Infame escrita por Apiolho


Capítulo 18
Capítulo 18 - O conto de uma miss e um padre


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores! *-*

Saudades da história? Pois eu sim, senti muita a falta. Infelizmente aconteceram muitas coisas nesse um mês e pouco, como várias provas, correria com o TCC e alguns problemas familiares. Todo o final de semana tinha algo a ser realizado, não dando tempo nem de escrever.

Foi tão triste!

Mas deixando esse lado ruim de lado, quero agradecer a Senhorita Foxface (por comentar em vários capítulos), Queen B, jemystarkxD e karol por mandarem review no anterior. Gente, é demais saber que mais pessoas estão acompanhando e aparecendo. Com certeza fazem meus dias mais felizes e muito me motiva, significa demais para mim. Faz-me ter forças para continuar, principalmente quando sou tão insegura.

Muito obrigada a Avalon por favoritar e a Aniie Granger e Senhorita Foxface por acompanhar. Com certeza dá uma cor a mais e muito me deixa contente saber que mais pessoas deram crédito a minha fic.

Espero que gostem, pois faço para vocês.



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Capítulo dezoito

 

 

“Os grandes amores são assim mesmo, eles nos dão o caminho da emoção, mas os sentimentos de verdade são apenas nossos, ninguém copia, ninguém leva, ninguém divide..."

(Tati Bernardi)

Parece que um caminhão fez minha cabeça de gato e sapato.

Acordei em uma sala que tinha tudo branco, as paredes, a cama, até a minha vestimenta. Ver aquilo me deixava completamente enjoada, ao mesmo tempo em que eu sentia meus olhos arderem por conta da forte luz.

Olhei para o lado e o que vi fez-me não acreditar no meu azar. A anã ruiva e apaixonada pelo Joshua estava exatamente ao meu lado, que ao ver que acordava sorriu e estendeu um pote de comida em minha direção.

— Não sabe que é proibido trazer alimentos Charlotte? — foi a primeira coisa que disse.

Deve ter sido o cheiro então que me deu enjoo então.

— Mas minha mãe disse que não é educado vir com a mão vazia. — revidou.

— Então por que não me trouxe algum brinco ou roupa? Ao invés desse maldito sanduiche natural com um fedorento molho de queijo ricota! — esbravejei.

Estagnou, como se estivesse extremamente assustada com a minha reação.

— O que está fazendo ai parada? Vá buscar um saco! — declarei.

Deu de ombros e ficou teclando no celular, fazendo-me ficar mais irritada e pegar de sua mão com rapidez. E nesse meio tempo notei que em seu celular estava escrito “sábado”.

— Esse dia está certo? — apontei para a tela, que estava quase apagando, antes de devolver a ela.

— Amie, você ficou desde quinta nesse hospital, desacordada. — explicou-me.

O quê? Eu ouvi direito?

— Perdi a aula de sexta então? — pensei alto.

— Está triste por ter faltado? — estava abismada.

— Claro que não, o melhor de ter sido atropelada por um caixão foi... é... não precisar encarar a professora de história. — dei uma desculpa.

Quase que ia dizer que lanchava com o Joshua.

— Você perdeu uma briga... — anunciou, porém foi interrompida.

Senti algo subindo pela minha garganta e uma acidez na boca. Sabia muito bem o que ia ocorrer.

— E por que ainda não me trouxe o pacote? V-

Isso mesmo.

Eu nem consegui completar a frase ao vomitar, bem no sapato dela. Ver seu rosto de nojo quando viu aquele liquido amarelo e ao mesmo tempo tentar limpá-lo me fez rir por dentro. Na verdade gargalhei maleficamente em minha mente.

— O que estava dizendo? — para voltar ao assunto anterior.

Fitou-me em descrença antes de se pronunciar.

— Não vai pedir desculpa? — parecia uma menina mimada.

— Por acaso fiz algo com o qual me faça ter de pedir perdão justamente a você? É óbvio que não. — rebati.

— Mas vai. — bateu o pé na mesma tecla.

— Pare de fazer escândalos e me deixar com mais dor de cabeça ainda, se não vou ter de te tirar daqui. — briguei.

— Acho que você está sofrendo de amnésia. — comentou.

— Isso quem diz é o médico, não? — satirizei.

— Se estivesse no seu lugar ia parar de brincadeiras e pedir desculpa, pois eu posso muito bem acidentalmente contar para todos da escola quem foi que colocou a lista naquele mural. — ameaçou-me.

— Sabe o que eu penso? Que minha primeira impressão estava completamente certa, que na frente do Joshua é a pessoa mais fofa do mundo, mas o que eu vi agora é que uma baita de uma dissimulada. — expus minha opinião, não importando se doeria ou não.

— Vai querer mesmo que eu espalhe que Amie Young é a pessoa que mostrou a todos o segredo que estava no banheiro masculino?

Mais outra a me extorquir, tentar manipular e obter vantagem por cima de mim.

— O que você deseja então? — dei-me por vencida.

— Que peça perdão. — insistiu.

— Sinto muito, porém o seu sapato está fedendo. — comentei.

Vê-la correndo em direção ao banheiro foi um dos momentos divertidos desse dia. Aproveitei para apertar o botão e ser recebida pelo médico. Pelo menos assim eu não precisaria continuar conversando com aquela ruiva.

— Como está? — disse ao chegar.

— Com muita dor de cabeça e enjoo. — respondi de imediato.

— Chegou a vomitar? — parecia preocupado.

— Por que? É grave? — definitivamente não queria ficar mais naquele lugar cheio de doenças.

— Não, deve ser por conta dos remédios.

— Quando vou ter alta? — já queria ir para a casa.

— Se tudo der certo, hoje mesmo. Lembra-se por que veio para o hospital? — quis saber.

