O Coração Quer O Que Ele Quer escrita por MissAnnie


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!! Voltamos :D
Cá aqui..
Estavam com saudades? Eu tava morrendo, confesso. A mica estava terminando o capítulo e cada vez que ela tá escrevendo um, vão surgindo novas ideias para os próximos e por assim vai e vocês não tem noção de quanta emoção está por vir :x
Sou suspeita pra falar, mas ó, tá demais!
Mas vou falar mais lá embaixo porque sei que vocês querem é ler né.
Será que o Pê e a K vão aceitar serem meus padrinhos? :O

Beijos!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/592432/chapter/26

Bianca e Duca aceitaram o convite de imediato, sem mesmo pestanejarem. Isso era algo que não restava dúvidas, uma vez que Duca era o irmão do noivo e Bianca cunhada. Mas será que eu deveria aceitar esse convite?

Por mim, não vejo mal algum, mas será que por Pedro, haveria algum impedimento? Fiquei absorta em pensamentos, pensando no que faria e não notei que todos, principalmente o casal de noivos aguardavam ansiosos pela minha resposta.

“Karina? Tudo bem pra você? Eu sei que é um convite bem em cima da hora, digamos assim, mas se não quiser aceitar, não tem problema.” Carol dizia numa voz tranquilizadora.

“Se você não quiser, nossa próxima opção seria o mestre Gael e a Dandara e-...” Allan começara a explicação, mas o interrompi.

“Eu aceito.” Sorri e olhei para Pedro. “Tudo bem por você, Pê?”

“Estarei lá, casal.” Pedro respondera e todos comemoraram.

Eu e Pedro despedimo-nos dos noivos, que continuaram a conversa animadamente com o restante, e fomos até a mesa para o desjejum. Servi-me de uma tapioca e com um suco natural, seguida por Pedro que pegara uma torrada com requeijão e uma xícara com café. Percebi-o pensativo, desde o momento em que aceitara o convite para ser padrinho do casamento.

“Pê, que foi?” Perguntei depois de uma golada no suco. “Você parece estranho, o que aconteceu?”

“Sabe o que é, Esquentadinha...” Ajeitara o cabelo para trás, bagunçando-o ainda mais. “Esse assunto de casamento mexe muito comigo.” Gargalhamos juntos após ele fingir um beicinho com a cara magoada.

“Como você é bobo, moleque!” Levantei-me um pouco para alcança-lo e dei-lhe um selinho.

“Mas é sério, Ka. Você não pensa em casar?” Perguntara-me sério.

“É claro que eu penso.” Iniciei. “Mas é algo que tem que ser muito bem pensado previamente.”

“Verdade!” Concordou. “Primeiro você tem que encontrar aquela pessoa. Depois vocês se apaixonam, namoram, noivam e, finalmente, casam.”

“Pê, eu sei a ordem.” Ri.

“Eu imagino que você saiba, linda.”

“Então?”

“Você é loirinha e não é por engano, né?” Riu. “São cinco fases antes do casamento, estamos na segunda.”

“Desenvolva, estou tentando entender.” Forcei uma cara pensativa tirando-lhe uma gargalhada gostosa e fiz o mesmo. “Sério, Pê. Fala aí.”

“Esse não é um assunto a ser tratado numa mesa de café, Esquentadinha.” Disse sério e ainda sim com seu humor de sempre. “No momento certo vamos conversar de novo, sem que nos atrapalhem.” Lançara um olhar para Bianca, e entendi o recado.

“Ah, entendi, Pê.”

“Agora vamos respirar fundo, que o mestre sogrão está vindo e prevejo que terei que comprar cuecas novas.” Disse tenso e ri dele. Como conseguia ser tão bobo, esse moleque frouxo?

Voltamos a comer enquanto os outros ocupavam os outros lugares na mesa. Bianca e Dandara falavam sobre os preparativos para o casamento, e meu pai e Duca estavam com a feição séria. Até que o celular do seu Gael toca e sua seriedade parece aumentar.

