Soluço, o líder de Berk: A Era dos Dragões escrita por Temperana


Capítulo 18
Um dia normal... Ou quase...


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos!! EU CONSEGUI!!
Agradeço a todos que entendem que está difícil postar diariamente. Mas esse capítulo era necessário ser postado hoje...
Obrigada pelos comentários meus docinhos... Até as notas finais...



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Fazia alguns dias que eu havia deixado a liderança de Berk digamos, um pouco de lado. Eu concordo que liderei muito bem (modéstia parte) durante 14 anos (e até hoje também). E eu concordo que estava fazendo algo muito importante para a vila nesses dias que estava ausente. Mas Berk não via o seu líder constantemente naqueles dias.

Quando saí da casa da Anciã, após pedir desculpas, eu fui direto para o Grande Salão. Vi meu pai cuidando de algumas coisas e me aproximei.

–Bom dia pai – cumprimentei-o e os outros vikings que estavam por lá. – Ocorreu algum problema enquanto eu estive fora? – perguntei a todos.

–Bom dia filho! Nenhum problema sério, só algumas brigas entre alguns vikings turrões – ele aproximou-se e sussurrou. – Sem motivos, se me permite dizer.

Eu ri. Eu estava sempre apartando algumas brigas entre vikings. A maioria era por falta de estudo da situação. Por exemplo: a minha espada quebrou e eu a joguei fora. Mas eu não me lembro disso, então vou culpar o meu vizinho. Vai nos entender...

–Eu e Olavo estávamos apenas organizando os mantimentos para o inverno mais rigoroso – ele continuou.

–Ainda falta muito? – questionei, sentando-me na mesa com eles e lendo alguns papéis de contabilidade.

–Bom, depois que organizamos as datas de pesca, em função de evitarmos a época de reprodução, temos toneladas armazenadas aqui em Berk. Embora a maioria seja para os dragões, temos peixe por muitos meses para a vila. E é claro, os sistemas de irrigação e de fertilização – quanto a fertilização, leia cocô de dragão – das plantações garantirão uma colheita grandiosa – o viking responsável por contabilizar os alimentos era Olavo, quem me deus essas informações.

Olavo era um viking enorme e de longe um dos mais temidos. Mas era um dos vikings mais gentis, prestativos e responsáveis da vila. Ele era o sobrinho do Ancião Olavo, que me mostrara que eu era canhoto. Ele recebera o nome do tio, e o seu tio era o meu melhor amigo.

–Muito obrigado Olavo, não sei o que faria sem a sua ajuda. E sem a sua também pai. E as fazendas? Algum problema com dragões ou pragas?

–Não, os dragões foram muito bem treinados pelo senhor, chefe – Olavo disse.

–Por favor, Olavo, apenas me chame de Soluço – eu sorri. Formalidades não são comigo. – Você é o meu amigo e Berk possui alimentos por causa da sua grande ajuda.

–Está certo Soluço – ele sorriu.

–Aliás Soluço – meu pai falou. – Você não devia estar em casa? – eu revirei os olhos. – Você sofreu um desmoronamento e...

–Ah não pai, corta essa. Foi apenas um pequeno corte – ele arqueou uma das sobrancelhas. – Um corte considerável.

–Sua mãe não vai gostar disso – ele disse e eu levantei-me. – Ela vai mandar você de volta para casa.

–Ótimo, vou tentar não me encontrar com ela hoje – beijei o topo de sua cabeça. – Até mais pai – e saí do Grande Salão.

Deparei-me com Berk em movimento. Vikings fazendo os seus trabalhos diários. Um dragão para proteger cada um na Vila. Os dragões. Lutei tanto para conseguir isso. Olhar a ilha do alto do Grande Salão e ver os dragões voando no céu, iluminando a vida de cada Hooligan. De cada pessoa no mundo.

Eu não podia simplesmente desistir. Não podia simplesmente deixar o Furioso vencer sem luta nenhuma. Destruir tudo... Aquilo. E isso era o que o meu coração dizia. Isso foi o que eu disse para Walquíria. Eu iria lutar. Com todas as minhas forças. Eu iria lutar. Por nós. Pelos dragões. Pelo Banguela.