— Fui atropelada por um caixão.

Aquilo fez-me lembrar da “Mole” jogada ao chão, do meu lado.

— Vejo que amnesia não tem. — deu a palavra.

Escutou essa Charlotte?

— Mas tem certeza de que não foi um elefante que passou por cima de mim? Estou me sentido tão quebrada. — questionei.

— Você bateu a cabeça com força no asfalto Amie, por isso é normal se sentir assim. — tentou me acalmar.

Depois dessa minha mãe chegou e após uns exames fomos embora. Sendo que a que parece um gnomo nem sequer tinha saído do sanitário ainda, talvez por não ter nem sequer limpado a sujeira. Possivelmente ia ter de jogar aquele calçado no lixo.

— Vamos na missa amanhã. — e essa foi a última palavra da minha mãe antes de apagar as luzes e sair do meu quarto. Deixando-me com esse pensamento enquanto me preparava para dormir.

Eu não conseguia pegar no sono.

E foi dessa vez que eu tive de pegar aquele livro idiota, que nem sei o porquê ainda não tinha devolvido para a biblioteca.

“Lição 5: Frequente lugares do qual possa encontrar um maravilhoso garoto, como baladas, escolas, festas de formatura e casamentos”.

O que esse livro quer ensinar? A ser uma garota desesperada para encontrar um amor? Casamento? Querem o quê? Que eu saia de lá noiva? A cada vez que leio mais surpresa fico com as babaquices que são expostas nele.

Com isso resolvi é por cair no mundo dos sonhos.

E literalmente despertar quando já estava sentada em um banco da igreja e ouvindo uma passagem da bíblia, porque definitivamente era como se estivesse ainda no aconchego do meu cobertor quando me arrumava.

— Você vai se confessar e agradecer por ter saído do coma. Foi a promessa que fiz a Deus. — sussurrou minha mãe em meu ouvido.

É muito bonito usar os outros para fazer o "sacrificio", não é?

Isso quer dizer mais tempo nesse lugar também.

Dei de ombros e simplesmente fui pegar a hóstia, vendo a Roxye e Lindsay na fila. Só que agora o que menos queria era brigar naquele lugar sagrado. Não poderia me rebaixar a tanto, porém se ela me irritar irei terminar o que ficou inacabado no velório a base de tapas.

— A missa terminou filha e você ainda tem de ir no confessionário. Vou te esperar no carro. — informou-me

Sim, definitivamente dormi enquanto estava orando. Não ouvi os agradecimentos finais, nem a música ou as fofocas que as idosas fazem sobre o decorrer da celebração.

Estávamos só nos duas naquele lugar, nem sequer os ministros e coroinhas estavam no local. E por que minha mãe esperou tanto para me chamar?

Eu, ainda com sono, fui em direção ao local a passos comparados ao de tartaruga e ao abrir a porta mal acreditei no que vi com meus próprios olhos. Era nada menos que a Honey beijando o padre, sem nem ao menos se importarem se veriam ou não.

— Namorar com o professor até posso aguentar, mas isso passou dos limites! — gritei.

Ia ser um escândalo e tanto.

— Dá para deixar de ser estraga prazeres? — declarou.

Já o homem ficou inerte, com um borrado vermelho em seus lábios.

— Eu até ia me confessar, mas vejo que não dá, ainda mais quando você comete mais pecados que eu. — ao fulminar aquela pessoa de bata. — Vem comigo! — pegando a mão da minha colega de trabalho e puxando-a para fora daquele lugar.

Ela nada falava, apenas continuava com aquela expressão amargurada.

— O que você tem na cabeça? — tive a maior curiosidade em saber.

— Qual o problema? Estou solteira agora. — disse.

— Essa foi então a briga que estavam falando que ocorreu na escola? Será que o professor te bateu? Ou o diretor o demitiu e ele fez um escândalo? — pensei alto, até demais.

— Não mesmo, foi do Joshua com um tal de James. — disse.

Nem acredito que perdi essa!

— Pelo quê? Quem é esse tal de James? — declarou.

— Depois diz que eu sou doida. Por acaso esqueceu que você estava o beijando no velório? Ou nem perguntou o nome dele antes? — estava indignada.

— É? E quanto a você? Qual foi o motivo por ter tentado corromper o padre? — declarei.

— Não está óbvio? Quem sabe assim eu vou engravidar e gerar uma mula sem cabeça. — parecia tão animada que me fez abrir a boca em total descrença.

— Primeiro: quem vira é a mulher do padre, não o filho. Segundo: é apenas uma lenda. — tentei colocar em sua cabeça.

— Sério que eu vou virar um ser do folclore? É mais interessante do que imaginei.

E depois disso nem sequer me deu mais ouvidos e voltou para a igreja. Já eu? Fui para o carro antes que eu realmente enlouquecesse por passar tempo demais com ela.

Se eu contasse sobre o boto seria capaz de praticar zoofilia.

No entanto o que desejava era não vê-la em romances proibidos nunca mais.


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Notas finais do capítulo

E ai? Que acharam?

Imaginei uma pessoa com um boto e não gostei muito. Mesmo que os golfinhos estuprem mais ou menos 24 pessoas por ano. Não é uma cena muito linda para se passar pela cabeça.

Coloquei frases, pois é normal em minhas fanfics e eu amo colocá-las.

A imagem não é minha. E se tiver algum erro podem me avisar.

Quem deseja comentar? Sério, muuuuuito me faz feliz receber review dos meus leitores. E alguém quer recomendar que nem as divas da Melodia Enlouquecida e Maze Queen? As autoras que vos escreve com certeza ficaram mega contentes se ocorrer! Por favor.

Obrigada e até a próxima.