Limoeiro escrita por Dyryet


Capítulo 105
Relações ---- Cebolinha


Notas iniciais do capítulo

(Eu sei que era para eu postar os caps dos demais antes de dar a volta, mas o papo do dc com o cebolinha tava muito bom e ai fui fazendo. assim como o do Dudu, e fica muto melhor ir no pike do que forçar uma regra ^_^ pelo menos n da certo pra mim.)



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Era extranho e bizarro, o papo com o Dc estava me dando uma ulcera.

Eu tinha vontade de partir a cara dele, mas não podia. Eu tinha que o vencer com palavras como ele estava me vencendo.

—--- Vai me dizel que você não liga pala o que as pessoas pensam de você?

Dentre todas as pessoas que via, eu não conseguia ler justo a mente dele, em nada e isso era muito bizarro de todas as formas possíveis; por que não era só um bloqueio; era como se meu golpe voltasse contra eu mesmo e desse um tipo de microfonia. Era impossível. Não deveria acontecer neste mundo.

Eu tinha lido a mente de todos menos a dele, e não sabia se podia ler a do outro Dc do meu mundo, por que tive muito receio de tentar saber o que tinha ali dentro.

Mas o pior era que o que mais me incomodava era a relação dele com a Monica.

Como ele pode ganhar de mim?

Não importa a dimensão isso deveria ser impossível!

—--- Não foi isso que eu disse. Eu ligo sim. Só que eu sei que não da pra fazer com que eles mudem de opinião. ---- ele fala isso como se não se importasse, mas era claro que se importava caso contrario não estaria falando disso. ---- As coisas aqui... Bem... já foram roteirizadas de um jeito na cabeça de todos. Ou eu só não me encaixo mesmo e pronto. ---- e isso foi um leve desabafo, sei que foi bem pouco para um leigo, mas pra mim foi uma grande vitória recheada de muita informação. Muito além do que ele provavelmente planejava deixar escapar. ---- A verdade é que eu só não tento mesmo, e deixo eles pensarem o que quiserem. Eu não vou morar aqui pra sempre.

Mas essa ultima parte me soou quase como um aviso. Ou algum tipo de complemento do que achei que tinha captado a mais.

Muito provável ele se deu conta do que acabou deixando escapar. Sua insegurança. E completou assim para tentar retomar o controle, mas já era bem tarde pra isso.

Mas eu não pude deixar de pensar se a Monica sabia disso... mas por outro lado sabia que ninguém morava com os pais para sempre e ele podia estar falando disso.

                                                                         Mas... de todo jeito não foi isso que o que eu senti, definitivamente.

—--- Isso eu ate te entendo em celta palte. Eu só não sei uma coisa, se você não se impolta ou acha que não tem que ploval nada. Qual dos dois? Você se acha supeliol a todos aqui é isso?

—--- Não. Não é nada disso. Você esta inventando coisas. ---- com essa ele pareceu bem incomodado; e claro que me alegrou muito, estava conseguindo interpretar suas poucas feições e rapdas emoções.

—--- Tudo bem. Mas é o que da pla imaginal. E tudo bem eu pensal o que quisel não é mesmo? Afinal é a sua politica. ---- com essa eu consegui. Tirei uma emoçao deste rosto de vidro dele.

Ele me olhou com certa raiva, o que me deu muito praser; depois pude perceber que fechou os olhos e respirou fundo prendendo a respiraçao por alguns segundos e voltou a fazer cara de nada. ---- Te irritei? ---- provoquei mesmo.

—--- Não. Você esta certo é o que eu faço. Pode pensar o que você quiser sobre mim. ---- ele volta a falar calmo. Parecia que já tinha recobrado o seu controle.

Mas que tipo de pessoa ele era?

Não vou negar.

Ele nunca me chamou a atenção e meu interesse nele era apenas por estar com a Monica, então eu não sabia nada dele a não ser que era um bizarro que fazia tudo oposto as coisas normais mais obvias, tinha o Nimbos como irmão gêmeo e fim.

