Innocence escrita por KatCat


Capítulo 11
Chapter Ten — This Is Not A Goodbye


Notas iniciais do capítulo

~desvia dos tiros~
Desculpa de novo >< Sério, eu tenho estado tão ocupada, que mal tenho tempo para respirar. Sinto muito mesmo, prometo tentar não demorar mais, até porque pretendo terminar Innocence esse mês ainda.
Bom, aproveitem o/
Mais uma vez, sinto muito e.e



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Depois que, finalmente, consegui colocar Hope e Arman dentro da casa sem acordá-la, eu fechei silenciosamente a porta do meu quarto, onde eles estavam. Suspirei aliviada, andando pelo corredor silencioso, louca para simplesmente me jogar no sofá da sala e esquecer do mundo lá fora. Mas, aparentemente, isso não seria possível.

— Céus! Nem na minha própria casa eu posso ficar sozinha?! — exclamei irritada, observando o loiro revirar os olhos, desencostando-se da parede branca.

— Tecnicamente, essa casa não é mais sua — esclareceu Cameron, andando em minha direção, um sorriso irônico no rosto.

— Tecnicamente, eu não pedi sua opinião — retruquei, mas com um sorriso amarelo no rosto. Ele me abraçou, apoiando seu queixo em minha cabeça; eu rodei sua cintura com meus braços.

— Também te amo, querida — zombou, e eu ri contra sua camisa.

— Eu sei, eu sei… — me gabei e, mesmo não estando vendo seu rosto, sabia que ele havia revirado os olhos. Eu sorri; o primeiro sorriso verdadeiro que eu havia dado essa semana. Mas ele sumiu com a mesma velocidade que apareceu quando Cameron abriu a boca de novo.

— O que o Traquinas queria com você? — indagou, ainda sem me largar. Um suspiro escapou da minha boca sem minha permissão.

— Sabe, você tem que parar de ficar observando a vida dos outros… — comentei, tentando enrolá-lo o máximo possível. Mas, infelizmente, Cameron não era burro, e me conhecia melhor que ninguém.

— Nah, estou bem assim. Sua vida é mais interessante que a minha — devolveu, e eu ri baixinho, apertando meu rosto contra seu peito, que era o lugar que eu batia por estar de tênis — Você sabe que manter as coisas para você não vai resolver nada, certo? Ao contrário, só vai piorar — avisou, e eu senti sua mão em meu cabelo, mexendo nele distraidamente.

— Ele me fez uma proposta — sussurrei, apertando meu rosto contra sua camisa, tendo que juntar toda a força que eu tinha para continuar falando. Eu fiquei em silêncio por um tempo, mas depois contei. Tudo. Cada palavra que Loki havia dito para mim desde que apareceu de penetra no casamento. Ele ficou calado por alguns minutos, até que eu comecei a ficar agoniada — Se você não falar alguma coisa eu vou enlouquecer.

Para a minha surpresa, ele riu — É melhor você voltar, hein. Não estou afim de perder minha melhor amiga e a Hope para uma bolacha mal feita.

Eu gargalhei, balançando a cabeça negativamente, me afastando um pouco dele. Foquei meus olhos na íris azul dele — Isso não é um adeus. É um “volto logo para te encher de porrada de novo” — brinquei, socando o ombro dele de leve, que riu pelo nariz.

— É bom mesmo. Ou eu faço aquela Barbie Oxigenada me levar até Nifl-caralhada-que-não-sei-falar-o-nome-dessa-merda e te arrasto de volta pra cá pelos cabelos, Clairemont — ameaçou, e eu ri de novo, revirando os olhos pelas palavras dele.

— Ainda não sei porque escuto você — admiti, um sorriso em meu rosto, que diminuiu ao lembrar de tudo — Pode cuidar da Hope por mim só por um tempo?

— Ainda não sei porque você ainda pergunta — modificou um pouco minha frase anterior, me fazendo revirar os olhos novamente.

