Aquela aventura toda me lembrou quando fui a chapeuzinho vermelho por um curto período e conheci o Lobo mal. Isso por que as criaturas do sitio não eram tão más depois que se conhecia melhor.

Sim o Saci dava medo pra caramba mas era um ser protetor das matas.

Pelo que o homem moderno faz, ele tinha é que dar medo mesmo.

E eu não tive como agradecer por ter salvo a vida do Cássio e assim tivermos mais tempo para voltarmos a cidade. O ônibus do David estava destruído (graças as travessuras do próprio Saci) mas foi só ele dar um telefonema que em pouco tempo já tinha outro chegando para nos levar embora.

—--- Bora chef! ---- uma vos feminina chama a minha atenção ao parar na porta. Ranheta parecia forçada para ficar feia.

Se tratava de uma garota pequena e muito magra que sorria afetuosa ao ver David se aproximar, seus olhos azuis claríssimos tilintavam como um cãozinho quando ele afagou sua cabeça; ela era mesmo muito menor que ele, parecia ter a idade da pequena Maria a irmã do Negi.

—--- Chamo chegamos. ---- um outro nos cumprimenta com uma voz firme apesar de sorrir.

Ambos eram intimidadores por uma lado: Cheios de marcas estranhas cicatrizes e tatuagens, sem falar nos pircings; tudo para aparentar serem ainda mais perigosos e aterradores; ela tinha uma parte da cabeça raspada, não por moda mas por que tinha uma cicatriz enorme ali que não deixava o cabelo crescer direito e ainda descia ate o lábio inferior, era mesmo muito feio de se ver.

Pude ver que portavam armas e me calei.

—--- Certo. Vamos partir! ---- a pequena grita e logo o maior vai ao volante e nós partimos.

Não era um ônibus normal ele tinha camas no lugar de bancos a onde pudemos por Cássio para que descansasse um pouco, Negi não saia em momento algum do seu lado, seu semblante era de pura dor. E desta vês acabei dando uma de Denise sem me dar conta e acabei por ouvir uma antiga gravação.

—--- Eu ouvi isso muito depois. ---- ele tocava a gravação antiga parar o amigo desacordado. ---- Eu julo que tentei te encontlal... mas não consegui. Eu tava te ploculando ate hoje. Ate usei as infolmações da Uniflola... mas nada.

Não foi minha intenção ter ouvido, mas era um cena tão bonitinha que não resisti. Negi parecia estar chorando e...

—--- Vem cá sem noção. ---- sou puxada e logo vejo uma Denise muito irritada me encarando. ---- Tem horas e horas pra fofoca.

Quem?

Ela esta contaminada pelo David?

—--- Sinto muito. Eu só queria ver como ele estava e acabei ouvindo.

—--- Tudo bem. ---- ela sorri. ---- Ultimamente o povo só fala assunto serio.

Não pude discordar, se ate a Denise percebia.

As coisas estavam mais do que tensas entre o grupo, no caminho parecia que o Negi estava esperando qualquer motivo para brigar com DC, Frankilin contou sobre os horríveis planos de CF para as gangues, uns jogos mortais horríveis além de outros aspectos que ele quis deixar de revelar, mas depois ficou comentando com a Marina em um canto. ---- Tenho certeza de que vi um dos professores sair e trocar a roupa deixando do avesso. ---- coisas assim.

Mas com o clima assim não tinha como não ter brigas.

Dc nos ajudava com a idéia de salvar o anjinho, mas toda hora era um quebra pal com a Mônica por algum motivo aleatório e randômico.

 Ele confirmava que nós não confiávamos nele, que éramos infantis em ficar de mimimi com ele o Negi e o Frankilin por terem suas próprias idéias. Era muita briga mesmo.

Mas andava.

Todos (apesar das brigas) estavam empenhados no objetivo e ele superava qualquer desentendimento; podíamos nos odiar e querer a morte um do outro, mas queríamos o anjinho livre e sadio.

Por fim tudo ficou pronto.