“Doutor? Tudo certo pra visita?” Atendera e saíra da mesa, afastando-se para que não ouvissem o que falava.

“Que visita?” Perguntei e os demais fizeram para que eu falasse baixo. “Do que ele tá falando, gente?”

“Seu pai vai visitar o Zé no hospital hoje e-...” Dandara explicara num sussurro.

“Eu vou!” Disse e todos olharam-me com um olhar de reprovação.

“Você não vai!” Bianca dissera com raiva. “Já não basta tudo que esse cretino fez com você, irmã?”

“Karina, meu anjo, pode ser perigoso. Deixa que o Gael e o Heideguer resolvam isso.” Dandara tentou interceder, mas eu estava irredutível.

“Eu vou e pronto!”

“Pedro, não vai falar nada?” Bianca perguntara como num grito.

“Se ela quer ir, que vá.” Sua voz era claramente de alguém magoado. “Mas eu vou junto!”

“O QUE?!” Bianca parecia não acreditar. “Era pra você impedir essa besteira, não pra ajudar!”

“E adianta eu tentar mudar a cabeça dessa Esquentadinha? Teimosa é apelido pra ela.”

“Duvido que o pai deixe vocês irem!”

“Quem ir aonde?” Meu pai aparecera de volta à mesa.

“Amor, a Karina quer ir ao hospital com você e-...”

“Eu não quero. Eu vou!” Disse num grito.

“E eu vou junto!” Pedro acompanhara-me no grito, mas logo envergonhou-se do ato, com medo da reação do sogro. “Eu vou se o mestre sogrão autorizar, né?”

“Pai, você vai deixar isso?”

“O que você quer fazer lá, minha filha?” Todos tinham os olhos em mim, atentos à explicação que daria.

“Apesar de tudo que aconteceu, eu acredito que ele não seja uma pessoa tão má. E mesmo se fosse, antes de tudo éramos amigos, e eu quero ver como ele está.” Parei e todos ainda encaravam-me. “Então?”

Eu estava decidida e fazer-me mudar de ideia seria uma tarefa desgastante. Ao perceberem minha teimosia, deram por encerrada a discussão. Eu iria vê-lo e pronto! Mas minha certeza dera lugar a um sentimento até então desconhecido.

Após o café da manhã, meu pai dissera que em uma hora estaríamos saindo, então fui com Pedro para o quarto, para que pudéssemos nos arrumar antes de sairmos.

Abri o guarda-roupa e optei por um macaquinho rosa – confesso que não é uma das minhas cores preferidas, mas Dandara havia me dado e estava adiando seu uso – com uma rasteirinha, em seguida coloquei a roupa na cama ainda bagunçada.

Enquanto tirava a camiseta e o short, lembrando-me da noite passada – quase – perfeita e da serenata matinal, acabei não percebendo que Pedro também estava ali trocando de roupa. Parei quando saí do transe e vi que ele estava paralisado me olhando. Notei então que estava apenas de calcinha na frente dele, e ele sem camisa, ameaçando retirar a cueca que estava vestindo.

Quando ele ousou uma aproximação, virei-me e caminhei até a porta semiaberta. Fechei-a e tranquei-a com a chave.

“Pronto, Pê.” Voltei-me para ele, mostrando as chaves, logo depois as colocando no criado próximo a cama. “Sejamos mais prudentes agora, né?!”

Ele veio até mim, e ao abraçar-me fora como se uma corrente elétrica passasse em meu corpo. Do fio do cabelo até a ponta do pé, meu corpo fora invadido por uma excitação diferente e igualmente deliciosa. Nossos corpos seminus como na noite anterior, mas agora mais próximos. Mesmo com o pessoal em casa, a minha vontade de entregar-me a ele era maior que o medo de sermos novamente pegos no flagra.

