Soluço, o líder de Berk: A Era dos Dragões escrita por Temperana


Capítulo 30
Erick está a caminho


Notas iniciais do capítulo

Olá meu anjos amados!!
Quero agradecer a todos os reviews maravilhosos que recebi. Eu vou tentar responder todos o mais rápido possível amores!!
Sobre esse capítulo, alguns avisos: É o mais fofo, o mais meloso e o mais emocionante para mim. E vocês correm o risco de surtarem a cada cinco segundos, vomitar arco-íris, ficarem diabéticos com tanto doce ou simplesmente não sentirem nada. Depende da pessoa que você é né?? rsrsrs
Ah sim. Esse é o capítulo pelo qual alguns leitores estavam querendo mandar uma bomba atômica para minha casa se eu não postasse logo. Aproveitem e até as notas finais...



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Naquela noite eu não conseguia dormir. Olhava para o diário do Soluço II descansando em minha escrivaninha. E tentava discernir que aquilo tudo aconteceu realmente. Que tudo aquilo que eu lera era a mais pura verdade.

Decidi apenas esquecer isso por um tempo. Dali a uma semana seria a Reunião Anual entre todas as tribos vikings – A Coisa (ainda me pergunto quem dera esse nome maravilhoso a essa reunião).

A Ilha da Baía Assombrada do Coração Partido era a da Tribo dos Criminosos Feiosos e a maior ilha de todo o Arquipélago Barbárico. E eu esperava descobrir mais sobre a baía e os seus segredos na Coisa. Mas eu deveria esquecer essas preocupações naquele momento.

Eu levantei-me e guardei o diário do Segundo Soluço no fundo de uma das minhas gavetas. Era melhor nem olhar aquela capa verde até a outra semana. Eu deveria esvaziar a minha cabeça de todos esses problemas.

Mas uma coisa, ou melhor, uma grande notícia, me fez esquecer completamente qualquer problema que eu tivesse no momento.

Uma das melhores notícias da minha vida...

Astrid estava muito distante naqueles dias. Ela estava estranha. Mas quando eu perguntava se havia algum problema, ela abria um de seus grandes sorrisos encantadores e dizia que estava ótima. Que estava se sentindo ótima.

Naquele dia fui até o Estábulo visitar alguns dragões. Chama Crescente e Sombra já estavam morando conosco, já que os seus abrigos individuais ficaram prontos. Mas fui visitar outros dragões que salvei e que sempre visitava para saber se estavam bem.

Eu estava acariciando Brasa, um Pesadelo Monstruoso que eu havia encontrado ferido na ex Ilha dos Dragões e que foi trazido para Berk por mim, quando a minha mãe apareceu estonteante como sempre. Sorriso terno e doce. A Valka de sempre.

–Como vai querido? – ela pergunta para mim e me abraça.

Quando ela descobrira sobre a segunda tarefa secreta, ela realmente quase me matou. Mas depois de ver que estava tudo bem, ela deixou sua curiosidade sobre dragões vencer e me perguntou como fora tudo.

–Eu estou bem mãe. Vim apenas visitar alguns dragões com quem eu sempre me preocupo.

–Claro – ela sorriu. – E a Astrid? Como ela está?

–Eu não sei se ela está bem mãe. Ela parece um pouco distante, mas diz sempre que está ótima quando eu pergunto se tem alguma coisa errada. Eu estou começando a ficar realmente preocupado com ela.

–Eu falei para ela procurar a Anciã ontem quando ela desmaiou e...

–Ela o quê? – eu quase gritei perguntando a ela.

–Você não soube que ela desmaiou? – ela perguntou incrédula.

–Ela não me disse nada, mas eu também não teria reparado em nada – eu sentia muita raiva de mim mesmo. Ela podia estar doente e eu... Nem havia procurado saber. – Eu preciso ir falar com ela mãe. Foi bom te ver – eu digo para ela e saio correndo.

–Até logo querido! – ela disse meio gritando para que eu pudesse escutar.

Fui até a nossa casa, mas não havia nenhum sinal dela por lá. Nem mesmo da Tempestade. Eu estava começando a me desesperar.

Ágda e Einar também não estavam em casa, provavelmente estavam treinando. Por sorte Banguela pousara ao meu lado quando eu já estava começando a surtar. Ele estava com a cauda automática, voando pro Berk para vigiar os dragões.

