Você Sabe Que Me Adora escrita por xoxo


Capítulo 5
Azar no jogo / Sorte no amor




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Bonnie abriu a porta do apartamento dando de cara com Serena no sofá pintando as unhas do pé, ela sabia como ninguém misturar simplicidade com glamour.

— Senhora van der Woodsen! Quanto tempo!

Ao ouvir Bonnie, a beldade jogou os cabelos para o lado para olhá-la nos olhos. S estava ainda mais linda do que na época do colégio, agora sendo uma atriz renomada que já foi eleita a mulher mais sexy do mundo muitas vezes. Talvez o segredo da beleza seja o álcool, sabemos que Serena era uma cachaceira.

— B, querida, Ashley me contou que você tinha voltado, mas ando muito ocupada.

— Okay, imagino como sua vida deve ser agitada. Falando na Ash, é com ela mesmo que quero falar. Ela está?

S levantou a mão mostrando uma unha de diamante negro e apontou para o corredor onde fica o quarto da filha, sem dizer nada. Bonnie sorriu, respirou fundo e andou desfilando para esconder a insegurança. Se ela perdesse outra batalha na zona da adversária tinha que, ao menos, entrar confiante e rebolativa.

— Meu irmão não tá aqui, se ele é sua próxima vítima.

B respirou fundo para não perder a paciência e voltar atrás.

— A, eu vim aqui para te pedir desculpas, aquilo foi um erro e você é importante demais na minha vida para eu arriscar te perder.

A voz de Bonnie soava calma e sincera, era nítido o quão ela realmente estava arrependida, mas Hilary não se comoveu tão fácil.

— Tão importante a ponto de dar pro meu namorado?

— Ashley, o Liam não é nada perto da nossa amizade, você sabe disso. E outra, ele é um galinha, não me admira se ele já tenha te traído, se você pensar bem eu lhe fiz um favor. De qualquer forma eu me arrependi e vim aqui te pedir desculpas, coisa que eu raramente faço. Mas, por você vale a pena. Eu ainda te amo.

A voz de Bonnie falhou, como se ela quisesse chorar, mas ela segurou firme, pois a maquiagem não era a prova d'água.

— ...Você é minha família, Ash.

A loira respondeu com um abraço forte, talvez B tivesse mesmo razão. Um Archibald é só capricho, outro troféu para meninas egoístas se gaberam. Elas não deixariam que nada passasse por cima da amizade de infância.

— Vocês são nojentas.

Uma voz grossa vem da estante de livros. Ashley contratou um espião particular?

— Se você quer um ménage devia ter chamado o William.

— E uma prostituta sem DSTs no lugar dessa.

Henry e Bonnie não são bons em cumprimentar, mas daqui pra frente os dois terão muitos encontros. Agora que os herdeiros das vadias da pior espécie se reuniram, o ninho de víboras estava completo. Uma das minhas várias fontes acaba de me confirmar que A chamou H para um ataque surpresa, isso significa que Liam precisa trocar o uniforme do St Jude's por uma armuda pesada.

— Henry, eu não chamei ela, mas B é a pessoa certa para nos ajudar.

— E o que ele está fazendo aqui?

B parecia querer vomitar ao falar do Henry com todo o seu desprezo.

— Preciso de vocês dois, vamos armar uma contra o L.

O jeito que Ashley falava soava como uma criança mimada, seus dois aliados não resistiram e estavam dispostos a uma semana de refluxos para ajudar um coração partido.

— Não sei porquê desse mimimi, vocês se adoram. No fundo vocês são muito parecidos.

Henry já ia intervir, mas a loira não interrompeu antes que ele começasse.

— Nem adianta falar que não. Egocêntricos, manipuladores, controladores. Admitam. Vocês são iguais.
Ela apontava para os dois com uma lixa e voltava as unhas como uma profissional.

— ...A vida dos dois é mais divertida quando estão destruindo a vida de alguém, então mãos a obra.