Procurei por seus olhos, estes por sua vez pareciam procurar pelos meus. Quando se encontraram era visível que eles espelhavam o desejo mútuo que sentíamos ali, agora. Era tudo muito fugaz, sempre tínhamos a pressa a nosso favor – ou contra nós.

Puxei sua nuca a fim de aproximar seus lábios dos meus, o que consegui com facilidade. Agora em contato, ele dera passagem para minha língua que encontrara a sua, e agora elas dançavam juntas, em movimentos rápidos e precisos.

Cada vez mais entregues ao momento, nossas respirações estavam pesadas e numa dessas pausas para recuperar o fôlego, Pedro pegara-me, colocando-me em seu colo e o envolvi com minhas pernas. Suas mãos deslizaram até minha bunda, apertando-a e encaixando-me mais ainda em si. Gemi com o movimento.

Sua boca quente e vermelha agora descia até meu pescoço, distribuindo mordidas e sugadas fortes, fazendo-me contorcer. Cada vez mais intenso, agora ele sentara na cama desarrumada, e ao sentar-me nele senti seu membro ereto, e aquilo aumentara minha excitação.

Ele agora descia até meu busto nu, sua língua quente desenhava um caminho até meus seios, mas sem chegar ao lugar exato. Minhas mãos que estavam em seus cabelos, bagunçando-os ainda mais, foram essenciais para que ele, finalmente, chegasse ao lugar.

Inclinei-me para trás, tendo suas mãos como apoio para meu dorso. Então com as mãos em seus cabelos, direcionei-o até os seios, que estavam duros, pedindo por aquilo que ele também queria. Uma de suas mãos segurava agora um dos seios, enquanto o outro era acariciado por sua boca e língua.

Aquela era uma sensação nova, nada antes fora parecido, e a cada momento parecia que aquilo era o certo a se fazer. Mas parecia que, diferente da música do Nando Reis, o universo NÃO conspiraria a nosso favor.

"Pê" Chamei-o no que pareceu um gemido.

"Fiz algo errado?" Olhou-me preocupado e talvez receoso pela resposta. "Quer parar?"

Eu não queria parar, de jeito nenhum! Mas talvez em menos de uma hora não pudéssemos aproveitar tudo que temos direito. Resolvi que era melhor pararmos antes que alguém nos interrompesse. Expliquei-lhe, rezando para que ele entendesse o meu lado.

"Tudo bem por você, Pê?"

"Ka, se eu te falasse que quero casar virgem, você acreditaria?"

"Pergunta difícil, ein moleque?!" Fingi-me pensativa. "Hmmm, acho que não."

"Ainda bem! Se fosse verdade, era bem provável que eu estivesse surtando e pediria você em casamenteiro agora."

"Você só me pediria em casamento então pra poder transar? É isso?"

"Mas é claro que não, meu amor." Abraçou-me por trás, beijando meu pescoço. "Eu pediria você em casamento só pra poder acordar como acordamos hoje, pra dormirmos como dormimos essa noite. Além de passarmos mais tempos juntos, termos nossa casa com um time de futebol correndo pra lá e pra cá..."

"Time de futebol?"

"Não combina comigo, né?!" Ri concordando. "Então com uma banda de rock e lutadoras mirins correndo pela casa."

"Melhorou, Pê."

"O que você acha, linda?"

"Eu acho que estamos atrasados. Vamos, Pê!"

“Karina? Pedro? Estão prontos?” Dandara batera na porta. “O Gael disse que se demorarem ele não vai leva-los.” Entreolhamo-nos e de certa forma ficamos embaraçados pela situação.

“Já estamos indo, Dandara.” Disse levantando-me da cama.

“Não tão rápido, Esquentadinha.” Pedro disso sem jeito. “Preciso de um banho. Frio.” Levantou-se e correra para o box. Acompanhei-o.

“Pê, por que não esperou por mim?” Parei na porta do banheiro, fazendo pose de propósito.

