Izvor - Interativa escrita por N Spar


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Nah, dez dias sem postar? Peço desculpas por esse espaço de tempo. A faculdade está me presenteando com trabalhos extensamente maravilhosos (foco no "extensamente", se entendem), cof. Talvez essa pausa de postagens acabe aumentando, então já me desculpo antecipadamente :/
É isso. Boa leitura, galera, (:



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– Quantas conseguiram?

– Vinte, e você? – Feluriel respondeu.

– Trinta e três – Python sorriu. – E vocês, garotas?

– Ah, dezoito... – a ruiva suspirou.

– Quinze – Ann deu um leve sorriso.

Dust encarou o garoto por um instante e falou lentamente, esboçando uma careta de desânimo.

– Nove...

– Nove?! – Python arqueou as sobrancelhas escuras, surpreso com o que ouvira. – Como assim, minha cara Rainha? – questionou divertidamente.

– Hm, muitos não aceitaram... – deu de ombros. – Acho que não foram com minha imagem ou sabiam que eu sou do Izvor.

– Certamente não foi isso – Feluriel tentou confortá-la.

A garota apenas o respondeu com um sorriso distraído. Mudou de assunto:

– Querem esperar até que mostrem os resultados ou preferem dormir?

– Posso ficar acordado e avisá-los amanhã.

Eram onze horas da noite. Concordaram em voltar, no máximo, nesse horário, independente do número de fotos colhidas. Dust não queria que ficassem cansados, ainda mais por ela ser, mesmo que simbolicamente, uma das causas. Exigir era uma das últimas coisas que gostava de fazer.

– Se quiser dormir, posso ficar no seu lugar – sugeriu.

– Posso ficar também – Python se ofereceu.

– Então não se importam se eu for dormir? – Luna começou a se afastar em direção à escada do mezanino.

Dust balançou a cabeça negativamente, sorrindo.

– Estou subindo então. Qualquer coisa, chamem – virou-se um pouco para o grupo. – Boa noite.

– Ann, – chamou-a atenciosamente. – Se quiser ir descansar, fique à vontade também.

– Irei também, se estiver tudo bem. Obrigada e boa noite – olhou para os presentes e logo se retirou.

Os integrantes restantes saíram para o quintal. Esperariam lá pela mensagem da organização do Izvor.

O espaço contava com um deque de madeira coberto, criando sombra para os sofás de estofado branco que formavam um círculo ao redor de uma lareira externa. Havia ainda uma piscina em L cercada, por um dos lados, por almofadas sem cor que combinavam com as mesinhas postas na mesma área. Em um dos cantos desse exterior, uma árvore de tronco médio apoiava um colchão que lembrava as espreguiçadeiras marrons da entrada. Mais desses móveis se espalhavam perto da primeira, cheias de mais almofadas, agora estampadas para contrastar com o acolchoado bege claro. Na frente deles, um telão parecia se equilibrar magicamente, enquanto um varal de pequenas lâmpadas amarelas pendia, de outras árvores, por cima dele e pufes ficavam espalhados dentro do limite desses objetos.

– Uau, é um cinema ao ar livre... – Feluriel se animou com a visão do quintal.

Dust não andou por todo o lugar como os garotos. Parou no pergolado e, sentando-se em um dos sofás, encarou a lareira. Estava encantada. Era um dos móveis que mais achava elegante, além de marcar sua estação preferida, com baixas temperaturas.

Feluriel e Tsunaime voltaram e se sentaram com a garota. O primeiro observou curiosamente Python, que continuava perto do telão, agora agachado com um dos braços esticados.

– Ele ainda está tentando entender de onde vem a tela?

– Capaz – o rapaz com heterocromia riu rapidamente.

– Acham que vão nos avisar hoje? Ou de madrugada? - perguntou após um tempo.

– Não faço ideia – Dust continuava olhando para a estrutura central. – Se acharem que sim, continuarei esperando com vocês.

