Hot N' Cold: os opostos se atraem escrita por Annie Warwoods


Capítulo 2
Intruso na Toca


Notas iniciais do capítulo

Então, agora que a briga está explicada, esse capítulo avança para o último ano deles em Hogwarts...



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– O que deu no Alvo para chamar esse escorpião venenoso para a Toca? – berrou Rose, se jogando no sofá ao lado de Fred II.
– Vai ver o Comensal da Morte Júnior lançou uma Imperius nele... – disse Fred.
Rose riu. Fred era o único que a entendia. Todo o resto da família já aceitava essa amizade patética entre o Alvo e o Malfoy e, quando ela falava o quanto ele era idiota, todos falavam que ela estava com ciúmes. Imaginem se ela, Rose Jean Weasley, estaria com ciúmes de um Malfoy!
– Ou vai ver ele está promovendo um concurso de quem é mais egocêntrico, ridículo, grosso e narcisista. De um lado Malfoy, do outro Dochilique – brincou Rose fazendo o primo cair na gargalhada.
– ME CHAMOU DE QUE, SUA CENOURA AMBULANTE? – perguntou Dominique entrando na sala com um espelhinho na mão enquanto arrumava a maquiagem.
Rose bufou e se levantou de um salto. Saiu da Toca parando para bater a porta no caminho. Aquele costumava ser o seu lugar favorito no mundo, agora todos pareciam querer tirar isso dela. Fred logo a alcançou:
– Se isso faz você se sentir melhor, eu posso ter soltado umas bombas de bosta no banheiro dela...
– FRED! – Dominique gritou do andar de cima fazendo Rose cair na gargalhada.
A ruiva caiu no chão e riu tanto que, quando finalmente parou, sua barriga doía e sua roupa estava toda cheia de terra. Levantou-se e ajeitou-se da melhor maneira que pôde:
– Como se o Malfoy merecesse que eu me arrume para ele!
Fred apenas concordou com um gesto da cabeça e os dois andaram até a lareira onde todos se reuniriam para receber o Malfoy. Por que ele ia viajar pela Rede de Flú? Por que não podia simplesmente aparatar? Mas nãooooo, imagina, longe de Rose pensar que ele poderia ter o mínimo de consideração e não obrigar os simples mortais a se arrumarem para recebê-lo como se ele fosse um jogador de quadribol famoso ou algo do tipo.
Alvo estava sentado em uma poltrona e se levantou quando viu a prima chegar:
– Rose será que eu posso falar com você?
Rose deu de ombros, ela realmente não dava à mínima:
– O que você quer? Que eu prepare uma faixa de boas-vindas pro seu amiguinho?
Alvo suspirou. Ele não queria que Rose odiasse Scorpius, na verdade ele até fantasiara com um mundo onde eram todos amigos, mas ele não podia culpá-la por ficar com raiva, ele a havia trocado pelo Malfoy e sabia disso.
– Era exatamente sobre isso que eu queria falar com você. Eu sei que você e o Scorpius não se dão...
– Não nos damos é eufemismo né priminho? Ele colocou uma poção no meu suco de abóbora que me deixou coçando na Ala Hospitalar por uma semana Alvo! E por isso não pude jogar e perdemos a Copa de Quadribol – Rose sentia a raiva dentro de si.
Alvo suspirou, já perdendo a paciência com a personalidade forte da prima:
– Que seja Rose, mas será que você pode dar uma trégua só desta vez. Daqui a cinco dias vamos estar em Hogwarts e vocês podem brigar o quando quiserem como vocês fizeram nos últimos seis anos. Mas ele é meu amigo e quero que se sinta bem recebido pela maior parte da minha família. Então será que você poderia, por favor, fazer isso por mim, seu priminho querido, Ro-ro?
Rose não pode conter um riso:
– Ro-ro? Ok, eu faço, por você, não por ele, mas prometa que nunca mais vai me chamar assim...
Alvo sorriu em afirmativa, feliz com o acordo e voltou a seu “posto” na poltrona. Rose sentiu um aperto no seu coração. Ela sentia muita falta de Alvo, mais do que ela admitia. Se ao menos a cobra escorpiônica do Malfoy não tivesse se metido nessa história...
