Escrito nas estrelas escrita por Mari
Capítulo 59 - Cadê a Sophia que tava aqui?
POV Sophia
Fiquei o resto do caminho calada, e ao chegar em casa me despedi do Mica e ele foi embora. Subi desconfiada, a Mel tava cochilando, não quis acordar. Fui no banheiro, tomei um banho demorado e sai, me vesti, peguei o celular e liguei pra Lua.
– Luinha?
– Oi Sosoph
– Pode se encontrar comigo?
– Onde quiser gata!
– Na sorveteria em 20 minutos tá bom?
– Ótimo, ja ja colo ai! Beijo.
– Beijo amiga!
Desliguei o telefone e desci, peguei minha bolsa e sai novamente. Fui ao encontro da Lua. Ela chegou na hora e nos cumprimentamos.
– Eu preciso da sua ajuda Lua.
– O que foi amiga?
– Preciso me encontrar com o Bernardo e ter um papo sério, antes que o Micael faça besteira se desconfiar dele.
– Posso marcar com ele em algum lugar e você ir!
– Não, ele não iria, ele tem que saber que sou eu que quero que ele vá.
– Ele trocou de número, toma.
Ela anotou e me deu, tomamos sorvete e conversamos. Depois eu tive que vim pra casa, liguei pra o Bernardo e marquei com ele num restaurante a noite. Subi e fui escolher uma roupa. A Mel continuava dormindo, peguei um vestido preto decotado dela e um salto vermelho. Separei a maquiagem e levei pro quarto da minha mãe. Eles tinham viajado pra acertar coisas da guarda da Mel enquanto ela não fazia 18 anos.
– Pra onde cê vai Sophia?
Me assustei ao ouvir a voz da Mel.
– Resolver uma bronca.
– Sozinha? O Micael tá sabendo?
– Não! Não! E nem pode saber, pelo menos não agora.
Me arrumei e ela me maquiou.
– Vai de táxi?
– Sim, não tenho hora pra voltar, chama o Miguel pra ficar aqui contigo.
– Ok, manda notícias.
Desci e entrei no táxi, cheguei no restaurante, paguei o táxi e desci, o Bernardo já estava lá.
– Oi gata! - ele falou me olhando dos pés a cabeça.
– Vou ser curta e grossa moleque, ou você deixa meu namoro em paz, ou vai se arrepender de ter nascido.
– Ui, quem vai me fazer arrepender? Você ou o pobretão lá?
– Não te interessa, me deixa em paz!
Me levantei e dei as costas, ele me puxou pelo braço e começou a beijar meu pescoço.
– Se arrumou todinha assim só pra isso?
– Eu tenho nojo de você, me larga!
Ele me levou lá pra fora, a uns 5 metros dali tinha um beco muito escuro e deserto, ele me arrastou pra lá.
– Não dê viagem perdida baby!
– Larga de ser idiota, eu tenho NOJO de você, N-O-J-O!
Ele me deu um tapa na cara, e levantou meu vestido. Me empurrou na parede de costas pra ele, pude sentir sua mão acariciando minha intimidade.
– Socorro, socorro! - comecei a gritar, ele tapou minha boca.
– Não grita, não vai doer, tenho certeza.
Ele afastou minha calcinha e começou a massagear meu clitóris, comecei a chorar tentando morder a mão dele. Ele penetrou dois dedos e começou a rir.
– Hmmmm, ele já te folgou todinha né safada?
Ele me jogou no chão e tirou minha calcinha, rasgando-a, abriu a bermuda e abaixou.
– Se gritar vai ser pior!
– Não Bernardo - falei quase sem voz, chorando muito.
– Tarde demais!
Ele abaixou a cueca e seu membro já estava completamente ereto, ele se agachou e começou a estocar com força, eu sentia muita dor e cada vez mais nojo.
POV Mel
Já estava ficando tarde e nada da Sophia chegar.
– Miguel? Tô preocupada.
– O que foi amor?
– A Sophia saiu dizendo que ia resolver alguma coisa e não chegou até agora.
– Se ela tivesse precisando de ajuda teria ligado.
– Cê acha?
– Certeza mô! Agora vem cá! - ele me puxou e ficou me enchendo de beijinhos.
POV Sophia
Depois daquilo ele ainda queria mais, me puxou pelo cabelo e me colocou ajoelhada na sua frente.
– Chupa sua cadela!
– Não.
Mal terminei de falar e ele já tava pressionando minha boca em seu pênis. Ele puxava meu cabelo e empurrava minha cabeça até que gozou na minha boca e me obrigou a engolir. Ele se vestiu, me empurrou no chão e começou a rir.
– É isso que gente como você merece, vadia! HAHA Cadê a Sophia que tava aqui? O Bernardo comeu!
Não consegui falar nada, tava toda machucada, com a roupa meio rasgada, sangrando e chorando demais. Peguei o celular na bolsa e liguei pra Mel, depois de uns dez minutos do acontecido.
– Alô, Sophia?
– Mel…socorro..vem
– Amiga calma, socorro? Onde você tá? Calma, eu vou pra ai!
– Ber..vem..- soluçava demais no telefone - Carne na brasa.
Foi o que consegui falar depois de muita dificuldade. Desliguei e passei um sms.
“Carne na brasa, beco escuro”
Me encolhi no canto e só conseguia chorar e ter ódio, nojo e tudo de ruim daquele garoto! Meia hora depois a Mel passou na frente do beco mas não me viu. Juntei o resto das forças que me restava e gritei.
– Aqui!
Ela voltou correndo, estava só, o Miguel tava em casa. Ela me viu naquele estado e me abraçou, chorei mais ainda, ela me levantou e me tirou dali. Entramos no táxi e ficamos paradas ali, abraçadas.
– Foi horrível.
Era só o que conseguia falar.
– Calma, não pensa nisso. Vamos pra casa.
Ela ensinou o caminho ao taxista e paramos o táxi na porta de casa. O Mica tava chegando em casa também e me viu saindo do carro naquele estado. Entramos os três em casa e o Miguel tinha pedido pizza e feito um suco pra ver se ajudava. A Mel subiu comigo, me colocou na banheira da minha mãe e ficou lá comigo. Depois de parar de chorar, comecei a contar.
– Amiga foi horrível, foi nojento. Eu tenho ódio dele. Por mim mandava matar!
– Calma, você sabia que corria risco e mesmo assim arriscou. Devia ter me contado!
– Desculpa! A Lua também me avisou que seria perigoso, e mesmo assim me achei mulher demais e deu no que deu. Amiga ele me batia, me xingava, puxava meu cabelo. Foi um pesadelo.
Ela me abraçou sem nem ligar que ia se molhar. Saímos do banheiro e eu me vesti, desci e fiquei calada. O Mica me fazia perguntas e a Mel desconversava. Eu não queria que ele soubesse, não agora.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!