O Coração Quer O Que Ele Quer escrita por MissAnnie


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Estou de volta. Cá aqui :D
Queria primeiro de tudo pedir desculpas por ter sumido por tanto tempo e deixado vocês sem capítulos. Passei uns dias super ocupada aqui no serviço e plus não estava numa vibe muito boa e não queria contagiar ninguém com isso. Mas peço desculpas de coração mesmo, porque sei (acreditem) o quanto é ruim ficar esperando por capítulos!
Mas tá aqui agora, o penúltimo capítulo antes do capítulo inédito (que não é inédito pra mim, porque sou íntima da autora HAHAHAAH). Mas o que quero dizer é que depois do capítulo 25 pode ser que os posts demorem mais pra acontecer porque os capítulos ainda estarão sendo escritos e como eu já disse a Mica tem uns probleminhas em relação à conexão com a internet, carregadores e com um plus a mais.. O irmãozinho dela (JP meu delícia) monopoliza o notebook e fica difícil dela arrumar tempo para postar. Mas relaxem que eu e a Lolis (lora) vamos ficar no pé dela pra ela agilizar logo, porque a gente também super quer que a história prossiga. Enfim, vou parar de falar (aqui no início, ainda tem as notas finais né. Vocês me conhecem.. Já se foram 23 capítulos. Parece que foi ontem né, estou chorosa.. haha keskara super dramático).

Beijos, até lá embaixo.



PS: toda vez que eu decido calar a boca e postar o capítulo eu lembro de mais alguma coisa. Nas notas do capítulo original, a Mica disse:

ABRE ASPAS
Como prometido, nesse capítulo terá pegação, e a continuação será no próximo.

Não vou me alongar na nota, apenas quero agradecer a Lorena (lora) e a Cá (Kerow) que me ajudaram muuuuuuito nesse capítulo. Obrigada, amores!

FECHA ASPAS

Era isso!



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PoV ZÉ

Recordo-me de poucas coisas após aquela noite no hotel com a Karina. Lembro-me de, após recuperar o fôlego devido o impacto nas minhas partes baixas, correr para a recepção, deixando tudo para trás, e pedir-lhes para que trouxessem o meu carro.

Eu sabia que não seria fácil ir até o fim com ela, por isso, enquanto planejava a tal noite, decidi por deixar o meu carro no hotel, caso algo desse errado. E deu.

Eu estava levemente alterado, por conta do álcool, além de estar transtornado pelo ocorrido. Como aquela garota faz esse tipo de coisa comigo? Somos namorados. E quanto mais raiva eu sentia, mais no acelerador eu pisava.

E essa foi, sem dúvida, umas das coisas mais estúpidas que eu havia feito.

“Aí.” Uma dor se formava perto do meu joelho esquerdo. “O que aconteceu?” Tentei colocar a mão no local da dor, sendo impedido por uma mulher. “Onde eu tô?”

“Senhor, por favor, acalme-se. Você sofreu um acidente e estamos indo para o hospital.” Ela dizia calmamente enquanto ajeitava o que percebi ser o soro. “O senhor pode dizer-me o seu nome? Não encontramos nenhum documento no carro...” Perguntara enquanto injetava o soro.

“Eu esqueci a carteira no hotel...” Disse com dificuldade. “Meu nome é...” Minhas pálpebras estavam pesando. “Zé.” E essa foi a última coisa que consigo lembrar.

Horas depois...

Despertei de um sono profundo. Uma irritação incomum na garganta, minha cabeça doía, eu tinha náusea, mas não me lembro do porque disso tudo.

Enquanto esforçava-me na tentativa frustrada de encontrar algum vestígio de lembranças, vejo alguém adentrar o quarto onde eu estava.

“Senhorita, ele ainda está dormindo, por conta da anestesia e sedativo da cirurgia.” Uma senhora explicava. “Caso ele acorde, não hesite em chamar o médico, sim?”

“Pode deixar.” A garota entrou, encarando-me. “Você é incompetente sempre ou fez mestrado?” Tentei ajeitar-me na cama, em vão.

“Vicky, o que você tá fazendo aqui? E a gravação?”

