Broken Hearts escrita por Mika-san
Notas iniciais do capítulo
Aeeee xD Fic atualizada finalmente u.u
Tá, demorei bastante pra atualizar...-.- Mas é que me mudei esses dias, e logo em seguida todos os professores resolveram dar trabalho na mesma semana.
E depois veio a falta de inspiração.. T.T Esse cap foi bem difícil de fazer, a inspiração só voltou no final...
Capítulo 8 – Cicatrizes de uma alma
Tons cinza preenchiam o céu conforme a noite se aproximava. Nesse horário os membros da guild já deveriam estar se recolhendo em suas casas, mesmo assim era para lá que Lucy, Gray e Happy se dirigiam a toda velocidade.
Escancararam as portas e encontraram apenas alguns membros da guild; dentre eles, o mestre, é claro.
- Mestre! – os três chamaram, correndo em pânico até ele.
Sentado no balcão, Makarov acenou calmamente para os magos sinalizando para que esclarecessem o porquê de tanto desespero.
E os três desataram a falar ao mesmo tempo:
-Mestre! Natsu... E as correntes... – Happy falou rapidamente.
- Ele desapareceu e... – Gray disparou também.
- ... E foi tudo minha culpa! – Lucy acompanhou os dois no falatório.
- Quietos! – Makarov berrou acenando furiosamente com as mãos. – Um de cada vez. O que o Natsu aprontou? – Cruzou os braços fazendo a conhecida expressão de: eu sei que não devia ter perguntado.
Aflita, Lucy foi a primeira a falar:
- Natsu desapareceu. Parece que alguém o levou!
Fez-se silêncio. Aos poucos os membros da guild foram tomados pela raiva. Não fazia muito tempo desde que a Phantom Lord havia seqüestrado Lucy, e agora outro nakama estava sendo ameaçado!
- Como se atrevem a fazer isso? – A voz amedrontadora de Erza ecoou pela guild – Irei exterminar esses seqüestradores, um a um!
Seguiu-se um grito de guerra improvisado dos membros motivados pela fúria de Erza.
- Então – disse o mestre. – Como eram esses que levaram o Natsu?
- Eram correntes! – As lágrimas de Happy ainda rolavam por seu pêlo azul. – E elas vieram do nada!
Formou-se uma confusão na cabeça dos magos. Os seqüestradores de Natsu eram... Correntes? Ninguém entendera o que o gato queria dizer com isso.
Makarov baixou a cabeça, pensativo, tentando forçar alguma lembrança; então subitamente seus olhos arregalaram-se. Certamente não era isso o que esperava ouvir. Muitos anos haviam se passado desde que... Daisuke... Não poderia ser ele!
- Macao! – O mestre chamou.
- Mestre, você não acha que ele tenha algum motivo para vir atrás de Natsu, não é? Nem temos certeza de que foi ele! - Macao estava nervoso, e usava a mesma expressão de Makarov.
Nenhum dos outros magos fazia idéia do que eles estavam falando. O que havia acontecido fora tempos antes de qualquer um deles entrar na guild; e nem o mestre ou Macao acharam que fosse necessário contar-lhes algo tão obscurecido.
- Ele quem? – Lucy manifestou-se, detestando o insuportável sentimento de ignorância.
- Precisamos ter certeza antes de nos preocuparmos com ele - Makarov baixou a cabeça ocultando a face nas sombras – Onde foi que aconteceu?
Nenhum mago deixaria de procurar pistas sobre o nakama desaparecido, além disso, também não queriam perder uma possível explicação do que atormentava tanto o mestre, então todos seguiram Happy até a floresta onde Natsu fora raptado.
xXx
Caminhando ao lado do mestre, Erza via mais uma vez a mesma face de Makarov ao enfrentar José. Dor e ódio e mais alguns sentimentos misturados se ocultavam em seu semblante sério.