“Ka, não começa.” Tapara os olhos, entrando debaixo do chuveiro. “Eu preciso estar bem. Ou você quer que eu apareça animado pro mestre sogrão?” Gargalhei daquele moleque.

“Pê, eu também preciso de um banho.” Disse entrando no box e abraçando-o, deixando a água nos molhar.

“Assim fica difícil, Esquentadinha...”

“Controle-se, moleque!” Dei-lhe um selinho.

De banho tomado, vesti a roupa escolhida, Pedro fizera o mesmo, e agora estávamos indo encontrar Gael, para irmos ao hospital. Despedimo-nos de Dandara, Bianca e Duca, os dois últimos iam ficar responsáveis pela academia hoje. Já no carro, meu pai dera suas recomendações até chegarmos ao local.

“E por fim, Karina. Cuidado.” Finalizara, parando o carro no estacionamento.

Saímos do carro e encontramos o Dr. Heideguer na recepção, que nos aguardava um pouco inquieto.

“Demoraram.” Disse olhando para o relógio no punho.

“Desculpe pelo atraso, Doutor. Culpa do casalzinho aqui.” Meu pai apontara para mim e Pedro, sem graça.

“Tudo bem, mas agora temos que ir falar com o rapazinho lá no quarto. Vamos?”

Os dois mais velhos seguiram para o elevador, fizemos o mesmo. Já lá dentro, Pedro abraçara-me e olhara-me, entendi o que ele lembrara ali – o dia em que ficamos presos, ou nos prenderam – e sorrimos com a lembrança.

“Sexto andar.” Dr Heideguer anunciara. “Vamos, Gael.”

“Karina, filha. Depois da minha conversinha com ele, você pode ir lá.” Assenti sem argumentar.

Pedro estava quieto desde que saímos de casa, eu sei que essa situação poderia ser incômoda para ele, mas não gostava de vê-lo assim. E depois dos dois entrarem no quarto de Zé, puxei Pedro para sentarmos numas poltronas do corredor.

“O que foi, moleque? Por que tá tão quieto?” Perguntei, acariciando sua mão que estava junto a minha. “Não precisava vir. Eu só vou ver como ele tá, nada de mais, e...” Seu olhar era distante. “Você tá me ouvindo?”

“Tô sim.” Respondera seco.

“Que foi, Pedro? Desembucha.” Disse sem paciência.

“Olha, Karina.” Virara-se para mim, sério. “Esta situação é muito desconfortável, você sabe muito bem. Eu não queria vir, não queria que você viesse, mas você quis vir e eu não deixaria você sozinha nessa. Não queria que você viesse falar com esse filho de uma puta, mas não tenho como argumentar contra você, teimosa.” Sorriu e o meu sorriso viera automaticamente. “Ka, você sabe o que está fazendo. Pelo eu menos eu quero que você saiba. Cuidado com ele, não tô com um pressentimento muito bom.”

“Isso tudo é ciúmes, Pê?”

“Também, Esquentadinha.” Ensaiara uma cara brava. “Por favor, cuidado.” Assim que ele terminara de falar, dera apenas tempo de dar-me um beijo para meu pai aparecer no corredor com o Doutor.

Chamaram-me para encontrá-lo, finalmente. Uma última olhada para Pedro, visivelmente chateado, respirei fundo e caminhei até a porta do quarto. A porta já entreaberta, segurei a maçaneta e a abri um pouco mais, dando passagem para que eu entrasse.

Dei uma olhada no quarto e quando nossos olhos encontraram-se, senti meu corpo enfraquecer. Era um misto de medo e pena, porque apesar do que ele fizera-me, hoje era ele quem estava frágil. Foi um clima tenso e pesado que senti ao adentrar ali.