Rose ouviu um estrondo e se virou a tempo de ver Scorpius surgir pela lareira. Harry se apressou em ajudá-lo a se limpar, Gina lhe entregou uma fornada de biscoitos, Hermione elogiou o livro que levava debaixo do braço e até mesmo Rony acenou com a cabeça de longe.
Scorpius retribuía toda a atenção que recebia cordialmente, mas sem tirar os olhos da ruiva emburrada estirada sobre o sofá. Quando a multidão finalmente se espalhou, Scorpius andou até Rose:
– Não vai me cumprimentar Weasley?
– Precisa de mais alguém puxando saco Malfoy? – disse ela revirando os olhos.
Ele sorriu com superioridade, adorava vê-la irritada:
– É muito bom vê-la também Rose, é sempre um prazer falar com você.
Rose sorriu de volta com sarcasmo:
– Igualmente Malfoy – e com uma reverência se virou e subiu as escadas em direção ao quarto que dividia com Lily.
Encontrou Roxanne sentada sobre sua cama, brincando distraidamente de soltar e capturar uma réplica de pomo de ouro que ganhara quando era pequena. Lily lia animadamente seu novo livro de DCAT e Dominique falava alguma futilidade qualquer sobre o Malfoy estar “incrivelmente gato” e “mais quente que espirro de dragão” ou a pior na opinião de Rose, “mais fofo que as barbas de Merlin”. A ruiva entrou no quarto simulando ânsia de vomito e Lily e Roxanne riram.
– Falem o que quiserem, mas ele tá um gato. Se você não quiser Rose pode deixar para mim...
Rose engasgou com a fala da prima:
– DOMINIQUE EU JÁ IMAGINAVA QUE VOCÊ É LOUCA, MAS EU E A COBRA DO MALFOY? SURTOU DE VEZ? – berrou Rose quase caindo da cadeira ao levantar.
– Só estou falando... Mas se não quiser pode deixar comigo, porque que eu adoraria ser mordida por aquela cobra! – disse Dominique com um sorriso de superioridade, saindo do quarto e deixando uma Rose muito perplexa para trás.
– Ela tá sabendo de alguma coisa que eu não sei? – perguntou Rose se virando para Lily e Roxanne que haviam largado suas atividades para prestar atenção em Dominique – Por que para mim eu tava fazendo um ótimo trabalho deixando claro o meu ódio pelo projeto de doninha ambulante.
Roxanne riu:
– Como você mesma falou a Dominique é doida. Você nunca escutou as besteiras dela. Vai começar justo agora? Mas até que o Malfoy é bonitinho...
O argumento da prima fez Rose se acalmar. Não tinha a menor chance de ela gostar do Malfoy. De onde a Dominique tirava esses absurdos? Suspirou e se jogou na cama ao lado de Roxanne que tentou acertá-la com um travesseiro que a errou e acertou Lily, que lançou uma almofada em Rose. E pronto... Estava declarada a guerra.
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– O que ela disse? – perguntou Alvo ao amigo, após ver Rose subir a escada tempestuosamente.
– Nada, só como está feliz em me receber e algo sobre eu ser quase um deus grego – brincou o loiro – Qual é Alvo? É da Rose que estamos falando, obviamente ela foi o mais fria possível e deixou bem claro o quanto minha ilustre presença a desagrada. Mas eu posso ter provocado um pouquinho...
– Você também hein Scorpius? Por que gosta tanto de provocá-la?
– Eu não sei. Mas vê-la com raiva é hilariante...
Alvo riu e subiu as escadas conduzindo o amigo ao quarto que dividiriam. Scorpius absorveu cada detalhe, ele era o primeiro Malfoy a ser convidado para a preciosa Toca. Passaram por vários quartos, a grande maioria de portas fechadas, mas o quarto vizinho ao dos rapazes estava aberto e extremamente barulhento.
– Mas que diabos... – berrou Alvo quando um travesseiro cor de rosa errou sua cara por alguns centímetros e acertou em cheio um vaso decorativo ao seu lado.
Da nuvem de penas emergiu uma Rose ligeiramente sorridente. “Ela fica muito mais bonita assim, sorrindo, quase me esqueço de que no geral ela quer me matar”, pensou Scorpius, balançando a cabeça numa tentativa de afastar tais pensamentos.
– Desculpa Alvinho – brincou a ruiva chamando-o como a ex-namorada Amanda Haggerfield da Corvinal fazia.
Alvo fez uma careta:
– Tudo bem Ro-ro... – sorriu malicioso para a prima que fez uma careta.
