O Coração Quer O Que Ele Quer escrita por MissAnnie


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!! Como estão? Querendo me matar? Sorry ter deixado vocês na sofrência do capítulo anterior, mas eu tinha que por vocês de castiguinho HAHAHAHA

E voltei porque os comentários deixaram eu e a Mica super felizes!! Ela veio correndo no WPP contar pra gente! :D

Mica feliz = eu feliz.
Eu feliz = capítulos postados.

That's it.

Quem quer saber o que o mestre fez com a K?? Vai correndo ler!!



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FLASHBACK ON

PoV GAEL

Fazia quase uma hora que Karina e Zé haviam saído e enquanto todos ainda se divertiam na festa, ouço a campainha soar. Caminho até a porta e ao abrir, um garoto de no máximo 15 anos trazia consigo um envelope. Ele entregara-me o que trazia sem nada dizer e fora embora.

Um ato um tanto quanto suspeito – pensei – e fui analisando o pacote até chegar à cozinha, onde estavam Dandara e Bianca.

“Que cara é essa, Gael?” Dandara perguntara enquanto pegava um suco na geladeira.

“Acabei de receber isso aqui.” Coloquei o envelope sob a mesa. “E adivinhem quem mandou.”

A expressão das duas viajou de dúvida para surpresa.

“Eu não acredito. Será que é o que pensamos?” Bianca pegara o envelope, abrindo-o e pegando o conteúdo, analisando-o. “Isso tá muito estranho, deem uma olhada.”

“Filho de uma puta! Eu mato esse moleque!”

“Gael, se acalma! Eu aposto que a Karina tem uma explicação pra tudo isso. E o Pedro também.” Dandara aproximara, abraçando-me.

“Bianca, chama ele aqui.”

“Pai...”

“Agora!” Gritei.

Bianca fora até o rapaz e, quando menos esperávamos lá estavam os dois vindo ao meu encontro.

“O senhor quer falar comigo?” Ele parecia confuso com o que estava acontecendo.

“Quero, mas não aqui.” Eu disse indo em direção ao meu quarto. “E vocês duas, nem pensem em me seguir.”

Atravessamos a sala e quando adentramos o meu quarto, fiz para que ele entrasse e sentasse numa cadeira da escrivaninha, enquanto eu trancava a porta. Virei-me para ele, encarando-o com a cara mais má que pude fazer.

“Você pode me explicar que fotos são essas?”

Joguei o pacote para ele, que abrira e parecia bestificado com o que estava vendo.

“Se-seu Gael, não é nada disso que o senhor tá pensando.”

“Eu não estou pensando nada. Eu quero que você me explique que fotos são essas. O que vocês estavam fazendo?”

“A-a gente tava dormindo, seu Gael.”

“Ah é mesmo? Se você não tivesse falado eu não iria perceber.” Fiz uma cara de deboche. “O que vocês estavam fazendo? Última chance de resposta.”

“A Karina não tem culpa de nada. Eu também não.” Ele respirara fundo. “Eu bebi além da conta na festa, ela me trouxe pra casa, já que não sabia onde eu morava. A gente não fez nada, eu juro. Acabamos pegando no sono e antes dela acordar, eu fui embora. É só isso que aconteceu, seu Gael.” Ele dissera tudo muito rápido. “Mas essas fotos eu não sei quem tirou. A gente só tava dormindo, olha.” Ele apontava pra uma das fotos onde os dois estavam deitados no chão. Lançara-me um olhar de súplica. “Não me mata, seu Gael. Amanhã eu gravo um CD, depois disso você pode me matar.”

“E vocês não fizeram absolutamente nada?” Ele fez que não. “Agora me responde só uma última coisa.” Ele aguardava minha pergunta, seus olhos transbordavam medo. “Tinha alguém que sabia que vocês dois estavam aqui?”

Pedro parecia que se esforçava para lembrar de algo. Antes ele parecia ter medo, agora sua feição era de pura raiva.

“Só uma pessoa.” Ele levantara-se da cadeira, indo em minha direção, e com os dentes cerrados disse o que eu já imaginara. “O Zé.”

