I Could Just Sleep All Day escrita por AnnieCHASE


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Genteeeeee
Que saudade de vocês
Estou de volta
Postando pelo celular mas estou aqui
Me perdoem pela demora
Espero que gostem do Cap
Bjinhos



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POV Annabeth
Como eu tenho 16 anos, os poderes de jovem ainda me pertencem, inclusive o poder de ficar acordada até tarde. Como eu havia decidido que iria faltar no dia seguinte (ou hoje mais tarde, pois já passava das 00:00 hrs), eu tava ali, esparramada no sofá com um cobertor e assistindo Invocação do Mal. Se eu tava com medo? Sim ou claro? É óbvio que eu tava com medo! Mas eu tava ali, firme e forte. Mas aí o cu trancou quando alguém tocou a campainha. Peguei meu celular e um travesseiro (?), e fui abrir a porta, estilo os protagonistas dos filmes de terror que ficam “Tem alguém aí?”.
Abri a porta rezando pra que fosse a Thalia, mas me surpreendi quando avistei Percy. Ele estava de calça preta colada, jaqueta de couro desgastada e o cabelo desgrenhado como sempre.
Vesti o melhor disfarce de indiferença pra alguém de moletom e travesseiro e perguntei:
– O que você quer aqui? Mais um tapa? Pensei que fôssemos amigos, mas aí você ficou lá se agarrando com aquela garota que eu mais odeio e vem aqui na minha casa uma hora dessas? O que você.... – Fui calada por um beijo.
Ao contrário do beijo de mais cedo, esse sim foi um beijo de verdade. Nossas bocas se encontraram em um misto de desespero, impaciência e desejo, e foi aí que minha arma super perigosa chamada travesseiro desapareceu de minhas mãos. Eu puxei ele pra dentro de casa e ele me empurrou contra a porta fechada. Tudo ficou mais intenso quando as mãos dele deixaram as minhas bochechas e começaram a passear pela minha cintura. Como eu estava descalça tive que ficar na ponta dos pés pra agarrar seu pescoço na tentativa de ficarmos mais próximos.
Nós separamos ofegantes, ele me olhou e avançou novamente, mas dessa vez eu comandei o beijo. Abri a jaqueta de couro e comecei a arranhar levemente a barriga de Percy por baixa da camisa, tudo isso enquanto empurrava ele rumo às escadas, que levavam pra onde? Isso mesmo, pro meu quarto!
Subimos as escadas com muuuita dificuldade, eu escancarei a porta e caminhamos em direção a cama, nós a achamos (e caímos sobre ela), e eu por cima. Eu me afastei me lembrando de que A) Éramos amigos até então. B) Nos conhecíamos a alguns poucos dias. E C) Eu era virjona!!
– Percy, não podemos continuar – Rolei para o lado saindo de cima dele ele se virou pra mim – Ainda quero ouvir o que você tem a dizer – Tentei não mencionar a parte da minha virgindade. Comecei a rir dos meus próprios pensamentos, e ele ficou me encarando enquanto eu ria. Quando eu parei ele disse:
– Annabeth, eu vim aqui pra te dizer que você, apesar de ter entrado na minha vida a pouco tempo, é muito importante pra mim. Eu percebi que você não gosta daquela garota e por isso vim me desculpar e agradecer por aquele tapa – Ele me disse em um tom sério, aquele mesmo tom que o fazia parecer muito maduro – O que posso fazer pra te recompensar? – Ele me perguntou.
– Que tal ficar aqui comigo?! Suponho que seu pai saiba que você saiu, certo? A propósito, o que você disse a ele pra sair nesse horário? – Perguntei curiosa e fazendo de tudo pra que o assunto “beijo” não viesse a tona.
– Sim eu posso ficar com você – Olhar malicioso ativado bochechas vermelhas também ativadas – Mas só farei o que você quiser – Mais vermelhidão.
– E o que você disse ao seu pai? – Tentei mudar de assunto.
– Eu disse a verdade, que eu tinha brigado com uma das poucas amigas que tinha feito na escola.
– Ah sim. Vamos lá pra baixo eu tenho que trancara porta e desligar a TV – Eu disse me levantando e estendendo a mão para ajudá-lo a se levantar também.
– Ok – Ele pegou a minha mão e uma espécie de choque percorreu todo meu corpo.