–Vamos Banguela. Vamos até a Ferraria – ele sorriu e pareceu ler os meus pensamentos.

E acima de tudo, eu cuidaria do meu povo...

Eu passei o dia na Ferraria, fazendo selas e acessórios para os novos vikings treinadores de dragões. Distribuindo senhas. E ajudando o meu povo.

E sabe o que é o mais irônico disso tudo? Eu sorria com aquela tarefa que há 14 anos eu diria que seria fazer cena. Que havia coisas mais importantes para fazer. Eu estava feliz por ajudar todos eles. E sim, isso era irônico. Não seria para você também?

E quando voltei para casa, depois daquele dia havia uma extrema paz em mim. Extrema alegria. E era assim que eu me sentia todos os dias, ao cumprir minhas obrigações como líder de Berk.

*****

Abria a porta de casa, de e por um instante pensei que havia acontecido algo. Que havia algo muito errado. A casa estava completamente vazia. Eu não escutava nenhum som.

–Isso está muito estranho Banguela.

O Banguela acompanhava-me de perto. Mas isso era ainda mais estranho. Ele não rosnava, não desconfiava de nada. Mesmo a casa vazia àquela hora da noite ele não estava em posição de ataque.

Em cima da mesa avistei um papel. Julguei ser um bilhete. Eu pensei em tudo de ruim que eu poderia pensar naquele momento...

Drago sobreviveu ao gelo e ao fogo em seu corpo quando o colocamos no barco... Furioso mandou de algum modo um bilhete em dragonês para mim fazendo algo contra os meus filhos e a Astrid... Barbadura quer vingar-se de seu sucessor de algum modo (isso é o mais impossível, eu sei, mas diz isso para mim na hora do desespero). Eu esperava tudo do mais horrível.

Menos um bilhete da senhorita Astrid.

–Leia mestre. Está tudo bem – Banguela acalmou-me.

–Muito bem, se você diz... – eu peguei o bilhete e o li em voz alta, embora fossem runas e o meu dragão entendesse parcialmente o que eu dizia.

“Querido Soluço,

Sei que você deve estar quase surtando pensando que algo aconteceu de muito ruim conosco.

Primeiramente: fique tranquilo. Está tudo bem comigo e com as crianças. Não precisa se preocupar.

Em segundo lugar: sei que está muito preocupado ultimamente com os dragões e Berk. Que está com um milhão de coisas na cabeça com isso tudo envolvendo o Furioso. E com certeza pensando em todo mundo antes de você. Mas apenas uma pergunta...

Você lembra-se que dia é hoje?

Vá até o local da Noite da Fogueira. E só para constar... Hoje é dia primeiro de março...

De sua amada, Astrid Hofferson Strondus.”

–Hoje é dia primeiro de... – primeiramente fiquei confuso com aquilo tudo. Mas a lembrança veio como uma bofetada em minha cara. Olhei para o Banguela que ria da minha cara. –Oh, Banguela. Primeiro de março. É o dia que comemoro o meu aniversário.

Tem que estar com a cabeça muito cheia para esquecer o próprio aniversário. Mas pense no quanto de coisas que descobri e fiz naquela semana. É uma boa razão para não pensar em mim mesmo.

–Vamos amigo! – eu disse saindo. E não pense que eu não sei que você é cúmplice nessa história.

Ele apenas riu e alçamos voo.


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Notas finais do capítulo

Exatamente. HOJE é dia Primeiro de Março...
Juro para vocês, foi mágica. Eu escrevi os dois capítulos para o aniversário do Soluço. E quando eu vejo... Caiu bem no dia do aniversário mesmo... Isso foi mágico.
Livros do capítulo
*Como treinar o seu viking
Tem a certidão de nascimento do Soluço...
Parabéns a Jana que lembrou do aniversário do Soluço. Eu tenho marcado na minha agenda. Só eu mesmo. Então, no próximo é a festa. Só que eu vou postar terça ou quarta. Desculpem-me.
Obrigada meus anjinhos, por tudo. Até o próximo...
Temp