Limoeiro escrita por Dyryet


Capítulo 60
Difícil escolha.


Notas iniciais do capítulo

(Ando muito animada com esta trama ^_^ claro que não sou movida a comentários mas tenho que agradecer encarecidamente a nininhaimee_ que é uma fofa e merece tudo de bom”!



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Em um segundo eu estava de frene a única base que eu queria evitar.

Eu podia encarar o próprio CF a qualquer segundo mas não "ele".

Mas como contar isso a todos? Afirmar que estava me cagando de medo? Nem morto!

Mas logo achamos a Aninha e aquela sena toda mês fez abaixar a guarda e quando dei por mim o ser estava bem ali. Parado na porta conversando com a Monica...

Tentei correr e a puxei comigo mas ele nos alcançava; sempre nos alcançava. Estávamos presos não tinha como fugir dali e...


Estava no meu quarto acordando com o celular tocando.

Não sei por que mas reconheci o numero da Monica e mal atendi ele desligou.

Minha canseira era tanta que voltei a desabar no sono.

Não entendi o por que mas eu estava exausto.




—--- Acordaaaaaaaaaaaa! Dorminhoco vai perder a hora! Se matar aula de novo a mamãe vai te por de castigooooooo! ---- sinto alguém pular sobre mim e nem reconheço a voz, só levanto com ódio e vontade de matar a pessoa na porrada mas...

—--- Maria? ---- me espanto ao reconhecer minha irmãzinha que se contorce por instinto com medo de eu a bater.

—--- Você ia me bater? --- ela exclama assustada e irritada correndo pra fora. ---- Manheeee! O Cebolinha ia me bater!

Mas o que estava havendo ali?

Me troquei rápido mas não achei uma arma sequer. Na verdade achei muitos computadores e games espalhados junto com uma caixa de pizza que ainda continha uma fatia fria e muita zona.                        Desde quando eu virei um moleque desorganizado?

Sai do quarto e meu coração ate parou.

A casa estava toda ali, os moveis intactos. Bem quase... se não fosse o desgaste do uso mas tudo estava ali. Meu pai lendo o jornal na cozinha distraido minha mãe me encarando feio por ter brigado com a minha irmãzinha e o floquinho pequeno e fofo correndo ate mim meio fraco pela idade avançada.

Um sonho?

Aquele louco tinha me prendido em um sonho perfeito era isso que ele fazia com as pessoas naquele lugar? Eu estava babando e me contorcendo como um louco preso em uma daquelas salas e sonhando com uma vida que não tive!

—--- Esta tudo bem filho? ---- minha mãe desiste de me dar bronca ao ver o meu rosto e eu simplesmente saio pela porta. Não ia ficar me explicando para uma alucinação.

Eu era um telepata.

Podia sair dali eu tinha que sair dali e ajudar meus amigos!

—--- E ae carecaaa! ---- a voz dele soa tão alegre que por um segundo acredito ser real. Ele pula o muro da minha casa sem dificuldades como se já fosse rotina e da um tapinha nas minhas costas. ---- Que cara amigão. Tiro nota baixa? ---- estava com uma camisa regata e shorts; não continha nenhuma marca de cicatriz ou que podia dizer ser o Cascao que reencontrei aquele era o cascão. O meu cascão; meu melhor amigo. ---- Eita? Vai chorar?

—--- Não seu idiota, tapado, imbecil. ---- este cascão não existia. Era crueldade me mostrar ele assim alegre e jovial sorrindo sem nunca ter sofrido metade do que sofreu.

O largo ali e tento me concentrar. Ver o mundo real através dos meus verdadeiros olhos mas parecia que nada funcionada que aquilo era real mas era impossível.

—--- Caramba careca pra onde você vai? ---- ele me segue com aquela cara de preocupado franzindo a cara toda. ---- O que você tem? Vai perder a aula... e... Careca?

—--- Você não é real... ---- murmuro baixinho.

—--- O que você disse? ---- ele questiona me encarando curioso sem ter conseguido ouvir nada.

