós subimos.

Todos os outros times tinham subido então a tremedeira da Magali era aceitável.

—--- Vou verificar. ---- o tal de Noel fala antes de literalmente desaparecer em pleno ar; literalmente ele fica invisível.

Mas Dc não o espera, continuamos a subir as largas escadas de pedra forradas por um denso tapete vermelho; o corredor no andar superior estava silencioso e escuro. O vento ardia pelo corredor largo fazendo um som tão forte que parecia capaz de falar. Me lembro bem que o segundo andar tinha vários quartos enormes, todos portando banheiros com jacuse e banheira; e outras três salas fechadas. A primeira era gigantesca cheia de troféus de caça, a segunda uma biblioteca particular, e a ultima uma clássica sala escritório. Só que aquele corredor denso parecia ser bem mais amplo que isso.

Andamos só um pouco, queríamos chegar ate o fim do corredor mas antes disso nos deparamos com uma dupla.

Ao longe pude ver que a garota que tentava desesperadamente abrir a janela. ---- Eu não me importo mais com isso! O líder virou picadinho de carne!!! Vou embora daqui! ---- ela gritava em prantos e a seu lado estava um rapaz, parecia franzino de mais para um guerreiro. e era nítido que  ele não sabia o que fazer, parecia querer acalmar a moça entretanto mantinha uma direção segura. ---- Legal... a Membro mais forte do time entrou em pânico.

Dc olhou para aqueles dois com frieza e sacou a arma mas eu fui ate lá o impedindo de terminar o ato.

—--- O que ouve vocês estão bem? ---- perguntei e assim que me viram ambos me apontaram a arma. ---- Calma eu não vou atacar vocês.

—--- Ate parece! ---- o garoto esbravejou. ---- Eu não sou nenhum idiota!

Só ouvi os disparos e logo tudo foi tomado pelo breu.

Tudo ficou tão escuro que eu não conseguia ver nada a minha frente, mesmo pondo o dedo sobre o nariz. Não me sentia ferida, mas conseguia ouvir muito bem tudo a minha volta. Alguém me empurrou sobre uma mobilha e depois ouvi gritos de dor.                E a luz voltou.

A luz forte quase me cegou, pisquei os olhos pausadamente ate que se readaptassem a claridade que não era muita, olhei para o chão e vi os dois caídos. Mas por deus não estavam mortos. Sorri e olhei para o Dc com um pouco mais de esperança no meu amigo.

—--- Nunca mais faça algo tão irresponsável. ---- ele estava me dando uma bronca, mas eu estava feliz de mais para me importar. Jurava que ele ou seu grupo os mataria. ---- Eles atiraram em você sem dó não disse. Qual era a sua ideia?

—--- Você já vai ver. ---- sorrio e ele faz a maior cara de duvida, chega ate a flexionar o corpo para traz como se a distancia o fizesse entender melhor. ---- Denise? Esta na escuta? ---- aperto meu comunicador tentado ser o mais discreta possível. ---- Xaveco e Marina estão prontos?

[---- Claro gata! Este lugar é o “Ó” não tem câmeras não tem telefones, não tem nada útil ou que preste para me auxiliar a ver vocês. Parece que parou no tempo.]

—--- É uma casa antiga. Olha estou te enviando as imagens.

[---- Tudo bem. Se afastem. O Xaveco ainda ta com um pouco de medo de usar os poderes.]

Com isso tomo distancia e aquele brilho se mostra a meus pés e assim um portal se abre levando os dois. ---- Eles estão feridos leve-os para a enfermaria e descubra o que eles sabem. ---- comento vendo os verdadeiros serem substituídos pelos desenhos de Marina.

[---- Pode deixar]

—--- Engenhoso. Plano “dele” ---- ele vem em minha direção olhando os corpos falsos no chão. ---- Mas isso não vai ajudar muito. Fico feliz que pelo menos você deu um jeito de lutar e manter sua consciência limpa. Mas não vai poder salvar todos deste lugar.

—--- Admitindo que o plano do Cebolinha foi ótimo? Estou impressionada. ---- me ergo seguindo pelo corredor. ---- E claro que vou. Afinal meu plano é salvar o bairro e não destruí-lo.

Ele sorri.

Não vou negar que aquele sorriso me pegou de surpresa.

 

Andamos mais um pouco e logo avistamos três caras, usavam com um uniforme diferente da ultima dupla. Eles pareciam bastante animados como se nada tivesse acontecido de ruim e estavam a arrancar algumas taboas do chão para puserem armadilhas e conversavam entre si alegres chamando os demais times de idiotas.

Dc quando ve isso me segura firme no lugar pondo Magali para traz.

Não tenho tempo nem de piscar.

Assim que eles arrancaram as tabuas, pude ver as cortinas moverem-se como mãos que se fecham em automático a dor. Eles não tiveram uma única chance, não tiveram tempo; nem sequer puderam ver. O lustre belo e opulento do corredor que se assemelhava a galhos com tantas velas se vira desce e finca sobre eles os fazendo de espetos e as chamas terminam o serviço.

Virei meu rosto.

—--- Este é só o primeiro dia. ---- ele pontua vendo o amigo re aparecer em pleno ar. ---- O que conseguiu?

