Soluço, o líder de Berk: A Era dos Dragões escrita por Temperana


Capítulo 11
O Plano loucamente astuto


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos!! Eu programei a postagem, espero que isso dê certo (nunca fiz isso antes).
Espero que gostem meus anjinhos...
Até as notas finais...



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Eu realmente gostaria de sentar ao lado daquele menino-que-fui-um-dia e dizer-lhe:

Você está pronto, saiba disso.

Mas o tempo possui barreiras que não podem ser destruídas.

–Por que será que eu não gostei do nome do seu plano? - Perna de Peixe perguntou, quase tremendo.

Bom, na realidade nem eu havia gostado. Mas retratava bem o plano. Consistia em eu quase morrer milhares de vezes, pelas informações que eu conhecia sobre aquele lugar. Mas era o melhor que eu consegui pensar.

E eu disse a mim mesmo que se algo acontecesse comigo, Einar continuaria em meu lugar. E cuidaria de Berk para mim.

–Eu mesmo não sou muito fã deste meu plano. Mas acho que não temos uma opção melhor.

“Muito bem, a primeira parte do plano consiste em pegar a Pedra de Fogo.

Como sabemos, ela está no Centro da Caverna localizada no centro do ponto Culminante, que por sinal localiza-se na maior montanha da Ilha, a Colina Grande.

Mas essa não será uma tarefa fácil. Os ventos estão em uma velocidade absurda no topo da Colina. Vocês seriam carregados imediatamente pela força do vento. Apenas um dragão poderia ser tão rápido e desafiar o vento forte.”

–Um Fúria da Noite – Perna de Peixe completou para mim.

–Exatamente Perna de Peixe.

–E por que estamos aqui se você irá lá sozinho? – Melequento perguntou.

–Ele não irá sozinho Melequento, eu irei com ele – minha mãe disse como se fosse algo normal para que ela dissesse.

–Não, é claro que você não irá. O Banguela não é tão rápido carregando duas pessoas – eu disse.

–O Pula Nuvem tem força o suficiente para me levar. E eu sei exatamente como é a pedra.

–Você pode dizer-me claramente como ela é, nos mínimos detalhes. Mas você não irá comigo até lá – minha voz estava se elevando, e, além disso, eu estava em pé para explicar o plano.

–Desculpa querido, mas você não manda em mim.

–Eu sou o seu líder – ah sim, eu não queria usar isso. Era muito baixo para mim. Mas era o meu único argumento consistente. – E sou seu filho. E eu nunca permitirei que nada lhe aconteça. Isso acaba aqui – falei num tom que acabou a “discursão”.

Eu podia correr o risco de chorar e isso eu não suportaria. Eu não me perdoaria, não conseguiria conviver com mais uma culpa dentro de mim se algo acontecesse com ela. Com a minha mãe.

–Desculpa mãe – eu disse quando me acalmei e sentei-me. – Mas você também precisa se proteger. E, além disso, precisa cuidar dos gêmeos e de Einar e Ágda, eles vão com você.

–Tudo bem querido, vamos seguir o seu plano – ela disse-me de modo solidário.

–Certo – controlei minha respiração. – E Melequento, vocês farão algo sim. Há guardiões na Segunda Grande Floresta de Berk. Mas acho que minha mãe poderá falar mais sobre eles – eu disse, olhando para ela.

–É claro – ela sorriu. Ela está sempre sorrindo. – Os guardiões são dragões que ficam escondidos na Caverna. Eles existem há alguns anos, depois que a Senhora dos Nomes não fazia mais seus trabalhos de Escolha de Nomes. Ao menor sinal de movimento eles atacam o invasor. Atacam em bando. Esses dragões são conhecidos como Os Exterminadores.

“Eles são negros como a noite e são verdadeiras máquinas de matar. Eles têm garras grandes, semelhantes a espadas e um fogo terrível. E são muito rápidos.”

–Deixe-me ver se eu entendi – Perna de Peixe tremia enquanto dizia. Ele estava à beira de um surto. – Você quer que a gente distraia essas criaturas que matam por puro prazer?

–Exatamente – eu respondi e ele murmurou algo do tipo “eu vou desmaiar”. – Mas Perna de Peixe, todo dragão tem pelo menos uma fraqueza. E esses dragões possuem duas fraquezas: a luz e a água. Se entrarem em contato com a luz ou com a água eles simplesmente desmancham.

–Eu acho que o mais complicado será acertar a água neles e direcionar a luz – Astrid dizia pensativa. – Já que eles são muito rápidos.

–Usaremos balões com água e lanternas. E nós nos dividiremos em dois grupos. O grupo da água e o grupo da luz. Por desencargo, os que farão parte do grupo da água também deverão levar lanternas, caso os balões com a água acabem.

“Eu dividi os grupos dessa maneira:

Liv, Bruce, Einar, Ágda e minha mãe serão o grupo da luz, já que direcioná-la seria mais fácil para os que são mais novos.

E Astrid, Perna de Peixe, Melequento, Cabeça Quente e Cabeça Dura serão o grupo da água com os balões, pois são experientes com velocidade e mira.”

–E você não fará parte de nenhum grupo? Só nós nos mataremos? – Melequento perguntou.