–Algum problema Mestre? – ele perguntou preocupado.

–A Astrid... Onde será que ela está? – eu perguntava a mim mesmo, embora tivesse dito em dragonês. Correção: eu já estava desesperado.

–Banguela acha que ela ainda pode estar na Academia.

–Na Academia? Ah Banguela, vamos até lá amigão!

Montei em Banguela e por sorte Tempestade estava apenas saindo da Academia quando nós chegamos lá.

–Astrid! – eu exclamei aliviado.

–Bom dia Soluço – ela respondeu num tom indecifrável, como uma Hofferson pode escolher ser às vezes.

–Eu fiquei preocupado Astrid. Eu te procurei em todo lugar e eu não te achava em lugar algum. Minha mãe falou que você desmaiou ontem e eu fiquei ainda mais preocupado – eu falava rapidamente e gesticulava com os braços. Sinal que eu estava nervoso.

–Acalme-se Soluço. Eu estou ótima. Mas acho melhor pousarmos e conversarmos – ela disse, com um sorriso.

–Está acontecendo algo, não está? – eu perguntei com um aperto no coração.

–Não se preocupe Soluço, vamos apenas pousar.

–Está bem – eu concordei.

Eu e Banguela seguimos Astrid e Tempestade. Nós fomos até a Segunda Grande Floresta de Berk (aprovo e sou fã de quem criou esses nomes maravilhosamente criativos) e pousamos na clareira onde eu havia conhecido o Banguela 14 anos antes.

–Faz tempo que eu não venho aqui – eu digo, sorrindo com as recordações fortes do local.

–Eu também não venho aqui há um bom tempo, mas é um lugar lotado de boas lembranças – Astrid diz, descendo de Tempestade.

Quando ela terminou de desmontar eu abracei-a com força.

–Desculpe Astrid. Eu fui um tolo. Um egoísta. Eu quis me fechar no meu mundo em que nem eu mesmo entrava e você... Você desmaiou e eu nem soube. Você estava estranha e eu nem procurei saber de verdade os motivos – eu passei a olhar em seus olhos. – Eu entendo se você estiver brava comigo. Eu mesmo estou bravo comigo. Eu não sei...

Ela interrompeu o meu longo e desesperado monólogo com um beijo. Puxei sua cintura para mais perto. Quando nos separamos ela encostou sua testa na minha e sorriu.

–Eu não estou brava com você Soluço. Eu entendi que você precisava de um tempo para tudo o que estava acontecendo. Não se culpe por algo que não é culpa sua. Eu não queria te preocupar com o meu desmaio. Só faria alarde por nada – ela voltou a olhar nos meus olhos.

–Você deveria ter me falado – eu disse.

–Tudo bem, eu devia ter te contado – ela disse e também colocou as mãos em minha cintura. – Mas está tudo bem comigo Senhor Strondus – eu ri. – Está mais do que bem.

–Mas você foi até a Anciã? Falou com ela?

–Eu fui hoje cedo falar com ela. Por sorte você me ensinou a interpretar os desenhos dela e eu não precisei arrastar um Perna de Peixe com medo da Gothi até lá – nós rimos.

O Perna de Peixe achava a nossa Anciã um pouco assustadora.

–Não tente me enrolar senhorita, o que ela te disse? – eu perguntei.

–Bom, eu também disse a ela que além de eu ter desmaiado ontem, eu estava muito sensível nesses dias. Alguns dias atrás eu quebrei uma caneca por acidente e comecei a chorar – nós rimos. – Ela disse então que tinha uma notícia muito boa para mim e para o meu líder. Que ela ficava muito feliz por nós dois.

Olhei para ela de modo indagativo. Ela sorriu com a minha confusão. Ela então pegou as minhas mãos e as colocou em sua barriga, mantendo-as lá. Ela voltou a olhar nos meus olhos, sorrindo por eu ainda demonstrar confusão.

–Eu acho que Ágda e Einar vão ganhar um irmãozinho. Basta saber se ele será mais um ruivinho ou será loirinho – ela disse com os olhos brilhando com as lágrimas.

Você deveria ver a minha cara de surpresa naquela hora. Eu olhava para as minhas mãos e para os seus olhos, que se divertiam ao me ver surpreso.

