O Garoto do Ônibus escrita por mairarb


Capítulo 1
Primeira vista


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiii gente, como sempre gostei de escrever e ficava criando histórias no meu pc, resolvi postar aqui. Essa comecei e vou postando aos poucos os capitulos, preciso que vocês sempre comentem pra me motivar a escrever e dar opiniões, beijosss e esperem que gostem! :)



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Acordar de manhã sempre foi horrível —principalmente sabendo que era colégio novo. A novata do colégio, já posso até ouvir isso ecoando em meus ouvidos.
— Vai se atrasar, Casey! — minha mãe bate na porta sem parar. Dou de ombros e cubro o rosto com o travesseiro. Só mais cinco minutos.
Me visto com a roupa mais quente que encontrei no armário. Solto os cabelos ondulados e deixo cair sobre os ombros.
— Oi, meu nome é Casey. — repito isso frente ao espelho observando a melhor pose para me apresentar ao colégio. Mas logo desisto.
Sento à mesa do café da manhã, meu irmão não consegue conter a animação.
— Você está indo para uma festa ou para o colégio? — solto uma risada. Ele dá de ombros.
— Sei que não vai ser fácil para você e nem para o David, mas por que não tenta levar numa boa? — minha mãe sempre tão dócil. Não digo nada, apenas mexo com o garfo o omelete frio no prato, e tomo um gole de suco de laranja. Sem apetite nenhum.
— O ônibus chegou, boa aula para vocês. — reviro os olhos, pego minha mochila e saio.

Sinto o vento gelado congelar meu rosto e minhas mãos, esqueci minhas luvas, droga. Entro no ônibus e sento no último banco, tentando me esconder de tudo e de todos. Não aguento mais ter que enfrentar primeiros dias de aula no colégio. Meu irmão logo se enturma no ônibus. Desde já desejando que o dia termine logo. Tudo parecia estar tedioso e sem graça alguma, até que o ônibus pára para pegar um aluno. Pensei que fosse um qualquer, mas logo quando entrou, vi que era diferente. Alto, barba, camisa xadrez e fone de ouvido. Ouvindo rock, e qualquer um poderia perceber pela altura da música. Ele parecia querer se esconder de tudo e de todos como eu, já que sentou no último banco também, mas na outra janela.

Não conseguia me conter e fiquei o encarando, mas ele não percebeu. Bem, achei que não tinha percebido até me encarar também. Senti minhas bochechas ficarem vermelhas e desviei o olhar. Dei uma leve risada no canto da boca, e o encarei de novo, e ele continuava a me encarar, então já que não tinha nada a perder, resolvi falar alguma coisa.
— Oi. — puxa Casey, você é um gênio! Ótima forma de se enturmar com alguém. Ele deu de ombros e voltou a olhar janela à fora. Me senti uma idiota.

Desci do ônibus e fui procurar qual era minha classe o mais rápido possível, entrei na sala e todos me encaram, como sempre. Finjo que não percebo e me sento na última carteira, como sempre. Logo depois de mim, o garoto do ônibus entra. Não acredito que ele é da mesma sala que eu. Me sinto com vergonha, mas finjo que não o conheço. E como previsto ele se senta na última carteira do outro lado da sala.
Quando a professora chega, ela me anuncia como a nova colega de classe. Legal, era tudo que eu precisava.
— Pessoal, essa será a nova colega de vocês, Casey. — diz ela toda empolgada. Sei que eles esperam que eu me levante e faça uma bela apresentação, mas continuo sentada e quieta.
— Vamos Casey, levante e se apresente para a turma. — fico meio sem jeito, mas faço o que ela pede. Me levanto aos poucos, ajeito a manga da blusa, coloco o cabelo para trás e tento falar alguma coisa sem parecer uma babaca.
— Oi, meu nome é Casey. — belas palavras que consegui dizer. Todos me encaram, calados. Minha vontade era sumir, mas forcei um sorriso para parecer menos tensa. — Tenho 17 anos e me mudei para Vancouver por causa do emprego da minha mãe. — tentei falar algo e soar natural, parece que funcionou, a professora me mandou sentar.

Minha vontade era sair correndo e fingir que nada aconteceu. Quando olho para o lado, o garoto do ônibus me encara, e sinto meu rosto ficar vermelho. Olho para frente novamente e estão todos olhando para mim, e nem me dou conta de que a professora tinha me chamado até sua mesa. Me levanto meio desengonçada e caminho até ela.
— Aqui está sua ficha, preencha-a e entregue-a na secretaria. — faço que sim com a cabeça e logo em seguida o sinal bate. Sou a primeira a sair da sala.


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Notas finais do capítulo

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