“Karina!” Sua surpresa assustou-me. “Por favor, me perdoa! Eu não fiz por mal, me perdoa! Eu estava louco, eu gosto muito de você, mas você nunca ia me dar ideia. Depois que você terminou com o Felipe, o cara da faculdade, era minha chance de ter algo com você, mas ai apareceu aquele outro cara. Eu estava cego, Ka, não pensei direito no que tava fazendo, apenas fiz. Me perdoa, por favor! Quer me bater? Pode me bater, mas me perdoa, Karina...” Agora ele chorava copiosamente.

“Zé, vamos por partes.” Iniciei. “Primeiro: engole o choro!” Ordenei e ele assustou-se. “Sério, Zé. Para de chorar, isso não vai amolecer meu coração.” O choro ia cessando. “Segundo: eu não tenho que te perdoar. Quem perdoa é Deus, mas eu te desculpo. Sei que você agiu sem pensar e quando a gente gosta de alguém, fazemos loucuras. Mas o que você fez foi uma estupidez, você sabe disso. Só que o destino se encarregou de te dar o troco.” Olhei para sua perna recém-operada. “Então, quero que saiba que, da minha parte, não guardo mágoas e espero, sinceramente, que você fique bem. Era isso.” Virei-me para a porta. “Tchau, Zé.”

“Karina, espera.” Ele parecia se esforçar para falar. “Você vai embora quando?”

“Agora.”

“Não, quero saber do intercâmbio.”

“Mês que vem, por quê?”

“Eu tava com uma ideia aqui, não sei se você vai gostar, mas acho que é uma ajuda para nós dois.” Olhei-o curiosa. “Você vai fazer intercâmbio e uma experiência a mais no seu currículo não faria mal.”

“O que você está pensando?”

“Karina, eu só quero te ajudar. E você pode me ajudar de volta.” Pausou, respirou fundo e prosseguiu. “O que você acha de estagiar aqui como fisioterapeuta? O meu ortopedista vive reclamando que fisioterapeutas estão em falta no hospital e até me perguntou se eu conhecia alguma para indicar.”

“Não acho que seja uma boa ideia, Zé. Eu tô bastante atarefada resolvendo pendências da viagem.”

“É apenas uma ideia, Ka. Não precisa dar uma resposta agora, ok?”

“Acho que o Pê não vai gostar da ideia...” Pensei alto e ele ouvira. Repreendi-me por isso.

“Falou comigo, Ka?”

“Não, pensei alto, Zé. Agora vou indo. Tchau!”

Sai do quarto encontrando aqueles olhinhos antes tristes e que agora eram alegres, e o clima, outrora pesado, agora era leve. Pedro viera ao meu encontro e abraçara-me forte.

“Pê, vamos embora daqui?”

“Ele fez alguma coisa com você? Me conta.” Parecia preocupado e ansioso.

“Eu vou te contar tudo, mas antes vamos sair daqui, Pê.”

Entrelaçamos nossas mãos, caminhamos até as escadas e Pedro olhara-me confuso, puxando-me para perto do elevador.

“O que foi? Perdeu o medo de elevador?”

“Com você eu não tenho medo de nada.” Beijou-me a testa. “Vamos de elevador, quem sabe as forças superiores não fazem ele dar pane de novo?” Rimos juntos. “Vem, Esquentadinha.”

Chegando à recepção, avistei meu pai vindo ao nosso encontro.

“Tudo certo, minha filha?”

“Cadê o Doutor?”

“Ele já foi embora, já resolvemos tudo que tínhamos que resolver com ele.” Disse apontando para o teto, dando a entender quem era. “E Ka, ele tentou algo contra você?”

“Nem se ele quisesse, não é seu Gael? Aquela perna dele vai custar a melhorar.” Conversamos enquanto íamos para o estacionamento.

“Ele só deve melhorar depois de muitas sessões de fisioterapia, filha.”

“Então...” Os dois voltaram seus olhares para mim. “Era sobre isso que ele falou comigo. Ele veio com um papo de experiência no currículo e-...”