“Acabou e eu vim correndo pra cá.” Disse enquanto aproximava-se. “Você fez o que combinamos?”

“Eu-eu não. Eu não consegui. Aquela louc...” Interrompeu-me.

“Eu não quero saber. Você precisava transar com aquela garota, filmar e só. Uma coisa tão simples! Como você conseguiu não fazer isso?”

“A Karina não é boba, Vicky. Ela sacou na hora, e nem o remedinho ajudou.” Tentava explicar-me em meio a um desconforto na perna. “Eu tava quase lá, mas ela me atingiu.”

“Não vai me falar que a cretina te deu um chute lá.” Revirara os olhos. “Agora eu tenho que dar meu jeito.” Bufou. “Eu terminei com o Pedro, achando que você tivesse feito o combinado. E agora?”

Enquanto eu sentia um desconforto ao tentar movimentar a perna esquerda, e Vicky caminhava de um lado a outro do quarto, percebo um senhor entrar no quarto.

“Zé, certo?” Perguntara enquanto olhava o prontuário, e eu fiz que sim. “Meu nome é Marcos, eu sou o médico que te operou. Como você está se sentindo?” Disse olhando para a minha perna.

“Doutor, eu não sei o que aconteceu, só sei que tô sentindo uma dorzinha desagradável na perna.”

“Bem, isso é normal nesse primeiro momento pós-cirurgia, e também pela lesão.”

“Lesão?” Minha voz saiu um pouco mais alta que o normal.

“É. Você sofreu uma fratura do platô-tibial, ou planalto tibial.”

“Eu estudei sobre isso na faculdade, mas muito por alto...”

“O senhor sofreu um acidente automobilístico, e devido ao impacto, ocorreu uma fratura na parte superior da tíbia.” Dizia calmamente, talvez para não assustar-me. “O acidente foi grave, tiveram que usar sedativo já que a dor seria enorme.”

“O que aconteceu?”

“Sua fratura foi exposta, não precisando assim de algum exame clínico para decidirmos dar início à cirurgia.”

“Cirurgia? Mas com a autorização de quem?”

“Uma de nossas enfermeiras disse conhecer você. Guta, conhece?” Afirmei com a cabeça. “Ela ligou para seus pais, que vieram rapidamente para o hospital, autorizando a intervenção cirúrgica.”

“E o que vocês fizeram?”

“Na linguagem mais simples, colocamos pinos no local da fratura.”

“Nossa, foi grave mesmo o negócio, Zé.” Vicky aparecera, com uma cara de quem estava planejando algo.

“A senhorita é quem mesmo?”

“Victória.” Cumprimentaram-se. “Eu sou uma amiga do Zé.” Sorrira gentil. “Mas doutor, já que foi tão grave, acredito que ele vá ter que fazer algum tipo de atividade para recuperar os movimentos. Tô certa?”

“Certíssima.” Sorrira para a pequena. “Ele ainda vai ter que ficar um tempo aqui no hospital, em observação. Mas assim que tiver alta, vamos encaminhá-lo para um fisioterapeuta.”

“Ótimo!” Ela disse, batendo palmas.

“Enfim, vou deixa-los a sós.” Caminhara até a porta, fazendo anotações no prontuário. “E senhorita, o horário de visita está quase acabando.” Saíra.

Ficamos em silêncio por alguns minutos. Eu, absorvendo o que o médico acabara de dizer. E Vicky, pela sua cara, planejando alguma coisa.

“Isso. É. Ótimo!” Gritara em meio a risos. “Cara, você tem noção do que acabou de acontecer?” Veio até mim, dando-me beijos em todo o rosto. Afastei-a.

“Para com isso. Tá maluca?” Limpava a baba daquela garota. “Do que você tá falando?”

“Zé, isso é melhor do que a gente imaginava.” Pausou, com um sorriso de orelha a orelha, e eu não entendia aonde ela queria chegar. “Como você é lerdo!” Bufou. “Você vai precisar de um fisioterapeuta, certo?” Fiz que sim. “E quem é a fisioterapeuta mais próxima que você conhece?” Ela não tinha limites.

