Survival Challenge escrita por Dama das Estrelas


Capítulo 11
Capítulo 11




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Fred ficou algum tempo dentro de seu quarto. Ele estava deitado na cama, pensando somente no que Daphne havia dito. O loiro não podia deixar que ela arriscasse sua vida em uma missão perdida que poderia custar sua vida.

Ele se levantou, e desceu as escadas até a sala. Procurou por Daphne pela casa inteira, mas já era tarde, ela já havia saído e levado sua moto.

“Que droga, Daph!”

Demorou mais ou menos meia hora até que Daphne chegasse à casa de Kenny. Ela Foi até a porta e tocou a campainha temendo que fosse endereço errado. Esperou por um minuto e meio, e logo a porta abriu. Um homem grande aparece carregando um rosto surpreso.

“Daphne? Daphne é você, quanto tempo!” O homem vai até seu encontro e lhe dá um abraço apertado, quase sufocando-a.

“Kenny? Nossa... você meio que, cresceu!” Ela disse.

Kenny era um homem cabelos castanhos até o pescoço, barba castanha bem feita. Tinha ombros um pouco largos e porte magro. Ele vestia amisa de manga, calça jeans e tênis esportivo.

 “O tempo fez bem para mim.” Ele começou a rir.

“Pelo que vejo, não sei como uma pessoa como você conseguiu ficar desse jeito."

“Nem eu sei.” Kenny respondeu rindo e fez um gesto para que ela entrasse.

 

O amigo de Daphne contou à ela sobre os últimos anos de sua vida. Passou vários minutos falando sobre a casa e o que vinha fazendo.

“Ken, não queria ser chata, mas que tal se nós fôssemos logo ao assunto? É uma situação delicada.” 

“Ah, desculpe!” ele respondeu envergonhado

“Não, não precisa...” a ruiva replicou com um sorriso.

“Bem, venha comigo.” Ele a levou para perto da lareira na sala de estar.

“E então?” Daphne comentou sarcasticamente.

“Veja.” Kenny tirou do bolso um pequeno controle, e apertou em direção à lareira. Uma luz começou a piscar.

De repente, a lareira começou a se mover para a direita, abrindo uma passagem secreta. Kenny convidou Daphne para ir primeiro, mas preferiu que ele fosse primeiro.

O que sei viu, foi uma longa escada, além do corredor escuro e meio estreito. Mas logo em seguida as luzes foram acesas simultaneamente. O caminho era um pouco longo, mas logo quando eles chegaram, Daphne ficou totalmente surpresa: Ela estava em um tipo de mini base, com vários computadores, aparelhos de alta tecnologia. O espaço era incrivelmente grande. Ela não conseguia falar direito, estava admirada com o lugar.

“Todos esses anos não foram apenas .” Kenny foi andando na frente, e Daphne foi logo atrás.

“Você planejou tudo isso sozinho?” ela perguntou admirada.

“Foram oito anos de desafios novos...” Kenny sentou-se em uma cadeira próxima, e virou-se para o computador. “Depois que eu saí da empresa, eu praticamente desapareci do mundo... ” Kenny suspirou não muito satisfeito.

“Kenny, você é um gênio!” Ela se abaixou para poder alcançar seus olhos, e fez um gesto orgulhoso. Os dois se olharam por um tempo, mas logo ele quebrou o silêncio.

“Sei disso.” Ele respondeu sarcasticamente, puxando um outra cadeira próxima para que ela se sentasse.

“É uma longa história, preciso lhe contar do começo...”

Fred ainda não sabia o que fazer, ele ficava dando voltas pela sala, como se estivesse esperando pelo filho nascer em uma sala de parto. Ele estava inquieto, o nervosismo estava tomando conta de sua mente, o impedindo de pensar em uma ideia.

Até que do nada, algo lhe vem à mente. Ele pôs a mão em seu bolso, e retirou o celular, depois começa a procurar na agenda telefônica. Logo que ele achou o número desejado, uma mulher atendeu:

“Seguradora No Lost, em que posso ajudar?”

“Oi, aqui é Fred Jones eu preciso que você localize a minha moto.” A mulher demorou um breve tempo a responder, pois digitou o nome dele, no banco de dados.

“Foi algum roubo, senhor Jones?”