Mas com essa curta conversa eu não pude negar que talvez ele fosse um pouco mais complexo do que aparentava.

Eu não tinha como me acalmar e entender como esse Dc ganhou da minha versão deste mundo sem entender ele. E se o outro Dc também ganhasse?                                               Só de pensar nisso meu estomago já embrulhava.

                                             Eu não sei como o outro eu conseguia viver, vendo eles juntos.

—--- Tudo bem. Acho que não temos muito do que convelsal, mesmo. ---- falei pensando em sair de lá e buscar respostas de uma outra forma, mas do jeito dele... não permitiu.

—--- Conseguiu saber o que veio buscar? ---- ele misturou duas frases, mas por incrível que pareça eu consegui entender o que ele disse. Acho que foi o “treino”, de entender o modo muito complexo que o Dc do meu mundo se comunica.

—--- Mais ou menos... Digamos que não te acho mais um cala só bisonho, e sim complexo. ---- falei com um sorriso para ver se ele se dava conta que eu tinha manjado ele.

—--- Obrigado. ---- mas ele me responde com o mesmo sorriso fingido como se falasse que eu não sei de nada; nitidamente me provocando.

Sai de lá mordido, mas com uma direção um pouco melhor, do que ir direto ate ele, já que descobri que o filho da puta era mais fechado que o cofre do Tiu Patinhas.

                                  O irmão dele não seria imune aos meus poderes.

Quando o encontrei, o garoto estava a conversar com uma moça de curtos cabelos ruivos lá na Padoka e quase fiquei ali a admirar como aquela padaria era fofa.

Ver aquilo me fazia lembrar como o meu mundo era horrível, se ate ela foi completamente corrompida.

Entrei no estabelecimento e os meus olhos quase se encheram de lagrimas com o cheiro maravilhoso do lugar, muito diferente de onde eu vim que ele se enchia pelo odor fétido que emanava de todos os lugares da cidade.

Perdi um tempo olhando a linda e convidativa vitrine, e me permiti esquecer por um ou dois segundos o meu real motivo de vir ate ali.

Pedi um salgado, algo para beber e depois um doce. E a sempre tão bem educada e humorada dona do estabelecimento familiar me atendeu de um jeito que ate me esqueci que não era de lá. Mas como em minha vida nada dura, e principalmente a felicidade; logo tive meu momento de paz interrompido com um pedacinho de inferno.

Ela entrou junto dele como se ele tivesse feito questão de vir ate ali com ela depois do nosso papo para me humilhar e jogar na minha cara o meu pior pesadelo.

Eu não podia acreditar em mim mesmo.

Depois de tudo o que ouve... Do que sentia por não ter ajudado o meu melhor amigo quando ele mais precisou de mim, de como fui tratado pela minha própria família... Ver ela com outro cara ainda era algo que mexia muito comigo. Acho que ela era a única coisa que me fazia sentir que eu ainda era eu. Que as coisas podiam voltar a ser como deveriam.

                                                                                                Se ficássemos juntos...

... o mundo iria seguir o rumo correto de novo. E tudo ia se concertar.

Acho que eu era um sonhador idiota.

Sai de lá puto e ele me olhou por sobre os ombros, não tinha uma feição que alguém pudesse compreender, sempre essa cara de espelho que refletia o que as pessoas queriam pensar dele e não o que ele próprio sentia.

Voltei então ao trabalho.

Fui ate o laboratório de Franjinha onde este estava empenhado em desfazer a merda que havia feito. O anjo apenas me olhou de soslaio e me deixou em paz, acho que sabia que eu precisava de um tempo.                                           Afinal ele me conhecia muito bem já que fui o primeiro humano a ele conhecer.

