Vampiros e Semi-deuses escrita por DarrenShanLover


Capítulo 1
Na Colina


Notas iniciais do capítulo

Essa história se passa depois de "A Batalha do Labirinto" e "Caçadores do Crepusculo"



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Percy Jackson and Darren Shan FanFiction Crossover


 


Chapter 1


 


* Darren PDV *


 


        Eu, Sr. Crepsley e Harkat estávamos em uma floresta perto de uma estrada no oeste dos Estados Unidos. O que nos fez cruzar o Pacífico? Tínhamos rastros. Parecia que um grande número de vampixiitas estava se reunindo no país. Poderia ser uma armadilha, para nos desviar do verdadeiro curso do Senhor dos Vampixiitas, mas era a única pista que tínhamos.


 


         Faltavam mais ou menos uns vinte minutos para o pôr-do-sol. Assim que acontecesse, nós iríamos recomeçar a caminhada. Me virei no chão. O Sr. Crepsley ainda estava dormindo, e já que sua respiração se mostrava regular, Harkat também (de um jeito sinistro já que ele não podia fichar os olhos). Eles iriam acordar daqui a mais ou menos uns cinco minutos.


 


         Sentei no chão da caverna, cansado de ficar deitado. Eu não dormira nada. Também como poderia, depois de ter ouvido o que Lady Evanna disse sobre o meu destino? Eu só tinha duas opções no final. Morrer ou ficar do mal. Bem... fosse o que fosse, se eu morresse, eu estava disposto a levar o Senhor do Vampixiitas junto.


 


         Encarei a floresta fora da caverna. Parecia que mais adiante estava uma colina sem muitas árvores, não era especialmente alta e não tinha nada em volta a não ser a  floresta, eu acho. Hm... eu tinha alguns minutos até que Sr. Crepsley e Harkat acordassem. Eu poderia dar uma volta.


 


         Levantei e saí andando pela floresta. O sol estava começando a se pôr, lançando uma luz vermelha sobre as árvores. O dia estava quente. Devia ser verão, mas eu não tinha certeza, eu não contava mais as estações.


 


         A colina não estava assim tão longe de onde estávamos, não demorou nem mesmo cinco minutos para eu conseguir alcançá-la. Como havia visto, só existia a floresta em torno dela e bem ao longe podia se ver a estrada. E bem em cima da colina, eu conseguia identificar um pinheiro, ele era alto mais não parecia ter cem anos ou mais como as outras árvores da floresta.


 


         Estava começando a esfriar apesar de ser verão, começando a ventar também. Minha capa azul esvoaçava ao vento. Saboreei a sensação do vento batendo no rosto por alguns instantes, a fim de esquecer de todas as preocupações... Suspirei. Faziam mais de dez anos desde que eu fora transformado em meio-vampiro. Eu poderia estar trabalhando agora, ou, como Evra, eu poderia estar casado...


 


         Ouvi um farfalhar de folhas atrás de mim. Estranho, não havia ouvido ninguém se aproximar... Deveria ser o Sr. Crepsley que acordou e agora vai me dar uma bronca por ter deixado a caverna sem eles.


 


         - Desculpe... -  comecei, me virando. - eu precisava sair um pouco e esquecer das coi...


 


         Não era o Sr. Crepsley. A criatura tinha pele roxa e olhos vermelhos e estava empunhando uma espada, pronto para atacar...


 


         Era um... vampixiita!


 


         Como eu não havia conseguido o ouvir antes ou pelo menos sentir o seu cheiro?! Droga. Ele havia conseguido chegar perto demais! Levei minha mão direita até minha espada, que estava sob a capa, mas o vampixiita foi mais rápido...


 


         Antes mesmo que eu pudesse alcançar minha espada, ele levantou sua espada sobre mim e abaixou as mãos. Não deu tempo para pegar minha espada para me defender. Me joguei violentamente para a direita, me esquivando do golpe e desembainhei minha espada.


 


         Não tive tempo nem de se levantar e o vampixiita já estava sobre mim. Consegui parar sua espada bem a tempo. Um ruído ensurdecedor se fez ouvir quando as lâminas se encontraram, fazendo pressão uma na outra. Eu estava em total desvantagem. Ele estava em pé, eu estava praticamente deitado na grama, ele era um vampixiita completo, eu era apenas meio-vampiro... Onde estariam o Sr. Crepsley e Harkat agora?!


 


         Eu não estava mais conseguindo segurar a espada. Eu não poderia ficar lá para sempre. Um de nós teria que desistir.


 


         Deixei minha lâmina escorregar para a direita e rolei para essa direção. Melhor levar um arranhão do que ser perfurado pela espada do vampixiita, pensei. Mas era mais fácil falar do que fazer. Quando me desviei, a lâmina da espada inimiga desceu com imensa força para o chão onde eu estava deitado. 


        


         Por pouco o vampixiita não cortou um pedaço do meu braço fora! Eu consegui escapar com apenas um corte superficial no braço esquerdo. A espada dele fincou no chão, me dando tempo para levantar. Eu comecei a recuar em direção ao topo da colina. Quando encontrei uma distância “segura” parei e esperei pelo meu oponente.