Makarov jamais esconderia um segredo importante de Erza, não é? Afinal, ela era a pessoa em que ele mais confiava. Mas talvez esse motivo não fosse forte o suficiente se havia uma exceção para ele. Talvez fosse algo tão pessoal a ponto de ninguém ser confiável o bastante para saber.
- Foi bem ali! – Happy sobressaltou a todos gritando de repente. – Onde as correntes apareceram!
Macao examinou o local onde Happy apontava.
- Elas surgiram do meio do nada! – O gato informou novamente.
Várias árvores tinham galhos quebrados e marcas de arranhões, sinais de onde as correntes avançaram para levar o Salamander.
- Mestre, está reconhecendo essa magia? – Macao perguntou, preocupado.
Makarov estava mais uma vez de cabeça baixa. Reconhecia sim aquela magia, mesmo que a pessoa a quem ela pertencia não estivesse mais presente, podia sentir seus fragmentos.
- Todos devem ir para suas casas. – Makarov balbuciou quase inaudível – Não há nada que possam fazer por enquanto.
- Mas, mestre! – os magos protestaram.
- Amanhã veremos o que pode ser feito A noite está chegando e não poderemos fazer nada! – Qualquer um poderia dizer que Makarov estava possesso pela dor e a raiva, mas forçava-se em ocultá-las em uma expressão sombria.
- Não podemos abandonar o Natsu!
- Mestre! Jamais sonhei que um dia você diria uma coisa dessas!
- Deixar um nakama para trás?!
Os protestos continuaram. E teriam perdurado por muito mais tempo se Erza não interferisse.
- Se o mestre disse para voltarmos para casa, então é isso que faremos. Tenho certeza que Natsu ficará bem! Aproveitem esta noite para se prepararem!
Mas nem Erza concordava com a situação. Esperou que todos se retirassem indignados antes de obter algumas respostas de Makarov.
- Por que, mestre? Não sabemos o que pode estar acontecendo com Natsu neste momento!
Makarov não disse nada; parecia que nem ouvira a pergunta.
- Mestre, se Natsu estiver ferido... – Lucy não obedecera à ordem e continuara na floresta com Gray ao seu lado - Se ele for machucado... Será por minha culpa! Por favor, me diga quem fez isso!
O pedido desesperado veio entre soluços e lágrimas. Depois de encontrar as flores na porta de seu quarto, Lucy não tinha dúvidas de que ela era a culpada pelo que acontecera.
Gray abraçava a garota tentando confortá-la, enquanto em seus próprios pensamentos também havia o arrependimento. E se algo realmente ruim acontecesse? Havia perdido tantas pessoas importantes, e poderia perder mais uma logo após a primeira briga séria cujo motivo parecia-lhe tão superficial agora.
- Macao, chame Mirajane e Elfman; preciso falar com eles. – Makarov pediu em voz baixa. Depois dirigiu-se aos outros três magos restantes. – Vamos voltar para guild, mas só contarei o que puder dizer a vocês.
xXx
Passos ecoaram pela escadaria mais uma vez quando Daisuke voltou para ver seu prisioneiro.
Natsu rosnava com a dor, respirando com dificuldade, pois seus braços foram amarrados às costas por duas correntes de forma que os cotovelos se encostassem. Inicialmente era apenas um incômodo estar naquela posição, mas conforme o tempo passava a dor se acentuava, até chegar ao ponto em que seus músculos doíam como se estivessem se rasgando aos poucos; e ele nem mesmo sabia há quanto tempo estava assim.
- Desconfortável, Salamander? – Daisuke lançou um olhar sarcástico ao Dragon Slayer.
Eri já descontara toda sua raiva no Salamander, deixando este coberto por hematomas e um filete de sangue escorrendo pelo canto da boca.
- Isso é tudo de que vocês são capazes? – Natsu forçou uma resposta.
O sorriso de Daisuke desapareceu. Ele ergueu o braço esquerdo até a altura da cabeça do Salamander e depois voltou a baixá-lo.