“Não, eu emprestei minha moto para minha namorada, agora não sei onde está.”

“Sim, agora me diga o número da placa...”

Ele pensou por um tempo para lembrar dela...

“Senhor?”

“Desculpe, não estava me lembrando.”

Ele rapidamente deu os dígitos, mas antes que pudesse dizer os dois últimos, ele hesitou. Um pensamento lhe veio: Será que isso era o certo? Se ele continuasse, talvez depois, Daphne iria achar que ele não confia nele. Mas talvez seja o certo a fazer, ela poderia estar correndo perigo, se seguisse até o fim.

“Por favor aguarde um momento.”

O nervosismo dele se misturou com um pouco de raiva. Afinal, ela sai e pega sua moto sem nem dizer nada, Deus sabe onde ela pode está agora. Quem garante que ela já não está em um aeroporto, pegando um voo para Las Vegas? Para piorar, eles já estavam sendo pressionados. Depois que eles conseguiram sair daquela ilha, as polícias americana e peruana começaram a investigar, e logo acharam os homens em que Fred havia atirado. Por incrível que pareça, todos estavam vivos, mas logo foram presos. Um mês depois, os dois ainda estavam em tratamento, e logo começaram a receber chamadas da polícia, e do FBI, procurando respostas. Está sendo um processo demorado, então qualquer ato dos dois, que as autoridades achem suspeito, seria um problema.

“Pronto senhor, aqui está, vou mandar o endereço por sms, o senhor vai pedir segurança armada?”

“Não será necessário, obrigado.” Fred comentou temendo arrepender-se depois.

Ele desligou o celular e esperou a mensagem. Sentou-se no sofá e esperou. Foram poucos minutos de espera, mas que o deixou nervoso. Assim que ela chegou, ele mal olhou, e já foi pegar as chaves. O carro que ele tinha estava na revisão, então o único jeito foi pegar a Máquina de Mistério.

“Então para quê precisa de minha ajuda?” Kenny ainda não estava entendendo o porquê que sua amiga pediu sua ajuda.

“Preciso que você me dê algo que me ajude a encontrar meu irmão, qualquer coisa, você é tão inteligente!” Daphne levantou-se de sua cadeira e ficou andando em círculos.

“Como o quê? Armas?” Ele observava Daphne andar para todos os cantos.

“Eu não sei, não acho que seja uma boa ideia eu me envolver com isso, de novo...” Ela voltou a sentar-se, abaixou a cabeça e pôs as duas mãos no rosto.

“Eu não posso ajudar você desse jeito Daphne, olhe acalme-se e me diga o que fazer.” Kenny pôs a sua mão no ombro esquerdo dela, para acalmá-la.

“Preciso que você que me dê apoio, me ajude saber onde meu irmão está!” Ela o encarou nos olhos, deixando-o comovido.

“Ah Daphne, sinceramente, não sei por que você quer tanto achá-lo.” Ele desviou o olhar dela.

“Ele é meu irmão Kennny! Eu preciso achá-lo, eu tenho que convencê-lo de parar com isso!” Ela novamente se levantou.

“Mas ele tentou matar você! Não entende?!” Ele também se levantou.

“Eu sei! Mas, eu tenho que tentar.” Daphne ficou de costas para ele, e se apoiou em uma mesa. “Eu o amava muito, nem sabe o quanto, eu queria saber por que ele se transformou nisso.” Uma lágrima involuntariamente de seu rosto. “Ainda não consigo acreditar que ele tentou me matar. É por isso que quero dar um fim nisso!” Ela se voltou para ele.

“Espero que você esteja ciente do que vai fazer.” Kenny a encarou nos olhos.

“Eu também Ken...” Ela olhou para baixo, triste.

“Sente-se vamos começar. O que você vai fazer primeiro?” Seu amigo novamente puxou a cadeira para perto de si, e a convidou para sentar. E se virou para o computador. “Primeiro, é melhor você comprar uma passagem de avião, para Las Vegas.”

“Eu sei, eu ia comprar depois de conversar com você?” Daphne comentou sarcasticamente. “Mas você não vem comigo?” Ela ficou confusa.

“Você sabe que é perigoso se eu sair daqui.” Ele respondeu fria e claramente.