– Tenho a impressão de que irão – Feluriel abanou a cabeça.

– Do que, irmão? – Python se aproximou e se sentou ao lado do companheiro.

– Que a equipe Ivzor vai nos mostrar o resultado da missão hoje.

– Ah, sim – sorriu misteriosamente. – Deve ser.

A Rainha voltou a ficar quieta. Ter que esperar sem saber por quanto tempo, junto com aquelas pessoas, não lhe agradava, porém achava que deveria ficar ali por ser líder. Sentia que não se encaixava naquele grupo, mas estava acostumada a lidar com situações parecidas. No colégio, não encontrara amigos, com exceção de Ed. Agora, durante a faculdade, sua única companhia continuava sendo o garoto. Ele sempre seria sua melhor amizade – pelo menos por parte dela. Vivia imaginando se o rapaz a considerava do mesmo modo...

Um celular vibrando a despertou de suas teorias. Levantou-se e colocou a mão no bolso traseiro da calça, recolhendo o aparelho.

“A primeira missão do Izvor está finalizada! Parabéns a todos por se esforçarem.

Resultados

Vor: 95 fotos colhidas

Tyo: 100 fotos colhidas

Vitória garantida ao grupo Tyo!

Atenciosamente,

Organização Izvor.”

– É... Desculpem-me, pessoal – Dust tirou os olhos da tela e mirou sua equipe, que também usava seus celulares para lerem.

– Não foi culpa sua – Feluriel sorriu.

– A gente os detona na próxima – Python falou energicamente.

– Se eu conseguisse mais de nove... – suspirou, pensando no seu fracasso como Realeza.

Por mais que sua equipe tivesse tentando apoiá-la, foi dormir desanimada e pensativa. Suas ideias anteriores sobre amigos se misturaram com sua falha em relação ao Vor enquanto mudava diversas vezes de posição, no intuito de pegar no sono. Começara o projeto mal, mesmo que aquilo não fizesse diferença no final de tudo.

(...)

Levantou-se e se sentou lentamente na beira da cama. Enxergou seu cabelo bagunçado no espelho ao lado e sorriu sarcasticamente, pensando em como a escolheram para aquele papel. Ajeitou-o com as mãos e andou até a varanda, que deixara aberta. Seu quarto ficava de frente para a rua, disponibilizando casas, que mais pareciam mansões, e uma extensa praça colorida como visão. O cenário e o silêncio que tanto gostava pareceram servir como fonte de renovação após as chateações do dia anterior. Hoje, trataria de se esforçar mais caso recebessem outras missões.

Descendo a escada, avistou Luna mexendo frigideiras, que pareciam ocupadas com uma massa branca.

– Bom dia – olhou para a ruiva, sorrindo, e depois para as panelas.

– Bom dia – desviou o olhar do fogão e retornou o sorriso. – Gosta de panquecas?

– Aham, principalmente com creme de avelã – pareceu sonhar por um segundo. – Quer ajuda? Embora eu não seja muito boa nisso.

– Você pode colocar a mesa, se quiser.

– Ah, parece justo.

Riu e foi até os armários para colher pratos e copos.

– Viu o resultado? – perguntou enquanto retornava à sala de jantar.

– Vi quando acordei. Não foi dessa vez – deu de ombros.

– Sim... Desculpe, não fui nada bem. Nem conheci vizinhos – contou com sarcasmo.

A ruiva riu.

– Não fica assim, só foi a primeira – respondeu gentilmente. – Ah, encontrei outro envelope quando fui abrir as janelas. Deixei aí na mesa. Estava numa das espreguiçadeiras.

Dust posicionou as louças na tábua bege e pegou o segundo papel azul. “Melhor esperar todos acordarem”, disse e deixou o envelope descansar no mesmo lugar. Seria mais uma das missões simples e completamente toscas comparadas as que viriam em, chutaria, dois meses.


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