Limoeiro escrita por Dyryet


Capítulo 26
Tapa na cara.


Notas iniciais do capítulo

Cyss voltou e estou iper feliz o/
e claro novos leitores como; Swift, HoodInvisible, liskm, biancapinheiro3, Amanda Lopes e Gabii Seddie
Cada um de vocês é importante para mim, cada um com seu comentário e pontuação. Vcs não tem noção do quanto me ajudam diariamente! o/ amo vcs

Ps: A ideia de ter outro narrador sem ser os 4 esta sendo trabalhada sim. Já planejei a narrativa do: DC, Xaveco, Denise e Carmem. Em pauta esta do Fanjinha e Nimbos. O restante esta em iatus... bjs bj



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Esta Mônica é uma peste!

Justo agora que tinha o plano perfeito ela resolve sumir.

E para piorar ninguém confiava em mim...

Mas tento não me preocupar com isso. Vou ate a casa do Frank reclamar com ele, sobre ter simplesmente sumido e nos deixado para trás no meio de; literalmente "um filme de horror/terror".


–--- Você não vai mesmo se explical? ---- paro em frente a porta e ele esta lá mexendo em algo e logo o esconde de mim, só posso ver que possuía um cabo, poderia ser uma antena...

–--- Cebolinha bata na porta! Não vai invadindo assim e...

–--- Jula? Você é o ultimo a podel dal alguma blonca pol aqui. ---- já entro ordenando e demoro a notar que Marina estava ali.

Ela estava tão quieta.

Então noto que estava atrapalhando e saio sem dizer nada.

Eu me irritava quando se intrometiam entre mim e Mônica e não queria fazer o mesmo. ...Digo...

–--- Cebolinha espera! ---- o Frank vem atrás de mim; nervoso imaginando o que eu teria imaginado. Mas não dou ouvidos e sigo o meu caminho. Eu tinha mais o que fazer.


Chego em casa, as luzes apagadas e a falta de moveis me lembram o quanto estava sozinho.

Vou ate a cozinha; na verdade me arrasto ate lá. Minha cabeça estava a milhão e não sobrava neurônio para as outras funcionalidades motoras.

Esquento umas sobras de uma quentinha do dia anterior e me sendo em meu escritório para pensar.

Escritório que tinha feito no quarto dos meus pais.

Tento voltar aos meus planos para dominar a cidade, mas... Meus pensamentos se perdiam em tudo o que estava acontecendo comigo. Ainda estava engasgado com tudo o que ouvi no ônibus no caminho de volta.

O envolvimento súbito da Mônica com o Nimbos, as afirmações grosseiras do Do Contr... meus próprios amigos não confiarem em mim, o Cascão ter duvidado de mim.

Era muita coisa para uma cabeça só.

Sem falar o fato de estar sozinho.

Todos eles voltavam para casa e encontravam com seus pais, amigos ou o que fosse. Eu não... Tudo o que me mantinha ativo era a ideia de protege-los, e de recuperar a cidade.



Me lembro de como consegui me tornar emancipado. E me pergunto se tinha valido mesmo a pena.

=~^~ ºº~^~=

Aquele dia eu estava com tanto ódio, mas tanto ódio, que minhas mãos tremiam.

Era só, mais uma vês, eles me darem de bom grado; e não teriam mais que cuidar de mim, responder pelos meus atos ou qualquer coisa do gênero.

Mas não... Eles tinham que fazer o maior dramalhão.

Falar que eu era um péssimo filho, que eu não estava dando valor a tudo o que eles tinham feito por mim. E Bla bla bla.

A verdade é que eles estavam me atrapalhando.

E isso já a um bom tempo.


Desde do ocorrido com o Cascão, estava difícil a nossa convivência. Qualquer coisa que eu fizesse minha mãe dizia que eu estava me vingando por aquilo, e meu pai a apoiava me mandando crescer e seguir em frente. Na verdade eram eles quem não me deixavam esquecer daquilo.


Mas mesmo irritado a ponto de beirar o ódio, eu ainda os amava de todo o meu coração. E fazer aquilo com eles me doeu mais do que as feridas que forjei em mim mesmo...

~~ºº~~

Desperto torto em cima dos papeis babados.

