Capítulo 67 - (Paralelo ao 66)

POV Mel

Eu tava muito abalada com o que tinha acontecido, não podia ser, era tudo que eu pensava. Ouvi a porta bater.

– Me deixa só, seja lá quem for.

– Sou eu amor, deixa eu entrar por favor.

Me levantei e fui abrir a porta, eu abri e me joguei nos braços do Miguel morrendo de chorar.

– O que aconteceu vida? - perguntava ele preocupado

– Me abraça, só isso.

Ele me abraçou apertado e naquele instante eu senti como se toda aquela tristeza tivesse ido embora e só tivesse paz ali. Mas quando ele me soltou e me perguntou o que havia acontecido a ficha caiu.

– Acho bom você sentar - falei depois de me recuperar

– Algo com o bebê?

– “É” - imitei o gesto das aspas

– Conta…

– É, tipo assim, a enfermeira foi fazer ultrassom e não encontrava nada, nenhum batimento, nada..ai a médica veio e foi refazer o exame, e deu em nada. Ai ela me contou - comecei a chorar novamente - que pode acontecer de um teste de farmácia dá errado, e que a menstruação atrasada pode acontecer por diversos outros fatores, e é isso - solucei - o teste deu errado e eu não estou grávida e nem nunca estive - abaixei o olhar e quando levantei vi que o Miguel também chorava - não chora mô, quando tiver que ser, vai ser.

– Eu sei, mas eu tava tão feliz.

– Nós estávamos.

Ele me abraçou e ficamos ali por um bom tempo até a Branca bater na porta.

– Posso entrar queridos?

– Pode tia.

– Já soube do que aconteceu..e vim dá meu apoio.

Me levantei e fui abracá-la.

– Muito obrigada mãe.

– O que disse?

– É, você tem sido uma mãe! - sorri

– Óh querida! - me abraçou novamente

O Miguel veio e nos abraçou também, depois disso ela desceu.

– Mô, ficar aqui não vai adiantar de nada né? - disse o Miguel

– Quer sair?

– Pode ser, vamo caminhar na praia, ou no jardim botânico slá.

– Vamos no jardim botânico! - me animei um pouco

Peguei o celular e ele as chaves do carro, descemos e fomos. Passamos a tarde passeando e namorando, tentando esquecer de tudo que estava acontecendo.