–Eu irei entrar na Caverna do ponto Culminante com o Banguela e enfrentar as armadilhas para buscar a Pedra de Fogo. A nossa primeira e única missão é pegá-la.

–E por que você não conversa com essas criaturinhas simpáticas ao invés de nos mandar para morte? Ou até mesmo a ruivinha? – Ágda lançou para o Melequento um olhar mortal. Ela não gostava que outras pessoas a chamassem de ruivinha. Eu tentei não ri. Ela era igual à Astrid com seus olhares.

–Porque eles não escutam ninguém Melequento. E a Ágda pode até provocar algum efeito hipnotizante em alguns dragões, mas não é uma Encantadora – eu disse calmamente.

– E mesmo que o Encantador falasse, eles não iriam escutar – minha mãe completou. – O próprio Soluço Spansitocus Strondus II disse isso sobre eles.

–Enfim – eu disse. – Eu irei entrar na Caverna e buscar a pedra. Esse é o plano.

–Você é louco. Você só pode ser louco. Você vai entrar lá e enfrentar sabe-se lá quê sozinho? – Perna de Peixe disse incrédulo.

–Vocês enfrentarão Exterminadores, não fica muito atrás da loucura – olhei para eles e vi que estavam com um pouco de medo, embora não quisessem demonstrar. – Não precisam fazer isso, vocês sabem disso.

–É claro que nós iremos fazer. É uma boa oportunidade para ser um herói – Melequento disse (e esse era o Melequento casado) e os outros concordaram.

–Obrigado – eu disse feliz com a força deles. – Isso não será brincadeira, é muito importante pessoal. Nos organizaremos amanhã e executaremos tudo no dia seguinte. Vamos reunir o máximo de informações possíveis – principalmente eu. – Eu sei que dará tudo certo, porque juntos somos fortes!

Nós apertamos as nossas mãos. Mostramos a nossa união. Éramos muito mais do que guerreiros. Éramos um time. Amigos. Não importava as circunstâncias, nós sempre estaríamos juntos para o que desse e o que viesse.

Quando todos foram embora (até Einar e Ágda que alegaram precisar urgentemente dormir e que foram acompanhados pela avó), apenas restou eu e Astrid olhando para o horizonte, sentados na beira do penhasco abraçados.

–Eu estou com medo – eu disse-lhe quase num sussurro.

Astrid aconchegou-se ainda mais no meu abraço e apertou com força minha cintura.

–Eu estou aqui, não se preocupe. Eu confio em você, confio em nós e sei que dará tudo certo. Seja como for – ela disse e eu acariciei os seus cabelos. – Eu não suporto vê-lo assim. Com medo. Nem suporto vê-lo preocupado. Eu quero ver você feliz Soluço. Parece... Parece que eu falhei com a minha promessa de te fazer feliz e... E eu não suporto isso também.

Eu senti sua respiração acelerada. Fiz com que ela olhasse nos meus olhos e vi que seus olhos azuis estavam marejados.

–Você não pode dizer isso Astrid. Eu posso estar com medo sim, mas eu estou longe de ser infeliz. Eu estou com você e simplesmente amo acordar todo dia ao seu lado. E ver que a mulher que eu amo está comigo. Eu te amo mais do que tudo Astrid – algumas lágrimas rolaram em seu rosto, mas o seu rosto iluminava-se com seu sorriso. – Não suporto ver você chorar está bem? Porque assim quem terá falhado serei eu.

Ela olhou profundamente em meus olhos. Eu acariciei seu rosto, enxugando suas lágrimas. Ela colocou as mãos em meus ombros.

–Você nunca falhou comigo e tenho certeza que nunca irá falhar. Nunca. Eu confio em você Soluço. Eu te amo. E eu tenho certeza que sou a pessoa mais feliz do mundo...

Eu lhe beijei sem nem lhe dar a chance de terminar de falar. Não, eu não poderia vê-la chorar. Eu só poderia ver o seu sorriso. Eu a amava demais. Com todas as minhas forças.

–Você não me deixou terminar de falar – ela colocou as mãos na cintura e fingiu estar brava comigo quando nos separamos. Nós rimos. – Você ainda está com medo? – ela voltou a colocar as mãos em meus ombros.

–Um pouco, mas os medos nunca saem de nós. E sei que você está aqui comigo. E sempre estará – eu lhe disse.

–Eu te amo – ela sussurrou perto da minha boca.

–Eu te amo muito mais – respondi e lhe beijei novamente.

Seremos sempre eternos namorados. Enquanto estávamos ali, voltamos ao nosso tempo de adolescentes. Encontrando-se à noite para se verem e mostrar para o outro que o ama. Nós éramos apaixonados. E sempre seremos.


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Notas finais do capítulo

O Soluço é louco?? Hiccstrid moments são perfeitos??
Livros do capítulo:
*Como treinar o seu dragão
*Como mudar a história de um dragão
Os Exterminadores estaria na Ilha dos Lava Loucos, com o Dragão de Fogo. Mas eu coloquei eles ali. E o nome do Plano (loucamente astuto) veio do primeiro livro, quando Soluço enfrentara o Morte Verde...
Enfim espero que tenham gostado... Até a próxima queridos e um beijo enorme...
Temp