...
Quando descemos eu vi que a TV estava reproduzindo as cenas finais do filme, aquela parte que você fica se cagando de medo. Fui até a porta e tranquei e peguei o travesseiro que eu havia usado como uma arma. E logo depois fui me sentar ao lado de Percy.
– Você assiste filmes de terror sozinha? – Ele parecia incrédulo.
– Sim, morro de medo mas mesmo assim eu assisto – Eu gargalhei e ele ficou bobando por um momento – Percy? Você tá com medo? Oooooi, Percy?!
– Não estou com medo – Na verdade eu não tenho medo – Ele fez cara de pouco caso – Se você quiser podemos assistir qualquer outro filme de terror que eu nem vou me assustar – Ele disse com um tom convencido.
– Ok, senhor corajoso, vamos lá então – Eu me levantei e coloquei Annabelle – Mas pra ter graça temos que apostar alguma coisa, tipo... Se você arregar tem que fazer pipoca e brigadeiro e se eu arregar eu faço, pode ser?
– Por mim tudo bem, eu sei que vou ganhar! – Mas uma vez o convencimento no tom de voz.
– Fala sério Percy, você é muito convencido – Falei revirando os olhos e me sentando perto dele no sofá.
– Não sou convencido, apenas digo a verdade.

...
Na metade do filme Percy já tinha tirado a jaqueta e estava embrulhado com o cobertor até o queixo, estava com um olhar vacilante e incerto mas não tinha gritado e nem feito qualquer outro movimento brusco.
E ao contrário dele, eu estava relaxada, com apenas uma almofada entre as pernas e com o meu look perfeito.
Percy não resistiu, soltou o cobertor e abraçou uma almofada. E em uma parte de suspense tampou o rosto. Eu gargalhei.
– Chega, não quero te torturar mais – Eu me levantei e desliguei a TV – Já deve ser umas duas horas, vamos comer e subir, acho que já estou ficando com sono.
– Olha, você é muito mandona e eu não perdi, eu ainda queria ver o filme – Ele fez biquinho e eu fiquei com vontade de beijá-lo outra vez.
– Ai meus deuses que bonitinho esse menininho emburrado! Tadinho dele! – Eu disse fazendo aquela voz que a gente usa pra falar com criança e cachorros enquanto apertava as bochechas dele.
– Para com isso Annabeth, vamos logo fazer a pipoca e o brigadeiro, mas você faz a pipoca e eu faço...
– Claaaro que não, Percy! Você que perdeu, você vai fazer tudo! – Eu o interrompi, completamente indignada, oras, acordo é acordo.
– Por favor Annabeth, por favor, nunca te pedi nada – Ele fez uma carinha tão bonitinha que, mais uma vez, eu fiquei com vontade de beijá-lo. Foco garota, ele é um amigo que você acabou de conhecer e já vai dormir na sua casa, até aí tudo bem. Mas, por favor, evite o assunto pegação.
– Tá bom, vamos lá!
Fomos pra cozinha e fizemos a pipoca e o brigadeiro, vez ou outra eu dava uma olhadinha na bunda do Percy (O que?! Não me julguem, a bunda dele era muito chamativa, ainda mais naquela calça), mas sempre TENTANDO manter o foco.
– Meu brigadeiro tá pronto, a pipoca também deve estar, certo? – Ele me perguntou.
– Ahn... O que você disse? – Cara de mosca morta ativada. Mas que droga, tenha foco Annabeth, ele é só um amigo bonito. QUE VEIO SE DESCULPAR E ACABOU ME BEIJANDO. Aquilo foi sem querer, aposto que ele só fez aquilo pra fazer você calar a boca, Annabeth.
– Annabeth! – Percy estava alguns centímetros mais perto, com uma expressão de questionamento – Você tá bem? Você tá com a maior cara de paisagem aí.
– Eu tô bem – Bufei de frustração comigo mesma – Só estava pensando.
– Ok então, vamos comer?
– Sim, só vou fazer um chocolate quente rapidão aqui.
– Tudo bem, eu espero – Ele sentou em uma das cadeiras dispostas em volta da mesa e ficou me observando enquanto eu preparava a bebida.
Sentei ao lado de Percy, e quando eu coloquei a primeira colherada de brigadeiro de panela na boca senti o melhor gosto de brigadeiro na minha vida. Que diabos ele havia feito?
– Ai meus deuses, o que você fez pra isso ficar tão gostoso? – Perguntei de boca cheia.
– Segredos do Mestre – Mais uma vez o tom der metido estava ali.
Revirei os olhos.
– Seus olhos são tão lindos – Ele disse de repente.
– Ahn... Obrigada – Pausa pra recuperar a fala – Na maioria das vezes me perguntam o porque dos meus olhos serem diferentes, eu já pesquisei sobre o assunto mas nunca achei algo concreto.
Ele estava comendo pipoca e eu estava comendo brigadeiro, e aquele era o melhor brigadeiro de todos. Depois do elogio, ele chegou mais perto. Agora estávamos sentados de frente um para o outro, nossos joelhos se tocando. Ele foi chegando perto. Bem perto. E, mais uma vez naquela madrugada eu senti vontade de beijá-lo. Mas dessa vez não resisti. Apoiei uma de minhas mãos em seu joelho, me enclinei, e a outra mão deslizou para a bochecha de Percy.
