Imperfect escrita por Nathyy Weasley


Capítulo 30
Anne


Notas iniciais do capítulo

Hey! Como sabem, ou não, eu vim terminar todas as fanfics que deixei em aberto e hoje tenho o prazer de postar o penúltimo capitulo dessa maravilha, essa história foi grandona pra mim (só perde pra grandeza de Hirena, que já tem a ideia mais trabalhada) como uma das minhas primeiras long fics.

Tenho o prazer de estar a um capítulo de distância do fim dela, espero que gostem, tentei fazer o meu melhor (com minha escrita totalmente diferente hoje em dia).

Boa Leitura!



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Ela levantou da maca sem pensar duas vezes, respirou como se tivesse renascido, o que tinha acontecido? Virou encontrando um James assustado do seu lado, segurando sua mão, outros médicos estavam ao redor, respirando aliviados, ela viu Hermione correr em sua direção, de fora da sala, abraçou a filha com muita precisão, atrás de si Hugo e Rony se envolveram no abraço das duas

— Meu Deus, Rose! Você está bem? – Rony murmurou desferindo beijos no topo da cabeça da filha

Rose ainda sentia a garganta seca, tentou falar alguma coisa, mas sentindo a garganta fechar apenas assentiu, uma enfermeira entendeu o recado e saiu do quarto rapidamente, voltando com um copo de agua para entregar a ruiva, Rose tomou como se fosse a ultima gota de água do planeta.

— Seus sinais estavam baixos, íamos precisar reanima-la – Respondeu o médico atrás da enfermeira

Rose temeu com aquelas palavras, ela tinha visto a morte de perto, quase foi embora, se não fosse por...

Seus olhos focaram nele, vestindo um suéter com um grande J no peito, ele tinha olheiras profundas como se não dormisse a dias, mas seus olhos estavam repletos de lágrimas, Rose esticou a mão para ele, fazendo os pais se afastarem um pouco.

Ele caminhou vagarosamente até ela, estava ainda anestesiado por ver aquela cena, a tensão era palpável no ambiente, até suas mãos encostarem nas de Rose e ela o puxar para um abraço apertado, desajeitada, ela repousou a cabeça no ombro do moreno enquanto ele retribuía o abraço a apertando.

— Eu senti tanto a sua falta – Ele sussurrou cheirando os seus fios ruivos

Queria gritar a plenos pulmões que Rose estava viva, ela tinha voltado, de verdade dessa vez.

— Você me trouxe de volta – Ela respondeu com a voz embargando

Ele a afastou um pouco para olhar em seus olhos e acariciou seu rosto, seus corações batiam incontroláveis no peito, mas eles não ousaram dizer nenhuma palavra naquele momento, enquanto se fitavam.

Infelizmente aqueles segundos foram quebrados por uma morena que apareceu atrás de James, perplexa, Clarie não conseguia esconder o seu choque.

Foi só ao olhar para ela que Rose sentiu cair sua ficha, Adrian estava vivo, não tinha vindo atrás dela no hospital, mas pelo simples fato de Clarie estar ali, em pé, estagnada, Adrian estava vivo.

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Rose avançou pelo milharal, não queria ter sido seguida por ninguém, mas Rebeca insistiu que queria matar Adrian com as próprias mãos.

Por que ele estava quieto todo esse tempo? Essa pergunta inquietou o coração de Rose desde que acordara, todos os dias se perguntava, aquilo ressoava em sua mente como um assombro, porém Rebeca teve uma brilhante ideia, ir até a casa onde Lia anteriormente estava presa por ele e invocar o mesmo, com objetos dele, eles só não esperavam que fosse tão longe, a magia fazia tudo parecer estar próximo.

Eles adentraram a sala da casa com facilidade, como Rose estava fraca, Rebeca tomou a iniciativa derramando sangue pelo chão para formar o símbolo do ritual, ela estava familiarizada, mas odiava ter que fazer aquilo, racionalmente praguejava aos quatro ventos.

— Vocês estão prontos? – Rebeca olhou para os amigos

Eles assentiram segurando em suas armas, apontando para o meio do círculo, Rebeca começou a dizer aquelas palavras desconexas, olhando bem agora parecia que a mesma falava latim, ela invocava sua presença no ambiente com uma camisa antiga dele que Lily tinha trago e jogado ali no meio.