FLASHBACK OFF

Ao pegar aquelas malditas fotos, meu estômago revirara. Zé não blefara ao dizer que não ficaria daquele jeito.

“Pai, eu posso explicar.” Sentei-me numa poltrona próxima ao sofá onde meu pai estava. Ele mantinha seu olhar fixo em outro ponto, não me encarava. “Pai, olha pra mim.” Tentei pegar sua mão, em vão.

“Karina, eu já sei de tudo.”

“Sabe?”

“O conteúdo que recebi foi a peça chave do quebra cabeça que eu estava montando.”

“Peça? Quebra cabeça? Do que você tá falando, pai?” Nesse momento ele virara para mim, engoli a seco.

“Você achou que ia conseguir esconder isso por quanto tempo? Quer me enganar, me dá jujuba, minha filha.” Não pude deixar de rir daquilo, mas logo estava séria de novo. “Você acha que eu engoli o teu namoro repentino com o Zé?” Fiz que não com a cabeça.

FLASHBACK ON

E desde quando vocês estão...juntos?” Meu pai parecia confuso, não era para menos.

“Desde a festa, não é mesmo, K?” Zé mentia com facilidade, todos pareciam acreditar nele, menos o seu Gael.

“É, é sim, pai.” Já eu, tinha uma enorme facilidade para não passar credibilidade. Meu pai olhara-me desconfiado.

“E acredito que você veio até aqui pedir a mão da Karina, acertei?”

“Exatamente, mestre.” Como Zé conseguia levar aquilo adiante mesmo estando diante do seu “mestre”?

“Karina, você tem certeza disso?” Meu pai encarava-me.

“Te-tenho, pai.” Minha voz saiu trêmula.

FLASHBACK OFF

“Você estava tão alegre, como nunca antes eu tinha visto. Aí apareceu namorando esse cara e chegou a passar mal, lembra?” Entristeci lembrando-me do acontecido.

FLASHBACK ON

“Pai...” Eu estava escorada na porta, minha voz saiu falha.

“K, o que você tem, filha?” Meu pai correra assustado até mim, Bianca veio junto.

“K, o que você tá sentindo?” Bianca estava aflita.

“E-eu...” De repente tudo ia se esvaindo, minha vista escurecia, as vozes diminuíam e em questões de segundos eu já não estava mais ali. Não conscientemente.

FLASHBACK OFF

“E ainda tem o Pedro.”

“O que tem o Pedro?”

“Minha filha, eu sou seu pai e te conheço muito bem.” Ele fez para que eu sentasse-me ao seu lado no sofá. Quando o fiz, ele acarinhara meus cabelos. “Naquele dia do hospital, o doutor perguntou se havia acontecido algo com você, que parecia ser bem sério, tanto que você passou mal.”

“Aonde você quer chegar, pai?”

“Olha, K. Você sempre foi esquentada, filha, igual a mim. Mas de uns tempos pra cá, você estava feliz, as brigas com a Bi diminuíram, não é ? Lembra do dia da inscrição? Você chegou feliz aqui em casa e algumas horas depois que você saiu e voltou, seu humor tinha mudado. O que aconteceu nesse intervalo? O que mudou? Você aparece namorando o Zé, logo ele, que sempre foi seu amigo.”

FLASHBACK ON

“Karina, Karina. Você devia ser mais cuidadosa e não deixar a sacada do seu quarto aberta. Sabia que da janela de outras casas, você pode ter uma visão privilegiada do seu quarto? Alguém pode te filmar ou até mesmo, tirar fotos...” Ele ria com o que estava fazendo, como podia?

“Por que você fez isso?” Um nó se formou em minha garganta, não podia ser verdade.

“Sabe, eu sempre gostei muito de você. Lembra que depois do acidente a gente ficou muito mais próximo? Podíamos ter algo mas ai apareceu esse cara ai.” Sua voz era mudara ao citar Pedro.

“Que papo é esse, Zé? A gente é amigo!” Minha voz saiu mais alta do que planejado, fazendo com que algumas lágrimas rolassem em meu rosto.

“Amigo é o caramba, Karina! Vai dizer que nunca percebeu que eu queria ser muito mais que só um amigo?” Ele estava exaltado.