 


         Quando ele conseguiu retirar a espada do chão veio correndo na minha direção, soltando um grito pavoroso. Recuei mais alguns passos. Assim que ele chegou mais perto, tentou cortar minha barriga na horizontal. Ainda bem que o vampixiita calculou errado a distância. No momento do golpe eu dei um passo para trás, encolhendo a barriga e a lâmina apenas me cortou superficialmente.


 


         Não era para aquilo ter acontecido. Era para ter me esquivado completamente da lâmina, porém eu acabei sendo cortado. Eu estava mais lento do que o comum. Droga... Quando foi a última vez mesmo que eu havia bebido sangue...? Nossa! Já fazia mais de três dias... era isso.


        


         Eu tinha um cantil com um pouco de sangue comigo. Mas não daria tempo para eu beber. O vampixiita não permitiria. Melhor guardar para mais tarde do que me arriscar perder o cantil e ainda por cima ser ferido em batalha.


 


         Ele golpeou novamente, eu recuei mais um pouco. Percebi que já estava quase no alto da colina, perto do pinheiro. Eu não podia continuar recuando, tinha que fazer alguma coisa. Mas o que?


 


         Eu estava tão absorto em meus pensamentos que não percebi que o vampixiita estava mais perto. Eu resolvi parar de ficar na defensiva e atacar. Eu levantei os braços e dei na cabeça do vampixiita com o cabo da espada. Ele ficou desorientado e cai no chão, largando sua espada.


 


         Era minha chance. Ergui alto minha espada para dar o golpe final. Ele estava desarmado e estava caído no chão, aparentemente tonto. Quando me preparei para descer a espada em seu peito, ele retirou do bolso uma faca de caça e antes que eu pudesse fazer qualquer coisa ele enfiou a faca na minha coxa!


 


         Soltei um grito de agonia e larguei minha espada no chão. Com a mão direita agora livre eu tentei estancar a sangramento na perna, mas não tive tempo de retirar a faca. Nesse meio tempo, o vampixiita se levantou e agarrou sua espada. Ele levantou os braços e desceu a espada em minha direção. Ele ia me cortar em dois!


 


         Felizmente, no último minuto, eu consegui me desviar da lâmina. Eu ignorei a dor e me joguei para a esquerda. Minha perna latejou de dor. Eu precisava retirar a faca dali! Com cuidado eu levei a mão até a faca. Doeu só de encostar no cabo. Vamos, eu tinha de fazer isso!


 


         Eu segurei o cabo e puxei com toda a minha força. Eu soltei um grito abafado, pois estava mordendo o lábio inferior para não gritar mais do que isso. No fim a faca saiu em um tranco. O corte sangrava sem parar. Minha visão já estava começando a ficar cada vez mais turva.


 


         Só que eu não podia desmaiar ali, se isso acontecesse, eu seria morto! Reuni minhas últimas forças e joguei a faca contra o vampixiita que estava vindo ao meu alcance.


 


         Por sorte a faca o atingiu fundo no peito e ele desabou no chão.


 


         Consegui, pensei. De repente ouvi passos. Alguém vinha correndo em minha direção. Sr. Crepsley!, pensei e consegui murmurar:


         - La... larten... - Mas depois disse tudo ficou preto...


 


* Percy PDV *


 


         Eu estava indo jantar quando aconteceu. Eu estava caminhando sozinho para minha mesa já que só havia eu no chalé de Poseidon... Queria que  Tyson estivesse eu aqui, pensei, olhando para o relógio que meu irmão me deu três anos atrás, e suspirei. Ainda não podia acreditar que ele estava com o nosso pai e eu não. Eu não estou bravo por isso... Só não muito contente...


         Eu me sentei na mesa de pedra quando ouvi. Parecia um grito. Vinha da colina, perto do pinheiro de Thalia. Me levantei em um sobressalto.


 


         Quem poderia ser? Um semi-deus?


 


         Meu antigo professor de latim começou a falar para que todos não se levantassem. E ignorando os gritos de Quíron, eu saí em disparada para o topo da colina. Havia alguém que precisava de ajuda.


 


         Já havia escurecido e eu não conseguia enxergar bem o caminho a frente, tropecei em algumas pedras mas, felizmente, não caí.


 


         Quando cheguei no pinheiro de Thalia, eu encontrei um homem deitado de barriga para cima com uma faca de caça enfiada fundo em seu peito. Morto. Mas ele não parecia ser um homem comum. Sua pele era extremamente diferente da de um ser humano normal. Era roxa!


 


         Examinando um pouco mais a situação eu encontrei um garoto, quase inconsciente deitado perto desse homem. Eu corri até ele. Quando cheguei perto ele estava quase apagado.


 


         - La.. larten... – ele murmurou, e depois ficou inconsciente.  


 


         Foi quando Quíron chegou.


 


         - Afaste-se Percy! – e pegou o menino nos braço e saiu trotando até a Casa Grande. O garoto não podia ser mais velho que eu. Ele não tinha nenhuma das características de um semi-deus, pelo que eu pude ver. E “Larten”, o que ele quis dizer? Afinal quem era esse garoto?


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Notas finais do capítulo

Mande revisões!!!