—--- Cinco times já morreram. Três foi a casa dois por brigas. Sete times ainda estão intactos tirando o nosso. ---- ele responde com timbre militar. ---- As avarias dos demais variam de altas a mínimas e os recursos de todos parecem bons. Já entreguei os mantimentos dos times que a casa destruiu as duas equipes lá em baixo.

—--- Muito bem. Eles já encontraram um local pra repouso?

—--- Sim senhor. E já estão a “montar” o lugar. ---- não entendi o porque da ênfase em montar mas segui com a minha vida.

—--- Esta tudo bem com você Magali? ---- vou para perto da minha amiga que parecia cada vez mais encolhida. Me sentia mal por tela forçado a vir comigo. Devia ter escolhido outra pessoa. ---- Você anda estranha. Eu não quero perguntar mas... O que conversa tanto com o DC?

—--- O David quer que eu treine minhas habilidades aqui. ---- ela fala bem envergonhada como se estivesse me contando algo pornográfico. ---- Ele me disse algumas coisas para fazer mas... Não sei se consigo Monica.

—--- Relaxa eu confio em você e sei que vai conseguir. ---- me aproximo e a abraço forte. ---- Confiei em Dc e ele só tem me provado que não mudou tanto assim. ---- sorrio.

—--- Por que diz isso?

—--- Ele não esta matando esta? ---- o observo por sobre os ombros a falar com seu agente serio como sempre se mostrava e ela sorri esperançosa.

Mas então nossa alegria se vai.

Gritos, choros, suplicas forram o ar como se tudo estivesse acontecendo a nossa frente e ao mesmo tempo. Posso reconhecer o grito dos três que morreram fincados pelo lustre dentre eles, era como se a casa estivesse guardando todos estes gritos para que ecoa-ser ao mesmo tempo.

Olhei para Magali e ela estava mais branca que um fantasma olhando para frente, tentei seguir seu olhar mas não vi nada.

—--- Magali o que você esta vendo? ---- ele me tira do lado dela e a pergunta sem delicadeza nenhuma a puxando para traz.

—--- Jeremias... Luca... Posso ver eles ali. Estão... estão pedindo para que os seguíssemos. ---- ela fala fraca, mas não temos tempo de fazer o que ela pede pois logo somos atacados novamente.

Era só outro time.

Coisa fácil.

Eles atacavam de longe com os poderes e atiravam, mas logo tudo fica escuro novamente. Ouço mais disparos e quando a luz volta posso ver o resto do time no fim do corredor e as pessoas que nos atacavam no chão.

Foi assim por um tempo.

Os outros times nos atacavam e nós nos defendíamos, não tinha dada de sobrenatural ali, seguíamos os caminhos que Magali nos indicava e com isso evitávamos todos os ataques da casa; ela continuava a dizer que podia ver os nossos amigos ali e que eram eles que estavam a nos ajudar.

Os outros times não eram fracos.

Tinham muito poder mas...

O time do Dc intimidava.

A garota, a tal de Dori é quem fazia tudo ficar escuro, Noel sumia; finalmente tinha descoberto o nome do grandalhão loiro que vivia servindo de motorista Zelio. Não sabia quem era, mas o nome era bastante familiar, ele era o mais estranho ia de fininho no meio de um grupo grande que estava a descansar ou de guarda e... Bem o Dc não me deixava ver mas eu via mesmo assim. Ele aspirava o ar e soltava uma fumaça doce estranha e logo os caras todos ficavam com os olhos vermelhos e começavam a obedecer tudo o que ele queria. Viravam os nossos escravos bem comportados burros e quase suicidas.

Claro que perdemos integrantes e isso não foi nada bom.

Por que a partir dai Dc ficou bem irritado e passou a matar as pessoas.

Não gostei nada desta atitude dele.

—--- Na minha frente não. ---- segurei sua arma arranquei da sua mão e a amassei entre meus dedos. ---- Sei que doeu perder um amigo mas ninguém do nosso grupo vai matar e eu me refiro a você.

Ele bufa e me encara como se quisesse me tirar do caminho.

Admito que fiquei com medo dele naquela hora mas não iria mudar meu ponto de vista.

—--- Não. Eu vou levar todos que puder com o transporte do Xaveco! ---- teimei.


Pensei que tivéssemos passado apenas horas assim.

Sentia que tinha se passado algumas horas. 

Mas no fim foram... dias.

Ninguém sentiu o tempo passar. E nem sequer conseguia me lembrar de ter feito muita coisa ali.

E quando finalmente saímos...

 

—--- Parabéns.

A vos dele sai sarcástica.

Dc nos esconde novamente.

Olho pra cima e vejo uma nave circular planando sobre nós.

Ele não parecia humano. Era... era... Um coelho.

—--- O senhor Gérson Araújo ficara muito contente em conhece-lo.

 

Ass:Mônica Sousa


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Notas finais do capítulo

( Voces já tinham visto esta casa antes então não quis repetir muito e quero mostrar as brigas com as gangues fodonas que são de personagens existentes. Qro mesmo é mostrar a briga com o NICo Demo Gérson Araújo é o nome do CF.Como sempre não invento personagem. Quem são Noel e Dori? Vamos la sei que vcs conseguem. rsrs)



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