Ele ficou meio surpreso, mas logo reagiu. Ele me puxou para mais perto até que eu sentasse em seu colo, com uma perna de cada lado, tudo isso sem interromper o beijo. Esse beijo foi diferente do outro, sem desespero, sem agonia. Um beijo lento, com um ardor repleto de desejo. Sim, eu era virgem, mas eu nunca tinha chegado tão perto de perder como nessa madrugada.
O ar faltou em nossos pulmões e tivemos de nos separar.
– Já é a segunda vez que fico excitada nessa madrugada – Eu disse olhando para os seus olhos que pareciam ter ganhado alguns pontos mais escuros de Verde.
– E é a segunda vez que nos beijamos essa noite. Temos que resolver essa situação – Ele enterrou o rosto em meus cabelos e começou a beijar o meu pescoço. A minha sanidade ainda estava no lugar? Claro que não!
– Percy, acho melhor irmos com calma. Eu confio muito em você é te agradeço por tudo que fez por mim até hoje. Mas ainda sim, nos conhecemos a pouco tempo.
Ele parou de beijar o meu pescoço e olhou em meus olhos.
– Eu gosto muito de você, e qualquer decisão que você tomar, eu irei concordar – Nós rimos por causa da rima.
– Vamos dormir, tô com sono – Antes de levantar do colo dele, eu dei um abraço nele – Obrigada por tudo – Ele abraçou a minha cintura e não disse nada – Agora vamos.
Eu me levantei e peguei em sua mão. E mais uma vez puxei ele comigo para o segundo andar. Só que dessa vez sem estar agarrando ele. Passamos pelo meu quarto, pelo da minha mãe e paramos no segundo quarto de hóspedes.
– Aqui tem tudo que você precisa pra se acomodar bem, tudo está no armário e no banheiro. Se precisar de alguma coisa estarei no meu quarto. É o primeiro do corredor.
Eu saí correndo antes que eu morresse de vergonha. Entrei em meu quarto e deitei em minha cama. Abracei um travesseiro e fiquei rolando de um lado pro outro tentando dormir, e falhei em todas as tentativas.
Então, resolvi me levantar e tomar um banho pra ver se conseguia esquecer que Percy estava a alguns cômodos dali. Ele poderia estar sem camisa, deitado, dormindo, ou quem sabe, tomando um banho o que seria melhor... Annabeth, foco no SEU banho, e não no banho do Percy.
Tomei cuidado para que o meu cabelo não molhasse, não queria ter que secá-lo, e além do mais, ele estava tão bonito que não queria fazer nada com ele.
Terminei o banho e fui para o quarto, não queria vestir a roupa que eu estava, então fui em busca de uma mais confortável no meu closet. Achei a roupa perfeita e me vesti. Deitei na cama novamente e tentei dormir, acho que já deveria estar quase amanhecendo. Quando eu estava cochilando, ouvi uma batida na porta. Percy abriu a porta, ele estava com a roupa completa, para o meu azar.
– Annabeth, não consigo dormir. Posso ficar aqui com você? – Eu assenti e ele entrou. Eu cheguei para o lado e ele se deitou comigo.
O meu sono se dissipou um pouco, mas mesmo assim eu ainda estava grogue. Eu estava virada pra ele, e de olhos fechados. E pela respiração dele, senti que também estava de frente pra mim.
– Por que você não consegue dormir, Percy? – Perguntei tentando afastar o sono da minha voz.
– Porque toda vez que eu fecho os olhos eu penso que quando eu abrir eles a Annabelle vai estar do meu lado me olhando – Ele disse e eu o senti estremecer.
Eu dei uma pequena risada.
– Não se preocupe, a única que está aqui sou eu, Annabeth.
– E você mora sozinha?
– Não, minha mãe viaja de vez em quando, ou sempre, é muito relativo. Hoje ela viajou e nem me avisou... E também tem os empregados, mas hoje eu disse para eles tirarem uma folga, não estava com cabeça pra ninguém.
– Hm... Você está com sono?
– Sim
– Quer dormir?
– Sim
– Posso te beijar?
– Sim... Espera, o que? – Abri os olhos em surpresa, mas ele já tinha capturado meus lábios com os seus.
Eu estava encabulada pela quantidade de beijos que havíamos trocado e em todos os beijos os sentimentos eram diferentes, mas nunca deixavam de serem incríveis e maravilhosos.
Nós nos separamos e eu o abracei. Não me pergunte o porque da minha carência, ele não podia dar mole que eu já tava derretida, que droga!
– Você disse sim – Ele fez cara de deboche e eu revirei os olhos.
– Agora eu realmente quero dormir – Eu disse fechando os olhos.
– Tudo bem, vamos dormir – Ele me abraçou de volta e dormimos assim, abraçados. E eu poderia dormir assim todos os dias!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado
Me desculpem pelos erros e pela formatação, é que eu tô postando pelo celular
Quero comentários ♥



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