“Olha, eu não quero mais fazer isso. Chega!” Peguei-a pelo braço. “Chega dessa merda! Chega de plano pra separar Pedro e Karina! Eu cansei! Olha o que aconteceu? Eu sofri um acidente. Eu tive fratura exposta. Eu passei por uma cirurgia. Eu não sei nem o que me pode acontecer depois disso. E você só pensa nesse maldito plano de separar esses dois? Você é uma bela de uma filha de puta!” Falei num tom moderado, porém alto o suficiente para que ela entendesse. Enquanto recuperava o fôlego, ela ria, soltando-se de mim.

“Ai, ai Zé.” Continuava rindo. “Muito bem...” Parou, séria. “Então é isso que você quer?”

Eu não imaginava até onde a maldade de alguém poderia chegar. Eu era mal? Eu posso ser ruim, mas Vicky extrapolava as barreiras de maldade. Foi quando senti uma dor absurda na minha perna, onde tive a lesão. Gemi de dor.

“Tá doendo, Zé? Vai doer mais! Você acha que pode, simplesmente, desistir de tudo isso? Faça-me rir.” Ela apertava mais o local e eu tentava não gritar. “Você fez o que fez e acha que vai sair impune? Eu aposto que o seu sogro e todo aquele resto da academia quer acabar contigo. Você continuando ou não o plano, eles vão fazer te caçar.” Eu estava prestes a chorar devido a dor, mas ela diminuiu o aperto. “Se continuar, pelo menos você vai ter a Karina com você. Imagina ela, cuidando de você, com peninha.” Imitara uma cara de choro. “Ela vai se sentir culpada, no mínimo. E aí? O que vai fazer agora?”

“Tira. A. Mão. Da. Minha. Perna.” Ordenei, e suspirei aliviado quando ela fez. “Você que me colocou nessa e espero que me tire.” Encarei-a com raiva. E sem escolha, não pude dizer outra coisa a não ser: “Vou continuar com essa palhaçada!” Ela sorrira vitoriosa. “Agora sai daqui! Some!”

Sem pensar duas vezes, ela apanhou sua bolsa e se direcionou para a porta, parando antes de sair.

“Ótima escolha, Zé. Vejo você na fisioterapia, o resto deixa comigo.” Acenara e saíra pela porta.

Respirei fundo. Ela era um monstro e eu não estava muito atrás, por fazer o que ela mandava. Tentei pensar nas coisas que ela havia falado, mas a dor não deixara. Por fim, chamei pela enfermeira, que logo dera-me algo para diminuir o incômodo. Pouco tempo depois eu já estava relaxado e, não demorou muito para que eu pudesse dormir.

********************

Eu estava extremamente irritada pelo fato de estar o dia inteiro naquele shopping. Pensei que seria cansativo, mas não a esse ponto.

Cobra recebera um telefonema misterioso e fora embora, restando eu, Lorena e Bárbara. As duas arrastavam-me para cima e para baixo, toda vez que anunciava que iria embora.

Acredito ter dado, pelo menos umas mil voltas no shopping e ter entrado pelo menos cem vezes em cada loja, incluindo nos pets shops. Cansada, sentei-me em um banco que havia ao lado de fora do shopping, próximo a uma lagoa. As duas acompanharam-me.

“Gente, agora podemos ir?” Disse cansada.

“Não, K. Tá divertido, não acha?” Lorena perguntara e percebi uma troca de olhares com Babi.

“A gente ainda não foi na loja da MAC.”

“Fomos sim, Babi. Mais de dez vezes, inclusive.” Revirei os olhos, bufando.

“Acho que eu sei do que você precisa.” Babi disse com uma cara sapeca. “Venham comigo!”

Novamente arrastada pelo shopping, caminhamos mais um pouco e minhas pernas pediam pinico de tão cansadas. E quando ousei reclamar, vejo onde a garota resolvera levar-me.

“Uma livraria?” Perguntei confusa. “O que a gente vai fazer aqui?”

“Não é meio óbvio?” Lorena rira.

“Dãr.” Babi ria junto. “Mas é algo especial. Vamos procurar um daqueles livros que falam sobre NY. O que acham?”

“Devo admitir que estou surpreendida.” Ri com as garotas, entrando na livraria.