“Fala logo o que ele quer, Karina.” Pedro pedira num tom irritado.

“Ele perguntou se eu queria estagiar no hospital.”

“Ah, entendi! Ele quer que você seja a fisioterapeuta dele, né? Bobo ele não é, aquele filho da puta!”

“YO! Calma, Pedro. Minha filha não vai cair no papo desse canalha... Karina?” Antes que eu pudesse responder meu pai, Pedro intrometeu-se.

“Gael.” Ele parecia mais calmo. “Não acho que ela seja capaz disso mesmo depois de tudo que ele fez com ela. Mas se ela quiser fazer isso, eu vou apoiá-la.” Disse conformado. “Tá bom, minha Esquentadinha?”

“Vou pensar nisso, gente. Agora vamos embora.” Pedi.

Meu pai logo dera a partida no carro e enquanto dirigia, aninhei-me em Pedro – estávamos sentados no banco de trás do carro – e ele fazia-me carinho. Tocava uma música do Skank e meu pai parecia animado com a canção, cantarolando e sem prestar atenção na gente.

“Ka, posso te pedir uma coisa?” Pedro perguntara num sussurro. Fiz que sim. “Sobre a ideia do estágio, eu não vejo nada contra, mas se você for mesmo fazer, por favor, me avisa? Não esconde nada de mim.”

“Eu nunca vou esconder nada de você, meu amor.” Sussurrei de volta, selando nossos lábios. “Eu prometo.”

“Tão fácil perceber que a sorte escolheu você, e você cego, nem nota. Quando tudo ainda é nada. Quando o dia é madrugada. Você gastou sua cota. Eu não posso te ajudar, esse caminho não há outro que por você faça. Eu queria insistir, mas o caminho só existe, quando você passa.”

Acima do Sol - Skank


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aiiiiiiiin, que capítulo mais neném. Mica só sabe me fazer sentir, fala sério. Eles aceitaram, nhói. Terei Perina no meu casamento fictício u_u. Me invejem.
E esse Pedro dando umas indiretas (mais que diretas) que quer casar com a Esquentadinha? E depois ainda ficar fazendo planos de ter mini guitarristas e mini lutadoras.. Eu surto gente, vocês não tem ideia.

E dessa vez a empata foda foi a própria K.. HAHAHAHA Mas ela tá certa, eles tem que aproveitar mais a primeira vez deles. Não ia dar certo tentar fazer o negócio com a pressa toda, com o Gael esperando e no fim a Dandara ia atrapalhar de qualquer jeito, já que ela bateu na porta logo depois né. Mas pelo menos eles tomaram um outro banho juntinhos. Nisso eles estão craques já :x.

O que acharam da K ir visitar o ZB? Será que ela vai aceitar o pedido dele e ajudar ele na fisio? A minha bichinha é boa demais, anem, não percebe as armações do ZB e da VV. Mas estou achando super digno o Pê apoiando ela nas decisões. Tá muito amor esses dois, só sei sentir.

Aliás, falando em só sentir, vamos falar do Estrelas antes de falar de MS. O que foi aquela entrevista SantoVitti? Se alguém ainda tinha alguma dúvida de que esses dois estão juntos, não tem como ainda ter, fala sério. Muito amor. Quero casar com aquele vídeo.

E MS? Ainda no sofrimento né, mas pelo menos já deu pra voltar a rir um pouco. Tipo hoje, o Pedro muito imbecil. A K super entregue ao beijo e o cara vai falar aquelas merdas pro vídeo do João? Mereceu apanhar HAHAHA
Mas quero mais recaídas.

Me falem o que acham de tudo. Porque eu falo pacarai e vocês nem falam comigo :(
E comentem MUITO pra deixar eu e a Mica felizes. Já sabem né.. Mica feliz escreve mais capítulos.

Beijos amores!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Coração Quer O Que Ele Quer" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.