Ouvir-te dizer escrita por Jude Melody


Capítulo 4
Não sei o que fazer com esse sentimento...




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China. Ele finalmente havia chegado lá. Determinado, subiu as longas escadarias a sua frente até chegar ao salão no qual o país treinava.

– China?

– Ha! – o oriental surgiu de repente, o cabelo preso em um rabo de cavalo como sempre – Alemanha? Mas que surpresa.

– Eu preciso te perguntar uma coisa.

– Mas é claro, aru. – China abriu um sorriso e se aproximou do amigo.

– Eu queria saber... – uma mancha branca e preta chamou sua atenção – Aquilo é um panda?

– Sim.

Alemanha balançou a cabeça.

– Eu queria te pedir um conselho sobre... Sobre “amor”.

– Amor? – o oriental pareceu surpreso.

– Bom... Sim... É.

A potência passou a mão pelos cabelos mais uma vez, tentando ganhar tempo antes de continuar a falar. China fitava-o, curioso. Atrás dele, o panda brincava de rolar pelo chão.

– Eu gostaria de saber... Eu preciso saber... Como você sabe, ou melhor, o que você faz quando sente que gosta de alguém?

– Você está falando de uma forma muito confusa, aru.

– Olha, eu... Estou com esse sentimento aqui dentro, certo? – Alemanha hesitou – E não sei o que fazer com ele. China, ajude-me, por favor. Já pedi conselhos ao Japão, ao Grécia e ao França. Tudo isso sem sucesso.

– Mas se o França não conseguiu te ajudar, por que veio pedir ajuda logo a mim, aru?

– Foi ele que te indicou. Disse que você entende muito de divórcio. – um segundo depois de dizer isso, Alemanha sentiu o sangue congelar. Uma centelha perpassou os olhos do China.

– Eu tenho cerca de um sexto da população mundial, aru. É natural que seja “o país dos divórcios”!

– Não se ofenda, por favor. Não falei por mal.

– Está certo, aru. Entendo-me com o França depois. Só quero que saiba que a questão não é se o casamento dura para sempre, mas sim se a amizade permanece sempre forte.

– O que quer dizer com isso?

– Quero dizer – China abriu um sorriso – que é apenas muito bom que as pessoas possam continuar amigas apesar de tudo.

– Amigas... Entendo... Mas, partindo do princípio que elas ainda não... “se casaram”... Como elas podem se aproximar?

China refletiu um pouco. Jogou os cabelos para trás, deu uma olhada no panda que agora tentava lamber as patas traseiras.

– Eu não sei te responder, aru.

– Ah, China. Você nunca gostou de ninguém? Quero dizer, nunca sentiu... Aquela coisa especial?

– Bom, eu... – o oriental pensou por alguns segundos. Seu rosto pareceu corar – Po-por que não vai mais ao norte, procurando outro alguém que te dê conselhos?

– Mais ao norte? Quer dizer falar com o Rússia?

– É-é! O Rússia vive mais ao norte, não é? – era só impressão do Alemanha, ou o China parecia nervoso?

– Certo... – disse a potência, muito calmamente – Vou fazer isso. Obrigado por tudo.

– Não foi nada. – China tentou abrir um sorriso – Ei! – exclamou ao sentir que alguém puxava suas vestes – Ling Ling! Solte minhas roupas agora! – berrou para a panda.

– Bem... Até logo, China.

– Até logo. – ele mal olhou o europeu – Ling Ling! Vai ficar sem morangos pro jantar!

Preferindo evitar confusões, Alemanha virou-se e saiu do salão.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo em breve! :)



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