Scorpius não pôde conter uma gargalhada:
– Ro-ro, sério mesmo?
Mas logo um travesseiro acertou seu rosto em cheio calando-o. Rose sorriu. Tinha sido um arremesso perfeito.
– Afinal, o que está acontecendo aí? – perguntou Alvo tentando ver além de Rose.
A ruiva sorriu:
– Apenas uma guerra de travesseir... – mas antes que terminasse a frase uma almofada passou zunindo pela sua orelha, virou-se e viu um Malfoy sorrindo orgulhoso, Alvo se recostou na parede esperando pela explosão, mas Rose se limitou a rir, acrescentando. – Você precisa melhorar sua mira Malfoy, quem sabe pede pra alguém artilheiro da Grifinória te ensinar...
O loiro pensou em rebater, mas percebeu uma mudança no tom de voz da menina, ela não estava com raiva, estava brincando. Ele sorriu e ela sorriu de volta:
– Talvez você possa me ensinar Weasley! – disse se jogando sobre ela.
A porta cedeu e os dois caíram com um baque surdo no chão do quarto das meninas. Scorpius se apressou em sair de cima de cima de Rose e ao se levantar o loiro pôde ver Lily e Roxanne extremamente surpresas os encarando. Do lado de fora, Alvo se contorcia no chão do corredor de tanto rir. Scorpius sentiu seu rosto quente e viu Rose corar. Virou-se e deixou o cômodo arrastando um Alvo histérico até o quarto dos meninos.
– VOCÊ QUER POR FAVOR, PARAR DE RIR? ¬– berrou Scorpius, soltando Alvo no tapete.
O moreno sorriu:
– Ai, ai hahahha... “Talvez você possa me ensinar Weasley”... Aí você pulou nela, hahahha... E a porta cedeu... Hahahah aí vocês caíram e minhas primas ficaram lá olhando... Hahahhaha...
– Muito obrigado Potter, mas eu estou ciente do que aconteceu – disse Scorpius se jogando na cama.
Alvo finalmente parou de rir e se jogou na cama ao lado da do amigo caindo sobre uma pilha de revistas sobre Quadribol. Reparou que o amigo estava vermelho, e se viu extremamente surpreso: ele nunca vira Scorpius envergonhado.
– Relaxa cara – disse Alvo. Pegou dois sapos de chocolate em sua cômoda e jogou um para o amigo – Você tinha que ter visto a cara da Rose.
O comentário fez o loiro sorrir estendendo a mão para pegar o sapo que tentava escapar e mordeu sua perna:
– Ela estava mais vermelha que o próprio cabelo... – lembrou e o rosto de Rose ocupou sua mente, o jeito como ela ria...
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– Rose você quer fazer o favor de me explicar o que o Scorpius estava fazendo em cima de você? – perguntou Roxanne que agora superara o choque e ria descontroladamente.
Rose se levantou sacudindo as suas amassadas:
– Eu fiz uma brincadeirinha e o Malfoy deve ter tido a impressão de que eu o considero meu amigo, só isso. Agora vocês duas querem fazer o favor de parar de rir e me ajudar a limpar essas penas? Se minha mãe chegar estamos mortas!
Lily sorriu se sentando sobre sua cama:
– Relaxa Rose um feitiço de limpeza simples e... Pronto o quarto está limpinho e nossas vidas em segurança, agora pode começar a se explicar!
Rose bufou deitando em sua cama de braços cruzados:
– Não têm nada para explicar: a doninha caiu em cima de mim e pronto!
– Rose você devia ter visto o jeito como ele saiu daqui correndo e você parecia que ia chorar de tão vermelha! – brincou Roxanne deitando ao lado da prima.
– Ha-ha muito engraçado brincar com o tom de pele de uma pobre coitada – brincou Rose empurrando a prima no chão.
Roxanne fez uma careta:
– Que seja troca logo de roupa e desce pra cozinha, sua mãe quer ajuda para preparar o jantar da maneira trouxa.
Rose bufou procurando por uma roupa que não tivesse guardado em seu malão.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Eu, pessoalmente, acho esse capítulo hilário - mas sou suspeita pra falar né?
Se tiverem qualquer sugestão/opinião/comentário/etc. por favor, não sejam tímidos! Vou ler e responder com o maior carinho. Acho que é isso... Até o próximo capítulo!



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