FLASHBACK OFF

“Ele nunca foi meu amigo.”

“Deixa eu terminar, filha. Sua irmã uma vez comentou da sua felicidade, disse que você parecia estar gostando de alguém, e por mais que isso me cause ciúmes - nós dois rimos - eu fiquei feliz por você, se estava fazendo bem a você, estaria fazendo a mim também. E quando você foi parar no hospital, a Bianca ligou para a sua melhor amiga, ela saberia de algo, mas ela não disse muita coisa pra gente, só disse que precisaríamos nos unir num time...Como era mesmo o nome?” Ele fazia uma cara pensativa. “Ah! Team Perina.”

“Não acredito.”

“Lembra que eu chamei a Bianca quando vocês estavam conversando? E logo depois o Pedro apareceu?”

FLASHBACK ON

“Demorou ein, Bi!” Disse permanecendo com os olhos fechados.

“Não é a Bi.” Meu corpo paralisara, aquela voz... Abri os olhos para encará-lo.

“O que você tá fazendo aqui?”

“Fiquei preocupado com você, Esquentadinha.” Ele parecia envergonhado ali.

FLASHBACK OFF

“O que ele disse? Como soube que você estava ali?”

“Ele disse que a irmã dele...” Olhei-o surpresa. “A Sol conheceu a Tomtom num ensaio da banda. Aposto que foi ela quem contou pra Tomtom.”

“Continuando, enquanto você e ele conversavam, a Bi convencia-me a deixar vocês juntos, na esperança de vocês se entenderem. Aí tive que inventar a maior história pra vocês.”

FLASHBACK ON

“Oi, Pedro não é?” Meu pai aparecera no quarto com Bianca, assustando-nos. O sorriso malicioso de Bianca ainda estava estampado. “Eu sou o Gael, pai da K.” Estendera a mão, cumprimentando-o. “Você parece ser muito amigo dela, certo?” O amigo saíra como um questionamento. Pedro fez que sim. “Então eu posso te pedir um favor? Você pode passar essa noite com a minha filha?”

“É o que, pai?” Virei-me para ele, minha voz estava num tom elevado.

“Eu preciso abrir a academia cedo e não tem ninguém que possa ficar lá por mim. E a Bianca já havia combinado de ajudar avó do Duca na banca, não é mesmo Bi?” Bianca afirmara com a cabeça.

“Mas pai...”

FLASHBACK OFF

“Viu, mesmo com ciúmes eu faço tudo por você, Karina.” Ele acariciava meu rosto.

“E tem mais coisa que eu preciso saber, seu Gael?”

“Tem sim, filha. No outro dia, bem cedinho, tivemos um reunião aqui em casa com o Team Perina. Eu, sua irmã, Duca, Sol e a irmã do Pedro, todos unidos para unir vocês. E como sabíamos que você não cederia na primeira tentativa, armamos um planinho...” Ele sorrira.

“O elevador?”

“A Tomtom sabia que o Pedro morre de medo de elevador, e só lá vocês poderiam ficar a sós para se entenderem, com a nossa ajudinha, claro.”

“Só falta falar que a moça da faxina era cúmplice.” Meu pai rira, assustando-me.

“Exatamente, filha. A Tomtom convencera a dizer que estavam limpando as escadas. Nós estávamos na recepção, monitorando vocês pelas câmeras, e quando entraram naquele elevador, digamos que o destino deu uma mãozinha.”

“O destino?”

“Na verdade foi um técnico que estava lá fazendo manutenção, e como haviam mais elevadores, ele aceitou parar um para nós.”

“Vocês não existem, pai.”

“E a hora do beijo, foi ai que eu entendi que era dele que você gostava, K.”

“Vocês estavam escutando nossa conversa?” Dei um soco em seu braço.

“Eu não. Os outros eu não sei.” Ele rira. “E foi depois daquela cena do Zé aqui em casa, quando estávamos almoçando, que eu resolvi que iria te separar desse moleque.”

FLASHBACK ON

“Você cala a sua boca, otário!” Zé agora marchava até nós com os punhos cerrados, mas fora impedido por meu pai e por Duca.

