Escrito nas estrelas escrita por Mari
Capítulo 46 - Nem tudo são flores
POV Mel
Acordei cedo e me arrumei, desci e todos já estavam lá.
– Bom dia! - falei
– Bom dia princesa! - falou a Soph e o Miguel
Dei um selinho no Miguel e falei com a Sophia. Eu não estava me sentindo muito bem, nada fisicamente e sim psicologicamente. Tomei café da manhã e fui pra sala, fiquei lá com o Miguel e a Soph subiu.
– Amor, tô estranha.
– O que foi bê? Aconteceu alguma coisa?
– Não, mas não tô me sentindo bem. Pressentimento sabe?
– Desencana vida. Tá tudo bem, com todo mundo.
Peguei meu celular e liguei pra minha mãe. Chamou duas vezes e caiu pra caixa postal.
– Minha mãe não atende.
– Amor, ela deve está ocupada. Fica tranquila.
Ele me puxou e sentei no seu colo, encostei minha cabeça no ombro dele. Ouvi a porta abrir e a mãe da Sophia entrou.
– Mel, minha querida?
– Oi tia?
– Tenho algo pra lhe contar. Fique tranquila.
– O que aconteceu?
Levantei a cabeça e o Miguel me deu a mão.
– Houve um acidente com seus pais e eles estão hospitalizados. Seu pai está em coma e sua mãe está acordada, mas em estado grave.
Naquela hora senti meu chão se abrir e desabei em lágrimas.
– O que? Meus pais? Não pode ser. Eles não podem morrer.
Abracei o Miguel e chorei demais. A Sophia desceu correndo ao ouvir as vozes.
– O que aconteceu aqui? - ela falava enquanto sentava do meu lado e me abraçava também.
– Os pais da Mel sofreram um acidente.
A Sophia ficou em choque, e começou a chorar comigo. Desci do colo do Miguel e abracei a Sophia.
– Amiga, eu não posso perder eles. Não posso.
– Calma amiga, - ela soluçava, vai ficar tudo bem. Você vai ver.
Sequei minhas lágrimas e olhei a todos na sala.
– Por favor, não me escondam nada. Qualquer notícia por favor me deem. Estarei pronta.
Me levantei e chamei o Miguel e a Sophia. Nós saímos da sala e fomos lá fora. O Miguel sentou no gramado e eu deitei no seu colo. O Micael nos olhou da janela e saiu, atravessou a rua e sentou com a gente.
– O que aconteceu Mel? - ele perguntou preocupado
– Meus pais.
– Morreram? - a Sophia beliscou ele - Me desculpa a pergunta. Só tô preocupado.
Levantei a cabeça e disse: - Tudo bem Mica. Não morreram, mas é o que estou esperando. Estão hospitalizados. Meu pai em coma e bom, minha mãe em estado grave.
Deitei novamente e voltei a chorar. A Sophia entrou e trouxe um lanche que a Branca fez.
– Já volto.
Me levantei e entrei em casa, a Branca estava na cozinha e eu fui até lá.
– Tia?
– Oi querida - ela se aproximou e secou algumas lágrimas que rolavam.
– Eu não terei onde ficar se o pior acontecer..- ela colocou os dedos em meus lábios
– Claro que tem! Faço questão de que você fique morando com a gente. Você é como uma filha, e se fosse o contrário sua mãe não pensaria duas vezes em cuidar da Sophia. É uma obrigação minha que faço com muito gosto. Fique despreocupada em relação a isso querida. Te darei todo o apoio possível.
– Obrigada. De coração. A senhora é como uma mãe pra mim.
Eu a abracei forte e ela retribuiu, me deu um beijo na testa.
– Querida, eu amo você como uma filha.
– Também amo você!
– Agora vá relaxar. Seu namorado tá ai todo preocupado. A Sophia também. O Micael. Seus verdadeiros amigos.
– Só agradeço a Deus por ter vocês!
Fui até lá fora novamente e o Miguel estava lá só. Olhando pra frente quieto. Sentei do lado dele e passei o braço pela nuca dele.
– Obrigada por está aqui meu amor.
– Não precisa agradecer mô! Eu sempre estarei aqui.
Ele se virou e me beijou, ficamos sentados ali por um bom tempo.
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