David nos deu todo o apoio e as informações que podia, Negi bolou o plano mais incrível que já vi, Frankilin se superou no equipamento e armamento e todos estavam muito dispostos a sair de la com o loirinho são e salvo.

—--- Não é muita prepotência querermos salvar um anjo? ---- Xaveco brinca com a ironia da situação e eu não consigo nega-lo um riso bobo.

A base era grande. Não. Gigantesca!

Ficava em baixo de um antigo parque de diversões o que dava um ar tenebroso a tudo aquilo; mas mesmo assim invadimos. Monica, claro que foi na frente de todos abrindo caminho ao erguer pedaços de concreto e ferragens que bloqueavam a passagem.

CF tinha o enterrado em escombros para que sua influencia não o afetasse, afinal ele era uma anjo e era muito mais forte que ele.

—--- Não da. Tem certeza de que ele esta aqui? ---- ela bufa irritada por não conseguir abrir a passagem; haviam muitas vigas quebradas e se ela tentasse tirar tudo viria a baixo em cima de nos.

—--- Deixa comigo! ---- um animado Xaveco logo passa a frente dela pondo ambas as mãos no chão e respirando fundo para se concentrar. ---- Afastem-se. ---- murmura baixinho antes de  um circulo iluminado surgir de suas mãos e ir se expandido ate tomar um raio de metros.

E em segundos aquilo afunda no chão como se cavasse um tuneo imenso e ele quase se espatifa, se não tivesse criado outro circulo e caindo dentro dele ressurgindo ao nosso lado.

—--- Ai Xaveco. Já te falei que esta arrasando? ---- Denise solta um elogio sem querer e logo se cala, era engraçado esta reação dela.

E assim todos nós descemos.

Lá embaixo era apenas entulho e destroços. Parecia que tinham tacado uma bomba a alguns anos e tudo veio para ali recriando uma nova cidade lá em cima. Coisa que poderia ser bem provável já que “um anjo perdeu”.

—--- Segundo as instluções do DC o anjinho deve estal pol aqui. ---- Negi se pronuncia cauteloso e muito cuidadoso por onde pisava e com o que fazia ali.

Seguimos então as instruções de localização e lá estava o vidro blindado.

—--- Anjinho? ---- a Mônica não esperou nem meio segundo e arrancou metade da coisa para tira-lo de lá.

E então ele rapidamente abril os olhos e deu uma soluçada profunda como se estivesse sufocado e começou a tossir muito forte.

—--- Anjinho... ---- não me contenho e logo estamos todos em volta da Monica que o segurava nos braços como se fosse uma abonequinha.

Ele estava tão ferido, era tão pequenino.

Não me lembrava de ele ser tão meigo e frágil.

Ele era como nós, brincava e as vezes (muitas vezes) dava conselhos. Bons conselhos por sinal.

—--- Por que ele esta tão pequenininho? ---- Denise questiona curiosa sem entender o porque ele não havia crescido como todos nós.

—--- Ele sempre foi assim; nós é que crescemos muito. ---- Monica corresponde à amiga preocupada enquanto passava a mão naqueles cachinhos dourados. ---- Eu não sei o que ele tem. Será que é como nós?

—--- V-voces...? ---- logo aquela tenra voz soa tão fraca que mal podemos ouvir. ---- Vo-vocês não deveriam ter vindo aqui. Estão em perigo.—--- seus olhos azuis como o céu se abrem, pareciam conter um brilho místico estranhamente familiar.

—--- Você não deveria esquentar a sua cabecinha. Nós que viemos aqui te salvar viu. ---- ela brinca o enrolando em uma manta que trazia com sigo. ---- Quando você estiver melhor conversamos.

—--- Monica sua teimosa. Vocês não sabem o que tem aqui...

Mas o pequeno alado não tem tempo de falar, pois logo ouvimos um grito e em seguida um som de desmoronamento.

O Dc estava certo o tempo todo.

Não ermos fortes o suficiente.

Não tínhamos maldade o suficiente,

Era impossível nos prepararmos para o que iríamos enfrentar ali.

E agora não só Jeremias esta morto mas também Luca.

Ass: Magali Noëlle Guiffray ღ(≧▽≦ ღ)