Fiquei somente a refletir se o que estava fazendo era correto... Implicar com ele por ter me vencido e ser tão arrogante com relação a minha “relação” que era meio que uma não relação com a Monica.

A verdade é que nós nunca tivemos nada... E eu não podia exigir dela uma fidelidade, em sair espantando/espancando qualquer outro que goste dela; eu tinha de conquistá-la e não agir como se ela já fosse minha de qualquer forma.

Tentei novamente distrair a minha mente com o trabalho serio, chamei Xaveco e juntos recuperamos as maquinas do tempo e as destruímos tacando literalmente em um vulcão ativo para que ninguém pudesse ter a tentação de as remontar.

Foi muito cansativo para ambos, mas também bastante proveitoso; afinal. creio que todos queríamos voltar logo para casa e resolver o que tínhamos deixado para traz; e sobre o Xaveco eu tinha plena certeza.

 

—--- Você também se sente como se estivesse de férias. ---- ele diz isso do nada ao olha o límpido céu que tinha ali, era realmente uma marca de como estávamos em outro mundo; tudo ali era muito perturbador para eu conseguir relaxar ou ver como um tipo de ferias.

—--- Piol que sim. ---- respondo mentindo na cara lavada, já que aquele lugar tinha o dom de me perturbar mais que de onde viemos.

—--- O que você achou do outro você? ---- ele questiona e eu engulo seco. ---- Ah rarara! Você também acha ele um otário fracassado? ---- ele ri alto com a minha cara, no meio da rua assim sem se importar com o que as pessoas iam achar, era um desgraçado mesmo.

—--- Não fala assim dele. Ele não sofleu o que soflemos... Deixa eles selem felizes. ----- tento arrumar mesmo não concordando.

Acho que não era atoa sermos tão amigos, eu também era um desgraçado. E só de pensar nisso me fez rir. Mesmo distantes continuamos amigos. Falo sempre da separação do Cascão por que aquela mensagem gravada ainda me assombra, mas o Xaveco também era um grande amigo.

—--- Exatamente por isso! ---- ele exclama ao parar de caminhar e parar na minha frente como se quisesse conversar sobre isso ali antes de voltar ao bairro. ---- Eles não sofreram nada. Podiam ter feito muita coisa da vida; coisas que eu sempre quis, mas ficou coçando a poha do saco dele.

—--- Cuidado com o linguajal no cross ovel, mas eu te entendo. Passa um al que eles despeldiçalam completamente a chance. E sabe de uma coisa? Me da vontade de metel a polada neles pla vel se, se dão conta disso.

—--- Exatamente! Fala serio! Se eu não tivesse ficado preso e nem obrigado a trabalhar para aqueles filhos da puta eu tinha feito tanta coisa! ---- ele desabafa com serta raiva, e me embrulha o estomago me lembrar das palavras do Dc sobre cada um ter um amigo para uma coisa diferente; e o pior era que eu estava concordando com ele...

—--- Que tipo de coisa?

—--- A começar por sair com umas garotas. ---- ele fala meio envergonhado ao olhar para o outro lado da rua e ver umas meninas bem gatas mesmo passando. Uma era bem magrela mas tinha m cabelo de índio muito lindo... ---- Uma em especial, mas esse bobocóide nem tentou nada. Fica se achando a bolacha amassada que vem primeiro no pacote. Ei isso me da nos nervos.

—--- Ele tem uma bela baixa estima... ---- comento ao lembrar do garoto em questão, e nao evito pensar que a nossa presença ali poderia o ajudar a ficar mais como o nosso Xaveco.

—--- Siiiim! Eu sempre tive a minha alta! Exigia ser um dos protagonistas e ter meu próprio quadrinho! Cadê isso?

—--- Pensei que quebral a qualta palede fosse coisa deles de Pitangueilas.

—--- Me deixa que estamos no cross over né?

—--- Ok. Mas você esta com a razão, eles palecem um belo despeldício de vida e isso é justo o que me da laiva.