Nós três estávamos maravilhadas com o lugar, não só pela quantidade de livros, como também pelo cheirinho que eles exalavam. Um atendente veio até nós, e após Babi pedir-lhe um livro, pegamo-nos viajando com as páginas do livro, que tinha fotos de vários lugares dos Estados Unidos.

“Gente, eu tô tão ansiosa! Quero chegar no Brooklin e...” Lorena dizia empolgada e eu a interrompi.

“Brooklin? Não era Nova Iorque?” Perguntei confusa.

“K, querida.” Babi dizia com a mão sob meu ombro. “Geografia não é muito o seu forte.” Riu junto a Lorena. “Nem pesquisa.” Riram mais e eu estava prestes a discutir com elas, mas Babi continuou. “Você pesquisou sobre o lugar pra onde você tá indo estudar?” Balancei a cabeça negando. “Imaginei. Bem, eu e a Loris vamos estudar no instituto politécnico da NYU, localizado no Brooklin. Você, no Hunter College, que faz parte da NYU, mas que fica em Manhattan. E o Cobra também vai ficar em Manhattan.”

“Mas gente, pensei que fôssemos morar em Nova Iorque.”

“Mas nós vamos!” Lorena disse sem paciência e Babi rira. “Karina, essas localidades aí formam a cidade de Nova Iorque. Ou seja, vamos todos morar em Nova York. Resolvido o problema?”

“Sim, Lorena. Mas não precisava se estressar. Eu sou da área da saúde e não de humanas.”

Entreolhamo-nos e disparamos a rir. E ali concretizamos nossa amizade.

PoV PEDRO

Após a gravação, estávamos planejando sair para comemorar, mas Sol e Vicky saíram correndo do estúdio sem mais nem menos.

Os outros integrantes da banda resolveram ir para uma dessas baladas da vida, mas eu não estava nem um pouco animado para isso. Na verdade, tudo que eu mais queria era encontrar uma pessoa. Mas antes, precisava da ajuda de alguém, então disquei seu número no celular e esperei chamar.

“Pedro?”

“Fala, Johnny. Tudo certinho?”

“Tudo tranquilo e ai?”

“Tranquilo. Aqui, você sabe onde a Karina tá?”

“A Karina? Ela tá no shopping com as meninas, por quê?”

“No shopping? Isso não combina nada com ela.” Rimos concordando. “Cara, tô precisando ficar a sós com ela. Sabe como é, né? Precisamos conversar e...”

“Pedro, não precisa entrar em detalhes. E eu vou te ajudar, presta atenção!” Permaneci em silêncio e ele continuou. “Eu vou ligar lá pra casa dela, pra ver se tem alguém. Enquanto isso, você vai indo lá pro Barra Shopping e caça sua Esquentadinha.”

“Porra, Johnny! Lá é enorme, não vou encontrar ela tão cedo.” Ele pigarreou do outro lado da linha e eu percebi a burrada que tinha falado. “Já entendi, esqueci que eu tenho celular. Mas acho melhor encontrar ela em casa.”

“Como quiser, cara. Assim que eu tiver uma resposta, eu ligo pra você, ok?”

“Já é. Valeu, amigo!”

“Sem problemas, Pedroso.” E desligou.

Corri os olhos pela lista de contatos do celular, em busca do nome dela e, encontrando, apertei e aguardei chamar. Meu coração estava inquieto só de saber que ouviria aquela voz.

PoV DANDARA

Os ânimos estavam um pouco alterados após a conversa reveladora que tivemos. Duca, Gael e Cobra estavam prestes a ir atrás de Zé no hospital, para dar-lhe um corretivo. Enquanto isso, Bianca, Tomtom e Sol queriam, como elas disseram, esfregar a cara da Vicky no asfalto.

E eu agora preparava um lanche, esperando que todos eles pensassem bem antes de tomarem qualquer decisão. Enquanto preparava um sanduíche, ouço meu celular tocar na bancada.

“Filho? Algum problema?”

“Mãe, a galera ainda tá aí na casa do Gael?”

“Tá sim, meu filho. Por quê?”

“Seguinte, dona Dandara: o Pedro quer ficar a sós com a Karina.”

“Aqui?”