“Mas eu preciso de você!” Ela apertou seu braço firme, ele olhou para ela, mas sem reação.

“Me perdoe Daphne, mas você sabe muito bem o que acontece se eu sair daqui...” Ele voltou a olhar para o computador. “Por que você não chama seu namorado? Ele é a melhor pessoa para te ajudar.”

“Fred não quis concordar com minha ideia... Por isso pensei que podia contar com você.” Ela comentou decepcionada.

“E você pode!” Ele sorriu para ela. “Mas só posso ajudar daqui.” Ele tentou acalmá-la.

Daphne ficou em silêncio, fazendo seu amigo estranhar, e logo voltou a falar.

“Tudo bem Kenny, acho que posso dar conta sozinha.” Daphne tentou disfarçar dando um leve sorriso.

“Daphne, eu espero que você não tenha aprontado nada!” Fred estava nervoso, batendo levemente no volante, ainda mais porque havia pegado um engarrafamento na estrada. Quase perdendo a paciência, temendo que Daphne fizesse algo de que poderia se arrepender depois.

20 minutos depois, o trânsito já estava fluindo normalmente, ele já estava metros da casa de Kenny, ele não quis parar na porta, para não chamar atenção. Mas mesmo assim, havia alertas de segurança por um grande perímetro.

“Minha moto! Daphne está aqui.” A moto dele estava próxima à porta, mas estava sem o alarme. Ele a verificou, e foi bater na porta.

“Problemas.” O alerta nos computadores de Kenny começou a soar. “Espero que não seja a polícia, de novo.” Ele se levantou, e foi até o centro da sala olhar os monitores.

“Daphne, você reconhece esse homem?” Kenny fez um gesto com a mão para chamá-la.

“Eu... Não...  Acredito nisso!” Daphne pôs a mão em sua boca, porque estava chocada, vendo seu namorado aparecendo na tela.

“Céus como ele conseguiu me achar?!” Ela não estava acreditando no que estava vendo.

“Esse é aquele tal de Fred?” Ao contrário de Daphne, seu amigo estava ficou calmo, sabendo que não era a polícia. “Não vou precisar me mudar de novo.”

Daphne foi correndo até porta, deixando Kenny para trás, assustado com a velocidade.

“Eu acho que sim.” Kenny ficou. Não queria atrapalhar a conversa dos dois.

Ela estava tão nervosa, que mal conseguia destrancar a porta. Quando ela abriu, deu de cara com ele.

“Daphne!” Fred não se conteve de emoção, e a abraçou fortemente, fazendo-a gemer de dor.

“Fred? O que está fazendo aqui?” Ela se soltou dele, poder falar.

Quando ele se lembrou do que ela fez, logo perdeu o sorriso.

“O que deu em você? Saiu sem avisar, ainda pegou minha moto!” Ele estava aumentando seu tom de voz porque estava inconformado.

“Fred me deixe explicar...” Fred fez um gesto com a mão para que Daphne parasse de falar.

“Me deixa entrar primeiro?” Ele saiu entrando sem mesmo a permissão dela. Ele tentou investigar para tentar algo de incomum, como um possível amante.

“O que você está fazendo?” Daphne entrou e fechou a porta, estranhando o comportamento dele.

 “Ei, o que está havendo?” Kenny viu Fred entrando na casa, e subiu para pedir explicações.

“Não me diga que você é o amante dela.” Fred se virou para ele, cruzando os braços.

“Eu? Não, não sou. Eu sei que sou muito lindo, mas sou apenas um amigo de longa data.” Kenny esbanjou um sorriso.

“Menos Ken.” Daphne comentou sarcasticamente.

“Então, você veio para ajudar com o plano, certo?” Kenny sentou-se no sofá.

“Plano?” Fred novamente se virou para Daphne. “Daph não acredito que você iria continuar com isso!” Fred ficou chateado, ele já desconfiava que Daphne iria continuar com a ideia.

“Eu preciso continuar Fred! Nós temos que tentar! É a nossa chance de mostrar para a polícia que estamos certos!” Daphne novamente tentou convencê-lo a seguir com o plano.

“Não, você levou isso longe demais...” Ele abaixou a cabeça, em decepção.

“O que quer dizer com isso?” Ela ficou com medo de suas palavras.

“Acabou, Daphne.”


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