—--- Exatamente! Eu queria poder fazer algo mas ele me trata como se eu fosse o errado da historia. Ate manda aquelas frases de típico adolescente: Você não manda na minha vida, Me deixa que a vida é minha. Aaah da vontade de quebrar a cara dele, você não faz ideia. ---- ele diz serio ao dar uma bufada e fecha os olhos como nos animes tentando se acalmar. Lembrou bem de leve o Dc. E sabendo que ele foi treinado em uma agencia isso me fez pensar... Será essa fechadinha de olho alguma coisa maior?

—--- O se tenho. ---- respondi bem vago ao pensar em outras coisas. Afinal o mestiço estava bem preso nos meus pensamentos.

—--- Fala ai o que mais te irritou que eu também conto o meu. ---- e ele puxa o assunto assim do nada. talvez pelo meu silencio, ou e eu devo ter feito alguma cara, pois eu tinha excreções ao contrario dele.           Acho que isso de não ter era mesmo uma técnica foda... Ninguém saberia o que se passa na minha cabeça. ---- Eu meio que não sei escolher. Tem essa baixa estima dele em aceitar mal aparecer, e a submissão que ele demonstra pra qualquer um. Nem sequer o cap de xadrez foi dele sendo que eu sou um mestre de xadrez! Poha!

—--- Calaleo. ---- essa foi foda de ouvir. A coisa pro Xaveco tava feia, o cara aparecia menos no jovem que figurante criado para essa franquia... ---- Isso doi.... Bem o meu você já deve sabel muito bem. O que me doeu mais foi esse namolo da Monica.

—--- Vix. Tenso né. ---- ele diz como se não tivesse nada a comentar. ---- Mas pra mim isso prova que estamos em outra realidade sabe. Somos muito diferentes aqui e é isso que me faz não querer matar o outro eu na bronca.

—--- Pode sel... Sela que o outlo eu não gosta da Monica e não esta nem ai? ---- parei para pensar nisso por uns segundos.

—--- Nada impede. Ou ele é um fracassado igual a minha versão deste mundo. ---- ele diz pensativo voltando a caminhar a esmo, já que não queríamos voltar ao Limoeiro ainda. ---- Ei? Quer ir da uma briga conjunta e ver o que esta de errado com esses merdinhas? ---- ele fala convicto e apesar de parecer uma idiotice; isso era exatamente o que eu queria fazer naquele momento.

E fiquei muito feliz de outra pessoa ter tido a ideia só para eu não ter esse peso no meu orgulho. Xaveco era mesmo um grande amigo, acho ate que ele fez isso de proposito. Deve ter percebido minha agonia desde que viemos a essa terra.

—--- Ai me faz um favor e vai lendo a mente do povo e me passando? ---- que cara de pal. Eu ri muito disso.

—--- Clalo.

E assim, chegamos a onde estava o Xaveco e por uma ironia do destino o Nimbos estava com ele. Nessa hora as palavras do Dc voltaram a mim sobre tudo esta sendo roteirizado de uma forma e não dar para lutar contra.

Mas Nimbos era mega amigo de Cascão enquanto o Xaveco era meu então eles podiam estar falando de nos já que se calaram assim que me viram chegar.

—--- Ola! Cara não podemos ficar no mesmo lugar assim. ---- ele me cumprimenta e da um represa-lha no Xaveco.

—--- Relaxa vão achar que somos gêmeos. Duvido alguém que nos conheça vir ate aqui. Não é por isso que estão aqui? ---- diz indo direto ao ponto igual os seus poderes que atravessavam qualquer coisa.

Os caras ate ficaram brancos. ---- Lelacha. è nolmal falal de nós afinal... é um puta assunto. ----- comento os tranquilizando, e logo nos sentamos junto deles naquela cafeteria mega cheirosa.