“É, mãe. Aí. Você pode falar que eu liguei e pedir pra continuar a reunião aqui em casa. Fala que não confia muito em mim, que sou um perigo sozinho.”

“João, você não existe.” Ri da ideia dele.

“Pode ser então, dona Dandara? Porque eu preciso ligar pro Pedro ainda. E pra Lorena também, pra avisar que podem liberar a K.”

“Tudo bem, vou ver o que faço aqui. Beijo, filho.”

“Tchau, mãe.”

Assim que a chamada fora encerrada, fui até a sala, onde todos estavam reunidos e comecei o teatro pensado por João. E em questão de minutos estávamos indo para a minha residência.

********************

Depois de rirmos e folhearmos algumas das páginas daquele livro, obviamente pagamos por ele e continuamos a devorá-lo numa das poltronas que havia no shopping.

Mesmo imersa naquelas imagens, imaginando que eu, brevemente, poderia conhecer todos esses lugares, pude notar Lorena afastar-se para falar com alguém no telefone. E minutos depois, era o meu que tocara. Olhei para o visor e meu coração mudara o ritmo, assim como minha respiração.

“Pê?” Perguntei com uma alegria impressa na voz. “Como foi a gravação?”

“Oi, K. Ah, deu tudo certo!”

“Que bom! Fico feliz!”

“K, a gente pode se encontrar?”

“Agora? Eu tô no shopping com as meninas.” Olhei para elas, que estavam vendo novamente o livro. “Mas daqui a pouco eu chego em casa, pode ser?” E elas concordaram, aliviando-me.

“Ok, Esquentadinha. Meia hora lá?”

“Meia hora, Pê. Beijos.” Suspirei aliviada.

“Beijos, minha Esquentadinha.”

Como estava sem meu carro, combinei com as meninas de dividirmos a corrida do táxi, já que elas iriam pro Catete também. Eu estava ansiosa para encontrá-lo, e parece ter levado uma eternidade para chegarmos ao destino.

Despedi-me das garotas, que seguiram para a praça José Wilker, enquanto eu corri para casa. Faltavam cinco minutos para a chegada dele. Meu coração estava inquieto para esse encontro.

Dera tempo apenas de jogar-me no sofá, para a campainha soar. Era agora. Respira Karina. Ou pelo menos tenta manter a respiração normal. Impossível. Uma última ajeitada na roupa e no cabelo e abri a porta. Lá estava ele, lindo com seu cabelo bagunçado e aquele sorriso tímido, com o violão ao lado.

“Pê!” Seu sorriso aumentara e, claramente, soube que meus olhos brilhavam ao vê-lo. “Entra.” Puxei-o para dentro, trancando a porta.

Ele colocara o violão encostado na lateral da poltrona, e quando voltou seu olhar para mim, permanecemos um com o olhar fixo no outro, apenas sorrindo.

Assim como toda vez que nos encontrávamos, aquela sensação estranha de querer segurá-lo para nunca mais soltar tomava conta de mim. Eu queria dizer tantas coisas, explicar tudo que aconteceu, tudo que eu penso e sinto, mas eu não era boa com as palavras e, enquanto imaginava um jeito de quebrar aquele silêncio, ele começou.

“K, olha.” Ele parecia tão nervoso quanto eu, e tímido também. “Eu não sei bem o que falar. Na verdade sei, mas não sei simplesmente dizer.”

“Como assim, Pê?”

“Eu sou melhor com as músicas.” Sorriu olhando para baixo. “Senta aqui.” Pegou-me pelas mãos, sentando-me no sofá, enquanto ele pegava o violão e sentava ao meu lado. “Tem uma música muito foda, e que eu sempre imaginei cantá-la para alguém especial.” Ele afinava o violão enquanto continuava. “E depois de muito procurar, eu encontrei essa pessoa.” Respirou fundo, ajeitando o cabelo para o lado. “Pra você, minha Esquentadinha.”

“Today is gonna be the day
That they're gonna throw it back to you
By now you should've somehow
Realized what you gotta do
I don't believe that anybody
Feels the way I do about you now.

Backbeat, the word was on the street
That the fire in your heart is out
I'm sure you've heard it all before
But you never really had a doubt
I don't believe that anybody
Feels the way I do about you now.

