Saint Seiya High School escrita por Myu Kamimura, Madame Chanel
Notas iniciais do capítulo
Seiya e Louise começam seu plano de boicotar a escola
Um mês e meio depois, no Santuário, a vida dos que ficaram pouco mudou. Kammy enfim recebera, das mãos de Marin, o título de Amazona prometido pelo Grande Mestre. Agora era Kammy de Cassiopéia, Amazona de Bronze. Shina e Seiya continuavam com o namoro firme, assim como Shô e Saori. Dentre os Cavaleiros Dourados, apenas Milo, Camus e Afrodite ficaram no Santuário. Mu foi para Jamiel, Aldebaran foi para o Brasil, Máscara da Morte não revelou para onde foi, Aiolia e Aiolos foram passear nas belas praias gregas, Shaka foi para a Índia, Dohko foi com Shiryu para Rozan e Shura foi para Madrid.
No conjunto de cabanas dos aspirantes, Louise e Seiya finalmente terminaram seu plano perfeito:
-É agora que baixamos a bola do sucatinha! – declarou o Pegasus, pegando alguns papéis de cima da mesa.
-Com certeza! Esse plano não falhará, Seiya! – concordou Louise – O Pierre e o Alexandre já disseram que iria colaborar. Com certeza, incentivaram também a Mira e a Dani.
-Assim espero! Então... Vamos começar o plano por aqui mesmo.
Os dois rumam para a Casa de Escorpião e a encontram vazia. Logo, o aspirante concluiu que seu mestre estaria caminhando com a mais nova Amazona pelo Santuário. O jeito era subir até a gélida Casa de Aquário. Como sempre, Camus estava lendo:
-O que vocês dois querem aqui?! – perguntou-lhes o dourado.
-Temos uma boa notícia para você, Geladinho – respondeu o Pegasus.
-Então diga logo. O livro está interessante!
-Antes de tudo... – Louise tomou a frente – temos que fazer uma pergunta ao senhor.
-Falem... – o aquariano disse, fechando o livro de forma emburrada.
-O senhor gosta da escola?
-Bem... Eu gosto de estudar... Mas acho essa história de classes, professores e provas uma idiotice. Por que da pergunta?
Seiya olhou para os lados e fez um sinal para Louise, que tratou logo de fechar a porta do aposento em que estavam:
-O que vocês pretendem? – perguntou o mestre de Pierre, estranhando a atitude dos garotos.
-Bem... Nós odiamos essa coisa de escola. – Seiya falou – já que temos de estudar, que seja de uma forma certa!
Louise tirou da bolsa um panfleto e deu a Camus. Era de um curso de supletivo que prometia diploma de 2º grau em um mês e meio, em Athenas. O Cavaleiro Dourado observou o panfleto e o amassou:
-Isso é bobagem...
-Não... Nós dois fizemos o curso, pegamos o diploma e o levamos em uma universidade. Ele é válido.
-Ah... Sendo assim... Não perderei seis meses esperando para ter aulas lecionadas por Cavaleiros de Ouro como eu... Valeu pela dica.
-Que isso, Camus, não precisa agrade-...
-Agora saiam da minha casa!
-Tá né...
Os dois deixam a décima primeira morada zodiacal e partem em busca do casal Milo e Kammy. Porém, achar os dois estava mais complicado do que achar uma ponta dupla no cabelo de Saori. Até que Louise se lembra de algo:
-A Kammy adora água... Na certa, eles estão perto do riacho.
Seguindo o palpite do jovem aspirante, os dois vão para o lado do lago. Os dois realmente estavam lá:
-Beleza... Vamulá!
Seiya, no impulso, sai de trás dos arbustos e acaba por interromper um momento romântico dos dois, além de flagrarem Kammy sem máscara. Irritado, Milo já se preparava para disparar as 15 agulhadas da sua Scarlet Needle, mas Kammy o segura pelo braço:
-Não, mon amour... Se o Seiya e o Louise estão aqui é porque têm um BOM motivo. – a francesa falou, olhando-os de forma séria.
-Assim eu espero... – diz Milo – O que querem, macacada?!