“Yo! O que você acha que está fazendo, Zé? Chega na minha casa, insulta o meu convidado. Qual é a tua?”

“Mestre, me desculpe. É só que e-eu” Respirou fundo tentando se controlar. “Eu posso falar com a minha namorada?” Disse se soltando dos dois.

“Deixa pai, eu vou falar com ele, continuem o almoço, eu já volto.”

FLASHBACK OFF

A medida que meu pai ia contando, tudo ia se encaixando: todos estavam juntos nessa.

“Pai, me perdoa. Eu não queria te chatear com as fotos, por isso aceitei a chantagem.”

“Esse filho da puta estava te chantageando mesmo? Eu não queria acreditar nisso vindo de um aluno meu.”

“Disse bem, pai. Ele estava me chantageando. Acho que depois dessas fotos, não preciso mais ficar com ele.” Um alívio instaurou-se em mim, um peso saíra de minhas costas.

“Obrigada, pai. Por tudo.”

“Aconteça o que acontecer...”

“Eu vou sempre estar ao seu lado.” Terminei sua frase dita mais cedo e nos abraçamos. “Mas por que vocês terminaram a festa cedo?”

“Eu queria esse tempo com você, K, era importante pra mim. Queria te explicar isso tudo, porque eu imaginei que você estivesse com medo se eu descobrisse sobre as fotos." Ele respirou fundo antes de continuar. "Eu perguntei ao Pedro o que tinha acontecido e ele se explicou." Sorrimos juntos. "E a festa não terminou não, o pessoal foi para uma pizzaria aqui perto, mas já devem estar indo pra suas casas, já que amanhã tem a gravação do CD dos meninos.”

“Nossa, é mesmo! Amanhã vou lá ver a banda.”

“Nada disso, filha. Amanhã vamos sair para acertar as coisas para a sua viagem.”

“Mas pai...” Disse manhosa.

“Sem mais, Karina. Obedeça ao seu pai, ok? Apesar de tudo que fiz, preciso manter minha fama de mal.”

“Ok, seu Gael.”

“Agora vamos dormir, que amanhã o dia vai ser longo.” Ele dera um beijo em minha testa e levantara-se do sofá, indo até a cozinha. “Mas antes vou beber uma água, quer também?”

“Quero sim, pai. Vou aí com você.”

Chegamos à cozinha e quando ele acendera a luz parece ter levado um susto. Seus olhos pareciam arder de tanta raiva.

“Karina, o que o Zé fez com você?” Ele dizia enquanto analisava-me da cabeça aos pés.

“Pai...” Meus olhos estavam marejados por conta da lembrança do momento de terror vivido. “Ele...”

“O que ele fez?” Meu pai aproximara-se de mim, passando a mão em meus cabelos.

Abaixei a cabeça, começando a chorar. Era difícil contar algo de tamanha monstruosidade para alguém e para o meu pai era pior.

“Não me diga que ele...” Fiz que sim com a cabeça. “Eu mato esse filho da puta!


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Notas finais do capítulo

Êta ZB, se cuida que o Gael quer te pegar.. E não de uma forma legal.. HAHAHAHA

E aí gente, que acharam do capítulo? Acho tão nhois a relação do Gael com as meninas! Tanto na novela quanto nas fics. Ele se faz de durão mas é o maior paizão do universo. E aqui na fic da Mica eu sempre digo que ele é o REI do Fandom Perina. Tipo o João lá no Fandom SantoVitti HAHAHAHAHA

Mas é isso aí gente, comentem!!

PS: o que vocês acharam do EuTeAmoPerina? Coisa marlinda da minha vida. Chorei inteirinha, não tenho estruturas pra lidar. Aqueles olhares, aquelas pupilas, aqueles sorrisos. Rafael e Isabella total naquelas cenas, me desculpem!

E o resumo? Vocês leram? O que acharam? Fiquei até mais animadinha viu. Por mais que meus bichinhos vão estar separados pelo menos tem vááááárias cenas deles juntos né. Isso me anima um pouco, quem sabe não rola uns apeguinhos né.. Sonhar ainda é de graça.

Bom, comentem bastante ein! Continuem nos mantendo felizes.



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