—--- Você não é de verdade! É uma alucinação! Some daqui pra eu conseguir me concentrar e pensar direito some daqui!! ---- gritei a plenos pulmões e seus olhos se arregalaram surpreso. Queria que ele desaparecesse no mesmo segundo mas não. Ele ficou ali parado me olhando confuso mas logo depois começou a olhar para si próprio.

—--- Por que diz que não sou real? ---- ele questiona olhando o próprio braço e depois os pés, parecia um idiota fazendo isso, mas logo seus olhos tomam a forma fria e cheia de raiva que eu tinha me acostumado a ver. ---- Por que eu não to cheio de cicatrizes e a água não me machuca?

—--- Eu sabia. Você é uma ilusão! O que vai fazer agora que descobrir? Todo este mundo perfeito vai virar um pesadelo? Desculpa eu já vivo em um então só me tira deste transe.

—--- Não é ilusão Cebolinha. ---- a voz da Monica me surpreende. ---- Estamos aqui de algum jeito estamos aqui. ---- ela segura as minhas mãos e volta a olhar pra o cascão. ---- Eu não sei onde estamos mas é tudo real.

—--- Fomos trocados. ---- ele aponta para apropria cabeça. ---- Vem. Tem uma pessoa aqui que pode explicar melhor.

E assim ele segue andando feliz pelo caminho ate a escola.

A Monica e ele conversavam e cada um tinha uma mochila como adolescentes normais em um dia de aula. Chegamos na hora normal e eu podia ver ao longe o Joaquim gordinho conversar com um Jeremias com camisa de jogador que logo cumprimentava um Titi que usava o mesmo uniforme.

Sorri sem querer ao ver a Aninha vir e gritar algo com o namorado e depois entrar furiosa e ele ir atras dela; os irmãos mestiços chegavam juntos conversando mas logo Do Contra é abandonado por que Nimbus sai para falar com um jovem ruiva de cabelos curtos. Bem... Na verdade o próprio tinha empurrado o irmão para a direção da moça; saindo rindo e satisfeito. 

Tudo estava limpo e lindo como eu imaginava conseguir deixar no final de tudo.

Não tinha pichação e nem pessoas largadas na rua por bebida e drogas sujas de sangue e fezes. Ate o sol parecia radiar sorrindo.

Ele entra na escola e segue pelos corredores ate uma porta grande escrito sala dos professores e lá eu posso reconhecer sentado em uma mesa o mesmo maluco a ler um jornal, e assim que me ve se levanta e sorri.

—--- Gostou cenourinha?

—--- Psicopata! Você invadiu a minha mente e....! ---- grito mas antes que pudesse brigar ele aparece do meu lado.

—--- Calma. Isso é tudo real. ---- ele sorri um sorriso fraco e me olha novamente. ---- Não sou um telepata como você cenourinha.

—--- Cebolinha! Quero dizer NEGI!

—--- Este mundo é real assim como o outro. Eu só venho pra cá as vezes e troco com o outro eu para descansar. Brincadeira só tem um eu. Mas tem muitos você sabia?

—--- Do que esta falando? ---- a Monica vem e o questiona ate parecia a Monica de verdade o segurando pelo colarinho e o erguendo do chão.

—--- A muitas Monicas, Cenourinhas e bairro do limoeiro. Muitas historias e muitas realidades e eu posso passar por elas tão fácil quanto você pode me erguer do chão. O que eu faço e trocar.

—--- Então você deu a minha vida miserável ao o outro Cascão?

—--- Claro que não eu não sou tão desumano. Eu só substitui vocês três em uma versão que vocês morreram. ---- ele fala todo tranquilo mas nós três nos entreolhamos assustados. ---- Calma que ninguém aqui descobriu ainda. Neste mundo vocês quatro foram a uma festa mas teve um assalto na volta e... Fim! Agora só falta eu buscar a Magali e...

—--- Espera! ----- a Monica grita e o puxa de volta. ---- É isso o que você faz lá? Substitui todos por versões que iriam morrer ou que já morreram? Mas e a Aninha? Ela...