Já estava na hora de ir a escola, mas algo estava muito errado... ainda zonzo por dormir de tão mal jeito, ouço os latidos do Floquinho. Incansáveis e desesperados.

Vou ate lá e posso ver carros estranhos vindo ate nossa rua e parando em qualquer lugar, varias vans, e pessoas saindo de dentro delas andando em busca de algo.

E de repente eles lançam latas pondo mascaras de gás e puxam todos para fora, inclusive eu. Não vi quando me pegaram por traz e me jogam no asfalto frio da madrugada.


–--- Já esta mais do que na hora de se reportarem. ---- um dos indivíduos olha para todos retirando uma arma do casaco imundo e esfarrapado.

Olho em volta e estão todos ali, todos do nosso timezinho besta, Xaveco, Titi, Carmem, Jeremias, Denise, Franjinha, Magali e Cascão.

Cadê a Monica?

Mas não era tempo para me preocupar com ela, provavelmente teria escapado.


Os homens falam algo, mas eu não dou a mínima atenção. Estava ocupando minha mente com um modo de sair de lá e tirar todos com vida, sem que me achassem ainda mais suspeito. Mas eu só imaginava mostrar minha carteirinha de outra gangue... E isso não me ajudaria muito.

Mas quando me dou conta não preciso fazer nada.

Jovens belas e pouco vestidas surgem subindo a rua e distraem os homens armados. Assumo que ate mesmo eu fiquei “bem” ditlaido. Distraído... E assim deste mesmo modo elas sacam armas e matam todos. Simples assim.

Ainda estou tentando descobrir a onde estavam escondidas as armas que eu não vi.


–--- Vocês estão bem? ---- um cara aparece e as moças vão ate ele. Ele sinaliza com a cabeça e aos poucos todas vão sumindo noite a dentro assim como surgiram. Ele era auto e muito musculoso, possuía tatuagens tribais nos braços e piercings no rosto e orelhas. Os olhos castanhos param na direção de Magali que ainda estava de pijamas, e depois passa por todos nós. ---- Unf...---- ele me pareceu suspirar tristonho, se virando e saindo.

–--- Espela! ---- não sei por que gritei, mas quando vi já estava a seu lado. Enorme poderia me esmagar facilmente com um braço. ---- Obligado.

–--- Feh... ---- ele debocha sorrindo e volta a olhar para mim. ---- Ainda falando errado Cebolinha? Caramba esse seu problema deve ser mesmo serio.

–--- Se chama Dislalia e... ---- bronqueio no automático e depois me toco. Todos se levantam e vem ate mim. Tirando eu Frank e Cascão todos os demais estavam de pijamas. ---- Você me conhece?!

–--- Claro. Bem... não te culpo por não me reconhecer. ---- ele pontua e olha para os demais que se mostravam bastante curiosos. ---- Não culpo nenhum de vocês. Eu mudei muito mesmo. ---- ele olha as próprias mãos, grosas e forradas de calos. Provavelmente por esmurrar muita gente. ---- Sou eu Joaquim. ---- ele sorri para nós ajeitando seu topete como sempre fazia.


–--- Quinzinho!!! ---- a Magali se levanta e fica ali parada. Eu não entendi, ela não parecia feliz em vê-lo, apenas assustada com a mudança como todos nós. ---- M-mas... o que ouve... com você?

–--- Bem... não é uma historia assim tão grande, ou complicada de se entender. ---- ele para pra respirar e todos nos juntamos a sua volta como crianças que esperavam o conto na hora de dormir. ---- A verdade é que nem todo mundo foi mandado embora. Muitos ficamos, como... ---- ele engole seco ao olhar para o Nimbos e para de falar instantaneamente e o clima fica tenso. ---- Como eu disse não fui embora. E com a mudança das coisas tivemos de nos adaptar e mudar também. A padaria não dava mais lucro e tivemos de nos adaptar... ---- ele não parecia se orgulhar, parava para pensar em como falar a cada segundo se repetindo como um velho babão; e por algum motivo o Cascão vai ate ele e põe a mão sobre seu ombro. Ele parecia entender o que ele tinha passado. ---- As coisas mudaram. Tudo ficou mais... pesado. Perigoso. E nos misturar foi a única escolha. Agora somos um bar bem famoso, fica no mesmo lugar, mas... Agora é um bom refugio para as moças da cidade. Ninguém meche com as moças que trabalham ali.

