Izvor - Interativa escrita por N Spar


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal, como estão? (:
Deixei um pequeno bônus, que criei faz um tempo, nas notas finais. Espero que gostem, apesar de estar bem simples. Boa leitura, :3



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– Então temos certeza absoluta em sete itens? – Luna, sentada sobre as pernas, encarava a sulfite na mesinha da sala.

– Você estará muito ferrado se confundiu algo, cara – Python olhou para Ed, sentado em um dos largos sofás, e sorriu sombriamente.

– Ainda quero minhas fritas – o estagiário de publicidade respondeu despreocupadamente, fitando Dust.

A garota sorriu.

– Sua mãe está fritando, seu chato.

– Vamos revisar – Feluriel começou. – Ela é destra, também mexe nas unhas, teve um namorado, o Kane, tem medo de assaltos, prefere gatos...

– Sabemos que é otimista, certo? – Tsunaime questionou.

– Ah, você não faz ideia... – Dust respondeu e recebeu um sorriso sarcástico de Ed. A energia que emanava de Phenice, no dia em que a conheceram, fazia-os responderem com certeza.

– Não gosta de esportes, prefere vermelho – continuou Luna. – Gatos, comida italiana e... – lançou outro olhar para o papel. – Dança, canta e escreve música como hobbies.

– Podemos afirmar realmente algo? – Python perguntou com desconfiança.

– Bem, os perfis bloqueados no Facebook não podem – a ruiva respondeu rapidamente.

– Dizer que ela não pratica esportes está certo, mas pode gostar e não fazer por preguiça – Tsunaime comentou.

– Assim como ela gostar de vermelho, mas não ser sua cor preferida... – Luna respondeu. – Espero que alguém aqui seja sortudo e que acertemos tudo – suspirou.

No mesmo momento, a senhora Blauth apareceu com uma bandeja verde lotada de batatas.

– Fiquem à vontade, estou fritando mais – sorriu enquanto pousava o objeto no canto livre da mesinha.

Os jovens agradeceram antes de ela voltar para a cozinha.

– Nós precisamos decidir isso logo – falou Luna enquanto pegava uma porção do alimento.

– Temos três dias, né? – Feluriel perguntou após também coletar algumas fritas.

Dust concordou com a cabeça.

– É possível que Phenice tenha dito tudo corretamente. Ela parece confiar na Moon e no Edward, não é? – Ann analisou.

– Só faltava ela abraçar o garoto e chamá-lo de “melhor amigo” – Luna bufou.

Feluriel e Python a fitaram misteriosamente.

– Ela mal o conhece e o tratou com intimidade – respondeu defensivamente aos olhares.

– Se você se sente bem com uma pessoa, tende a se abrir com ela. A Ann pode estar bem certa – Horlle sorriu rapidamente.

– É uma chance – Feluriel concordou.

– Podíamos criar nosso QG aqui, hein? – Python comentou distraidamente. – Comida e conforto.

Dust contemplou Ed por um instante. Envolvê-lo no Izvor era o primeiro item da lista de coisas desaconselháveis. Achava a família Blauth incrível e queria que a mesma continuasse intacta. Infelizmente, a lista não valia de nada.

– Ah! – Luna exclamou inesperadamente. – Podemos virar espiões e entrar na Torkness, roubando os documentos dos participantes.

– Que destemida, senhorita – Feluriel sorriu, brincando.

– Só topo se as vestes tiverem lacinhos cinzas – Dust respondeu. – Laços são meigos, mas também precisamos mostrar seriedade.

– Bom equilíbrio – Ed analisou com simpatia. – Mas para quem vão mostrar? – perguntou ironicamente.

– Para o Tyo, depois de ganharmos essa missão – falou Feluriel alegremente. – Derrotados por meigos lacinhos.

– Você está chamando a gente de “fofinho”, cara – Python retrucou, porém logo voltou ao seu ar animado. – Mas a ideia da Luna é boa!

– Eles têm câmeras, seguranças... – Tsunaime apontou.

– Eu poderia dizer que “me” temos, mas sei que sou inútil – o garoto platinado respondeu despreocupadamente. – Mas conheço hackers – disse com os olhos brilhando.

Dust não imaginava que Python seria o tipo de pessoa que não sente problemas em averiguar sua própria ineficiência. Estava enganada então.

– Vocês imaginam a reação deles caso saibam que os hackeamos? – perguntou enquanto encarava o chão pensativamente.

– Eles não poderiam nos punir, certo? – Luna questionou. – Não há nada, nos parâmetros das missões, que peçam por um meio específico de completar o desafio.

– Podemos contratar um detetive – Feluriel sugeriu.

– Aqueles que ficam seguindo o marido, que aparentemente anda pulando a cerca? – Python perguntou, divertindo-se.

– E se analisarmos a caligrafia dela? – a ruiva respondeu sarcasticamente. – O Edward pegou o número dela e pediu para escrever o nome, né?

– “Seu nome é legal, mas não faço ideia de como se escreve” – Dust repetiu a frase do amigo, sorrindo, fazendo-o sussurrar resmungos.