Tudo não passou de um lampejo quando viram o que tinha acontecido, no meio do círculo, lá estava ele, com os olhos vermelhos alarmados, estava sangrando, como se suas costas estivessem repletas de cortes profundos, ele se contorcia de dor.

O ritual o tinha atingido de tal forma que ele só podia cuspir sangue, vulnerável ali, bem aos pés de Rose.

Rose deu um passo à frente e segurou o arco na mão esticando a flecha, seus olhos estavam cravejados nele, com tamanho sentimento que ela não sabia dizer se era tristeza ou ódio, ela puxou a flecha com firmeza.

— Isso é por Lia – Ela murmurou soltando a primeira flecha

Todos prenderam a respiração quando a flecha atingiu seu ombro esquerdo, ele gritou olhando para Rose, parecia estar em fúria.

— Isso é por Rebeca – Rose caminhou pelo círculo atingindo outra flecha em seu ombro direito

Ele esbravejou

— Você vai morrer, Rose!

— Quem vai me matar? Você? – Ela indagou debochada

Todos ficaram em silencio vendo a cena, não sabiam reagir aquela Rose, ela deslizava pelo circulo como uma cobra, derramando seu veneno mortal para matar sua presa, eles estavam chocados.

— Isso é por mim – Rose disse firme atingindo uma flecha em suas costas, fazendo o urrar

James fez menção de segurar a ruiva, mas Alvo segurou seu braço, murmurando um “Ela precisa disso” inaudível.

Rose respirou fundo uma última vez, antes de erguer a última flecha do seu coldre e puxar com determinação no arco, aquela Rose que ele tinha destruído não existia mais, ela jamais permitiria que alguém a tocasse novamente.

Ela sentia nojo olhando para a face do homem, tudo que ela conseguia sentir era nojo, por tudo que ele fez de ruim, com aquelas três meninas, com os outros dois meninos que ele tinha arrastado para o inferno com ele, tudo por conta da pequena e traumatizada Anne, mas agora ele nunca a alcançaria.

— Eu o condeno ao pior dos fins – Rose sussurrou – Onde você nunca mais encostará em nenhuma de nós, pra sempre.

Rose terminou e fechou os olhos

— Isso é por Anne.

Lançou a última flecha atingindo sua testa.

Ele tombou para o lado, o corpo frio e seco, sem vida, ele não conseguira nem lutar, porque era isso que ele merecia no final, a desgraça que fez aquelas meninas passarem, era isso que Rose tinha em mente.

— Você ta bem, Rosa? – James perguntou se aproximando da menina, que tinha os olhos fixados nele

— Eu consegui, eu o matei, ele não vai mais machucar ninguém – Ela respondeu vitoriosa, seus olhos finalmente enchendo de lágrimas que já corriam revoltas por seu rosto

James a puxou para um abraço olhando para os amigos, eles o olharam de volta com os olhos arregalados.

Parecia mentira, Rose tinha o matado mesmo, mas não parecia real, depois de tudo que aconteceu eles estavam assustados e devastados, era imperceptível se existia algum vestígio de alegria naquele lugar.

Eles deixaram a casa aos poucos, um atrás do outro, Rose foi a última a sair, olhando para trás.

Ela tirou um isqueiro do seu bolso, acendeu e jogou no pé da porta, que logo foi tomada pelas chamas, ela ia destruir sua casa também, assim como ele destruiu seu lar, para que não sobrasse nada dele para trás.

Rose se virou como se algo acendesse em sua mente, ela caminhou em direção a uma Molly confusa, olhando a casa queimar, Rose colocou a mão no peito da prima, ela não compreendeu o que estava acontecendo, Rose sorriu docilmente, havia uma última coisa que precisava fazer antes de nunca mais voltar a usar magia.

Uma luz emanou entre seus dedos encontrando o corpo de Molly.

— O que está fazendo, Rose?

— Eu estou te curando

Os outros sorriram instantaneamente em choque.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Senti saudades de cada serzinho que deu atenção pra essa história incrível, muito obrigada.

Até o próximo e último capítulo!



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