Mais um dia claro no Upper East Side, mas na entrada do Constance, três supernovas brilhavam mais do que o sol. Todos souberam e todos estavam comentando. O twitter da Gossip Girl ficou lotado de fotos com a chegada do trio Ashley, Bonnie e Henry. O que os inimigos íntimos estavam fazendo juntos? Não chegou a 15 minutos de fama e Zac roubou a cena, abrindo a cortina do drama para o nosso casal preferido.

— Sai, Zachary, eu não quero saber de você.

Rosie puxou o braço que o rapaz segurou para escapar.

— Eu sei, Rosie. Eu sei que você é a princesa misteriosa. Nessa escola toda eu fui o único que te reconheci.

O coração de Rosalie travou, sua pele pálida começou a corar e podia sentir as borboletas no estomago que as pessoas tanto falam. Mesmo com todo aquele glamuour, Z reconheceu a garota por trás da máscara, isso foi o bastante para esquentar o coração da nossa Rainha do Gelo. Ela teria virado na mesma hora e o abraçado, mas a imagem daquela garota loira dançando com ele voltou a sua cabeça.

— Não importa. Só sai daqui.

Ela ainda estava de costas para ele, nem se quer virou para olhá-lo, o que foi melhor, pois ela estava prestes a chorar e esse é outro caso de maquiagem em Nova York. Mas Z não se deu por vencido, se aproximou dela e passou o braço pelo seu ombro, descendo as mãos até que pousasse um cristal azul no seu pescoço. Era um colar com um pingente no formato de sapato que ela havia usado na festa e só agora se deu de conta que havia perdido.

— Você entendeu errado, aquela era a minha irmã. A Ashley. E ela vai adorar te conhecer.

R sentiu uma vergonha enorme, como ela pode ter sido tão tola? Ter ignorado as ligações de Zac todo o final de semana, odiado o menino de ouro por esse tempo e chorado por uma garota que não existiu. E finalmente sorriu. Sentindo uma felicidade imensa tomar conta do seu corpo, a ponto de não segurar os seus instintos e virar-se para dar um beijo no seu príncipe encantado.

— Parece que a história da dama e do vagabundo virou ao avesso.

Falou Bonnie de forma degradante, com seus óculos escuros descidos no nariz para ver melhor o novo casal da escola.

— Para de ser tão cruel, B. Eu to feliz pelo meu irmão, ela parece ser uma boa garota. E hoje não é um dia bom para chamarmos a atenção, apenas disfarce.

— Tente ser um Wardolf sem chamar atenção.

Henry colocou a mão no ombro de Hilary a consolando de forma debochada. Porém a loira só conseguiu rir, chamando os dois amigos para entrarem para a escola, aos poucos os outros alunos também foram entrando, assim o sinal da primeira aula bateu.

H andava sozinho no corredor, mexendo em seu iPhone sem preocupação nenhuma de estar atrasado para a aula, então ele é puxado para dentro do quartinho do Zelador.

— Quero falar com você.

Ele conhecia aquela voz, no escuro ainda para ver bem os traços de Liam.

— Agora não, L. Tira as patas de mim ou eu vou ter que tomar mais um banho.

Liam puxou o loiro pela cintura, ficando com seus corpos colados e a respiração ofegando entre um e o outro.

— Fica comigo, amor.

Henry não resistiu, avançou contra Liam com um beijo cheio de selvageria e fome, empurrando o moreno sobre alguma coisa parecida com uma vassoura que caiu no chão, a mão de Henry desceu pelo cinto do Archibald para achar seu brinquedo escondido na cueca. O pequeno H não perdeu tempo, agarrou firme no taco do amigo e começou a mastuba-lo.

— Henry, a gente pode ser pego. E expulso.

— Não ligo. Só me fode. Agora.

Eles mataram duas aulas naquele quartinho, não era o melhor lugar do mundo, mas eles transaram muito. Depois ficaram deitados no chão, pelados naquele escuro conversando e rindo como no verão passado. Para Liam foi a melhor coisa das últimas semanas. Para Henry foi só a oportunidade de concluir sua parte do plano.

O próximo sinal era do intervalo, então os dois deram um jeito de vestir os uniformes, se beijaram pela última vez com muita língua e saliva, e saírem da sala antes de acabar o período.