– Podemos ter certeza na cor preferida – Ann começou. – Pela foto que vocês tiraram, o batom dela, além da blusa, é vermelho.

O Vor a fitou de modo incrédulo. “Como não percebemos isso antes?”, Dust, perplexa, pensou. Deveria parar de provar as batatas fritas e focar na missão.

– Não merecemos vencer... – Luna suspirou.

– Tudo bem, foi um pequeno detalhe apenas – Feluriel tentou amenizar a situação. – Então, o que faremos?

Qual plano usariam? A equipe de Aidan estava na frente por um ponto após ambas as equipes pontuarem igualmente na missão em Hampton. Edward poderia responder de forma errada a algumas perguntas, mas não pediria ao garoto para mentir. O Vor se encontrava em desvantagem.

(...)

A turma do Vor encarava a grande tela no quintal. Feluriel e Tsunaime estavam em pé e seguravam pequenos papéis, enquanto o restante ficava sentado nos futons. No quadro da televisão ao ar livre, os rostos de Aidan e Michael estampavam tranquilidade, enquanto, no canto superior da tela, um pequeno quadrado era preenchido pela face do sr.Penley, um dos funcionários responsáveis pelo progresso do Izvor.

– Alguma das equipes apresenta preferência por dar início aos seminários?

Os representantes das equipes balançaram a cabeça negativamente.

– Sendo assim, peço que a equipe da Rainha comece – a voz de Penley soou cansada.

Tsunaime e Feluriel trocaram um olhar rápido e, olhando para a tela, abriram a apresentação.

– Nossa escolhida para o seminário é a participante Phenice – o rapaz da heterocromia disse, passando a vez para o companheiro.

– Ela é destra e, quando no tédio, mexe nas suas unhas como mania.

– Teve um namorado, chamado Henri, e é otimista. Seus maiores medos são assaltos e lutas.

– Seus animais de estimação favoritos são coelhos, não tem esporte preferido, mas dançar, cantar, escrever música e observar o céu estrelado são seus hobbies.

– Por fim, sua cor preferida é o vermelho e, quanto à comida, é italiana.

Ao terminarem, Tsunaime estampou uma expressão de alívio. Não parecia gostar de seminários, e Dust entendia do assunto – as apresentações obrigatórias na faculdade sempre a deixavam chateada.

– Falei que era só confiar e não ia precisar do papel, cara – Python sussurrou em aprovação.

– Obrigado, equipe Vor – falou Penley. – Por favor, continue, equipe Tyo.

Com o Rei falando mais, apresentaram as mesmas respostas que Edward dera. Penley, agora parecendo mais sonolento, voltou a falar.

– Agradecemos pelas apresentações, mas a missão não se encerra aqui. Como etapa final do terceiro desafio, sorteamos duplas, mistas entre as equipes, para conviverem juntas por três dias – olhou para baixo, onde provavelmente segurava uma folha. – Senhorita Horlle foi selecionada para conviver com Aidan Zachary; Ann Petit ficará com Emily Waterson; Luna Clarke com Lex Baker; Tsunaime Arashi e Nathan Winterfel; Feluriel Alveron com Michael White e, como última dupla, Python Hetfield com Phenice Campbell – retornou o olhar para o centro da TV. – As regras e mais informações necessárias serão enviadas para os e-mails da Realeza. Boa sorte, equipes.

O homem desligou a conferência, tornando negra a tela ao ar livre do Vor.

– “Selecionamos...” e blá – Python replicou a frase. – Tão criativos que usaram a ordem alfabética pra isso – disse com tom de deboche.

– Poxa, não fiquei com nenhuma bela senhorita... – Feluriel lamuriou.

Dust sorriu rapidamente pelos comentários, mas se queixou internamente. O que a Tornkess queria aproximando os participantes? Talvez ela buscasse mais informações sobre os jogadores através dessa missão. Qualquer coisa que pensasse, no entanto, não a fazia ter certeza em relação ao novo desafio. Sorren tinha todas as ferramentas para descobrir o que desejasse sobre as pessoas - mas, talvez, não tivesse uma maneira camuflada para isso. “Pode ser isso...”, pensou com concentração. “Há coisas que somente com amizade se descobrem”, lembrou-se de frases desse tipo vindo de filmes de suspense ou, ela acreditaria mais, de comédia.

– Deixando isso de lado – o garoto português falou. – Você é incrível, Luna!

– Né? – Python movimentou a cabeça em concordância. – Chutou as respostas que não tínhamos certeza e acertou! Sexto sentido de garota isso?

A ruiva desviou o olhar e, após um tempo, respondeu ansiosa:

– Exatamente.

Dust a observou e mandou um sorriso para confortá-la do que tinha feito. Os outros achariam que a Rainha estava reconhecendo o esforço de Luna, enquanto, na realidade, mandava a mensagem de não se preocupar com a pequena trapaça.


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Notas finais do capítulo

Com vocês, uma versão da Dust e do Ed: http://www.ezimba.com/work/150502C/ezimba11745611459504.jpg
(Não, não faço ideia se escrevi corretamente em japonês, mas ficou legal, auehaeh - mereço beliscões).



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