—--- Ela é ela mesma. Sabe... tem pessoas que ficam loucas mesmo. ---- ele da de ombros como se não ligasse, mas posso ver um ar triste em seu olhar quando ele para e olha pela janela. ---- Sabe. Uma vez eu trouxe um amigo de vocês a outro mundo. Nele ele vivia feliz com o irmão e a irma também e o pai o tinha assumido além de namorar a garota que sempre amou e ter uma banda. Tudo em sua vida estava perfeito e ele ainda estava livre de sua sina. Mas...

—--- Ele não aceitou. Preferiu voltar e enfrentar a realidade.

—--- Como sabe mocinha?

—--- Ele é meio do contra. ---- ela ri. ---- Mas um mundo destes... Sei que vai ser doloroso para os meus pais deste mundo descobrirem que morremos mas eu também tenho um dever a cumprir. Não posso ficar vivendo assim. É o mesmo que fugir e eu não fujo.

—--- Nós nunca fugimos! ---- afirmo mas o cascão fica olhando pela janela.

Eu não iria o forçar a voltar conosco. Ele podia muito bem escolher ficar ali naquela realidade onde nada daquilo aconteceu.

—--- Sabe. Muitos escolhem ficar. Não é fugir é ser esperto. Eu vivo indo e vindo sabiam? Bem.. claro que falei que só tem um eu. ---- ele passa a mão nos cabelos desgrenhados. ---- Mas sendo só um eu não posso fazer muito. Não posso ajudar vocês nem...

—--- Nem quem?

—--- Ninguém. ---- ele pareceu ficar bastante irritado e quando dei por mim já estava lá fora e o clima tinha mudado para uma geada fria de inverno. ---- Querem voltar? Tudo bem eu mando de volta. Mas eu não vou oferecer isso de novo!

—--- Nem precisa. ---- ela sorriu e se aproximou dele como se nem tivesse medo.

O cara era pior que Nico Demo.

Ele atravessava realidades e as controlava e ela ali parada na frente daquela coisa sobrenatural sem temer.

—--- Seja lá o que for eu vou ajudar todos. ---- sorri com aquele dentão todo e ele para de fazer os ventos soprarem. ---- Todo poder tem um lado ruim e se eu estiver certa... Vamos te ajudar também. Obrigada por tentar nos dar um final feliz mas eu prefiro lutar por ele.

Ele abaixa a cabeça e nos vemos nos corredores novamente. Bem a onde estávamos, olhei em volta e não vi meu amigo fedido, meu coração apertou e logo senti a mão dela sobre a minha sorrindo para mim tentando me confortar. Bem pelo menos ele estava melhor... e se a Magali também aceitasse poderiam viver feliz sem os empecilhos.

—--- É bom vocês dois terem um ótimo plano. Por que aquele mundo era perfeito. Ilusão ou não. ---- nem me seguro e abraço aquele idiota. ---- O! larga de viadagem cara! Quero meu final feliz mas não é com você não cabaço!

—--- Você podia ter ficado. Ninguém iria te julgar. ---- ela comenta rindo da minha cara de trouxa.

—--- Nem... E saber que o mane mestiço teve mais peito que eu? Nem fudendo! Ele ta mais ferrado que eu e ficou. Eu tenho o meu orgulho!

—--- Tah certo. ---- ri da pose dele mas logo minha atenção foi cobrada para um louro que estava recostado na porta olhando para as escadas.

Segui sua visão e pude reconhecer nossos amigos que saiam dela.

Xaveco tentava abrir seus portais mas com um estalar de dedos o louro fazia ele ir para o mesmo lugar. Denise já tinha ate desistido de entender aquele lugar, mas ele sorria. Mesmo com todo o medo deles ele não planejava machuca-los ou nada. Só gostava de assustar como quando eu era criança e se divertia vendo eles e suas reações.

—--- Obligado.—--- o cumprimentei notando que havia voltado a falar errado e saímos pela porta todos juntos.                Tinhamos de cumprir nossa promessa a criatura de cabelos dourados.

Ass: Negi Menezes da Silva _I_


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Notas finais do capítulo

(quem não leu a HQ do louco não vai entender muito bem mas fiz referencia a ela com esta trama e os poderes dele. recomendo esta leitura tbm é muito boa assim como todas as encadernados!)



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