–--- E por que não? ---- o Cascão o pergunta já o acompanhando para longe de todos os demais. Não me senti à-vontade em segui-los.


Eles ficaram a conversar por horas e nenhum de nós quis se intrometer, apesar de especularmos sobre o que conversavam.

Eles gesticulavam, apontavam e hora ou outra se calavam. Era de fato muito estranho; e por todo este tempo a Magali ficou ali a observar, ela nem se quer foi se trocar. Ficou ali de pijamas mesmo olhando para os dois conversarem.

–--- Você deve estar com frio. ---- o Frank põe seu jaleco sobre os ombros de Magali a espantando de seus pensamentos. ---- Não acha melhor ir se trocar. Sei que deve ter sido um susto ver ele de novo. Ainda mais deste modo.

–--- Não é isso, eu... Obrigada. Vou ir me trocar sim. ---- ela muda rápido de assunto e desconversa devolvendo o jaleco e indo em direção a própria casa, mas não deixa de olhar para traz.


Com isso, me aproximo dos dois.

Já estavam a demorar neste assunto.

–--- Então... quantos você já matou? ---- o Cascão pergunta e se escora em um muro, de seu bolso ele tira um cigarro. ---- Eu já perdi a conta.

–--- Eu também... Ainda lembra do seu primeiro? ---- o Quim retruca a pergunta; posso sentir o cheiro doce do cigarro, um odor inconfundível. ---- Isso não vicia?

–--- Vicia... Mas não faz efeito em mim. Estes dons, não me deixam sentir o efeito de nada. Nem remédios. ---- ele se explica, parecia odiar o que era capaz de fazer. ---- E sim. Me lembro como se fosse ontem. Ou melhor hoje.

–--- Eu também... ----- o Quim responde e logo se vira me encarando. Tinha sido descoberto.

–--- Plecisamos decidil o que vamos fazel com o caso do Do Contla.–--- continuo a me aproxima como se não tivesse escutado nada. Me faço de idiota e mudo de assunto, não os deixo perguntar ou me intimidar; eu não podia mostrar o meu espanto com relação ao Cascão.

–--- David? ---- o Quim indaga e se mantem serio. ---- Fiquem fora disso. O lance é serio de mais para vocês.

–--- Damos conta. ---- o Cascão afirma e vem ate mim. Ele apaga o cigarro bem do meu lado, quase na minha orelha e fica me encarando como se dissesse "eu sei que você ouviu, vamos conversar agora".


Mas justo nesta hora o carro da Monica para em frente a casa.

E ela finalmente desce do carro.

Só que acompanhada...

Ele era alto, mais velho que eu e muito forte. Não como um cara de academia saradinho; mais forte mesmo, parecia herói de revista em quadrinhos! O cabelo liso, olhos claros que fazem ate a Carmem suspirar. E se vestia como um calboy, cinto de fivela, botas com esporas e tudo, ate mesmo um chapéu; coisa que ele ajeita na cabeça antes de nos cumprimentar.

Olho em volta e estão todas "simplesmente" babando pelo tal cara que a Mônica nos apresenta dizendo que ficaria morando em sua casa.

Como assim?

Quem é ele?

Mas não sou respondido.

Ate por que não tinha verbalizado nada.

Como poderia? Gritar e revogar algo que não era meu, dando na cara todo meu ciúme... não mesmo.

Então fiquei lá ouvindo os planos ate me decidir... E então não teria mais volta!



Ass: Negi Menezes da Silva


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Notas finais do capítulo

A atitude final do Cebola vai ficar na próxima pq fica melhor narrado ^_^ e já falando. Pedidos de quem será nosso primeiro narrador convidado?
(Estes dias andei lendo umas tramas aqui no site e me inspirei com o modo das narrativas da “Doador de Sonhos”, de fato tive de revelar isso pois muiiita coisa que li ali me deu idéias que não posso simplesmente excluir e me senti na obrigação de revelar sua origem. )