And all the roads we have to walk are winding
And all the lights that lead us there are blinding
There are many things that I would like to say to you
But I don't know how.

Said maybe
You're gonna be the one that saves me
And after all
You're my wonderwall.

Today was gonna be the day
But they'll never throw it back to you
By now you should've somehow
Realized what you're got to do
I don't believe that anybody
Feels the way I do about you now.

And all the roads we have to walk are winding
And all the lights that lead us there are blinding
There are many things that I would like to say to you
But I don't know how.

Said maybe
You're gonna be the one that saves me
And after all
You're my wonderwall.

Said maybe
You're gonna be the one that saves me
And after all
You're my wonderwall.”

Wonderwall – Oasis

Durante toda a música, não trocamos olhares, já que Pedro permanecera com sua cabeça baixa, parecendo envergonhado.

Ele tocara maravilhosamente bem, e a cada verso cantado meu coração tornava cada vez mais dele. Eu descobri e entendi o meu sentimento por aquele cara, que um tempo atrás me derrubara na faculdade, e que hoje estava ali, na minha frente, tímido, ao que parecia estar se declarando.

Eu estava emocionada com tudo aquilo, apesar de ser durona. Nunca haviam feito algo tão simples e bonito para mim. Nunca falaram de emoções e sentimentos através de músicas. E eu tinha gostado daquilo.

“E aí? Você gostou?” Pedro ainda com a cabeça baixa perguntara.

Tentei, em vão, buscar por palavras que explicassem o quanto eu havia gostado, o quanto eu gostava dele e como eu esperei por aquele momento.

Peguei o violão, encostando-o no apoio do sofá. Respirei fundo, e com uma mão peguei seu rosto, fazendo-o olhar para mim.

“Eu amei.”

E quando pudemos notar, já estávamos os dois entregues àquele sentimento, àquela vontade de muito tempo, àquele beijo que clamávamos.

Eu fui para cima dele, deitando-o no sofá. Mas aquele beijo, diferente dos outros, foi intenso do começo ao final. Tínhamos pressa para sentir o sabor um do outro. Sentir nossos corpos envolverem-se, sentir seu calor, seu cheiro.

Tínhamos pressa de mostrarmos o que sentíamos um pelo outro.


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Notas finais do capítulo

UAU! Isso é que é fechar o capítulo com chave de ouro ein Mica. Deu até calor nas bochechas (meus entendedores me entenderão HAHAHAHA).

Apeguinhos Perina, aiiin! Deus sabe como estamos precisadas deles. Principalmente na atual fase dos nossos bichinhos em MS. Mica, continua com essa vibe aqui porque sofrer na televisão e sofrer nas fics também é covardia!

Que vocês acham galera? To certa, não estou não?? Me diz aí..

O que vocês estão achando do rumo que as coisas estão tomando aqui na fic? O que acharam da VV e do ZB? Dois putos né? ZB tinha que ser mais homem e bater o pé que não ia mais atrapalhar os dois e pronto. Mas é só a VV chantagear que ele cede. É muito baitola mesmo, guento não. Mas que ela foi muito ruim e muito sangue frio de ficar apertando a perna do garoto foi né, pelo amor de Deus, a coisinha teve uma fratura exposta. É maldade demais pra magrela de menos. Melhore, Vicky!!!

E o que estão achando de MS gente? Eu confesso que estou na bad viu. E mesmo com o próximo resumo cheio de cenas Perina (ainda que separados) ainda não melhorei muito não. Fiquei sem opinião formada sobre esse resumo. Ainda não sei se as coisas estão tomando o rumo que eu gostaria que elas tomassem. Mas só resta confiar na Rosane. Só estou achando muita cachorrada a K confiar cegamente no Cobra e ele agir como se não soubesse de nada, quando ele sabia de tudo na verdade, tanto do acordo quanto da paternidade. Mas vamos ver como as coisas se desenvolvem e aí a gente vai talkeando mais por aqui conforme formos postando.

Agora deixa eu ir que a Mica apareceu lá no WPP e a gente não se falou o dia todo. Vou matar a saudade das minhas bichinhas lindas.

Beijos, Cá



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