—--- Verdade. O Xaveco contou meio por cima como é cada um de nós. Eu sei que faço um tipo de ilusão; tipo distraio a atenção para outra coisa. Bem legal, muito parecido com o que os mágicos profissionais fazem. ---- Nimbos fala tentando fazer um clima tranquilo ali, era um cara simpático oposto do irmão que passava um ar que estava cagando pra tudo que via.

Mas então eu aproveitei para ler a mente dele assim na cara de pau enquanto a conversa sem graça rolava.

=~^~ ºº~^~=

Entrei em sua mente sem que o mesmo se desse conta disso.

E desta vez não o levei comigo em um passeio para conversarmos; fiquei a vagar pelas memorias que ele tinha com o irmão para ver se conseguia descobrir o que tinha de errado com esse cara tão estranho.

Procurei e procurei e logo estava na ultima memoria onde os gêmeos conversaram seriamente sobre algo que eu mal entendi.

Nimbos estava chegando tarde de algum lugar e tinha pego uma baita chuva. Entrou correndo em casa e tirou a jaqueta ensopada, logo percebendo que o irmão estava sentado na sala fitando o ar com uma cara bem estranha e sem emoção.

—--- David? ---- ele chama a atenção do irmão na marra que vira o rosto lentamente o olhando. ---- Esta tudo bem?

—--- Tudo... Só estou com insônia e pensando em umas coisas. ---- diz ao se levantar e ira ate o irmão pegando a jaqueta dele e indo por para lavar. ---- Sabe que a minha mãe vai te matar se ficar fazendo isso. ---- pontua e eu fico a pensar no detalhe nítido de sua fala. ---- Disse a elas que você estava na casa do Cascão e com essa chuva era possível que você não voltasse. ---- ele comenta aumentando minha curiosidade e me fazendo criar varias teses, voltando a sala. ---- Foi bom o encontro?

—--- Nem tanto. ---- diz nitidamente querendo falar de outro assunto e logo o mais esquio dos mestiços se da conta disso, largando o corpo sobre o sofá como se tivesse sido empurrado por um homem invisível.

—--- Não é nada. Não se preocupe. ---- resmunga de olhos fechados.

—--- Como não? Você esta assim a semanas. ---- ele se senta em um outro sofá a seu lado como se quisesse bancar o doutor. ---- Ouve algo entre você e a Monica?

—--- Nem tudo na mina vida é ela sabia?

—--- Então o que ouve? ---- Nimbos estava sendo insistente e muito chato, e o Dc bancando o pré adolescente. Era um papo muito irritante mesmo, mas só de imaginar que a relação dele com a Monica não estivesse boa eu já me alegrava.

—--- .... ---- ele abre a boca como se fosse falar e se cala, respira fundo de novo; do mesmo modo que fez comigo para retomar seu auto controle e finalmente olha o irmão. ---- De que adianta eu te falar? Ou pra qualquer um? Vai resolver? Não.

—--- Como você pode saber?

—--- Eu sei. Não pode. Você não faz magia de verdade e eu não quero ter de tomar remédios se você contar algo a minha mãe.

—--- Poha. ---- ele realmente esbraveja e ate ergue do sofá. ---- Não confia em mim?

—--- Pra isso não. Nesse momento não. ---- acho que as palavras do Dc foram uma facada para o outro que o olha como se tivesse recebido um golpe. ---- Aff... Qual é? Você sabe muito bem que vai sair falando e eu não quero isso.

—--- Mas e se for o melhor pra você?

—--- Mas – eu – não. – quero. ---- ele quase soletra e o outro se rende fazendo a maior cara de magoado. Pareceu ate que tomou um toco da mina que estava afim.

Eu não tinha uma relação intima com minha irmã... Não tinha como saber o que era isso, mas por estar na memoria do Nimbos senti como isso tinha o magoado e lembrei dela. De como acabamos nunca criando um vinculo...

Eu também não sabia como era a relação do Cebolinha daqui com a Mariazinha...