Os dois contam ao casal seu plano. Os dois concordam na hora:
-Se eu soubesse que tinha uma solução tão perto do Santuário já estaria longe dessa escolinha fundo de quintal! – afirmou o escorpiano, lendo um dos panfletos. – Valeu a dica, pocotó.
-Que isso, tio! Pode contar comigo sempre! – Seiya respondeu, fazendo um sinal de positivo.
-Antes de vocês irem... – manifestou-se Kammy, já de máscara – Me respondam uma coisa: vocês vão falar isso a todos os alunos da escola?
-É o que pretendemos – disse Louise.
-Então partam logo! Alguns estão muito longe.
-Podexa, Kammy! – Louise agradeceu – Nós já arrumamos um meio de transporte.
-Como assim?!
-EAÍ GENTE?!
Era Kiki, que surgiu na frente de Seiya e Louise, como sempre sorridente:
-Ah! Entendi! – concluiu Milo – o Kiki teleportará vocês até os outros.
-Isso, mestre! – confirmou Louise – Nós não temos muito tempo.
-Então vão... Boa viagem.
-Valeu.
Os três garotos desapareceram como em um passe de mágica. Louise ficou espantado com aquilo, mas Seiya, já acostumado, estava se divertindo vendo tudo passar por eles depressa. A primeira parada foi em Jamiel. Como sempre, Mu estava consertando armaduras:
-A ideia de vocês é boa... Mas como não posso sair daqui, já havia iniciado um curso por correspondência. – o Cavaleiro de Áries lhes falou, apontando para um monte de livros sobre uma mesa – É um pouco mais demorado, mas é o que posso pagar.
Aproveitando a proximidade, o trio migrou para Rozan, onde Shiryu escapava das investidas de Shunrei:
-Mostra que você é homem, Shiryu! – saudou-o o Pegasus.
-Ora! O que faz aqui, Seiya? – desconversou o Dragão, cumprimentando o amigo e os demais.
Dito o plano de boicote ao projeto de Shô, o Dragão caiu na gargalhada e respondeu:
-A Shunrei e o Mestre Ancião estão me ensinando muita coisa. Ela foi à escola, então sabe até mais que ele. Mas, terminado a instrução dela, procurarei um curso supletivo por aqui mesmo.
Novamente eles partem, dessa vez, eles voltam para a Grécia, a fim de encontrar Aiolia:
-Mas não poderíamos ter vindo aqui primeiro?! Era mais fácil! Dava pra vir a pé! – reclamou o exausto Kiki.
-Desculpaê baixinho! – respondeu o discípulo de Milo – Eu esqueci que o Leão estava aqui!
Não foi difícil achar Aiolia. Ele estava sentado ao lado de seu irmão tomando sol, vestindo bermuda florida e com óculos Ray-ban no rosto. Seiya falou logo do curso e, apesar de ter escutado por quase meia hora Aiolia o xingando porque ele bloqueava o sol e a visão dele, obteve a aceitação do Leonino. Assim, eles partiram em busca do ultimo aluno-cavaleiro da escola: Aldebaran:
-Cara! O Debas não tinha um lugar menos afastado pra se esconder? – reclamava Kiki, procurando incansavelmente o cavaleiro pela costa brasileira.
-Pior nem é isso! – Louise se manifestou – A gente não acha uma alma viva na rua para perguntar!
Foi então que Seiya reparou em uma coisa: A rua que eles estavam estava coberta de bandeirinhas do Brasil:
-Ow Loui... Você sabe que dia é hoje?
-Acho que é 24 de junho...
-De que ano?
-1990?
-Bah! É por isso que não tem uma alma viva na rua! Copa do Mundo, seus manés. O Brasil tá jogando.
-Aaaaah! – Kiki se manifestou – Então é isso!
-Kiki, você não consegue usar a telecinese para localizá-lo?
-Posso tentar. – O discípulo de Mu se concentra e, após uns segundos, aponta para uma casa com muro pintado de verde e amarelo e portão de madeira – Ele está ali.
Os três tocam a campainha e são surpreendidos por um grito em conjunto de:
-ENTRA!