Banguela e Tempestade pulavam ao nosso lado. Na maioria das vezes eu sou um pouco lerdo (está bem, muito lerdo), mas naquele dia eu acompanhei rapidamente o raciocínio da questão.

–Você...Você está grávida? – eu perguntei apenas para ter certeza absoluta. Astrid sorriu.

–Eu estou sim papai – ela disse.

Aposto que ninguém no mundo viu um sorriso maior do que o meu naquele momento. Abracei-a sorrindo e com os olhos marejados. Na realidade Astrid já estava chorando.

–Eu vou ser pai de novo – eu disse em seu ouvido, as lágrimas rolando em meu rosto.

–E eu sabia que isso ia terminar em nós dois aos prantos – nós rimos.

Nós nos separamos e ela enxugou as minhas lágrimas e eu as dela.

–Sabia que você é ainda mais linda sorrindo – eu disse, e isso a fez sorri involuntariamente. Eu ri. – Parece o meu pôr-do-sol. Eu vou te amar para sempre – eu sussurrei perto de sua boca. – Obrigado.

Seus olhos azuis hipnotizaram-se por um instante e eu esqueci completamente que queria beijá-la. Ela sorriu e então me beijou. A Astrid que roubava beijos.

Parecia que o meu mundo girava. E eu apostava que não havia ninguém no mundo mais feliz do que eu.

Enquanto estava sentado embaixo de uma das árvores da clareira, Astrid deitada com a cabeça em meu colo, eu pensava. No que eu poderia fazer por ele. Por aquela pequena nova vida.

Não deixava de pensar, enquanto observava Banguela e Tempestade brincando na clareira, que o meu filho poderia não vê-los. Poderia não iria conhecê-los. Que talvez nunca amaria ou voaria com os dragões.

–Sei que está pensando neles – Astrid diz, desviando-me dos meus pensamentos. – Você fará tudo pelos dragões, eu sei disso. E principalmente por ele – ela diz apontando para o Banguela. – E se o seu coração diz para ir atrás do Furioso... Vá.

Eu sabia que ela havia feito um grande esforço para dizer aquilo para mim. Ela estava com medo, os seus olhos me passavam isso. Medo de que eu não voltasse mais. E eu também tinha medo de não ver mais os seus olhos azuis.

Puxei-a para que ela sentasse no meu colo. Ela sentou-se de frente para mim, com uma perna dela em cada lado do meu corpo. Coloquei uma mecha do seu cabelo atrás de sua orelha. Ela fechou os olhos com o meu toque.

–Eu só não deixo de pensar que ele pode não conviver com eles – eu coloquei uma das minhas mãos em sua barriga e ela colocou as suas mãos em cima da minha. – Eu vou pensar em tudo nos mínimos detalhes. Daqui a uma semana será A Coisa. Eu irei conseguir toda a informação que eu puder. Vou fazer tudo que eu puder para tentar convencer o Furioso, mudar o que ele pensa.

–Eu amo esse seu olhar determinado – ela diz e eu sorrio. – E é por causa dessa sua vontade de lutar e essa coragem para não desistir que eu me apaixonei. É claro que eu estou com medo, você sabe disso. Mas você também sabe que eu confio em você e que sempre irei confiar.

–Eu te amo – eu digo. – E você garotão – eu digo para a sua barriga e para o meu pequeno orgulho. – Eu prometo que você irá ser o bebê mais amado do mundo inteiro. Dois irmãos carinhosos e dois pais que se amam muito – eu sorrio e encaro os olhos de Astrid.

E quando ela me beija, eu sei que essa promessa feita será verdadeira.

Eu e Astrid iremos nos amar para sempre. E o nosso filho viveria com esse amor. Erick estava a caminho.


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Notas finais do capítulo

Está todo mundo inteiro?? Acharam uma chatice?? Amaram??
Quando eu escrevi esse capítulo, o meu objetivo era quebrar toda essa tristeza, essa história de planos, o risco do sumiço dos dragões... Dar uma alegria para eles.
E tudo se encaixou. Na realidade, ainda vou fazer vocês chorarem mais por conta disso. rsrsrs
Eu realmente espero que tenham gostado. Obrigada por tudo amores...
Até o próximo capítulo, Temp.