—--- Taabem... ---- ele diz como se tivesse sido forçado pela cara que o irmão fez. ---- Mas se isso sair daqui... ---- ameaça.

—--- Não ta confiando mesmo em mim em.

—--- Não. Ainda lembro muito bem da ultima vez que tive problemas e você contou pra minha mãe.

—--- Porra. Nós éramos crianças, tu guarda rancor em.

—--- Exatamente.

Não nego que fiquei bem curioso com o que seria isso, e já planejava invadir essa memoria também, mas o que eu ouvi em seguida além de me explicar quase tudo do Dc, me fez querer deixar ele em paz.




Toda criança é inteligente, ou tem alguma facilidade com algo. Ela pode ser criativa como o Negi e fazer mil planos e ideias, ou pode ser habilidosa como o Cascao e construir seus próprios brinquedos, pode ser um líder nato como a Monica ou ter aptidão para noções de atenção e curiosidade com o desconhecido como eu.

Mas o meu iramo... Ele só queria que o mundo fosse ao contrario.

Acho que ele imaginava que se fosse assim...           O nosso pai teria escolhido ficar conosco, ao invés da família real dele.



O mundo ao contrario do meu irmão...

~~ºº~~

Ooooooooooooo         Separaçao de Ficks             ooooooooooooo
 

O praga tinha me posto em um sinuca de bico.

—--- Mas eu nem fiz nada de errado! ---- ele enfezou do nada quando comecei a falar do namorinho dele com a minha irmã. Pareceu ate bipolar, pois a um segundo e pelo mesmo motivo ele estava todo cagado de medo de mim. ---- Por que essa perseguição idiota? Ate parece que cometi um crime! Você e a Monica tão de rosco desde os seis anos, ou menos e querem encrencar comigo e a Mary? Hipocrisia pura. Por que diabos vocês são fofinhos e nós errados?

—--- Bem, já que você quer mesmo a explicação eu te dou. Sim todos achavam fofo eu e a Monica, por que era fofo. Não tinha maldade nenhuma, exatamente como você falou nos éramos bem novinhos e vocês “não são”. ---- pontuei serio. ---- Também tem a sua fama de ser uma praga e todos já esperam que você não seja boa coisa para ela, e a diferença de idade.

—--- Fala serio. Nem é tanta diferença assim! Meu pai e minha mãe têm muito mais que isso. O seus também e o de todo mundo! Idai que não temos exatamente a mesma idade?

—--- Idai? Você não sabe que um cara de 20 não pode namorar uma garota de 17? ---- esse muleque era burro ou queria umas bofetadas pra ficar ligero?

—--- Por que o mundo é idiota. Já que uma pessoa de 20 pode ate casar com uma de 60. ---- ok ele me pegou. ---- Fez 18 pode fazer o que quiser. Um ano não muda nada além de papelada tosca. E pelo que sei, não to com 18 pra ta cometendo um crime. Nem você tem isso ainda. Só no fim do ano como todo personagem que faz aniversario quando o ano vira.

—--- Mas a turminha tem aniversario no mês certo! Nem vem.

—--- A clássica. Que sempre faz sete anos ou seis. Não lembro mesmo e não ligo, mas a Jovem nunca vi e essa fick muito menos. Acho que no máximo a criadora vai fazer analogias com idade por que ela nunca revela exatamente quantos anos ninguém tem.

—--- Ok ok é o estilo dela, mas esse não é o assunto. O ponto é que ninguém te aceita com a Mariazinha e fim. ---- eu estava bem puto. E nem levei em consideração nada.

Não me leve a mal por favor, mas... Eu literalmente troquei as fraudas da Mariazinha; e tinha muito apego a essa menina, enquanto que esse praga sempre me deu nos nervos; então essa situação estava me deixando muito puto.

Eu realmente esquecia de levar em consideração que... Ela também tinha que querer e eles podiam gostar muito um do outro.