— Obrigada — agradeci, me afastando de vez dele e indo até a porta, saindo da casa. O sol que antes brilhava com força no céu azul agora estava escondido atrás de uma nuvem, deixando o dia mais escuro. Peguei meu celular no bolso de trás da calça jeans e olhei as horas. 16h58 da tarde. Que maravilha. Guardei ele de novo e comecei a caminhar para meu destino. Normalmente, eu demoraria no máximo cinco minutos para chegar à ponte. Além de sempre ter andando rápido, o caminho não era longo. Mas, dessa vez, pareceu como se fosse uma hora. Eu dava passos lentos e calmos, sem a mínima vontade de chegar lá, mesmo sabendo que tinha. Os únicos sons que eu ouvia era de minha respiração e dos galhos que se quebravam quando eu pisava neles. Eu tinha que manter toda a minha concentração para não escutar mais que isso. A ponte não demorou para aparecer no meu campo de visão, e ele também não.

Loki estava debruçado sobre o corrimão, observando a água passar em baixo de si. Vestia as mesmas roupas que antes, mas seu cabelo parecia um pouco mais desarrumado agora pela força com que o vento soprava agora. Os pêlos da minha nuca se arrepiaram quando o ar gelado me atingiu. Mesmo com o deus não me olhando, eu vi ele sorrir.

— Eu sabia que você não demoraria muito para me encontrar — ouvi ele dizer, sem se virar para mim. Eu pisei na primeira tábua de madeira que formava a ponte, ouvindo-a ranger levemente.

— Você me subestima, Traquinas — disse, caminhando lentamente até ele, mas ainda sim mantendo certa distância. Ele se virou para mim, me olhando com o sorriso divertido e debochado de sempre.

— Na verdade, é bem ao contrário, Anjo. Eu nunca te subestimei, eu sempre esperei o máximo de você, e ainda espero. Você foi a única que se subestimava aqui — admitiu, me encarando com um olhar divertido. Antes que ele pudesse falar mais alguma coisa, eu o cortei.

— Eu não vim aqui discutir sobre isso — neguei, finalmente parando a alguns centímetros dele, que continuava sorrindo, com uma pontada de curiosidade em seus olhos — Vim aqui lhe dar um aviso.

Ele cerrou um pouco os olhos, rindo pelo nariz — Eu estou ouvindo.

— Não pense que só porque eu aceitei ir com você e levar Hope comigo que isso muda alguma coisa entre nós — avisei, chegando ainda mais perto dele — Se você tentar, nem que seja uma coisinha sequer, fazer alguma coisa com a minha filha, você vai se arrepender de ter nascido — ameacei. Pela primeira vez em um longo tempo, a minha ameaça era verdadeira. Se ele sequer chegasse perto de Hope mais uma vez sem minha permissão, iria se arrepender eternamente. Apesar dele continuar sorrindo, eu via em seus olhos que ele sabia disso, e havia acreditado em mim — Agora, se me der licença, eu tenho que dar algumas explicações para a minha filha — falei, virando de costas e voltando para onde eu vim, antes de sumir no meio das árvores, eu olhei por cima do ombro. Ele continuava parado no mesmo lugar, sem se mexer, só me observando. Eu sorri debochada — Ah, e o cachorro está vindo também.

Foi a última coisa que eu disse antes de entrar no meio da floresta novamente.


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Notas finais do capítulo

Comentários? Por favorzinho? :3
E, ah, antes que eu me esqueça... Por muita insistência de certas pessoas, eu decidi vir perguntar uma coisa para vocês: o que acham de uma terceira temporada? ANTES DE TUDO, isso é uma coisa que eu estou simplesmente PENSANDO, não sei se vou ou não fazer. Depende da minha criatividade e, é claro, da opinião de vocês. Então, bem, eu agradeceria bastante se respondessem isso nos comentários.
Até a próxima o/