- Apesar de ainda doer quando forço muito, a magia devolveu os movimentos do meu braço. Mas, mesmo depois de consertado nunca mais será tão bom quanto foi um dia. – Disse Daisuke. – O mesmo vale para a alma, Salamander.
Daisuke estalou os dedos e as correntes que seguravam os braços do Dragon Slayer prenderam-se cada uma em um pulso e puxaram novamente para os lados.
O rápido movimento das correntes puxando os músculos doloridos fez Natsu grunhir.
- Eri pode ter aprendido várias técnicas para quebrar um corpo; mas eu prefiro quebrar uma alma e consertá-la para que fique ao meu modo. – Continuou Daisuke. – E posso sentir, Salamander, que sua alma tem várias cicatrizes, mas há uma ferida aberta recentemente que me será muito útil.
- Eu já disse... Não vou dar minha alma a você! – Natsu insistiu forçando sua voz o máximo que podia naquela situação. – Minha alma está com os meus amigos, na Fairy Tail!
Ao ouvir isso, Daisuke congelou momentaneamente. E sem mais nem menos desatou a rir.
- O que você diria então... Se soubesse que eu também sou da Fairy tail? – dizendo isso, Daisuke puxou a manga do braço direito, exibindo uma marca branca da guild entre as tatuagens que percorriam seu corpo.
- Você não pode ser da Fairy tail. Nunca te vi por lá!
- Mas isso é porque eu fugi há muito tempo. – disse Daisuke. – Não se pode confiar nem mesmo em parceiros de guild. Fui embora quando Makarov-sensei...
- Nii-san!
Daisuke franziu a testa, curvando as sobrancelhas impaciente ao ouvir Eri chamando enquanto descia à masmorra.
- O que foi agora? – Daisuke virou-se rapidamente para encarar o irmão.
- Nii-san! Ayame e Yasu chegaram! Trouxeram mensagens do mestre!
- É mesmo? Yasu chegou? No momento certo... – disse Daisuke, mexendo a cabeça lentamente, fixando os olhos em Natsu e sorrindo como quem acaba de ganhar um prêmio.
Daisuke aproximou-se do Dragon Slayer sem desviar o olhar.
- Os planos mudaram ligeiramente, Salamander. Olhe fundo nos meus olhos...
Natsu demorou a entender o que estava acontecendo, quando percebeu já era tarde demais. Descobriu que não podia esquivar o olhar; era um pequeno inseto voando ingenuamente em direção à luz.
De repente Natsu se viu em um lugar escuro. O chão, as paredes, tudo havia se transformado em escuridão. Apenas Daisuke continuava a sua frente.
Natsu tentou fugir desesperadamente quando o mago de cabelos brancos atravessou seu peito com o braço; mas ele não podia se mover, obviamente ainda estava preso às correntes.
Estranhamente nenhum sangue jorrou. Era como se o corpo do Salamander não fosse sólido. Natsu tentou gritar, mas descobriu que isso também não era impossível. De alguma forma ele não podia fazer o mínimo movimento, nem mesmo respirar.
Lentamente, Daisuke retirou o braço do corpo do Salamander, segurando na mão algo brilhante como o fogo.
- Fique calmo, Salamander. Estou apenas examinando a fundo essa ferida.
Daisuke apertou e mexeu naquela luz até ficar satisfeito, e enfim devolveu-a a seu devido lugar.
A escuridão dissipou-se. Estavam na sala da masmorra mais uma vez.
A cabeça de Natsu parecia girar; a visão demorou a entrar em foco. Observou os dois irmãos deixarem o local enquanto uma sensação terrível começava a se manifestar em si. Alguma coisa havia mudado. Daisuke não devolvera aquela luz nas mesmas condições em que retirara. Medo; era isso o que o Salamander sentia. Nunca alguém o deixara tão vulnerável daquela forma antes. Nunca alguém manipulara sua alma nas mãos como um brinquedo antes, a não ser... Lucy.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
É...sei que estou devendo algumas cenas melhores de tortura, mas achei melhor começar assim...