Então invés eu ser o guardião dela...

                                                         ...acabei virando é o vilão da historia de amor dela.

Mas não foi mesmo por mal, tanto que nem me dei conta na hora.

Voltei a tentar cuidar das coisas e ate mesmo fui conversar com os viajantes sobre o que mais poderíamos fazer afinal... tirar a goteira não secava a casa, então ainda tínhamos muito o que fazer.

—--- Vem comigo um segundo. ----- o outro eu me puxa de canto e olha por sobre os ombros a minha irmã e depois me olha como se quisesse me perguntar o que eu havia feito de errado, mas nem me dou conta disso. ---- O que você sabe soble, este namolado da Monica?

—--- Esta falando do Dc? Ta com ciúme meu ilmão? ---- zombei afinal ele tinha a Monica dele não tinha por que se roer pela minha desgraça.

                                                                                  Ou ele queria me ajudar com essa droga?

—--- Falo selio. Como ele conseguiu estal contaminado como nós?

Eita!

Gelei na hora e me lembrei do incidente na fabrica, de como ele foi engolido por aquele contagio com pegada de piche e caiu no fosso quando a fabrica toda ruiu.

Um arrepio ruim passou por mim... E não consegui evitar de me recordar daquela cena horrível, onde ele sufocava e agoniava de dor, preferindo se deixar cair e soltar a mão da Monica do que arriscar a contagiar também.

Mas eu creio que ele leu a minha mente, pois logo saiu em direção ao laboratorio e eu fui com ele deixando para terminar o papo com a Mariazinha pra depois. Como sempre... Grande idiota eu fui..........

Chegamos lá e o loirinho não estava nada sorridente. Estava debruçado sobre pilhas de folhas a tentar rascunhar os efeitos que cada maquina fez e como detê-los antes que nossa dimensão fosse destruída por completo.

O anjo estava junto dele igualmente agoniado e logo vem em nossa direção. ---- O que ouve? Conseguiram descobrir algo? ---- questiona todo aflito com aquela vozinha meiga dele. Da ate vontade de apertar... juro.

—--- Pelo que vi o Dc deste mundo caiu dentro do contagio lescentemente. Polque e como ele não é como o do meu mundo? ---- ele fala serio provando que tinha lido a minha mente.

Mas o anjo o olha tranquilo. ---- Bem. Eu sou o protetor lembra? No seu mundo eu não estou em vigor, mas aqui mesmo enfraquecido posso fazer de tudo para proteger vocês.

—--- Então o Dc tem podeles também? ---- nao aguentei e perguntei, e logo o Franja deu uma pescoçada daquelas no assunto.

—--- Isso eu não sei. O que fiz foi evitar os males em seu corpo. Apenas isso, já que...

—--- O que? ---- ele questionou, mas eu já sabia a resposta.

                                   O Do Contra tinha morrido aquele dia.
Eu sabia.

Só tinha ignorado isso e me esquecido por que... Eu nem sei. Acho que só evitava com todas as forças pensar em qualquer coisa que envolvesse o Dc.

Mas se ele tinha mesmo morrido...        

Ok eu sabia que toda aquela merda com a morte foi justo por isso. Foi o Dc quem salvou todo o bairro de padecer com a explosao e a Dona Morte ficou pistola pra caralho com isso, e quis levar sua alma em troca, mas o anjo impediu e ela revidou nele tirado sua benção e o fazendo um misero ser humano...

Então... isso quer dizer que ele tem os poderes do contagio igual a galera do outro lado?


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Notas finais do capítulo

(Tudo bem fazer essas quebras da 4 parede? Faço isso apenas em Pitangueiras ai no cross over pus no lado deles. É uma coisa que a TM sempre fez do nada em alguma fala randômica como falar: na pagina anterior, tantos quadrinhos ou em tal edição. Ai quis por tbm ^_^ acho um humor diferente e divertido)



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