Nem deu tempo para B executar sua parte da vingança e o próprio Archibald colocou sua cabeça na guilhotina. Ao sair do esconderijo, o garoto mais desejado da escola teve tempo de pensar no seu melhor amigo. Pela primeira vez L conseguiu enxergar o óbvio, ele havia mentido para si mesmo durante meses e estava loucamente apaixonado pelo loiro, mas logo interrompeu suas fantasias com o sinal para o almoço.

O refeitório já estava repleto de futuros magnatas, todos sentados em seus bancos espalhados pelo jardim, ou nas típicas mesas redondas. Apesar do saguão movimentado, Liam identificou Henry na multidão, cercado pelos seus amigos. O moreno ajeitou seu topete destruido no sexo e foi até lá, ele estava disposto a fazer uma loucura, mostrar seu amor para nunca mais perdê-lo. Foi assim que ele subiu na mesa do Waldorf e fechou as mãos na boca como um megafone para gritar na frente de todos.

— Atenção! Todos olhando aqui.

Até quem estava longe parou para olhar Liam, que respirava fundo, soltando o seu suspiro mais forte para se manter corajoso e não desistir. Ele olhou para H antes que sentisse vontade de sair correndo.

— Henry Bass, eu te amo. E não te amo só como meu melhor amigo, porque é maravilhoso ficar contigo, mas eu quero que você seja meu. Meu homem, meu menino, alguém que me ame de volta e que me ensine a ser alguém melhor. Realiza meu sonho, você sabe que eu posso te fazer feliz. Quer namorar comigo?

Todos entraram em alvoroço. Assustados com Liam, admirando sua atitude, ou esperando a resposta de Henry, seja lá como for, cada um naquele refeitório estava eufórico, inclusive H que também tinha sido pego de surpresa. Aquilo não fazia parte do roteiro que ele tinha planejado para hoje.

Então Henry levantou na mesa de frente para seu parceiro, com os olhos brilhantes. Seu sorriso meigo era tão calmo e lento que parecia ter entrado em transe. Ele se abriu para abraçar seu pretendente bem forte e deixou para rir baixinho no pé do ouvido dele. Desencaixou do moreno, segurando nas suas mãos e falando em alto e bom som para todos da escola.

— Não.

H desceu da mesa e voltou para seu brownie. Liam ficou sem reação, sentindo vergonha, ódio, tristeza, arrependimento. Tudo isso em um só segundo onde ele estava paralizado. Henry o fez voltar a realidade falando sentado em sua frente.

— ...Mas quando eu quiser outra rapidinha, eu te chamo pro quarto do zelador.
A aflição só acabou quando o diretor chamou Liam para que o acompanhá-lo em sua sala.

Não era problema nenhum para L, depois da vergonha que passou uma ocorrência por subir na mesa não seria nada, mas quando ele entrou na sala do diretor é que seu coração parou, viu que a coisa era mais séria do que ele imaginou. Seus pais estavam sentados na frente da mesa de mogno do reitor que tinha a sua mochila em cima. Nate parecia irado.

— William, poderia nos explicar o que é isso?

O diretor falou rígido, enquanto abria o bolso da mochila de Liam jogando três trouxas de maconha para fora. O menino parecia tão surpreso quanto antes com a resposta de Henry. Aquilo só podia ser um pesadelo.

— Mas que po... Isso não é meu.

— Senhor William, um dos nossos alunos te denunciou, encontramos as evidencias na sua mochila, você não pode negar.

Liam estava confuso, não sabia como aquilo foi parar lá, mas também não sabia como se explicar, ele só olhou pro pai, sabia o quanto ele odiava drogas por conta dos vícios do seu pai. Nathaniel estava com o celular da mão, focado em alguma coisa antes que levantasse a cabeça para dizer alguma coisa.

— Pronto. Tranquei sua conta e cancelei seus cartões. Se você quiser alguma coisa agora vai ter que trabalhar por isso.

“Como alguém consegue ter azar no jogo e no amor? Não aposte suas últimas fichas da próxima vez, L. Beijinhos, a Garota do Blog”


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