“Convidados” Seiya, Kiki e Louise entram na casa, se deparando com uma grande festa com churrasco, pagode e regada a cerveja. Todo mundo usando camiseta da Seleção Brasileira. Eles ficam olhando entre aquela multidão até que veem o protetor da Segunda Casa Zodiacal sentado no canto, segurando um espetinho na mão direita e uma latinha de cerveja na esquerda:
-FALA DEBAS, MEU VÉIO! – saudou Seiya.
-Vixe Maria! Que vocês tão fazendo aqui?! – o brasileiro falou, abraçando o cavaleiro de bronze.
-Precisamos falar com você!
-Ah! Agora você puxa uma cadeira, senta aí e vê o jogo. Depois nóis cunversa! Ow Zé, trás mais churrasquinho aqui, uma breja pro meu truta e duas latinha de refri pros de menor!
O tal Zé atende o pedido de Aldebaran. Mas, ao entregar o refrigerante para Louise, repara em algo que, até então, tinha passado despercebido:
-Aê Debas... Esse pirralho aqui, além de estar usando azul claro tem uma carinha de argentino...
-Argentino?! Não, Não, Seu Zé... Eu sou Grego! – falou o garoto, meio com medo.
-Assim eu espero! Se tu for argentino vai perder essa cabeleira loguinho loguinho...
O discípulo de Milo engoliu seco. No intervalo de jogo, o pagode rolou solto. Louise estava encolhido no canto, com calor, já que ficara com medo da ameaça do amigo de Aldebaran e colocou uma jaqueta por cima da blusa. Seiya aproveitou o momento para conversar com Aldebaran sobre a escola:
-Ah Seiya... Eu posso parecer meio lerdo, mas já tinha pensado nisso. Iniciei um supletivo de 3 meses pelo Instituto Universal Brasileiro.
-Ih, ó lá! Os caras tão falando de escola... – riam os amigos de Aldebaran.
-Vamo parar de zuar meus amigos?! Eles não são muito ligados a futebol.
-Ah, jura?! Um japonês, um grego com cara de argentino e um baixinho de cabelo vermelho e cara de ET. Não me espanta nada que não são ligados ao futebol!
-Como é aê, Mandrião?! – invocou-se Seiya, já pronto pra quebrar a cara do rapaz.
-Não se invoca com ele não Seiya... Ele só bebeu demais! – o taurino sussurrou, em seguida – E bater em alguém que não sabe manifestar a cosmo-energia é covardia.
-Eu sei Debas... Desculpa aê.
-VOLTOU O JOGO!
Todos sentaram novamente. Aldebaran e seus amigos já roíam as unhas quando:
-GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL – Louise gritou, junto com o narrador.
Todos olharam torto para o discípulo de Milo, que ficou sem entender porque, até que o narrador concluiu:
-ÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ DA ARGENTIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIINAAAAA.
-Ooooops! Acho que tô ferrado!
-EU DISSE QUE ESSE MOLEQUE ERA ARGENTINO! EU DISSE!
Os caras já partiam pra cima de Louise, quando Seiya e Kiki se aproximaram dele e sumiram, para espanto dos outros:
-Eita... Acho melhor pararmos de beber breja, caras... – Zé concluiu.
Em outro ponto da cidade, o trio recuperava o fôlego e, quando aconteceu, Seiya e Kiki desferiram dois croquis na cabeça de Louise:
-IAU! PORQUE FIZERAM ISSO?!
-Pra você aprender a diferenciar o uniforme dos times! – respondeu Seiya – Era só olhar a camiseta de todos que estavam lá pra sacar que o gol não foi do Brasil, sua anta!
-Acabamos, não é? – perguntou o exausto Kiki.
-Eu acho que sim... – respondeu Seiya – Bora pro Santuário!
-Não! Ainda falta uma pessoa...
-Quem?
-A Sammyrah!
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Aproveitando o clima de Copa do Mundo, fiz uma brincadeirinha com o Aldebaran assistindo a Copa de 1990.
Para quem não sabe, a Seleção Brazuca foi eliminada nas quartas de final pela Argentina. (trágico, trágico)
Sem reviews, sem continuação. (y)