Innocence escrita por KatCat


Capítulo 3
Chapter Two — The Beginning of The End


Notas iniciais do capítulo

Olha quem chegou! o/ Nem demorei, não é? Hehe
Bem, eu queria agradecer a todos que comentaram no capítulo passado, e que estão acompanhando - e gostando - de Innocence, vocês não sabem o quanto isso me faz feliz.
Aproveitem o capítulo, e assim que der, eu posto outro ^^
Até as notas finais :3



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A luz do sol meu cegou por alguns segundos, mas eu logo consegui recuperar minha visão. Meus pés tremiam. Pelo menos, eu não estava de salto, o que me garantiria que eu não passaria pelo mico de cair na frente de todos. Todas as cabeças se viraram para mim e eu estanquei no lugar, olhando um pouco assustada para todos. Eu não gostava de ser o centro das atenções. Nunca gostei, e nunca gostaria.

A música bastante conhecida por mim entrou pelos meus ouvidos e eu sabia que teria que começar a andar. Steve me olhou pelo canto do olho e eu respirei fundo disfarçadamente, tentando me convencer mentalmente de que isso não era um erro. Pelo menos eu rezava para que não fosse um.

Dei um passo trêmulo para frente, e apertei a manga do paletó de Steve. Mordi com força o lado de dentro da minha bochecha. Termine logo com isso, Clairemont, uma vozinha brigou na minha cabeça.

Em uma pequena contradição ao normal, não era a marcha nupcial. Era a minha música com o Cam. Tinhamos gravado uma pequena versão dela instrumental a alguns meses atrás, e eu implorei para colocarem ela para tocar. A melodia trazia lembranças agradáveis a minha mente, e algumas não muito agradáveis. Balancei a cabeça disfarçadamente e me forcei a prestar atenção em meu objetivo. Cameron já tinha entrado no meu campo de visão, e eu vi ele piscar com o olho direito para mim. Eu ri baixinho, enquanto passava meus olhos sobre ele. Tinha que admitir, ele estava lindo… Ah, foda-se, ele estava gostoso mesmo, eu tinha que admitir.

Durante esses anos, eu tinha tentando “sentir” alguma coisa por Cameron, algo que ia alem de amizade. O que, é claro, foi um completo fracasso, e ele morria de rir toda vez que eu ficava frustada com isso. Eu simplesmente não conseguia gostar dele do jeito que todos pensavam. Não com ele ainda assombrando minha mente.

O silêncio repentino me despertou dos pensamentos, e eu vi que tinha chegado ao altar. Minha respiração ficou presa nos pulmões e minhas pernas bambearam. Steve soltou meu braço e afagou meu braço em uma forma falha de me acalmar, e depois se afastou. Eu ouvi todos se sentarem e a mão quente de Cameron entrou em contanto com a minha, que estava tão gelada que se eu estivesse dormindo, provavelmente achariam que eu estava morta. Senti sua mão apertar a minha, e eu devolvi o aperto com o dobro da força. Um sorrisinho nasceu no rosto dele e, se não estivéssemos em público, eu teria batido nele. Eu sabia que ele estava tirando uma com a minha cara por causa desse nervosismo todo.

— Sejam todos bem-vindos ao casamento desses dois jovens apaixonados, Davina e Cameron — a voz do padre reverberou pela praia cheia, e eu mordi o lábio inferior para não rir — Podemos começar? — Cam e eu assentimentos de leve, e toda aquela baboseira de casamento começou — Eu, Davina Grace Clairemont, recebo você, Cameron Lowell Steinfeld, como meu marido, e prometo estar contigo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, amando-te, respeitando-te, sendo-te fiel, todos os dias de minha vida, até que a morte nos separe — falou o padre, e eu repeti tudo. A cada palavra que eu forçava a sair da minha garganta, era como uma faca que passava rasgando tudo. Enquanto Cameron repetia tudo, um nó havia se formado na boca do meu estômago, que estava revirando completamente agora. O lado direito da minha cabeça latejou um pouco, e eu tive que fechar os olhos para evitar a tontura. Uma música soava lentamente ao fundo da minha mente, e eu sabia que agora era a hora de trazer as alianças.

Tudo bem? — ouvi Cameron sussurrar, a voz um pouco preocupada. Logo tratei de abrir os olhos e balançar a cabeça positivamente.

Tudo ótimo — afirmei, não querendo deixa-lo preocupado. Não agora. Ele abriu a boca para falar mais alguma coisa, mas eu não estava prestando mais atenção nele, e sim na garotinha que trazia desajeitadamente a almofada em suas mãos, com as alianças douradas em cima. Meu estômago revirou outra vez e eu engoli em seco.

É para o seu bem e o bem da sua filha, repeti mentalmente para mim mesma, em uma falha tentativa de tirar coragem do alem. Você tem que fazer isso, ou as consequências serão horríveis.

Hope tinha acabado de chegar aonde todos estavam sentados quando tropeçou. Eu automaticamente esqueci tudo que estava pensando antes e dei um passo a frente, com medo que ela tivesse se machucado. Contradizendo isso, ela só se levantou resmungando de raiva, limpou o vestidinho prateado, e pegou a almofada no chão. Mas uma coisa me fez perder o fôlego: só havia uma aliança na almofada.

— Droga! — ela gritou, e eu ri baixinho, enquanto via-a abaixar-se e deixar a almofada de lado, enquanto começava a engatinhar pela à areia, a procura da minha aliança. Sorri, enquanto balançava a cabeça negativamente. Soltei a mão de Cam e segurei a barra de meu vestido, descendo do altar bem feito na areia e indo até ela. Eu mal ouvia a respiração das pessoas na praia, mas definitivamente sentia seus olhares queimando em minha nuca exposta. Cheguei ao lado dela e olhei para os dois. Todo mundo me encarava. Dei de ombros e agachei, pegando Hope pelos bracinhos e colocando-a em pé novamente. Pisquei um olho para ela, e apontei para Cameron.

— Vai ficar com o papai, tudo bem? A mamãe acaba de procurar — pedi, mas ela cruzou os bracinhos e fez bico. Eu ri — Vai logo, Hope. Tudo bem, foi um acidente.

— Então mamãe não tá brava com Hope? — ela perguntou, as sobrancelhas levemente franzidas. Eu apertei de leve as bochechas dela.

— Primeiro: é claro que não, meu amor. Segundo: já não conversarmos sobre essa mania de referir a si mesma na terceira pessoa? — perguntei, erguendo uma sobrancelha. Ela deu um sorrisinho que eu conhecia muito bem.

— Hope gosta — ela riu divertida, antes de sair correndo até onde Cameron estava. Eu revirei os olhos e ajoelhei no chão, passando os olhos pela areia, a procura da aliança. Agora eu já ouvia alguns cochichos a minha volta, mas estava pouco me ferrando para eles. Mas uma coisa me fez travar.

Procurando por isso? — ouvi aquela voz masculina que fez todos os pêlos do meu corpo se arrepiarem, e meu coração pulou uma batida. Talvez duas. Eu não precisava olhar para cima para saber quem era. Eu o reconheceria em qualquer lugar, não importava quantos anos se passassem.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? suhaushuahsuhas
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